Jornalista cearense lança livro de poemas com homenagem ao Igarapé das Mulheres

O livro Únicos – poemas de solidão, saudade, silêncio e sombras (Editora Radiadora), do jornalista Alberto Perdigão, será lançado em Macapá, nesta terça-feira (6), às 19 horas, na noite pré-feriado do bar Banca Rio’s Beer (Av. Mendonça Furtado, 1773 – Central). Um dos poemas homenageia o Igarapé das Mulheres.

Únicos – poemas de solidão, saudade, silêncio e sombras (Radiadora, 2021) é o título do livro que será lançado pelo jornalista cearense Alberto Perdigão, nesta terça-feira (6), às 19 horas, no bar Banca Rio’s Beer (Av. Mendonça Furtado, 1773 – Central). O livro de 128 páginas é uma coletânea de 60 poesias, parte delas escritas durante a crise sanitária que atingiu o país.

As poesias de Perdigão falam de presença e ausência, de amor e desamor, numa linguagem que vai do lírico ao existencial. “Todos sentimos o isolamento, as mortes, as perdas, mas também entramos dentro de nós mesmos”, afirma o autor, numa referência ao pico da pandemia. “Também ouvimos nossas sombras, vimos nossos silêncios e nos tornamos iguais na dor”, completa.

O lançamento de Únicos terá música ao vivo e sessão de autógrafos. Aberto ao público.

Igarapé das Mulheres

Um dos poemas descreve o Igarapé das Mulheres, em Macapá. Perdigão retrata com leveza e lirismo o movimento da maré e dos barcos, da luz e das pessoas, num lugar de chegadas e de partidas, de encontros e desencontros. Os versos surgiram depois de um ensaio fotográfico realizado pelo jornalista, na orla de Macapá, em 2018, e publicado na revista Passagens da Universidade Federal do Ceará.

O autor

Alberto Perdigão é natural de Fortaleza, onde atua como jornalista e professor. É autor de outros três livros acadêmicos: Comunicação Pública e TV Digital: (EdUece, 2010), Comunicação Pública e Inclusão Política (RDS, 2014) e Política e Literatura de Cordel (RDS, 2022). “Estou feliz de lançar o Únicos em Macapá, que é minha cidade afetiva”, conclui.

Venda

O livro Únicos – poemas de solidão, saudade, silêncio e sombras está à venda no site da editora, em l1nq.com/sZjcF. Entrega grátis em todo o Brasil.

Ficha
Únicos – poemas de solidão, saudade, silêncio e sombras (Fortaleza, Editora Radiadora, 2021).
Capa: Gil Dicelli.
Ilustração da capa: Sérvulo Esmeraldo.
Diagramação: Etevaldo Gomes.
Fotos: Gentil Barreira e Erasmo Silva.
Impressão: RDS Gráfica e Editora.

Contato
Alberto Perdigão – (85) 99989-8639

Poema de agora: Amazônia – Ricardo Iraguany

Amazônia

Face parda, pés descalços
Pensamento sonhador
Peito largo e olhos graúdos
Seringueiro ou pescador
Com a certeza da incerteza
Vai remando sua dor
Enterrando sua tristeza
Com a fartura que acabou
Amazônica foi violentada


E toda maldade nela penetrou
Aculturação, mercúrio e queimada
Capital e seus homens sem amor
Pra onde foi cobra Norato
E o uirapuru tão cantador
O açaí foi desmatado
Virou palmito sem sabor
Caipora já sumiu
Boto sinhá não mais boiou


No matapi restam histórias De algum velho contador
A Amazônia foi violentada
E toda a maldade nela penetrou
Aculturação, mercúrio e queimada
capital e seus homens sem amor
Amazônia nossa hileia, nosso éden,
Quintal Santo, nosso encanto
Meu canto de beija-flor
Amazônia!
Amazônia!
Amazônia !

