Especialização em Estudos Culturais e Políticas Públicas apresenta produção científica de ex-alunos

O Curso de Especialização em Estudos Culturais e Políticas Públicas apresenta publicação digital com resultados das principais pesquisas, que foram defendidas como trabalhos finais pelos acadêmicos formados pelo curso.

O livro Pesquisa em Estudos Culturais e Políticas Públicas na Amazônia – volume 1 reúne artigos que sintetizam resultados de alguns dos principais projetos de pesquisa executados pelos acadêmicos, ao longo da formação, nas duas linhas de pesquisa do Curso: Cultura, Identidade e Linguagem e Cultura, Diferença e Políticas Públicas.

A publicação está disponível no site do Curso e na Biblioteca digital do Observatório da Democracia, Direitos Humanos e Políticas Públicas:

https://www2.unifap.br/poscult/publicacoes/

https://observatoriodh.com.br/?p=4589

Grupo de Pesquisa
Os pesquisadores que colaboram com o livro são todos integrantes do Grupo de Pesquisa Estudos Interdisciplinares em Cultura e Políticas Públicas (CNPq/Unifap), criado para apoiar as investigações desenvolvidas no Curso de Especialização e fomentar a cooperação científica entre redes de pesquisa, a partir da Amazônia.

“Nosso objetivo com o livro é difundir à comunidade os principais resultados das investigações científicas, desenvolvidas pelos alunos formados pelo Curso de Especialização em Estudos Culturais e Políticas Públicas. Procuramos garantir que o conhecimento produzido em colaboração com distintos segmentos sociais e instituições públicas retornem aos campos de pesquisa e possam colaborar com a ação desses atores sociais”, explica o professor Antonio Sardinha, fundador e coordenador geral do Curso.

Sobre o livro
A obra reúne pesquisas caracterizadas por um percurso interdisciplinar e está dividida em três partes: 1) Tradição, práticas e saberes culturais; 2) Gênero, Cultura e Política e 3) Circuitos, trânsitos e interfaces (entre) culturas, artes e subjetividades.

Na primeira parte (Tradição, práticas e saberes culturais), estão resultados de pesquisa que observam as relações entre o campo da cultura na constituição e produção de práticas e saberes tradicionais. Destacam-se os estudos sobre Etno-história, Política e Patrimonialização da arte indígena; Comunicação, Cultura e Ciclo do Marabaixo; festejos e tradição no Marajó, dentre outros.

Na segunda parte (Gênero, Cultura e Política), estão reunidos resultados de pesquisa sobre Gênero e Política, a partir da produção e disputas por sentidos protagonizados por atores e coletivos ativistas em distintos espaços sociais e na esfera pública. Destacam-se os estudos sobre Arte, Comunicação Audiovisual, Gênero e Cidades; Ativismo Digital e Gênero; Políticas Públicas, Gênero e Violência; Esporte e Gênero, dentre outros.

Na terceira parte (Circuitos, trânsitos e interfaces (entre) culturas, artes e subjetividades), estão concentradas as investigações que relacionam o campo da Cultura com produção de práticas sociais interligadas ao campo das Artes e da Psicologia. Destacam-se os estudos sobre interlocuções visuais das narrativas existenciais surdas; Estudos de Cultura, Arte e Performance; além do diálogo entre Psicologia Social, Teorias Feministas e Decolonialidade.

Mais informações:
E-mail –[email protected]

Sites
www2.unifap.br/poscult
www.observatoriodh.com.br

Texto: Divulgação – Ascom Unifap

Poema de agora: ILUSÃO – Carla Nobre

ILUSÃO

Devia ser sagrado
O jeito como você aperta minha mão antes de dormir
Eu sempre tô de olhos fechados nessas horas
Que você se aninha em mim
Como se eu fosse um animal poderoso
Sabe a palavra ilusão?
Tem origem no latim illusióne
Algo como enganar
O amor me engana
Teus olhos me enganam
E eu prefiro essa doce mentira do que o preço da gasolina
Ou a inexistência repentina da classe média
Ou mesmo meu cabelo ressecado
Ter a tua pele no meu colchão é uma ilusão perfeita
Como se o céu pousasse aqui em casa
Você disse com todas as letras
que só fica comigo até o inverno acabar
Eu gostei muito disso, sabe
Justamente lembrei que temos o inverno amazônico
Funciona assim: quando é verão no resto do Brasil


