Jornalista Elson Martins lança o livro “Acre: um Estado de Espírito”, em Macapá

Nos anos 70, do meio da floresta, no estado do Acre, o jornalista Elson Martins ousou falar de Amazônia, registrar fatos e contar os problemas e belezas da região, em uma época em que o mundo tinha sede de informações do Norte do Brasil. Parte dessas experiências Elson compartilhou em seu livro “Acre: um Estado de Espírito”. A publicação é a compilação de crônicas, entrevistas e matérias já publicadas e será lançado dia 19 de agosto, em Macapá, em uma noite de autógrafos.

Fundador do jornal Varadouro, que circulou em todas as capitais do país, ele atuava principalmente como correspondente do jornal O Estado de São Paulo, e colaborava com outros jornais e revistas. “Acre: Um Estado de Espirito” tem a mesma emoção e verdade que ele carrega desde que, nos anos cinquenta, saiu do Acre para estudar em Belo Horizonte com passagens por Belém e Amapá.

Elson nasceu no Município de Sena Madureira, no seringal Nova Olinda, no Acre. Em 1959, passou pelo Amapá e concluiu o segundo grau no Colégio Amapaense (CA). Editou por algum tempo o jornal O Castelo, do Grêmio Rui Barbosa, do CA, e A Voz Católica, da Prelazia. Ao retornar de sua temporada em BH, no início da década de setenta, estava como membro do partido clandestino ALN. Mas sua militância tinha como arma o jornalismo.

Jornalista Elson Martins – Foto: Divulgação.

Sua luta em defesa da Amazônia o fez amigo pessoal do líder seringueiro Chico Mendes, cuja história foi registrada na minissérie da Rede Globo, “Amazônia – De Galvez a Chico Mendes”. Por ser testemunha viva desta saga, Elson foi convidado pela autora de novelas Glória Perez para ser consultor, e acabou se tornando personagem.

Elson retornou ao Amapá em 1991 e permaneceu até 2002 editando o jornal Folha do Amapá. Tanto no Acre como no Amapá inspirou jovens jornalistas ideológicos que atuaram com ética e compromisso social. Agora ele lança seu primeiro livro em Macapá, prometendo outros quatro que falarão de sua trajetória jornalística de mais de 50 anos (ele completou 83 em junho). O lançamento de “Acre-Um Estado de Espírito” ocorrerá na Confraria Semblano.

O livro tem como ilustração de capa uma bela pintura do pintor acreano Fernando França, que vive em Fortaleza (Ceará). A publicação impressa pode ser comprada através do Instagram @regadordehistórias, ou ainda adquirida em formato e-book, no endereço www.lojaxapuri.info. Na noite do lançamento estará à venda pelo valor de R$ 40,00.

Serviços:

Lançamento do livro “Acre: Um Estado de Espírito”
Data: 19 de agosto
Hora: 20h
Local: Confraria Semblano
Av: Cora de Carvalho, entre Hildemar Maia e Santos Dumont.

Mariléia Maciel
Assessoria de comunicação

Nostalgia, cinema e viagem no tempo – Crônica de Elton Tavares – Do livro *Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”

Ilustração de Ronaldo Rony

Sou um nostálgico assumido, como todos que me leem bem o sabem. Também adoro o tema viagem no tempo e tudo que ela pode proporcionar, como, por exemplo, mudar o passado e buscar no futuro o aprendizado da paz com a evolução dos homens. Algumas teorias sugerem viagens no tempo através de realidades paralelas. Claro que a possibilidade disso é zero (será?).

O conceito já foi abordado diversas vezes como ficção-científica na Literatura e Cinema. A linha mais famosa é do autor de obras sobre o tema, o escritor H. G. Wells. Como já escrevi antes, todos sonham com o poder de viajar no tempo.

