Hoje é o Dia do Jornalista – Meu texto em homenagem ao nobre ofício. Viva nós!

Jornalista Rafa Marques – Arte: Nina Ellen – Ascom TJAP

Hoje é o Dia do Jornalista. A data que celebra os profissionais da mídia foi criada pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI) como uma homenagem a Giovanni Battista Libero Badaró, médico e jornalista que chegou ao Brasil em 1826. Ele lutou pelo fim da monarquia portuguesa, denunciou abusos do Império na época de D. Pedro I e era apoiador da independência do país.

Em novembro de 1830, foi assassinado por inimigos políticos, em São Paulo. Historiadores acreditam que a morte foi encomendada pelo imperador, que, em 7 de abril de 1831, abdicou do trono, o que fez D. Pedro II, seu filho, assumir com apenas 14 anos de idade.

Foi só em 1931, cem anos depois do acontecimento, que surgiu a homenagem e o dia 7 de abril passou a ser o Dia do Jornalista. Também em 7 de abril de 1908 que a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), com a missão de garantir os direitos dos jornalistas.

O conceito da profissão diz: “Jornalismo é a atividade profissional que consiste em lidar com notícias, dados factuais e divulgação de informações. Também se define o Jornalismo como a prática de coletar, redigir, editar e publicar informações sobre eventos atuais”.

Quem me conhece sabe, sempre trabalho com responsabilidade. Passei por algumas redações da imprensa aberta, mas sou assessor de comunicação há 15 anos, atividade que me faz muito feliz. Já tive o prazer de trabalhar com muita gente boa e aprendi com eles. Também trampei com alguns canalhas, que são ótimos exemplos de como não proceder.

Certa vez, li a seguinte frase: “no fundo, jornalistas se acham. No raso, têm certeza”. É engraçado, mas alguns agem assim mesmo, é uma tal de autopromoção sem fim. Sempre digo: jornalista não é artista.

Ah, para ser um bom jornalista, além de ler e ter bom relacionamento com os colegas, é preciso ser competente. É a única maneira de você não se tornar um puxa-saco, pois será respeitado pelo trabalho e postura.

E como disse minha amiga manauara Juçara (jornalista): “não podemos dizer sempre o que pensamos por conta da obrigação de ser neutro, apesar das inúmeras ‘artimanhas’, com ética sempre, para dar uma indireta”. Tá, ainda aprenderei essa parte de não dizer o que penso diretamente.

Outra coisa, gosto de tomar uma cerveja e jogar conversa fora com colegas, ô raça para ter assunto bacana. Graças a Deus, fiz muitos amigos nessa loucura das pautas.

Dizem que ofendo as pessoas. É um erro. Trato as pessoas como adultos. Critico-as. É tão incomum isso na nossa imprensa que as pessoas acham que é ofensa. Crítica não é raiva. É crítica, às vezes é estúpida. O leitor que julgue. Acho que quem ofende os outros é o jornalismo em cima do muro, que não quer contestar coisa alguma. Meu tom às vezes é sarcástico. Pode ser desagradável. Mas é, insisto, uma forma de respeito, ou, até, se quiserem, a irritação do amante rejeitado” – Paulo Francis.

Claro que já sofri com ameaças de processos por desafiar poderosos com denúncias pertinentes, mas o jornalista que ainda não passou por isso, vai passar. Ou pelo menos deveria. Sobre os ameaçadores, não deu em nada. A verdade sempre vence!

“Quem não tem dinheiro, conta história”. Esse é o bordão do personagem “Paulinho Gógó” e se aplica a maioria de nós, jornalistas. Operários da informação que cortamos um dobrado, mas amamos essa doideira. Sou grato por trabalhar com o que amo fazer e ser pago pra isso. Além de ter o respeito dos que me são caros.

Sobre a programação da cena cultural do Amapá, aqui nesta página, somos incansáveis divulgadores. Pois fiz disso uma missão do De Rocha e minha, Elton Tavares, como jornalista.

Eu durmo e acordo interligado. Dedico-me à assessoria de comunicação, meu ofício principal e ao site Blog De Rocha, onde diariamente busco informar e divertir os leitores.

