Categoria: Papo de Rocha
“Eu sei o que você sente, cara”.
Desabafo da Mariléia Maciel
Macapá 254 anos: programação da Confraria Tucuju
Boto fé!
Eu… eu sou caboca porque Deus me fez assim….
Artigo de Luís Fernando Veríssimo sobre o BBB*
Papo de rocha do velho Marley
Fato!
Silêncio precioso
Sorria!
Renegue-se a rebelião dos intocáveis
Por Agassiz Almeida
Àquela época, a proposta da criação de um conselho de justiça foi derrotada. Décadas se passaram; e hoje, no descortinar de 2012 não podemos compreender as reações desenfreadas de um grupo de associações judicantes em contestar o trabalho, altamente dignificante, da corregedora do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon.
A este respeito, salta à minha memória o livro “A rebelião das elites”, de Christopher Lasch, no qual o autor analisa como certas elites corporativistas reagem quando ameaçadas nos seus privilégios.
Até poucos anos passados, mergulhadas numa redoma sob couraça de barreiras intransponíveis, as instituições judiciárias inadmitiam qualquer controle externo, atualmente em face do processo de democratização e fiscalização de suas ações, através dos seus dirigentes classistas, rebelam-se quando alguns dos seus integrantes são chamados à responsabilidade funcional, como agentes do Estado.
Sob uma visão histórica da nossa formação, desde o império, fomos encontrar as raízes desta desencontrada rebelião das associações judicantes.
O que testemunhamos? Poucos anos atrás, uma cortina ameaçadora e silenciosa, encobria qualquer procedimento investigatório acerca dos agentes judicantes. Hoje, dirigentes de associações classistas procuram inverter o pólo das acusações apontando a ministra corregedora como passível de ação administrativa e até penal.
Desloca-se o foco acusatório. Neste cenário, os indigitados poderão receber o passaporte da impunidade.
Neste momento, a consciência da nação procura encontrar a razão pela qual as entidades associativas do judiciário tentam revestir certos agentes indigitados na prática de ilícitos sob a aura da intocabilidade, vedando uma análise investigativa.
Tudo parece imergir para decisões comprometedoras. Pressente-se algo incompatível com as aspirações do país. Forças encasteladas nos altos poderes ameaçam enfraquecer as funções do Conselho Nacional de Justiça.
O corporativismo no Brasil sempre se colocou bem diante das mais diversas conjunturas, e delas soube extrair imediatas vantagens.
Por lei, todo agente do Estado, como parlamentar, magistrado, promotor de justiça etc, deve entregar cópia da sua declaração de imposto de renda aos órgãos onde exercem as suas funções.
Há algo maior por trás deste joguetear. Qual o escopo principal de tudo isto? Golpear os poderes do Conselho Nacional de Justiça, já tão limitados.
Cria-se o clima do sobressalto. Bradam: “Quebraram sigilos fiscais e bancários.” Mera encenação. E quem violentou os princípios da moralidade e se apropriou dos recursos públicos, o que deve responder?
Sr. ministro, a nação assiste impactada a rebelião dos intocáveis. Reduzir o Conselho Nacional de Justiça a um mero órgão recursal é fazê-lo caricato.
Agassiz Almeida, escritor, Promotor de Justiça aposentado, ex deputado constituinte de 1988. Membro da Comissão da Organização dos Poderes na Assembléia Nacional Constituinte. Autor dos livros, “A República das elites” e “A Ditadura dos generais”. Participou de congressos mundiais em defesa dos direitos humanos.
Em apoio à ministra Eliana Calmon, desembargadores e juízes do Rio abrem seu sigilo para o CNJ
Sobre um amigo que foi embora
Então a minha visão sempre foi a de que, como eu não sei se existe realmente algo depois, se existe mesmo um “lá”, tudo que eu posso fazer é manter as pessoas de quem eu gosto, mesmo que elas tenham partido, o mais próximo possível de mim enquanto ainda estou aqui. E eu tento fazer isso lembrando delas, do que elas foram, do que elas me deixaram e do que elas me ensinaram. Um pouco porque elas são parte de mim, um pouco pela saudade que elas deixam e um pouco pela minha idéia de que, ainda que pessoas possam partir, as histórias sempre ficam, e contando essas histórias nós damos um jeito de manter essas pessoas mais perto.