Ricardo Iraguany

Poema: Parabólica – Luiz Jorge Ferreira

Parabólica

Todos os dias ela me despe, me veste, me despe, me veste.
Entope meu cérebro com palavras de baixo calão.
Todos os dias ela reconta meu tempo e desconta o tempo que eu ainda tenho de Verões.
Todos os dias ela rasga minha roupa, arranha minha pele, amolece minhas unhas, e aprofunda a cor branca no branco dos meus cabelos.
Todos os dias ela xinga minhas preces, apaga o que aprendi, e esquece o que gravei, diz em Libra tremida o que eu nunca quis ouvir.


Todos dias ela chuta meus chinelos bem para longe de onde eu piso, e eu demoro a dar o primeiro passo.
Todos os dias ela apaga minhas pegadas, e ela desapaga minhas tristezas…
Ela multiplica as minhas mágoas com uma mágica solidão.
Eu continuo aqui… nú… calado…
pensando nos retratos… com gritos amarrados a língua…


Poucos sinais, muitos ais, alguns pecados mortais, outros veniais.
Ela evita estar comigo quando me agride o coração, me falha o respirar, me impede de engolir, e me escaneia o sonhar…
Ela querendo despedidas fez varias poesias com meu viver… e assinou.
V i d a.

Luiz Jorge Ferreira.

LANÇAMENTO ITINERANTE DO CAPITÃO AÇAÍ – Texto de Ronaldo Rodrigues (alter ego de Ronaldo Rony)

Texto de Ronaldo Rodrigues (alter ego de Ronaldo Rony)

Olha só! O Capitão Açaí chegando à edição nº 10. Ainda na base da xerox, pois o pai da criança, o cartunista Ronaldo Rony, foi acometido de uma grande tiriça e não correu atrás de apoio para imprimir em gráfica, que era o plano inicial. Mas não faltará oportunidade mais adiante para que este personagem ganhe ares de revista impressa de forma industrial e tal. O autor já está se articulando nesse sentido (isso se não bater mais uma dose cavalar de preguiça). Então sigamos com o Capitão Açaí, um super-herói tipicamente amazônico em sua sagrada missão de resgatar o nosso bom humor e, de quebra, salvar a humanidade.

Esta obra conta com a parceria do designer gráfico João Marques, que fez a finalização digital, e a competência do brother Naldo, da Central Cópias, que tem um carinho especial pelo nosso herói.

O cartunista em ação, correndo o risco. – Foto: equipe Sesc

Depois de dois bem-sucedidos lançamentos (na 1ª Exposição AP Quadrinhos no Sesc Centro e na Cava Viva), chegou a vez do lançamento itinerante, como Ronaldo Rony costuma chamar e consiste no seguinte: o autor em sua bicicleta e de mochila às costas percorre as ruas da cidade vendendo a revista de mão em mão. Isso após o horário comercial, que é quando o cartunista deixa de atuar em sua identidade secreta trabalhando como redator publicitário na Nagib Comunicação. Os eventos culturais da cidade também são palcos do lançamento e qualquer lugar onde o autor pode chegar, armar sua barraca imaginária e vender, bem ao estilo feirão. E ele ainda atende a encomendas pelo 96 99139-1360, que é o zap e também a chave pix (muito importante esta informação $$$$).

Ronaldo Rony posando com sua bike. Ele tirou o capacete apenas para fazer o registro. – Foto: Monalice Nogueira

O lançamento da revista número 10 do Capitão Açaí faz parte também de uma comemoração pra lá de especial: a chegada do criador e sua criatura a Macapá (vindos de Belém), que ocorreu no dia 1º de setembro de 1997, há 25 anos.

Então, se você vir um cara de bicicleta, de mochila nas costas, é o cartunista Ronaldo Rony vendendo o seu produto de qualidade garantida e querido por crianças e adultos. Não deixe passar a oportunidade de adquirir a revista por R$ 5,00 e, se preferir, ainda levar um autógrafo do autor. Aproveite!

Poema de agora: Do que é feito o amor? – Carla Nobre

Do que é feito o amor?