Arte: Camila Karina

Sem mais, parabéns a todos vocês nas redações de jornais e revistas, estúdios de rádio e TV, mídias eletrônicas e assessorias de comunicação, que trampam nessa profissão fascinante e que é um dos pilares da democracia. Afinal, esse ofício é como rapadura: doce, mas não é mole não. Obrigado a todos que, de uma forma ou de outra, já deram uma força. Valeu demais!

Jornalistas, oh raça!‘ Viva nós’!

Elton Tavares

Hoje rola o lançamento da 11ª edição da Revista do Capitão Açaí

Hoje (5), às 18h, na agência Nagib, vai rolar o lançamento da 11ª edição da Revista do Capitão Açaí. Finalmente chegou o grande momento, o super-herói amazônico dá uma volta em Belém, reencontra velhos/jovens amigos e vive suas aventuras em meio às confusões que marcam o personagem.

Desta vez, a impressão da revista contou com uma superforça: a campanha de pré-venda, em que a legião de fãs do Capitão Açaí topou a missão de auxiliar na realização de mais este sonho. O nosso super-herói espera seus inúmeros admiradores para uma tarde/noite de encontro, com venda das revistas, entrega a quem fez a compra antecipada e autógrafos do cartunista Ronaldo Rony (@ronaldoronycartum).

Em meio a algumas atrações, vai ter a inauguração do espaço instagramável da Nagib Comunicação, onde o Capitão Açaí faz pose na parede grafitada pelo Kash Alves (@kash_alves). Bora fortalecer essa cena, galera!

Sobre o Capitão Açaí

O Capitão Açaí é um personagem criado pelo cartunista paraense/amapaense Ronaldo Rony há mais de 30 anos, que começou  publicado no formato de fanzine tradicional, uma revista feita sem auxílio de computador, desenhada direto no papel e reproduzida com impressão xerográfica.

Trata-se de um super-herói tipicamente amazônico em sua sagrada missão de resgatar o nosso bom humor e, de quebra, salvar a humanidade. O Capitão Açaí reforça seus poderes com uma cuia de açaí com farinha. A superforça do açaí vem acompanhada de um supersono, que faz o super-herói dormir e, em princípio, deixar de atender quem precisa da sua ajuda. No fim das contas, tudo dá certo e ele, mesmo atrapalhado e preguiçoso, acaba resolvendo as situações.

Sobre  Ronaldo Rony

Ronaldo Rony, que também é Ronaldo Rodrigues (quando escritor, poeta e contita) Além de cartunista, ele também é chargista, quadrinhista, ilustrador e artista plástico.

Ele é natural de Curuçá (PA) e mora há 26 anos em Macapá. O artista criou o Capitão Açaí em Belém (PA). O super-herói é sucesso de público e crítica há mais de três décadas.

Serviço:

Lançamento da 11ª edição da Revista do Capitão Açaí

Data: Quarta-feira, 5 de abril

Hora: às 18h

Local: na Nagib Comunicação (Av. Mendonça Furtado, 2341 – Sta. Rita – Entre Santos Dumont e Marcelo Cândia).

Elton Tavares, com informações da equipe Capitão Açaí – Assessoria de Comunicação

 

 

 

Poema de agora: Picasso – Affonso Romano de Sant’Anna

Picasso

Picasso
erra
quando pinta
e erra
quando ama.

Mas quando erra
erra
violenta e
generosamente,
erra


com exuberante
arrogância,
erra
como o touro erra
seu papel de vítima,
sangrando
quem, por muito amar, fere
e sai ovacionado
com banderilhas na carne.

Pintor do excesso
e exuberância,
Picasso
é extravagância.
Ele erra,
mas nele,
o erro
mais que erro
– é errância.

Affonso Romano de Sant’Anna

*Contribuição de Fernando Canto.