Os curiosos querem saber o futuro e os nostálgicos, como eu, voltar ao passado. Quem sabe corrigir rupturas de grandes amizades, não investir em falsos amores, evitar mortes de pessoas que amamos e avisar sobre todo tipo de catástrofes, entre outras coisas.

Certa vez, tive um pesadelo com jeito de lembrança: eu era um guerreiro da idade média e fui ferido mortalmente em uma batalha. Quem sabe, seguindo a linha do espiritismo, isso não rolou mesmo? Falando em doideiras que não consigo explicar com o passado, que nunca teve um Déjà vu? (pronuncia-se Déjà vi, é um termo da língua francesa, que significa “já visto”).

Uma reação psicológica que faz com que o cérebro nos informe que já vivemos aquilo ou estivemos naquele lugar, sem jamais termos ido e presenciado tal fato. É muita onda!

Sobre a viagem no tempo, sempre digo que a música é o principal veículo para o passado, mas já imaginaram se rolasse umas idas e vindas para o futuro e passado, de fato, como no cinema? Seria uma doideira sem fim, uma sucessão de correções de erros cometidos lá atrás, a história aconteceria em círculos.

Nos filmes “O Homem do Futuro”, Zero (personagem de Wagner Moura), vai atrás da amada em uma máquina do tempo construída por ele mesmo; Em “ Click”, o longa conta a história de Michael Newman (Adam Sandler), que através de um controle remoto, adianta-se e regressa-se no tempo de sua própria vida; em “ O Feitiço do Tempo”, Phil Connors (Bill Murray) simplesmente dorme e acorda na manhã do mesmo dia, numa maluquice sem fim. Já no drama romântico “Em algum lugar do passado”, Richard Collier (Christopher Reeve), por meio da autohipnose, se transfere para determinado espaço no tempo em busca de sua amada Elise (Jane Seymour). Ainda, Evan Treborn (Ashton Kutcher), em “Efeito Borboleta”, lia trechos de seu diário para voltar no tempo até a época em que o texto foi escrito. E, claro, Marty McFly (Michael J. Fox), retorna ao passado e viaja ao futuro a bordo do carro Delorean, transformado em máquina do tempo pelo dr. Emmett “Doc” Brown (Christopher Lloyd)

Outros tantos também se desenvolvem em cima do tema. A Viagem no Tempo inspirou filmes como: A quadrilogia O Exterminador do futuro; Bill & Ted -Bogus Journey; A Máquina do Tempo; Os Doze Macacos (Twelve Monkeys); “Voyagers – Os Viajantes do Tempo”; “Donnie Darko”; Dejavu; Stargate”; Meia-Noite em Paris; Planeta dos Macacos; A Ressaca, e o seriado Lost.

Agora chega de devanear, pois se a máquina do tempo existisse, já tínhamos visitado a nós mesmos. Muito mais bacana do que ficarmos apegados ao passado e com medo do futuro é vivermos o agora da melhor forma possível. Dar uma nova chance a nós mesmos e tentar abrir portas que se fecharam há muito, sempre na luta pela felicidade própria e de quem amamos.

Afinal, a vida é agora!

Elton Tavares

*Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”, de minha autoria, lançado em novembro de 2021.

Coletivo artístico local coordena o primeiro Festival Literário de Macapá

O Festival é o primeiro realizado em Macapá e portanto coloca a capital do meio do mundo no circuito nacional de festivais literários. Imagem: Divulgação.

Acontece entre os dias 18 a 21 de agosto, o primeiro Festival Literário de Macapá, comandado pelo Coletivo Juremas, com o objetivo de consolidar e promover o incentivo e difusão da leitura na capital amapaense. O evento conta com a participação de mais de 80 artistas amapaenses, de diversos segmentos.

O Festival objetiva fomentar e promover o incentivo e difusão da leitura na capital amapaense. A abertura oficial do FLIMAC 2022 será na Universidade Federal do Amapá. Os demais dias do evento serão realizados em espaços que oportunizem a ampla participação dos moradores da cidade.