Aqui na Amazônia chove quase sem parar
No Amapá, as primeiras chuvas
já dão sinal no dia de finados
(mais uma ilusão triste)
Assim segue até meados de maio
Seis meses inteiros mordendo a ilusão da tua pele
Nosso inverno tem muita nebulosidade
Mas é sempre estranho reconhecer o verão nas chuvas daqui
Assim, se você fica comigo durante todo o inverno
Tenho então o que os Karipuna e os galibi marworno
chamam de ilusiõ
essa névoa do teu nome em minhas mãos chuvosas
como se eu fosse uma imensa floresta de várzea
Amapá, em tupi,
Também significa o lugar das chuvas
Então eu sou sempre inverno
Dessa forma, podes ficar comigo até eu me for
Se eu me for, amor

Carla Nobre

Visitando Freud – Conto de Luiz Jorge Ferreira

Conto de Luiz Jorge Ferreira

Caminhei quase por toda a cidade, recém chegado de São Paulo. Agora eu conclui que Dr. Freud não é de muitos amigos.

Afora nós…refiro-me a meia dúzia de psiquiatras …Euler… Juraci Cruz…Max…Alcides Neves, e alguns outros …os de sua própria turma na Faculdade e os de conclusão do Curso de Especialização…poucos se lembram dele.

Engraçado…É na velhice que precisamos mais dos amigos que fizemos pela vida. Por carta, entre as tantas que trocamos…ele rebateu.

Precisamos dos amigos durante a vida toda. A velhice não muda isso…e complementou…sei que você não gosta dessa ideia…mas no fim estamos fadados ao esquecimento…

Engoli em seco.

Um Psiquiatra do Grupo existencialista de Viena, dissera…que permaneceríamos para sempre no Inconsciente Coletivo.

Animei e abasteci a caixinha de Rapé.

…certa vez me escreverá que minha obsessão pelo nome Luiz para todos os meus filhos, vinha calcado na tentativa de me sentir perpetuado para sempre, começando a dinastia dos Luiz’s.

Essas cartas estão lá em casa , em um baú.

Eu estou em Bruxelas na esperança de encontrá-lo…Enquanto atravesso uma rua sonolenta com um dos envelopes na mão onde carrego um mal traçado mapa que ele me enviou …

Recordo que por muitas vezes lhe confessei achar ter exagerado um pouco, em fincar os alicerces de sua teoria…na unidade das queixas de uma viúva, que só imaginava…digo sonhava, ser vitima de perseguições com fins sexuais…e a mim…contado pelo próprio Dr.Freud…havia sessões que ele deixava a viúva deitada no divã contando suas aventuras, e ia ao Saloon dali a poucas quadras onde era habitué cliente…

Fumar um Charuto Havana…e tomar um Absinto…confidenciara em certo trecho que a viúva era descendente Judia…e muito bem de vida, pois se tornará herdeira de uma fábrica de Maquinas de Costura…estas recém criadas, que revolucionaram a indústria de fabricação de roupas.

Ela sonhava…

Dr…recolhia dados para desenvolver sua teoria revolucionaria também…

Sorvia Absinto e mantinha o proprietário do Saloon e seus empregados sobrevivendo e progredindo…todos estavam bem.

Nesse ínterim…um pouco antes que eu chegasse a rua Fauno.

A Senhora Daguirre…pontual como em todas as vezes anteriores, entrou com chave que possuía na Casa Consultório do Dr.Freud…porque o chamará varias vezes, e não obtera resposta.

Provavelmente havia saído, quem sabe devesse ter ido a Charutaria renovar seu estoque…o Dr apreciava demais aqueles charutos fedorentos cujo o cheiro ela detestava.

Ele dizia terem sido fabricados um a um… manualmente…com o mais puro tabaco que pudesse existir, muito longe dali, em uma ilha afrodisíaca…repetia com ênfase…e trazidos via marítima…cuidadosamente…

A Senhora Daguirre fez um gesto quase teatral sinalizando repugnância…aff!

Ela gastava muitas garrafas de um desinfetante Polonês…de nome Flores do Campo para tentar disfarçar o cheiro forte que os charutos fumados deixavam pela casa…uma simpática casa de meia água, onde o Dr. instalará seu Consultório há quase oito anos.