Do que é feito o amor?
Será tua cicatriz no rosto que faz o amor existir?
De onde afinal, meu deus, vem o amor?
Ruas, avenidas, oceanos?
Talvez dos teus cabelos curtos ou longos?
Talvez do teu sorriso largo
Eu já te amo de tantas formas que não sei da onde vem
Essa agonia em meu peito
As vezes eu olho essa cidade
Mas não reconheço suas ruas
Farmácias pipocam em lugares malucos
Ruas mudaram de direção
Os sinais contam os segundos
E o meu amor aqui intacto por ti
Cada dia chega uma multa nova em casa
E meu coração?
Uma bagunça no trânsito
Velocidade sempre alta
O amor se perde nestes dias ensolarados
Há uma contramão em nós dois
Onde afinal o amor se escondeu?
Perdeu-se num bueiro?
Eu não sei ao certo
Mas o meu amor é sempre um desespero
Me perdoa se não aprendi a dirigir
Me perdoa se não aprendi a te deixar
O amor é esse sinal fechado
No meu peito abandonado

Carla Nobre

Poema de agora: Setembro – Thiago Soeiro – @ThiagoSoeiro

Setembro

Silenciosamente as flores esperam a próxima chuva.
Querem banhar-se de água doce do céu.
Haveria eu como adiantar a chuva?
Esse setembro corre seco em minha boca,
não me deixa falar algumas palavras passadas
Existe salvação para as flores secas?
Acreditar…

A palavra toma conta dos dias alaranjados
É mais que querer.
É fé que dias melhores estão por vir
Tem flores morrendo nos campos esta primavera
Só pra nascer em teus cabelos no próximo verão.

Thiago Soeiro

Poeta Paulo Tarso Barros gira a roda da vida. Feliz aniversário, amigo!

Eu, com os escritores e poetas, Fernando Canto e Paulo Tarso Barros (nosso querido aniversariante). Foto: Sal Lima

Gosto de parabenizar amigos em seus natalícios, pois declarações públicas de amor, amizade e carinho são importantes pra mim. Além disso, o Amapá precisa preservar, reconhecer e homenagear seus grandes nomes em todas as áreas de atuação. Esse texto, além de ser uma felicitação, é um momento de reconhecimento.

Quem gira a roda da vida neste vigésimo nono dia de agosto, é o professor, escritor, contista, poeta, servidor público, membro da União Brasileira de Escritores (UBE), da Associação Amapaense de Escritores e da Academia Arariense-Vitoriense de Letras e imortal da Academia Amapaense de Letras (AAL), militante cultural e amigo deste editor, Paulo Tarso Silva Barros.

Nascido em Vitória do Mearim (MA), Paulo chegou ao Amapá com 18 anos e escolheu Macapá como lar. É um marido e pai dedicado de duas filhas (uma delas, minha querida Ingrid). Tarso é um escritor premiado, autor de várias obras e de centenas de crônicas e artigos na imprensa do Amapá, Pará, Maranhão, São Paulo, Pará e Rio de Janeiro. Paulo é um cara que começou a escrever com 13 anos. Publicou poemas em jornais, criou grupo de teatro, escreveu e dirigiu peças, produziu literatura de cordel e panfletos.

Além disso, é um incentivador da Literatura e de novos escritores. Hoje ele chega aos 61 anos, bem lidos, bem escritos e bem vividos. Pelo grande cara que Paulo de Tarso é e por tudo que ele fez pela cultura do Amapá, hoje lhe rendo homenagens.

Amigo, que seu novo ciclo seja ainda mais produtivo. Que tenhas sempre saúde e ainda mais sucesso junto aos seus amores. Parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

Elton Tavares

Poema de agora: Reflexo – Luiz Jorge Ferreira

Reflexo

Vamos passar no Ontem
Vista sua calça Jeans, a mais desbotada, aquela com que você se sentou varias vezes na calçada, para falarmos de um amanhã, que hoje, Ontem já é.

