Mais homofobia no País

                                                                                       Por Darth J.Vader

Passei alguns dias pensando se iria escrever sobre mais um ato homofóbico gritante e já tinha resolvido passar essa quando li o texto de Régis Sanches. Pois bem, agora o negócio ficou feio.
Devo dizer, primeiramente, que brancos não sofrem preconceito por serem brancos, apenas se estiverem rodeados de negros, e daí já começa o porém. Tenho a cor da minha gente de Manaus, um tipo “pardo”, como consta na minha certidão de nascimento e isto nunca foi motivo para preconceito. Mas minha digníssima Cláudia já foi tratada muito mal, e várias vezes, por ser branca.

Quanto a mim, quando abro a boca pra dizer que sou gay…Sabem, existem vários tipos de preconceito e alguns são exagerados. Quando você diz que tem orgulho de ser branco, tudo bem, mas vai dizer que é gay, negro ou gordo! Foge totalmente do tal esteriótipo “perfeito”! E é assim que tudo começa.

Não posso dar um beijo na minha esposa em plena rua. Não é porque os héteros vão se sentir mal – como já tiveram a coragam de dizer isso na minha cara e se calaram quando lembrei dos vários chupões se comendo dos casais homem-mulher – , mas é porque eu corro o sério risco de apanhar e de ser morta! Não sei aí em Macapá, mas em Manaus morre ao menos um gay por mês, simplesmente porque gosta da mesma fruta.

Aí me vem uma “criatura” e fala esse monte de merda! E desta vez não estou falando só de Régis, mas também do Bolsanaro.

É para falar de religião? Então engula, ignorante: nós somos seres de Deus e, se Ele não nos queria assim, por que fomos criados?

Aprendam de uma vez por todas: ninguém é gay porque quer, e sim porque NASCEU ASSIM!!

Outra coisa engraçada é a falta de memória. Ninguém lembra que cortar o cabelo com um homossexual fica 300 mil vezes melhor do que com um hétero? As dondocas esqueceram de quem desenha seus vestidos? Os músicos não pensam em quem criou os instrumentos de batuque? Acham mesmo que a maioria das coisas criativas foram feitas por héteros?


Régis, por favor, você tem a sua opinião e respeito isso. Mas você gostaria se eu jogasse na sua cara: olha, você é branco, ou seja, não entende absolutamente de nada a não ser alienações da rede bobo! Você é um idiota sem cultura, que não entende valores diferentes daqueles monetários? Sabe por que não há uma associação tipo UBRAM (União dos Brancos da Amazônia)! Porque os brancos não são perseguidos, nem perdem empregos para os negros ou deixam de declarar o companheiro por ser gay.


Agora Régis entende como me senti quando li seu post? Pois é…


Para terminar, porque isto está longo demais, eis aqui alguém que AMA PRETA GIL!! Ela é filha de quem é? Claro que sim! Ela é menos por conta disso? Só se você também for! Ela é uma pessoa com sentimentos, que paga impostos e que trabalha honestamente. Os seus pais não são famosos ou não fizeram nada para entrar para História (sim, porque a verdadeira se escreve com HI, não começando com E – ofende mas não assassina o português, tá?!) isso só é problema seu!


Sabe quem AMA PRETA GIL?? Espero resposta, porque ninguém merece ler mais preconceito além do que já convive diariamente! E-mail: [email protected]

27 anos sem Marvin Gaye

Marvin Gaye, um dos grandes nomes da soul music de todos os tempos, foi morto no dia 1º de abril de 1984.