Ela saiu de seus pensamentos…olhou entre as duas folhas da porta, entreabertas…que davam passagem para a sala onde ele atendia.

De lá vinham conversas, risos e exclamações em Francês.

Foi em silêncio…pé ante pé, e olhou.

Era a cliente rica…Sarah.

Estava deitada de olhos fechados no divã…o único da sal, afora a estante repleta de livros e a cadeira de palinha traçada, de duplo apoio para os braços, cadeira na qual o Dr….ficava escutando horas a fio aos seus pacientes, o cinzeiro, a caixa de charutos, e ao lado um acendedor de cigarros de pedra e rebite.

Duas quadras além, eu entrei no Saloon, nome dado ao misto de bar e Charutaria, guiado pelo mapinha…havia acertado o caminho.

Bem na hora que o Dr. Freud meteu a mão no bolso esquerdo do Paletó com a sua mão direita e retirou um reluzente relógio de Algibeira…imaginando que aquela mesma hora a sua cliente que ele deixará narrando sua epopeia de perseguições, empurrões, bulinamentos, barulhentos beijos roubados de si por um desconhecido fedendo a whisky na escuridão do vagão dormitório do trem Budapest-paris…havia chegado.

Acenei levemente…assim que ele me reconheceu…se aproximou para os cumprimentos de praxe.

Pensei comigo…então ele calcula no relógio o fim das sessões…a hora que ela chega a viajando na fantasia a Paris.

Fomos para seu Consultório.

A Senhora Daguirre que por muito tempo cuida da arrumação da casa e limpeza, disse-me algum tempo depois que assim foi que conseguiu identificar que ela desceu na Estação em Paris…

Então deposita, visível a quem de longe olhar…seu grande Chapéu enfeitado com pena azulada…sobre um extendedor de tapetes.

Para sinalizar que vá.

Tomamos vários Conhaques conversamos sobre Dante Alighieri e mais a noite eu deitei no Divã para passar a noite e cheguei antes do fim da semana a Portugal…

Freud me levou em uma pequena Carruagem muito em moda entre os ilustres até o Porto.

Prometi a mim mesmo escrever um texto sobre a minha visita a Bruxelas.

Mas o tempo foi passando…

Vez por outro encontro o recibo de uma passagem de trem Bruxelas-Paris …e me questiono…como isso veio parar aqui?

*19.08.2021 – Osasco (SP) – Brasil.

Poema de agora: Acaso – (@cantigadeninar)

Acaso

Sorveterias sobrevivem de domingos.
Alfajores são vendidos a turistas.
Pet shops enriquecem com a tosa de poodles.
Cinemas encarecem ingressos para filmes 3D.

A parada do Dia de São Patrício desfila.
A fila do banco dá voltas no quarteirão.
O extrato aponta R$0,29 na conta corrente.
Livros emprestados são devolvidos com orelhas.

Carimbos dão ciência em papeladas burocráticas.
A caixa de entrada acumula spams “aumente seu pênis”.
A vida segue seu diário curso como sempre.
Minhas mãos criam rugas e a barriga aumenta.

Escadas rolantes levam à praça de alimentação.
Professores tecnológicos passam slides no datashow.
Carteirinhas estudantis concedem meia-entrada.
Bolsonaro propaga discursos de ódio.

O destino tsunami revolve as ondas da rotina.
Um arco-íris se ergue por detrás do outdoor.
A beleza se manifesta na Orla do Rio Amazonas.
Minha retina assiste a tudo com óculos de sol.

Lara Utzig

Poema de agora: SALVE A POESIA – Pat Andrade

SALVE A POESIA

salve a poesia
em cada beco escuro
em cada ponte de periferia
em cada beira de estrada

salve a poesia
em cada noite de balada
em cada cama desarrumada
em cada mulher desvirginada

salve a poesia
em cada criança assassinada
em cada bala predestinada
em cada mãe desesperada

salve a poesia
porque não nos resta
mais nada

Pat Andrade

Hoje é o Dia Nacional da Poesia

Hoje é o Dia Nacional da Poesia. A data é comemorada em 14 de março por ser o dia do nascimento de Castro Alves, em 1847. Poeta do romantismo, ele foi um dos maiores nomes da poesia brasileira.