Noutro dia uma chuva fininha ensopou meus olhos, enquanto uma saudade sua tomou minhas mãos e levou-me ao quintal onde sob o voo desajeitado dos Zangões que atabalhoadamente circularam o Sol.


Minh ‘alma sentada jogava cartas com o espelho.
Os grafites no muro da Igreja sem sons de sino.
Testemunhas são que eu procuro caminhos entre as minhas digitais.
Que enfileiro manhãs e lhes jogo o Sol das lagrimas que sequei chorando por mim.
Sob os passos tortos e impares.
No chão os passos que eram sombras, agora são
rumos cicatrizados…
Poderiam me levar ao passado.
Poderiam me fazer dançar Tangos e Fados, inúteis vezes, diversas vezes, em vários recomeços, inumeráveis vezes, ilusionamente só.

Luiz Jorge Ferreira

Senadores lançam livro sobre bastidores da CPI da Covid e pré-venda está disponível na internet

Já está disponível na internet a pré-venda do livro “A política contra o vírus: bastidores da CPI da Covid”, escrito pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Humberto Costa (PT-PE). Os parlamentares atuaram na linha de frente das investigações que revelaram escândalos de corrupção e o descaso do Governo Federal diante da maior tragédia sanitária da história do Brasil.

O lançamento oficial da obra irá ocorrer em 15 de outubro. A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) foi um agente fundamental na mobilização de setores pró-democracia e de combate ao negacionismo.

No livro, os senadores contam em detalhes articulações e estratégias desde a coleta de assinaturas para a instalação da CPI da Covid até às discussões que levaram à produção do relatório final. O documento pediu o indiciamento de 78 pessoas e 2 empresas, além de responsabilizar o presidente Jair Bolsonaro (PL) por pelo menos 9 crimes.

“A comissão foi instalada num cenário de total descaso e negacionismo no país e foi essencial para a tomada de medidas de combate ao vírus, além de ter sido um instrumento da sociedade civil na luta pela vida”, destacou Randolfe Rodrigues.

Link de pré-venda do livro: https://www.amazon.com.br/dp/6559211290/ref=redir_mobile_desktop?_encoding=UTF8&qid=&ref_=tmm_pap_swatch_0&sr=

Assessoria de comunicação do senador Randolfe Rodrigues

UM DIA DE MAIO – Texto poético de Luiz Jorge Ferreira

Texto poético de Luiz Jorge Ferreira

Um dia de maio em que você se veste para ir ao trabalho
eu procuro o Band-Aid para colocar no calo
E no prédio em frente, uma mulher igual e em frangalhos, aproxima-se da janela e estende, cicatrizados no lençol, migalhas da noite, suor, beijos e
orgasmos.

Um dia de maio
em que eu vejo de soslaio que as marcas da vacina de varíola
no seu braço desceram alguns centímetros.
Um caminhão de gás toca um clássico e as estrelas do Cruzeiro do Sul se embaraçam no fio da Eletropaulo.
Eu fixo meus olhos no concreto do prédio,
em que a mulher estende o lençol.
E de abstrato vejo o espaço que o sol ocupa nesse momento,
entre os prédios, percebo o tempo,
e outras aves no parapeito da janela e pergunto:
– Onde deixei o Band Aid? (e com que sapato fiz este calo?)

Ouço o noticiário.
Alguém em Bagdá se suicida,
outro promete amar-se para não ser solitário
e é tanta angústia na TV que acho difícil adivinhar o nome da
mulher do prédio em frente.

Na tela do aparelho
surge um colorido boreal colorindo o Colorado de lama e
esquilos e isto toma a outra parte do noticiário.
E eu me indago: – Quantos filhos terá aquela mulher do prédio
em frente que teimosamente enfrenta o vento para estender
o lençol?

Eu não gosto de vê-la me olhar
e por isso dos dentes retiro um pedacinho de carne e o jogo na
direção da janela para espantá-la.
E imagino que à tarde deve haver bastante trânsito
e embora você ande nua pelo quarto,
eu só tenho olhos e dor para o calo.