Após terminar uma turnê, em agosto de 1983, o cantor se encontrava com graves problemas psicológicos e de saúde (além de acessos de depressão e medo, ele ameaçou cometer suicídio várias vezes, depois de numerosos conflitos com seu pai, o pastor evangélico Marvin Pentz Gay Sr). Um dia antes de completar seu 45º aniversário, Marvin foi assassinado com um tiro por seu próprio pai, após uma briga iniciada quando os pais de Gaye discutiam sobre a perda de documentos de negócios (ironicamente, Gaye foi morto por uma arma que ele próprio havia dado de presente para seu pai). Marvin Pentz Sr foi condenado a 6 anos de prisão, após ser declarado culpado por homicídio. A acusação de assassinato foi abandonada após médicos diagnosticarem um tumor cerebral no pastor – que passaria o final de sua vida em um asilo, onde morreria de pneumonia em 1998.

Após alguns lançamentos póstumos (que fortaleceram a memória de Marvin na consciência popular), o cantor foi introduzido ao Rock and Roll Hall of Fame em 1987. Mais tarde, também ao Hollywood’s Rock Walk e, em 1990, ganharia uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood.

No mais, fica o legado do soul singer:

FONTE: http://degenerandos.blogspot.com/

Manaus tem cozinha, mas e a copa?

                                                                             Por Darth J.Vader
Ai, Manaus, Manaus… minha linda cidade… seu Encontro das Águas é inspiração para os poetas… seu Teatro Amazonas é exemplo de uma áurea época… seu Centro é um lixão a céu aberto… seus rios são banhados por latinhas vazias… sua única praia está fechada para reformas… sua internet é a mais cara do Brasil… e a pior também! Ai Manaus, minha Manaus…

Minha terra dos guerreiros manaós! Única a lutar contra os portugueses invasores! A resistir a tal ponto que há duas versões sobre a morte de nosso grande herói Ajuricaba! Sem nenhuma punição digna até hoje… nem feriado o cara tem!

Minha Manaus, a capital verde! Que será sede do futebol da Terra! Que venceu o vizinho Pará nesse quesito! Fez festa, alardeou aos quatro ventos, brincou de apogeu e agora roi unhas, dedos, na vivência da agonia!

E a copa, que nos trará o monotrilho (será?)! Um transporte decente para nós, sardinhas! E a ponte que nunca sai, inspirada no Kwuai! E o camelódromo, oh vida!, morreu sem começar!

A ilha que dá frutos gloriosos! Teus risonhos lindos campos tem mais sabores! Vossos bosques ressuscitam a vida e morrem rente à bandalheira galerosa! Tem tucumã, tem peixe grande, peixe pequeno, tem até tartaruga em extinção!

Sabe Deus o que dará agora. Na cozinha estamos bem, mas o que será na copa, o que será?

Amor e ódio à brasileira

                                                                                         Por Darth J.Vader

O título ficou meio dúbio, mas no jornalismo chamar a atenção é o que interessa.

É bom lembrar que a partir deste ano somos obrigados a tirar o acento de ideia, assembleia e a trema, entre outras bizarrices, como parte de um tratado assinado por vários países de língua portuguesa para fortalecer nossos interesses em comum e a união dos nossos povos. Até aí tudo bem, se os brasileiros soubessem escrever, é claro.

Em nosso País, a situação gramatical está em pandarecos desde que se alfabetizou os índios. Não que os verdadeiros donos da terra brasilis fossem os culpados, mas estávamos muito bem, obrigado, sem a escravidão e a palavra escrita.

O tempo passa, o tempo voa e a falta de educação do brasileiro continua numa …rra! Também não é para menos: com tanta musiquinha meleca, como esperar alguma frase inteira sem palavrões, (in)diretas sexuais ou pausas para uma frase raramente inteira? Como podemos achar que um povo, cujo representante foi um torneiro de quatro dedos aponsentado por invalidez, queira saber mais do que assinar o próprio nome para ganhar bolsa-família?

Ao mesmo tempo, eu amo meu País. Sou patriota, aprendi a amar o Brasil porque só aqui temos estes verdes lindos campos (ao menos por enquanto). Somos a terra de Pasárgada, onde somos amigo do Rei (Deus é brasileiro, saca?), onde tenho a mulher que quero, na cama que escolherei – e olha que as muié tão cada veis mais facim e baratim!