A produção do 1º FLIMAC está sob a coordenação do Coletivo Juremas e da produtora Ói Nóiz Akí. De acordo com a organização do Festival, a proposta é divulgar obras de escritores locais, facilitar o acesso de toda a população a esses escritores, incentivando o hábito da leitura.

“Temos escritores de alto nível aqui, mas sabemos que eles não têm a visibilidade necessária, o Festival se coloca como uma ponte entre autores e sociedade”, pontuou Andrea Lopes, porta-voz do evento pelo Coletivo Juremas.

O Festival é o primeiro realizado em Macapá e portanto coloca a capital do meio do mundo no circuito nacional de festivais literários, o que pode gerar um olhar atento da população e dos governantes para o setor do livro, leitura e literatura por aqui.

Sobre o Coletivo Juremas

O grupo amapaense existe desde setembro de 2018 e reúne artistas de talentos variados, com ênfase na poesia e na música. O grupo promete alimentar a efervescência cultural e artística no estado, apresentando performances na capital e no interior, estendendo o acesso à arte também nas áreas periféricas da cidade de Macapá.

O fomento para a realização desse projeto literário é fruto de emenda parlamentar executada pela Fundação Municipal de Cultura (Fumcult).

Confira a programação AQUI.

Apoio:

Prefeitura Municipal de Macapá
Amapá nas Entrelinhas
Execução Coletivo Juremas
Produtora Ói Nóiz Akí

Mais informações:

(96 9 8138-5712) Mary Paes, Assessora de Imprensa do Coletivo Juremas.
(96 9 8113-8715) Bárbara Ribeiro, equipe de divulgação pelo Amapá nas Entrelinhas.

A entressafra criativa – Crônica de Elton Tavares – Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”.

Ilustração de Ronaldo Rony

Crônica de Elton Tavares

De tempos em tempos, não consigo filosofar, mesmo que de forma barata, sobre a vida. Antes redigia um texto por dia com tanta facilidade. É, nem escrevo mais tanto sobre boemia, um de meus assuntos prediletos. Quem dera ter o dom de poetizar ou redigir uma crônica sobre uma invenção qualquer.

Essas insônias solitárias, na companhia de livros, fotos, papos virtuais e a madrugada com a trilha sonora recheada de The Cure promovem uma mistura de sensações e doideiras. Sobre isso, não basta neste momento para um bom texto.

Aí volto a tentar escrever algo legal, seja sobre o trabalho, este novo blog e todas as possibilidades…

Quem sabe sobre amigos.

Nada.

Me faltam ideias.

Normal, é a “entressafra criativa”. Talvez sobre o dia a dia de um assessor de comunicação-jornalista-editor? Nada…quanta tolice!

Quando ocorre, substituo o conteúdo feito de invenção por posts informativos. Claro que com referências e assuntos que acho que são relevantes.

O jeito é canalizar a energia para leitura, afinal os livros sempre fertilizam as ideias e aquecem a paixão pela escrita sobre tudo, até os sonhos. É, vou ler um pouco e tentar dormir. Tomara que amanhã eu vá à forra, viva mais, experimente mais dessa experiência que é existir, e assim, a entressafra criativa vá embora.

Por enquanto, vamos aos sonhos – outra maneira de encontrar com o lúdico de viver. É isso!

*Do livro “Papos de Rocha e outras crônicas no meio do mundo”, de minha autoria, lançado em novembro de 2021.

Biblioteca comunitária de Campina de São Benedito, distrito de Macapá, ganha sede própria

A ONG Vaga Lume, que há 20 anos trabalha com gestão de bibliotecas comunitárias em regiões rurais da Amazônia, acaba de dar um grande passo junto à comunidade de Campina de São Benedito, distrito de Macapá, estado do Amapá. A biblioteca Semente Viva ganhou nova sede após 12 anos de atuação e engajamento comunitário.