Lançamento – Revista do Capitão Açaí

Finalmente chegou o grande momento: o lançamento da Revista do Capitão Açaí. Em sua 11ª edição, o super-herói amazônico dá uma volta em Belém, reencontra velhos/jovens amigos e vive suas aventuras em meio às confusões que marcam o personagem. Desta vez, a impressão da revista contou com uma superforça: a campanha de pré-venda, em que a legião de fãs do Capitão Açaí topou a missão de auxiliar na realização de mais este sonho. O nosso super-herói espera seus inúmeros admiradores para uma tarde/noite de encontro, com venda das revistas, entrega a quem fez a compra antecipada e autógrafos do cartunista Ronaldo Rony (@ronaldoronycartum). Em meio a algumas atrações, vai ter a inauguração do espaço instagramável da Nagib Comunicação, onde o Capitão Açaí faz pose na parede grafitada pelo Kash Alves (@kash_alves). Bora fortalecer essa cena, galera!

Serviço:

Lançamento da Revista do Capitão Açaí.

Quarta-feira, 5 de abril, às 18h, na Nagib Comunicação

(Av. Mendonça Furtado, 2341 – Sta. Rita – Entre Santos Dumont e Marcelo Cândia).

Equipe Capitão Açaí – Assessoria de Comunicação

Poema de agora: Esgrima – Luiz Jorge Ferreira

Esgrima

Outro dia tive que retirar o Sol grudado na minha roupa…preso nas minhas retinas…cicatrizado na minha pele negra de tanta brancura.

Vamos brincar de amar…
Eu lhe darei meus pensamentos
Você me dará um vaso molhado de sua saliva
E eu nele plantarei o seu olhar.
E ao silêncio nos mostraremos como nasce o barulho dos passos não dados em direção a fuga
Eu lhe darei a janela e lá longe a lua camuflada sob sua própria solidão.


E você me dará a noite
e eu nela colocarei apenas uma estrada.
Você me indicará o caminho.
E eu lhe darei duas pétalas de rosa, com as quais você fará… tamancos
para mostrar ao silêncio que nos cerca, que o barulho dos passos indo embora, é semelhante ao barulho dos passos voltando.
Dê-me um fio do seu cabelo para que com ele amarre o medo que o futuro nos dá.
Pode colocar seu sorriso nessa bandeja que lavamos juntos para retirar restos do luar de Ontem…
Eu sairei correndo com ele para espantar a
tristeza que teimosa…teima nos visitar.

Luiz Jorge Ferreira

*Do livro…Diante da boca da noite…ficam os dias de Ontem .

Sexo, mentiras e videotapes – Crônica porreta e cinematográfica de Ronaldo Rodrigues

Crônica cinematográfica de Ronaldo Rodrigues

Diretamente de Paris, Texas, o repórter Borat relata uma trama macabra: O mágico de Oz matou a excêntrica família de Antonia e foi ao cinema. Tudo por um punhado de dólares, que teve o sol por testemunha.

Pegou o taxi driver que conduzia Miss Daisy, atravessou as vinhas da ira, além da linha vermelha. Entrou no cinema Paradiso e viu os Piratas do Caribe invadindo a Fortaleza. Convidou o exterminador do futuro pra tomar um drink no inferno. Sentindo-se um náufrago, saiu em direção ao aeroporto, de volta para o futuro, sonhando com a ilha do tesouro.

Entrou no Bagdá Café e comeu tomates verdes fritos, que estavam como água para chocolate. Do nada, surgiu King Kong deixando todo mundo em pânico. Ouviu alguém gritar: Corra, Lola, corra para os embalos de sábado à noite. Nisso, passou correndo uma multidão. Seriam as invasões bárbaras? Ou o grande motim?

Eram todos os homens do presidente e o povo contra Larry Flint. Cansado de tantos filmes, voltou à casa do lago, onde Harry Potter tinha instalado sua fantástica fábrica de chocolate. À beira do abismo e à queima-roupa, fez ao poderoso chefão a pergunta que não quer calar: Quem vai ficar com Mary?