A palavra “poesia” tem origem grega e significa “criação”. É definida como a arte de escrever em versos, com o poder de modificar a realidade, segundo a percepção do artista.

Antigamente, os poemas eram cantados acompanhados pela lira, um instrumento musical muito comum na Grécia antiga. Por isso, diz-se que a poesia pertence ao gênero lírico. Hoje, os poemas podem ser divididos em quatro gêneros: épico, didático, dramático e lírico.

Sou fã de poesia e poetas. Adoro Ferreira Gullar, Cecília Meireles, Manuel Bandeira, Mário de Andrade, Mário Quintana, Carlos Drummond de Andrade, entre outros tantos poetas brasileiros, mas gosto mesmo é dos poeteiros amigos. Sim, os que admiro tanto quanto estes nomes aí de cima.

O poeta autor/trovador escreve textos do gênero que compõe uma das sete artes tradicionais, a Poesia. A inspiração, sensibilidade e criatividade deste tipo de artista retrata qualquer situação e a interpretação depende da imaginação dele próprio, assim como do leitor.

Admiro os poetas, sejam cultos, que usam refinados recursos de linguagem ou ignorantes, que versam sem precisar de muita escolaridade. Eles movimentam o pensamento e tocam corações. Não é a toa que as pessoas têm sido tocadas pela poesia há séculos. E nem interessa se o escrito fala de sensatez ou loucura. Tanto faz. O que importa é a criatividade, a arte de imprimir emoções em textos ou declamações.

Não tenho o nobre dom de poetizar, sou plateia. Mas apesar de não existir poesia em mim, uso a tal “licença poética”, para discorrer sobre meus devaneios e pontos de vista.

Hoje, minhas homenagens são para os poetas que são meus amigos. Muito obrigado!

Também saúdo todos os movimentos que fazem Poesia no Amapá, que realizam encontros em praças, bares, residências, etc. Enfim, saraus para todos os gostos. Portanto, meus parabéns aos poetas, artistas que inventivos que fascinam o público que aprecia a nobre arte poética.

Viva a poesia!

Elton Tavares

Escreva, Elton, escreva – Crônica de Elton Tavares – *Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”

Ilustração de Ronaldo Rony

Sabem, quando trabalhava no Portal Amazônia (2008), aprendi que internet é velocidade da informação. Durante um curso de webjornalismo, em Manaus (AM), me ensinaram que é necessária a atualização diária de uma página eletrônica e, se possível, mais de uma vez ao dia.

Quando meu antigo blog foi criado, no final de 2009, lembrei-me dos ensinamentos do Portal e comecei a postar cada vez mais conteúdo. São coisas sérias e besteiras. Foi assim que adquiri esse lance de me cobrar escritos.

Neste meu site publico tudo que me dá na telha, a “blogagem” é um vício legal. Tento informar e divulgar Cultura, coisas interessantes, além de besteiras que me agradam, tentando pontuar as coisas de forma diferente, fugindo das mesmices, modinhas e papos furados. Sempre tentando usar cérebro e coração.

Não gosto de discutir o “sexo dos anjos”, mas perco tempo com disparates legais sim, além de disparar minha opinião sobre qualquer coisa, doa a quem doer. O problema são os questionadores, que não entendem que este site é meu. Mas sou responsável pelo que escrevo aqui e não pelo que eles entendem.

Ah, este espaço está sempre aberto para divulgação de Cultura em todas as suas vertentes, é só mandar por e-mail (endereço no layout do site).

Continuarei sempre a publicar no De Rocha o que me der vontade, mas nunca uma mentira. Como dizem no velho latim (meu amigo Edgar Rodrigues me ensinou este ditado): “Verum, dignum et Justus Est!” (É verdadeiramente, digno e Justo!). A não ser que seja algo engraçado e tão absurdo que ninguém acredite. No mais, esse textículo foi só para matar a coceira dentro da minha cabeça, que diz: “escreva, Elton, escreva!”. Boa semana pra todos nós!

Elton Tavares

*Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”, de minha autoria, lançado em novembro de 2021.

Corredores do IETA – Texto Poético de Luiz Jorge Ferreira

Antigo IETA – Foto: Blog da Alcinéa.