Inicialmente, as bibliotecas da Vaga Lume são implementadas em espaços que a comunidade já possui, podendo ser, por exemplo, dentro de uma escola pública. Conforme a biblioteca vai se fortalecendo pela gestão comunitária e o empenho dos voluntários, ela ganha um espaço exclusivo, construído para ser a sede própria. A comunidade de São Benedito já havia construído uma primeira unidade com voluntariado e recursos dos próprios comunitários. Agora, com a ajuda da Vaga Lume e do Prêmio Itaú-Unicef, foi possível fazer uma nova sede.

“A Vaga Lume veio realmente como uma luz. Desde a chegada dos primeiros livros, há 12 anos, o impacto nas crianças e adolescentes tem sido muito grandes”, diz a educadora Alice Palmerim, que faz parte da biblioteca desde o início.

“No contexto amazônico, a leitura de qualidade se insere como um fator determinante na formação de cidadãos globais. O projeto da Vaga Lume trabalha também o desenvolvimento de competências socioemocionais e incentiva o acolhimento do público juvenil pela biblioteca, comunidade e escola”, diz Lia Jamra Tsukumo, Diretora Executiva da Vaga Lume.

Das 86 bibliotecas que a Vaga Lume implantou na Amazônia, seis estão em Macapá. Foram 8.671 enviados, 1.531 pessoas impactadas e 257 mediadores de leitura formados. Atualmente o projeto conta com 50 voluntários ativos na região.

Sobre a Vaga Lume

Criada há 20 anos, a Vaga Lume está presente em 22 municípios da Amazônia Legal, com 86 bibliotecas comunitárias e 5 mil mediadores de leitura formados. O seu propósito é empoderar crianças de comunidades rurais da Amazônia por meio da leitura e da gestão de bibliotecas comunitárias, promovendo intercâmbios culturais com a leitura, a escrita e a oralidade para ajudar a formar pessoas mais engajadas na transformação de suas realidades.

Fonte: Diário do Amapá.

Há um novo bar restaurante na cidade. Poucas novidades e velhas canalhices – Crônica de Elton Tavares

Crônica de Elton Tavares

Há um novo bar restaurante na cidade. Também a velha mania de parar por qualquer evento diferente, tipo coisa do interior. Mas até aí tudo bem, faz parte da fuga por coisas novas.

Também há muita insatisfação, descrédito e pouca esperança. Também jovens ávidos por uma chance, um emprego e velhos professores aflitos pelo retorno de benefício salarial ou os novos, pela falta de um reajuste justo.

Há crianças se prostituindo e velhos coronéis ainda no poder. Há gente morrendo nos hospitais e alguns ainda dizem que tudo está no seu lugar. Há caos, desordem e desonestidade à rodo. Há má vontade…

Há sonhos engavetados e paixões idiotas. Há muita grana a ser gasta com a massa de manobra por interesses obscuros. Há medo!

Há pessoas assistindo a tudo sem fazer nada. Uns por egoísmo, outros por conveniência. Há ameaças, chantagens, acordos e punições. Há violência. E de toda forma. Corpórea e moral. Há assédio, mas todos chamam de “Lei do mais forte”.

Há casamentos, separações, mortes e nascimentos. Há loucos impetuosos e covardes acomodados. Há muita alienação e burrice colorida. Há canalhas demais!

Há muita beleza natural, muita gente do bem, tanto por fazer e amores (sur)reais. Mas há poucas novidades e velhas canalhices, mas todo mundo só pensa na porra do novo bar restaurante na cidade.

Elton Tavares

Prefeitura repassa R$ 155 mil para realização do 1º Festival Literário de Macapá nesta segunda-feira (15)

Intuito é fortalecer a política do livro, democratizar o acesso e incentivar a leitura | Foto: Arquivo/PMM

A cultura literária na capital recebe investimentos nesta segunda-feira (15), para a realização do 1º Festival Literário de Macapá (Flimac), com o repasse de R$ 155.803,00. O prefeito da capital, Dr. Furlan, faz a entrega do cheque simbólico no Mercado Central. O intuito é fortalecer a política do livro, democratizar o acesso e incentivar a leitura.