Poema de agora: Luares e ilusões – Patrícia Andrade

Luares e ilusões

todas as noites
a lua nasce
dentro de mim
pra me inundar de ilusões

cavo buracos no quintal
pra esconder seus raios
que insistem em escapar
pelos meus poros

os olhos alheios
me evitam a todo custo
só pra não me verem brilhar

não me importo

saio pela cidade
a derramar luares
e crescer marés

escrevo poemas
tecidos de amores
desconcerto namorados
desabrocho flores
desapareço pelos mares

Patrícia Andrade

E se? (como seria se eu tivesse feito escolhas diferentes?) – Crônica de Elton Tavares – *(Do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bençãos e Canalhices Diárias”)

Ilustração de Ronaldo Rony

Escrever/dizer que “todos somos produtos de nossas escolhas” é chover no molhado, ok? Ok. Entre tantos caminhos, certos ou errados por conta das decisões que tomamos, chegamos aqui. É como disse o filósofo e escritor francês Jean-Paul Sartre: “ser é escolher-se”. Pois é, mesmo com muitos erros, poucos fracassos e muitas reviravoltas, quem me escolheu foi eu mesmo (ou inventou), consequentemente, meus rumos.

Assim como em uma crônica do escritor Luís Fernando Veríssimo, intitulada “Alternativas”, resolvi escrever novamente (de forma sintetizada) sobre escolhas (aventuras e desventuras). Aí saiu esse devaneio aí debaixo:

Tenho 46 anos, sou jornalista, assessor de comunicação, escritor e editor deste site, mas como seria se tivesse feito escolhas diferentes?

Se tivesse escutado mais os meus pais e passado direto em todas as séries e me formado em Belém (PA)? Talvez não tivesse me envolvido em tantas brigas e furadas, mas saberia do que os maus são capazes? Certamente não. Ah, se tivesse continuado com a natação ou o basquete, ao invés de ter começado a beber aos 14 anos? A única certeza é que seria mais saudável e não estaria tão porrudo.

Se não tivesse ido morar com aquela menina em 1996? E se tivesse me empolgado ao ponto de ir para a Bolívia (BOL) em 2000? Se não tivesse ido para a Fortaleza (CE) em 2006? Se não tivesse me enrolado com quem não conhecia de verdade? Se não tivesse me envolvido com tanta gente de lá pra cá…Feito e desfeito laços afetivos? E refeito? Nunca será possível saber.

E se tivesse lido mais livros do que ouvido discos de rock e assistido filmes? Não, prefiro do jeito que foi mesmo. Deu para sorver conhecimento divertindo-me e ainda li bastante, para um cara meio marginal na juventude.

Se tivesse topado aquele convite da chefe de redação do Portal Amazônia e ido morar em Manaus (AM) estaria lá ainda? Não tenho certeza, mas se estivesse, seria doloroso, pois sou muito apegado aos meus.

Se não tivesse dito a dura verdade tantas vezes e magoado amigos? Não, prefiro a verdade, doa a quem doer. Arrependimentos ou desculpas não desatam nós ou colam o que se quebrou. Seja lá qual foi a sua escolha no passado, seja nostálgico, triste, feliz ou engraçado. O importante é o hoje e o amanhã, mas isso não impede de pensar como seria?

Se aqueles tiros, em 2001, tivessem me acertado? Se aquele carro na estrada, em 2011, tivesse capotado, aos invés de somente girar várias vezes e sair da rodovia? Estaria vivo ou sequelado? Se não tivesse me metido em tantas brigas de rua, teria aprendido a me defender?

E se em universos paralelos, ou outras dimensões, cada um de nós possui vidas vivendo as outras escolhas? Quem sabe? Não, já é doidice minha.

Se não vivêssemos tantos momentos eufóricos e decepcionantes? De volta aos escritos de Sartre, que falou sobre as consequências de “ter escolhido algo/alguém ou deixado de escolher algo/alguém”. O único arrependimento? Não ter cuidado da saúde e ter virado este gordão. O resto está melhor do que eu pensava.

Com todas as escolhas ao longo da jornada, aprendi que, se você trabalha, faz o bem e não interfere na felicidade alheia, tudo se ajeita com o tempo. E ainda há tempo para muita vida. Sejam quem vocês querem ou pelo menos lutem por isso.