Texto Poético de Luiz Jorge Ferreira

….eu ando pelos corredores do IETA
Onde Luiz Tadeu fala com Luiz Tadeu
E Eduardo fala com Eduardo
E meu passado de mal a morte com a vida, nem comigo fala na língua do ‘ P’.
Nem faz caretas para o Bieca …Abel…Alípio…e
as lindas meninas dublê de Beth e Edla.
Ando hoje ouvindo Johnny Rivers…
Ando sem sorrisos ando sem meus livros de Geografia, Inglês, e Português.
Ando calçando meu sapato Preto Vulcabraz e uma calça azul que mamãe ganhou para mim do Governo Federal do Amapá .
Mas estou como estaria se não fosse um sonho…
Feliz…

Antigo IETA – Foto: Blog Porta Retrato

Por um triz não voei
ao ser empurrado por um brisa fujona, que veio redemoinhando folhas secas lá da Pracinha defronte ao lar dos Mortos…eu fui a lona e acordei.
…longe está meu coração repuxando todas essas lembranças e as transformando em doces cocadas…coloridas de amarelas.
Como amo o poder de retornar ao passado
mesmo ele passeando assim…uma calça azul doada, um calçado muito pouco macio esse Sapato Vulcabraz…e uma brisa fujona que depois de inúmeras voltas na Praça esperou eu deitar em Osasco 60 anos depois e me empurrou de volta ao passado…
E eu humanamente…voltei.
Os corredores do IETA são estáticos e meu coração viciado a mudar de Norte…sangra sem dor nas Gonzaguinhas Canções.

Hoje é o Dia do Bibliotecário – Meus parabéns aos profissionais!!

Hoje é o Dia do Bibliotecário. A celebração da data é em razão do nascimento do escritor e poeta Manuel Bastos Tigre, primeiro bibliotecário concursado do Brasil. O dia foi instituído pelo Decreto nº 84.631, de 12 de abril de 1980, por isso é comemorado em todo o território nacional em 12 de março.

De acordo com o conceito, o bibliotecário é o profissional formado em biblioteconomia e que trabalha para o progresso cultural do país. Ele faz o gerenciamento das bibliotecas, o que compreende uma série de tarefas, dentre as quais a catalogação e indexação de obras, manutenção de sistemas informáticos, apenas para citar alguns.

Eu e a publicitária Bruna Cereja, beijando a Adê, nossa bibliotecária preferida e amiga muito querida.

Portanto, hoje rendo homenagens a todos os bibliotecários do Amapá e do Brasil em nome da minha bibliotecária preferida (que desenvolve um grande trabalho na Embrapa/AP) e minha muito querida amiga Adelina Belém, nossa estimada “Adê”.

Profissional experiente na área, Adelina já foi bibliotecária da Escola Santa Bartolomea, Sesc/AP, faculdades Fama e Seama. Além de extremamente competente e culta, ela é um doce de pessoa e uma amiga muito querida. Parabéns pelo seu dia, Adê!

Manoel Tigre – Foto encontrada no site “Migalhas”

Manoel Tigre

Manoel Tigre prestou concurso para ingressar no Museu Nacional do Rio de Janeiro como bibliotecário e assim se classificou em primeiro lugar com o estudo sobre a Classificação Decimal. Transferido, em 1945, para a Biblioteca Nacional, onde ficou até 1947, assumiu depois a direção da Biblioteca Central da Universidade do Brasil, na qual trabalhou, mesmo depois de aposentado, ao lado do Reitor da instituição, Professor Pedro Calmon de Sá.

*Datas curiosas

Só uma coisinha, essa sessão de Datas Curiosas deste site incomoda alguns, que chegaram a reclamar de tais registros. Ainda bem que todo dia é dia de alguma profissão ou atividade. Desse jeito dá pra elogiar os familiares e amigos. Acreditem, tem gente que não gosta. Mas são somente os amarguinhos que encontramos pela vida.

Fonte: Wikipédia
Elton Tavares

Dia do Bibliotecário: Justiça do Amapá destaca importante atuação das bibliotecárias do TJAP

Os bibliotecários são profissionais fundamentais para a formação de milhares de pessoas que buscam nos livros conhecimento e sabedoria. Em alusão ao Dia do Bibliotecário, comemorado em todo o Brasil em 12 de março, o Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) faz o devido reconhecimento às suas bibliotecárias Simone Leite e Andréa Azevedo, com destaque para a brilhante atuação das duas profissionais da biblioteconomia – que serve de suporte no âmbito de pesquisas para magistrados, servidores e colaboradores da instituição.