O festival será realizado nos dias 18 a 22 de agosto e a programação conta com palestra, contação de histórias, exposições de artes visuais, lançamentos de livros, mesas de debate e saraus em diversas instituições públicas. Além disso, o evento também destaca a atuação de profissionais macapaenses com a entrega do “Troféu Jurema de Literatura”.

O fomento acontece por meio da emenda parlamentar do deputado federal, Camilo Capiberibe, sendo deliberada pela Fundação Municipal de Cultura (Fumcult).

Para o diretor-presidente da Fumcult, Olavo Almeida, o investimento contribui para o desenvolvimento cultural, literário e pedagógico de crianças e adultos.

“Esse investimento será utilizado para financiamento de toda a estrutura e contratação de profissionais para a realização do festival. É um momento importante que marca o compromisso em envolver toda a sociedade em um evento que valoriza todas as formas de expressão para o desenvolvimento da leitura e escrita”, explica.

Anézia Lima
Fundação Municipal de Cultura

Poema de agora: Suspensório colorido – Luiz Jorge Ferreira

Suspensório colorido

…Estamos na sétima década…
Convivemos com Outonos e Invernos cada vez mais ásperos.
Há no outdoor um frase que não nos estimula a nos desfazermos dos chinelos e caminhar para os Arco-íris dependurados um pouco adiante.
O tataravó do nosso gato siamês…nos reconhece.
Estamos debaixo dos lençóis e o frio entrou conosco.
As coceiras são futuros ferimentos…
E os ferimentos são praticamente tatuagens perpétuas.
Mas encontrar os amigos para conversar sobre passado é um bálsamo.

Quem criou a palavra saudade.
Criou a saudade que se fragmenta todo o dia, mas todos os dias ela surge inteira, dentro da xicara de café, em uma fatia de pão, no tamborilhar da chuva na vidraça, em um antigo filme preto e branco…
Nós estamos na sétima década…
Nada nós retrata a eternidade.

Luiz Jorge Ferreira

Aluna do curso de Jornalismo publica livro sobre Walter Benjamin e a aura jornalística

A aluna do curso de Jornalismo da Unifap Tássia Malena publicou um livro pela editora da Universidade. A obra, intitulada AUTENTICIDADE NA ERA DA REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA NO JORNALISMO é resultado do TCC defendido no primeiro semestre de 2022 e conta com prefácio escrito pelo professor Ivan Carlo. Pode ser baixada no link: https://www2.unifap.br/editora/files/2022/08/autenticidade-na-era-da-reprodutividade-tecnica.pdf

Confira o resumo:

Com base na teoria crítica, inspirada em Marx e surgida na Escola de Frankfurt, “Autenticidade na Era da Reprodutibilidade Técnica”, busca discutir, a partir do famoso ensaio “A Obra de Arte na Era da Reprodutibilidade Técnica”, de Walter Benjamin, acerca da autenticidade em meio à reprodução em série tratada por Benjamin, só que agora no âmbito digital.

O escopo da discussão procura compreender e analisar o sentido do autêntico dentro da produção jornalística na web desde a migração do jornal para o meio digital, ainda no início dos anos 2000, até o contexto atual, levando -se em consideração o meio tecnológico, a revisão dos conceitos de autoria no decorrer da história, o entendimento a respeito do que vem o ser o estado de pureza/aura discutido por Benjamin no ensaio escrito por ele e publicado em 1955.