“Sua vida não é feita de decisões que você não toma, ou das atitudes que você não teve, mas sim, daquilo que foi feito! Se bom ou não, penso, é melhor viver do futuro que do passado” – Luís Fernando Veríssimo.

Elton Tavares

*Texto do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”, de minha autoria, lançado em setembro de 2020″.

Cinema, música, poesia e amor: as boas conversas de mesa de bar – Crônica de Elton Tavares

Como brincou o saudoso compositor Cazuza, na canção Ponto Fraco: “benzinho, eu ando pirado, rodando de bar em bar, jogando conversa fora…”. Sim, ontem (25), eu e dois velhos amigos tivemos um sábado boêmio itinerante, pois bebemos em três locais diferentes, por horas a fio que parecem ter passado muito rápido, de tão bom que foi.

Entre os assuntos de mesa de bar, literatura, dicas de livro, poesia, música, cinema, cagadas de cada um e, como sempre, amor (tema manjada em diálogos etílicos). Tudo regado a cerveja, boa música e aperitivos.

Começamos de tarde e entramos pela noite. Haja estórias, histórias e “causos”. Bobagens legais e temas sérios com uma perspectiva muito peculiar de cada narrador. Tudo com doses certas de humor e ironia.

O bar sempre é o “covil de piratas pirados”, como disse outro compositor, o falecido roqueiro Júlio Barroso. Sim, a filosofia de boteco é ampla, nem sempre clara ou coerente. Porém, ontem foi. Não teve teorias mirabolantes, embates religiosos ou políticos. O máximo de assunto pesado foi sobre família e preconceitos sociais, mas até nisso o papo foi leve.

O diálogo rodou ousadamente por nossas concepções e perceptivas, em esforço algum de convencer o outro sobre o tema discorrido. Teve momentos hilários, em sua maioria. Até chegarmos ao tal “amor”. Aquele lance que todos romantizamos, mas que é mó complicado em todas as suas vertentes, seja ela entre pessoas que se relacionam como um casal ou familiar.

Foram muitas garrafas verdes e entre um gole e outro, rimos sobre o amor e desamor, nossos e dois outros. Assim como suas neuroses e consequências dentro desse universo louco de afeto, doideiras e experiências marcantes relatadas.

O tal do amor. É sempre complexo descrevê-lo. “Que pode uma criatura senão amar e esquecer, amar e malamar...” (Drummond). Ou tipo o que dito pelo maluco beleza, sobre a falta de paz e leveza entre afetos: “você me tem todo dia, mas não sabe se é bom ou ruim“, frase da música “Gita”, do eterno Raul Seixas.

O encontro acabou depois da meia-noite, debaixo de uma tempestade cinematográfica. Isso ao som de Belchior e Raulzito, com direito a cantarmos juntos, pois já estávamos um tanto altos.

Em resumo, meus amigos são como eu: nada é pouco, é sempre muito, sejam cervejas, argumentos sólidos, comentários legais contextualizados com literatura ou música, sempre com risos. O sábado definitivamente entrou para meu banco de memória afetiva. Valeu, Anderson e Adriana!

Elton Tavares

Poeta e jornalista, Thiago Soeiro, gira a roda da vida. Feliz aniversário, amigo poeta (@ThiagoSoeiro)

Com Pedro e Thiago, encontro no barzinho, em 2016.

Sempre digo aqui que gosto de parabenizar neste site as pessoas por quem nutro amor ou amizade. Afinal, sou melhor com letras do que com declarações faladas. Acredito que manifestações públicas de afeto são importantes. É o caso do jornalista e poeta Thiago Soeiro, que gira a roda da vida neste vigésimo sexto dia de março e lhe rendo homenagens!

Além de talentoso poeteiro e competente profissional da imprensa, Thiago é um declamador brilhante e divertido (excelente artista da poesia) e um cara muito gente boa. Soeiro é também o filho amoroso da dona Raimunda, escritor de cartas, trovador do amor, produtor da TV Equinócio (Record AP), e também atua como assessor de comunicação, blogueiro e cantor.  E ainda é o marido apaixonado do Pedro Stkls.

Com Pedro e Thiago, e a jornalista Dulcivânia Freitas, ao final de um show deles em 2017.