Mais sobre as bibliotecárias do TJAP

Com 31 anos de carreira, 28 destes dedicados à Biblioteca do TJAP, denominada Juiz Francisco Souza de Oliveira, Simone Leite é amapaense, formada em biblioteconomia pela Universidade Federal do Pará e, ao longo de quase três décadas, trabalha na organização e gerenciamento de tarefas como a catalogação e indexação de obras, manutenção de sistemas informáticos, entre outras.

“Sou apaixonada pela minha profissão. Aqui conseguimos atender as áreas jurídicas e não jurídicas. Ser bibliotecário é transmitir todo o conhecimento guardado no universo da informação e ouvir a necessidade de quem tem sede de conhecimento – além de se disponibilizar para atendê-los”, pontuou Simone Leite.

Andrea Azevedo é uma amazonense graduada em biblioteconomia na Universidade Federal do Maranhão. A profissional possui 11 anos de carreira, sete deles com atuação na Biblioteca Juiz Francisco Souza de Oliveira.

“Ser bibliotecária é uma experiência maravilhosa, sobretudo no TJAP, pois me sinto satisfeita em estar aqui. Somos essa ponte entre a informação e o usuário, sempre procurando nos atualizarmos para conseguir levar esse conhecimento ao usuário interno e a comunidade como um todo”, destacou Andrea Azevedo.

Reconhecimento

De acordo com o secretário-geral do TJAP, Veridiano Colares, as bibliotecárias do TJAP e o trabalho desenvolvido por elas são essenciais para a instituição. “Em nome do nosso presidente, desembargador Adão Carvalho, agradeço e parabenizo a Simone e Andréa, duas bibliotecárias de alto nível”, garante.

“Elas cuidam do acervo, cadastram todo o material bibliográfico para o empréstimo ao público, além de renovar as obras e realizar o arquivamento de documentos. Portanto, auxiliam na disseminação da informação, conhecimento, desenvolvimento técnico e cultural de todos no TJAP”, defendeu Veridiano Colares.

“Que fique registrado o reconhecimento da administração do Tribunal à elas”, concluiu o secretário-geral do TJAP.

Sobre o Dia do Bibliotecário

O Dia do Bibliotecário é celebrado nacionalmente em 12 de março por conta do nascimento, nesta data, do escritor e poeta Manuel Bastos Tigre, primeiro bibliotecário concursado do Brasil. O dia foi instituído pelo Decreto nº 84.631, de 12 de abril de 1980.

Mais sobre a Biblioteca Juiz Francisco Souza de Oliveira

A Justiça do Amapá, que possui biblioteca desde a sua fundação em 1991, possui aproximadamente 23 mil publicações. Mesmo com o acervo predominantemente de conteúdos jurídicos, é possível encontrar grandes obras da literatura brasileira, História do Amapá e conhecimentos gerais. A Biblioteca do TJAP contém ainda livros de autoria magistrados e servidores do próprio Tribunal, como obras dos desembargadores Gilberto Pinheiro e Carmo Antônio de Souza.

A Biblioteca está aberta para receber indicações de novos livros para aquisição até final de março. Para isso, basta enviar solicitação ao email [email protected], com o título da obra. O espaço é muito procurado por concurseiros, acadêmicos de Direito e por estudantes em preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM.

– Macapá  12 de Março de 2023 –

Assessoria de Comunicação do TJAP

Texto: Elton Tavares

Foto: Hugo Reis

Central de Atendimento ao Público do TJAP: (96) 3312.3800

Siga-nos no Twitter: @Tjap_Oficial

Facebook: Tribunal de Justiça do Amapá

Youtube: TJAP Notícias

Instagram: @tjap_oficial

Poesia de agora: Todos os dias, mulher – Patrícia Andrade

 