Outros conceitos também são discutidos, como os remixes, de Levy (1998); a convergência dos meios de comunicação, de Jenkins (2009) e Castells (2017); o próprio sentido de autoria analisado por Foucault (2009), bem como temas atuais e necessários para a compreensão e reflexão relacionados à produção, ao compartilhamento e à disseminação de notícias falsas, distorcidas ou fabricadas de caráter essencialmente sensacionalista para a intensificação da desinformação e atemorização da população.

Fonte: Blog do Ivan Carlo.

Poema de agora: Conterrâneo – Luiz Jorge Ferreira

Conterrâneo

O Papa veio a ilharga da cruz.
O Papa acha que Deus é brasileiro.
Tem CIC RG PIS e PASEP,
cuida dos amigos no Presépio, e fala com a Matriz via Internet.
Mora em Madureira, reclama da demora do Busão, e do cheiro podre dos trens.

O Papa acha que Deus é Black, e tem filhos internos na Febem.
Tem um irmão em Bangu, e sobrinhos que surfam no trem, e gosta de Belém aonde seu menino nasceu.
Ele acha ‘ divino’ o bico de guardador de carro no Maracanã em dia de Fla x Flu.
Deus só não conta para ele que tem um terreiro em São João de Mereti, e outrossim…e outrossim…e outrosins.

Luiz Jorge Ferreira

Pesquisadores do Profhistória apresentam livro sobre Ensino de História e Direitos Humanos

O livro “Ensino de História e Educação em Direitos Humanos – sujeitos, agendas e perspectivas de pesquisas” é organizado pelos professores Antonio Sardinha, David Junior de Souza Silva e Raimundo Erundino Santos Diniz, com publicação pela Editora da Universidade Federal do Amapá (EDUNIFAP).

A iniciativa resulta de um trabalho conjunto de docência no âmbito do Programa de Mestrado de Ensino de História (ProfHistória) da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP). O diálogo entre docentes do Programa para pensar a oferta da disciplina História e Educação em Direitos Humanos estimulou a necessidade de ampliar o debate, observando aspectos e percepções distintas quando se pensa as práticas e processos de ensino de História na perspectiva dos Direitos Humanos.

Os pesquisadores convidados para colaborar com o livro estão vinculados a universidades brasileiras e instituições que atuam na formação em direitos humanos, com produção científica reconhecida nos temas destacados.

São temas em destaque na obra: comissões da verdade e a história escolar no contexto do direito à memória e verdade; Ensino de História e Direitos Humanos da população LGBT no contexto da ditadura, além da interface do Ensino de História com as questões étnico-raciais, gênero e sexualidade e Ensino de História em territórios rurais e prisionais.

Cabe destacar que o livro contou com comissão ad hoc formada especificamente para avaliação do material publicado. A comissão envolveu pesquisadores vinculados a várias universidades do país, com destaque para instituições da Região Norte.

O livro pode ser acessado pelos links abaixo:
https://www2.unifap.br/editora/files/2022/06/ensino-de-historia-e-educacao-em-direitos-humanos.pdf

www2.unifap.br/editora/e-books

Assessoria Especial da Reitoria – Assesp/Unifap

Texto: Divulgação

Curso de Especialização em Estudos Culturais apresenta publicações inéditas com colaboração de pesquisadores do Brasil e América Latina e Caribenha

O Grupo de Pesquisa Estudos Interdisciplinares em Cultura e Políticas Públicas (CNPq/Unifap), vinculado ao Curso de Especialização em Estudos Culturais e Políticas Públicas, apresenta dois livros inéditos com a colaboração de pesquisadores nacionais e internacionais.

Para o professor Dr Antonio Sardinha, líder do Grupo de Pesquisa Estudos Interdisciplinares em Cultura e Políticas Públicas (CNPq/Unifap), as obras resultam de uma rede de cooperação que envolve pesquisadores do Brasil e do exterior. A proposta é ampliar o diálogo e discutir agendas de pesquisa que se conectam, a partir da Amazônia.