Juntamente com Pedro Stkls, Thiago forma o sensacional Poetas Azuis, que traz uma linda poesia musicada, da qual sou fã, divulgo e acompanho. Sempre digo que essa galera ainda será descoberta pelo Brasil. Eles são nossos “queridinhos cults”.

Thiago possui fino trato, inteligência, talento e muita paideguice. É um figura gentil, gente boa demais e que chega aos 34 anos feliz com sua arte. O cara já me emocionou algumas vezes durante as apresentações dos Poetas Azuis, quase estraga minha imagem de bruto (risos).

Com Thiago, em 2022.

Soeiro, mano velho, que teu novo ciclo seja ainda mais paid’égua. Que sigas com essa garra, sabedoria, coragem e talento em tudo que te propões a fazer. Que a Força esteja contigo. Saúde e sucesso, sempre, amigo. Parabéns pelo teu dia, querido amigo. Feliz aniversário!

Elton Tavares

O Tratado Noturno em uma mesa de bar – Crônica de Lorena Queiroz – @LorenaadvLorena

Crônica de Lorena Queiroz

Como todo ser noturno que ama habitar à meia luz da boêmia, andando pelos caminhos incertos das garrafas verdes e marrons, já me deparei analisando várias vezes este mundo que, a princípio, parece a alguns, fútil e vazio de perspectivas. Ora, se você pensa assim deve ser um daqueles sujeitos estranhamente sóbrios que nunca contou um segredo a um garçom considerado, aquele que te apresenta a conta quando o dia nasce e que sabe mais da tua vida que a tua própria mãe. Agora vou mentir um pouco dizendo que não te julgo, pois todos sempre o fazem, dizer que cada ser sabe da própria felicidade e que os caminhos são próprios de cada um, mas na verdade, que vida incompleta penso eu ser a sua. Concordo com o pensamento Bukowski quando diz que ser são é fácil, mas pra ser bêbado tem que ter talento.

O fato é que a mesa de bar é um divã, um confessionário onde embalado pelo álcool e os petiscos que entupirão nossas artérias e nos trarão um péssimo dia seguinte, despejamos uma parte significativa de nós. Uma porção que nunca daríamos em outro lugar. Talvez a boemia tenha que ser promovida a religião, pois eu nunca contei para um padre o que já disse desavergonhadamente em uma mesa de bar. E se Jesus multiplicou o vinho, eis aí o aval de que eu precisava.

Não, caro leitor, não quero que você se torne um alcoólatra que acabará em alguma sarjeta com a cara lambida por algum vira-lata marrom e amistoso. Mas é como nosso velho safado disse, você precisa ter talento para se meter com os seres noturnos e se você não possui tal traquejo, beba sua água com gás e faça caminhadas quando o sol te agredir menos a pele. Eu gosto da filosofia da mesa de bar, esse tratado em que todos se entendem mesmo quando o peso do álcool torna as coisas desconexas, onde um sujeito só julgará o outro se este tiver bebido menos, assim, certamente estará ele no lugar errado. São momentos de liberdade e de amores que duram a eternidade que os minutos te proporcionam, e isso é bom, pois também é bom esquecer ou simplesmente não lembrar de tudo.

Portanto, seja paciente com os bêbados, seja gentil com a noite, mesmo se você for um ser diurno. Somos feitos de filosofia, histórias e saudade. Nossos devaneios nunca incomodarão ninguém, pois eles se esvaem quando fechamos a conta e o dia. Por fim, siga o conselho do poeta francês Charles Baudelaire: “Para não ser escravos martirizados pelo tempo, embriagai-vos, embriagai-vos, sem cessar! Com vinho, poesia ou virtude, a vossa escolha.”

*Lorena Queiroz é advogada, amante de literatura, devoradora compulsiva de livros e crítica literária oficial deste site, além de prima/irmã amada deste editor.