Todos os dias, mulher

meu nome é Raimunda
hoje é mais uma noite em claro
pra mim e pros meus meninos
porque não consegui o pão
para colocar no prato
amanhã é dia de feira
vou levar o menorzinho
pra ver se consigo um trocado
depois de amanhã
a gente morre de fome calado

meu nome é Ana
hoje é mais uma noite sem dormir
porque não consegui
o dinheiro completo
pra pagar a outra mulher
que é a dona do meu teto
amanhã saio cedo escondida
pra adiar a minha dívida
depois de amanhã
vou estar desempregada
talvez tire a própria vida

meu nome é Maria
hoje é mais uma noite acordada
o olho roxo lateja
e a boca ainda está inchada
levei uma surra do ex-marido
amanhã vou na sétima delegacia
registrar mais um boletim
pedir outra protetiva
depois de amanhã
vou ser assassinada

meu nome é Raimunda
meu nome é Ana
meu nome é Maria
cansada de ser a guerreira
todos os dias violentada
todos os dias agredida e estuprada

não me corte a carne
não me prive do amor
não me tire a vida
meu nome é Raimunda
meu nome é Ana
meu nome é Maria

olhe para mim

sou uma mulher
todos os dias

Pat Andrade

Poema de agora: Filhas da luta – Ricardo Iraguany

Filhas da luta

Somos a flor do amor, do amor
Desabrochando os sonhos
Quando afloramos com a força do ventre a luz da vida , do amor
Somos ciganas, santas, bruxas, Amazonas, parteiras , mulheres, deusas
No nosso estandarte
Somos filhas da luta , do amor
No nosso estandarte
Somos filhas da luta!

Ricardo Iraguany, Dayse Cyrus e Eloa Cyrus

Poema de agora: Desvalido – Leacide Moura

Desvalido

Aquela alma atormentada
Penava em grande sofrimento
Perambula a esmo
Era puro lamento

Vivia tão solitária
No meio da multidão
Ninguém se importava
Se ela dormia no chão

Olhava a sua volta
Era muita riqueza
Pessoas bem vestidas
Vivian na realeza

Trajando trapos a mendigar
Por um prato de comida
Mas no colo da madame
A cachorrinha ia bem vestida

Não recebia sorrisos
Eram sempre os maus-tratos
Lhe viravam os rostos
Quase que de imediato

Á noite era pior
À cidade adormecia
Ela sobre papelão
Sem lençol o frio padecia

Mas era nessa hora
Que seu coração aquecia
Falava com Jesus
Sua melhor companhia

Todo noite confiante
Entoava longa prece
Pedia pelo milagre
Pelo qual confiante agradece

De sessar seu sofrimento
Ir para o outro plano
Poder ser luz
Viiver com povo mais humano
Na presença de Jesus

Leacide Moura

Aos loucos, pirados pelo poder – Crônica de Elton Tavares – (Do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”)

Ilustração de Ronaldo Rony

Crônica de Elton Tavares

Queria que esses loucos por poder fossem tomados por lucidez e bom humor. Que eles respeitassem nossas individualidades, fraquezas, escolhas e habilidades. Gostaria que estes canalhas avaliassem o profissional, a pessoa, o amigo, sem o sagaz desejo de domínio absoluto do ser e sem a mão pesada da tirania imbecil.

Queria que estes doidos por dinheiro nos deixassem escolher, questionar, discernir, pensar livremente. Queria que os insanos por status nos desse o direito de sermos sinceros, de vivermos com clareza, de acordo com nossas escolhas, sem ameaças ou tramas de desconstrução de nossas imagens.

Ficaria feliz com um pouco de reconhecimento pelo que foi feito, pelo que aconteceu, pelos bons e ilusórios tempos de brodagem. Também seria grato se os alucinados se tocassem que não possuem superpoderes, muito menos competência para “queimar” quem não atende seus desejos.

Queria que fossem menos incoerentes, estúpidos, insensatos e imorais. Uma pena que loucos maus conduzam cegos, entre eles, bons cegos.

Por fim, queria mesmo que esses malucos monsenhores boçais e seus vassalos, envenenados pelo poder, parassem de, a esta altura do campeonato, tentar dar um migué (fraco) para cima de quem os conhece bem. Chega, insanos, de tentar rezar a missa em latim de trás pra frente.

Afinal, ninguém é totalmente mau ou plenamente do bem, mas injustiça e perseguição gratuita é loucura. E como é! Ah, como eu queria que esses loucos fossem menos pirados por poder.

Elton Tavares

*Texto do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”, lançado em 2020.