Olho para o Band-Aid escondido na gaveta neste dia de maio,
para a folhinha da parede que tem uma paisagem japonesa,
confiro a data e penso nas Gueixas e penso no alfabeto japonês que é muito difícil de aprender.
E penso na música dos Rolling Stones, cantada nesta língua
mas a língua é a pátria,
e a pátria é uma dor no peito,
à semelhança da dor no calo.

Olho para a janela e a mulher acabou de sumir,
entre preocupações e um andar arrastado.

É um dia de maio,
não tenho hábito de por talco nos pês.
Então saio.

Festival promove encontros de leitores e autores para difundir a literatura em Macapá

Escritora quilombola Esmeraldina Ramos é uma das convidadas do Flimac — Foto: Jorge Júnior/Rede Amazônica

Por Rafael Aleixo

Acontece, desde a quinta-feira (18), o 1º Festival Literário de Macapá (Flimac), que busca fomentar e promover o incentivo e difusão da leitura na capital amapaense. A abertura ocorre às 9h na Universidade Federal do Amapá (Unifap).

O evento segue até domingo (21), numa programação intensa e itinerária, levando mais de 80 artistas amapaenses de diversos segmentos até escolas, passarelas, mercados, universidades e conjuntos habitacionais.

Artista Sabrina Zahara se apresenta na abertura da programação — Foto: Rogério Lameira/PMM/Divulgação

Haverá apresentações musicais, como o show de Sabrinha Zahara. O Flimac conta ainda com tarde de autógrafos de autores como o Thiago Soeiro, com a obra “Salva-Vidas“, saraus, rodas de diálogos com escritores como Esmeraldina Ramos, e até exibição de filmes como o “Solitude“, tudo de graça.

De acordo com a coordenação do evento, a realização em diversos espaços tem o objetivo de oportunizar a ampla participação dos moradores da cidade . A proposta é divulgar obras de escritores locais, facilitar o acesso de toda a população a esses escritores, incentivando o hábito da leitura.

“Temos escritores de alto nível aqui, mas sabemos que eles não têm a visibilidade necessária. O Festival se coloca como uma ponte entre autores e sociedade”, explicou Andrea Lopes, porta-voz do evento.

O Festival pretende colocar a capital no circuito nacional de festivais literários, buscando incentivos para o setor do livro, leitura e literatura. O Flimac é coordenado pelo Coletivo Juremas e pela produtora Ói Nóiz Akí, com apoio financeiro da Prefeitura de Macapá e do deputado federal Camilo Capiberibe.

Fonte: G1 Amapá.

Jornalista Elson Martins lança o livro “Acre: um Estado de Espírito”, em Macapá

Nos anos 70, do meio da floresta, no estado do Acre, o jornalista Elson Martins ousou falar de Amazônia, registrar fatos e contar os problemas e belezas da região, em uma época em que o mundo tinha sede de informações do Norte do Brasil. Parte dessas experiências Elson compartilhou em seu livro “Acre: um Estado de Espírito”. A publicação é a compilação de crônicas, entrevistas e matérias já publicadas e será lançado dia 19 de agosto, em Macapá, em uma noite de autógrafos.

Fundador do jornal Varadouro, que circulou em todas as capitais do país, ele atuava principalmente como correspondente do jornal O Estado de São Paulo, e colaborava com outros jornais e revistas. “Acre: Um Estado de Espirito” tem a mesma emoção e verdade que ele carrega desde que, nos anos cinquenta, saiu do Acre para estudar em Belo Horizonte com passagens por Belém e Amapá.

Elson nasceu no Município de Sena Madureira, no seringal Nova Olinda, no Acre. Em 1959, passou pelo Amapá e concluiu o segundo grau no Colégio Amapaense (CA). Editou por algum tempo o jornal O Castelo, do Grêmio Rui Barbosa, do CA, e A Voz Católica, da Prelazia. Ao retornar de sua temporada em BH, no início da década de setenta, estava como membro do partido clandestino ALN. Mas sua militância tinha como arma o jornalismo.