Poema de agora: Brinca com a Lua – Leacide Moura

Brinca com a Lua

A lua é minha amiga
Minha fiel companheira
Que brinca e ri comigo
Nas noites de verão
O prata do luar
Inebria a alma poeta
Desperta o amar
Inspira o coração
No amor que acende a lua
Neste inebriar poético
Para minha neta Cecília
Fiz doce poeminha
Lua luar
Desce pra cá
Lua luar
Com Cecília vem brincar
Lua luar
Desce pra cá
Lua luar
Os sonhos de Cecília
Vem embalar
Lua luar
Desce para cá
De manhã acenda o sol
Para Cecilia alegrar

Leacide Moura

*Publicado na Coletânea de Poesias Enluaradas I, Se Essa Lua Fosse minha.

Especialização em Estudos Culturais e Políticas Públicas apresenta produção científica de ex-alunos

O Curso de Especialização em Estudos Culturais e Políticas Públicas apresenta publicação digital com resultados das principais pesquisas, que foram defendidas como trabalhos finais pelos acadêmicos formados pelo curso.

O livro Pesquisa em Estudos Culturais e Políticas Públicas na Amazônia – volume 1 reúne artigos que sintetizam resultados de alguns dos principais projetos de pesquisa executados pelos acadêmicos, ao longo da formação, nas duas linhas de pesquisa do Curso: Cultura, Identidade e Linguagem e Cultura, Diferença e Políticas Públicas.

A publicação está disponível no site do Curso e na Biblioteca digital do Observatório da Democracia, Direitos Humanos e Políticas Públicas:

https://www2.unifap.br/poscult/publicacoes/

https://observatoriodh.com.br/?p=4589

Grupo de Pesquisa
Os pesquisadores que colaboram com o livro são todos integrantes do Grupo de Pesquisa Estudos Interdisciplinares em Cultura e Políticas Públicas (CNPq/Unifap), criado para apoiar as investigações desenvolvidas no Curso de Especialização e fomentar a cooperação científica entre redes de pesquisa, a partir da Amazônia.

“Nosso objetivo com o livro é difundir à comunidade os principais resultados das investigações científicas, desenvolvidas pelos alunos formados pelo Curso de Especialização em Estudos Culturais e Políticas Públicas. Procuramos garantir que o conhecimento produzido em colaboração com distintos segmentos sociais e instituições públicas retornem aos campos de pesquisa e possam colaborar com a ação desses atores sociais”, explica o professor Antonio Sardinha, fundador e coordenador geral do Curso.

Sobre o livro
A obra reúne pesquisas caracterizadas por um percurso interdisciplinar e está dividida em três partes: 1) Tradição, práticas e saberes culturais; 2) Gênero, Cultura e Política e 3) Circuitos, trânsitos e interfaces (entre) culturas, artes e subjetividades.

Na primeira parte (Tradição, práticas e saberes culturais), estão resultados de pesquisa que observam as relações entre o campo da cultura na constituição e produção de práticas e saberes tradicionais. Destacam-se os estudos sobre Etno-história, Política e Patrimonialização da arte indígena; Comunicação, Cultura e Ciclo do Marabaixo; festejos e tradição no Marajó, dentre outros.

Na segunda parte (Gênero, Cultura e Política), estão reunidos resultados de pesquisa sobre Gênero e Política, a partir da produção e disputas por sentidos protagonizados por atores e coletivos ativistas em distintos espaços sociais e na esfera pública. Destacam-se os estudos sobre Arte, Comunicação Audiovisual, Gênero e Cidades; Ativismo Digital e Gênero; Políticas Públicas, Gênero e Violência; Esporte e Gênero, dentre outros.

Na terceira parte (Circuitos, trânsitos e interfaces (entre) culturas, artes e subjetividades), estão concentradas as investigações que relacionam o campo da Cultura com produção de práticas sociais interligadas ao campo das Artes e da Psicologia. Destacam-se os estudos sobre interlocuções visuais das narrativas existenciais surdas; Estudos de Cultura, Arte e Performance; além do diálogo entre Psicologia Social, Teorias Feministas e Decolonialidade.

Mais informações:
E-mail –[email protected]

Sites
www2.unifap.br/poscult
www.observatoriodh.com.br

Texto: Divulgação – Ascom Unifap