O livro é organizado pelos professores Antonio Carlos Sardinha (Grupo de Pesquisa Estudos Interdisciplinares em Cultura e Políticas Públicas (CNPq/Unifap) Eloina Castro Lara – Benemérita Universidad Autónoma de Puebla (México)/Universidad Nacional de La Plata (Argentina), Valeria Belmonte – Universidad Nacional del Comahue/Universidad Nacional de La Plata (Argentina) e Verônica Maria Alves Lima – Universidade Federal Fluminense (Brasil)/Universidade de Tübingen (Alemanha).

A obra conta com 21 pesquisadores de 12 instituições de ensino superior de países latino-americanos e caribenhos, entre eles Cuba, Argentina e México.

A proposta da publicação é apresentar, a partir de uma perspectiva latino-americana, abordagens críticas e alternativas em torno dos fenômenos comunicacionais e culturais atravessados por dissidências, resistências e conflitos constituídos na mobilização criativa de saberes.

O acesso ao livro pode ser feito pelos links
https://observatoriodh.com.br/?p=4495
https://www2.unifap.br/editora/e-books/

Livro Política, Deliberação Pública e Organizações Sociais na Contemporaneidade.

O livro é organizado pelos professores Antonio Sardinha (Unifap); Dra Dilneia Dilnéia Rochana Tavares do Couto (Universidade do Estado do Amapá – UEAP) e Dr. Delamar José Volpato Dutra (Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC).

A obra conta com a colaboração de 25 pesquisadores situados em centros de pesquisa de seis instituições de ensino superior das regiões Norte, Nordeste e Sul do Brasil.

Além disso, colaboram com o livro os pesquisadores Cristián Valdés Norambuena, do Chile; Salvador Vidal-Ortiz , da American University, de Washington e Patricio Simonetto, do Institute of the Americas – University College London.

A proposta da publicação é discutir contribuições resultantes de processos de investigação concluídos ou em andamento, capazes de problematizar a ação política e materializadas em sentidos, representações e outras práticas sociais atravessadas pelo campo da cultura e protagonizadas por sujeitos, organizações e movimentos sociais.

O acesso ao livro pode ser feito pelos links
https://observatoriodh.com.br/?p=4449
https://www2.unifap.br/editora/e-books/

Texto: Divulgação
Assessoria Especial da Reitoria – Assesp/Unifap
[email protected]

Poema de agora: Fatalidades – Pat Andrade

Fatalidades

o barco encalha
no lixo flutuante
o peixe no prato
é um resto de ontem

a canoa virou
numa lançante
um corpo boiou
debaixo da ponte

a vida mais ou menos
segue adiante
o olho da lavadeira
vagueia no horizonte

o suor da cidade escorre
na maré vazante
a noite pinta a lua no céu
ilumina o próprio Caronte

Pat Andrade

Amar é o lance! – Crônica de Elton Tavares

Escuto sempre que a vida é simples e somos nós que complicamos. O lance é viver sem frescura, fazer o bem, fazer o certo, cercar-se de gente que realmente importa. O lance é ter vergonha na cara, sem muita conversa ou muito explicar, se fazer feliz.

O lance é ser autêntico, verdadeiro, bom e amoroso. Também respeitado, aguerrido e combativo se preciso. O lance é ser bem humorado, espirituoso e até irônico, se necessário.

O lance é identificar amigos que não só pedem, mas também se dão. O lance é fazer o que gostamos, seja no bar o ou na igreja, tanto faz.

 

O lance é honrar a família, não toda, só os que lhe aquecem no frio e apoiam quando dá merda. O lance é respeitar os colegas, seja de trabalho, de copo e pessoas em geral.

O lance é puxar a fila, trazer novidade, não ser só mais um. O lance é, às vezes, usar palavras duras, mas também elogiar e até pedir desculpas. O lance é, se preciso, assumir e confessar erros, bater e apanhar, mas jamais deixar de amar aos seus e a si mesmo. Esse sim é o grande lance!

Elton Tavares