Jornalista Elson Martins – Foto: Divulgação.

Sua luta em defesa da Amazônia o fez amigo pessoal do líder seringueiro Chico Mendes, cuja história foi registrada na minissérie da Rede Globo, “Amazônia – De Galvez a Chico Mendes”. Por ser testemunha viva desta saga, Elson foi convidado pela autora de novelas Glória Perez para ser consultor, e acabou se tornando personagem.

Elson retornou ao Amapá em 1991 e permaneceu até 2002 editando o jornal Folha do Amapá. Tanto no Acre como no Amapá inspirou jovens jornalistas ideológicos que atuaram com ética e compromisso social. Agora ele lança seu primeiro livro em Macapá, prometendo outros quatro que falarão de sua trajetória jornalística de mais de 50 anos (ele completou 83 em junho). O lançamento de “Acre-Um Estado de Espírito” ocorrerá na Confraria Semblano.

O livro tem como ilustração de capa uma bela pintura do pintor acreano Fernando França, que vive em Fortaleza (Ceará). A publicação impressa pode ser comprada através do Instagram @regadordehistórias, ou ainda adquirida em formato e-book, no endereço www.lojaxapuri.info. Na noite do lançamento estará à venda pelo valor de R$ 40,00.

Serviços:

Lançamento do livro “Acre: Um Estado de Espírito”
Data: 19 de agosto
Hora: 20h
Local: Confraria Semblano
Av: Cora de Carvalho, entre Hildemar Maia e Santos Dumont.

Mariléia Maciel
Assessoria de comunicação

Nostalgia, cinema e viagem no tempo – Crônica de Elton Tavares – Do livro *Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”

Ilustração de Ronaldo Rony

Sou um nostálgico assumido, como todos que me leem bem o sabem. Também adoro o tema viagem no tempo e tudo que ela pode proporcionar, como, por exemplo, mudar o passado e buscar no futuro o aprendizado da paz com a evolução dos homens. Algumas teorias sugerem viagens no tempo através de realidades paralelas. Claro que a possibilidade disso é zero (será?).

O conceito já foi abordado diversas vezes como ficção-científica na Literatura e Cinema. A linha mais famosa é do autor de obras sobre o tema, o escritor H. G. Wells. Como já escrevi antes, todos sonham com o poder de viajar no tempo.

Os curiosos querem saber o futuro e os nostálgicos, como eu, voltar ao passado. Quem sabe corrigir rupturas de grandes amizades, não investir em falsos amores, evitar mortes de pessoas que amamos e avisar sobre todo tipo de catástrofes, entre outras coisas.

Certa vez, tive um pesadelo com jeito de lembrança: eu era um guerreiro da idade média e fui ferido mortalmente em uma batalha. Quem sabe, seguindo a linha do espiritismo, isso não rolou mesmo? Falando em doideiras que não consigo explicar com o passado, que nunca teve um Déjà vu? (pronuncia-se Déjà vi, é um termo da língua francesa, que significa “já visto”).

Uma reação psicológica que faz com que o cérebro nos informe que já vivemos aquilo ou estivemos naquele lugar, sem jamais termos ido e presenciado tal fato. É muita onda!

Sobre a viagem no tempo, sempre digo que a música é o principal veículo para o passado, mas já imaginaram se rolasse umas idas e vindas para o futuro e passado, de fato, como no cinema? Seria uma doideira sem fim, uma sucessão de correções de erros cometidos lá atrás, a história aconteceria em círculos.

Nos filmes “O Homem do Futuro”, Zero (personagem de Wagner Moura), vai atrás da amada em uma máquina do tempo construída por ele mesmo; Em “ Click”, o longa conta a história de Michael Newman (Adam Sandler), que através de um controle remoto, adianta-se e regressa-se no tempo de sua própria vida; em “ O Feitiço do Tempo”, Phil Connors (Bill Murray) simplesmente dorme e acorda na manhã do mesmo dia, numa maluquice sem fim. Já no drama romântico “Em algum lugar do passado”, Richard Collier (Christopher Reeve), por meio da autohipnose, se transfere para determinado espaço no tempo em busca de sua amada Elise (Jane Seymour). Ainda, Evan Treborn (Ashton Kutcher), em “Efeito Borboleta”, lia trechos de seu diário para voltar no tempo até a época em que o texto foi escrito. E, claro, Marty McFly (Michael J. Fox), retorna ao passado e viaja ao futuro a bordo do carro Delorean, transformado em máquina do tempo pelo dr. Emmett “Doc” Brown (Christopher Lloyd)

Outros tantos também se desenvolvem em cima do tema. A Viagem no Tempo inspirou filmes como: A quadrilogia O Exterminador do futuro; Bill & Ted -Bogus Journey; A Máquina do Tempo; Os Doze Macacos (Twelve Monkeys); “Voyagers – Os Viajantes do Tempo”; “Donnie Darko”; Dejavu; Stargate”; Meia-Noite em Paris; Planeta dos Macacos; A Ressaca, e o seriado Lost.

Agora chega de devanear, pois se a máquina do tempo existisse, já tínhamos visitado a nós mesmos. Muito mais bacana do que ficarmos apegados ao passado e com medo do futuro é vivermos o agora da melhor forma possível. Dar uma nova chance a nós mesmos e tentar abrir portas que se fecharam há muito, sempre na luta pela felicidade própria e de quem amamos.

Afinal, a vida é agora!

Elton Tavares

*Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”, de minha autoria, lançado em novembro de 2021.

Coletivo artístico local coordena o primeiro Festival Literário de Macapá

O Festival é o primeiro realizado em Macapá e portanto coloca a capital do meio do mundo no circuito nacional de festivais literários. Imagem: Divulgação.

Acontece entre os dias 18 a 21 de agosto, o primeiro Festival Literário de Macapá, comandado pelo Coletivo Juremas, com o objetivo de consolidar e promover o incentivo e difusão da leitura na capital amapaense. O evento conta com a participação de mais de 80 artistas amapaenses, de diversos segmentos.

O Festival objetiva fomentar e promover o incentivo e difusão da leitura na capital amapaense. A abertura oficial do FLIMAC 2022 será na Universidade Federal do Amapá. Os demais dias do evento serão realizados em espaços que oportunizem a ampla participação dos moradores da cidade.

A produção do 1º FLIMAC está sob a coordenação do Coletivo Juremas e da produtora Ói Nóiz Akí. De acordo com a organização do Festival, a proposta é divulgar obras de escritores locais, facilitar o acesso de toda a população a esses escritores, incentivando o hábito da leitura.

“Temos escritores de alto nível aqui, mas sabemos que eles não têm a visibilidade necessária, o Festival se coloca como uma ponte entre autores e sociedade”, pontuou Andrea Lopes, porta-voz do evento pelo Coletivo Juremas.

O Festival é o primeiro realizado em Macapá e portanto coloca a capital do meio do mundo no circuito nacional de festivais literários, o que pode gerar um olhar atento da população e dos governantes para o setor do livro, leitura e literatura por aqui.

Sobre o Coletivo Juremas

O grupo amapaense existe desde setembro de 2018 e reúne artistas de talentos variados, com ênfase na poesia e na música. O grupo promete alimentar a efervescência cultural e artística no estado, apresentando performances na capital e no interior, estendendo o acesso à arte também nas áreas periféricas da cidade de Macapá.

O fomento para a realização desse projeto literário é fruto de emenda parlamentar executada pela Fundação Municipal de Cultura (Fumcult).

Confira a programação AQUI.

Apoio:

Prefeitura Municipal de Macapá
Amapá nas Entrelinhas
Execução Coletivo Juremas
Produtora Ói Nóiz Akí

Mais informações:

(96 9 8138-5712) Mary Paes, Assessora de Imprensa do Coletivo Juremas.
(96 9 8113-8715) Bárbara Ribeiro, equipe de divulgação pelo Amapá nas Entrelinhas.