As aves que aqui gorgeiam, não gorgeiam como as de lá. Somos a terra do se plantando tudo dá – e às vezes nem precisa: basta jogar o restinho de uma goiaba perto de um muro que em três meses nasce um pézinho tão bonito! Experiência própria!.

Quer falar de comida? Meu suco de cupuaçú! A feijoada mineira, a capirinha nacional, nosso grande produto tipo exportação! O tucunaré na brasa, a banana pacovã frita, a macaxeira cozida! Hum… que delícia!

Deixo vocês com água na boca, enquanto vou ali tomar suco de maracujá. Inté amanhã!

Procura-se jornalista. Modalidade: capacho

                                                                                     Por: Denise Muniz

Minha amiga Denise Muniz.
É certo que em todas as profissões encontramos pelegos dispostos a atos medíocres em prol de um mísero ordenado. Isso não é mérito do jornalismo. Mas, nesse fascinante e tão honrado ofício esses subservientes estão brotando como carrapatos em orelha de cachorro pirento.

Sem qualquer apreço ao profissionalismo e à ética jornalística, eles invocam o espírito de capacho e praticam atos anódinos, sem nenhum pudor ou vergonha na cara.

Esses servis cruzaram o meu caminho, ou eu cruzei o deles – não importa -, o fato é que como nem todo mal é terminal, eles me proporcionaram o retorno ao Brilho de Fogo. Portal do qual fiz parte tão logo foram lançadas suas primeiras investidas no mundo online. Mas, me desliguei para me ater à função de editora-chefe de um jornal diário.

Durante três meses, trabalhei por quase quinze horas diárias neste periódico (que empaca mais do que carroça puxada por cavalo manco) na tentativa de fazer jornalismo com perfeição – é, perfeição mesmo, pois para mim qualidade não é o suficiente.

Porém descobri que estava dando murro em ponta de faca, afinal, lidava com amadores, mas detentores de exímio talento para a bajulação – é claro que destes termos excluo algumas raras exceções.

Contudo, mesmo diante de tamanha incapacidade jornalística e empresarial desse grupo, fui arrolada num processo arbitrário e de características “sumanas”. Cumprindo com a ética e a responsabilidade de informar, publiquei matéria sobre o retorno do casal Capiberibe ao Congresso Nacional. Fui tolhida no dia seguinte, quando o jornal chegou às bancas.

Fui vítima de perseguição política e da mais sórdida traição. Mas, dispensada da função que exercia no jornal, retorno ao Brilho de Fogo. Estou livre das amarras de uma política paroquial e provinciana, como um bumerangue, lançado para o choque contra o ar.

Volto com a certeza de que estou, afinal, nas mãos do lançador. O brilhodefogo.com recebe diariamente a visita de cerca de dois mil leitores internautas – isso em apenas quatro meses de existência. O diário do qual fui desligada circula todos os dias com míseros quatrocentos exemplares. Onde serei mais lida?
Meu comentário: A Denise é uma das melhores profissionais com quem trabalhei. Acredito que com este triste fato relatado, quem perde é o veículo, pois ela sempre brilha, onde quer que vá.

Os plásticos

                                                                                    Por Camila Karina

Se os sentimentos fossem plásticos eles levariam anos para deteriorar mesmo que fossem jogados no lixo debaixo da terra. Mas sentimentos são plantas, seres vivos. E cada espécie tem um modo diferente de sobreviver. Morrem, renascem, se transformam. A única coisa em comum é a maneira de cuidar. Atenção.

Tem planta dentro do saco plástico. Sem oxigênio. Morrendo. Tem planta no jardim, regada e crescendo.

Cinco anos de Twitter

                                                                                   Por Darth J.Vader

Hoje, dia 21 de março, é aniversário do Twitter. O microblog apaga cinco velinhas e tomou conta de todo o mundo com aquela pergunta tola: O que você está fazendo agora? Eu duvide-o-dó que os inventores do ‘passarinho’ – os americanos Biz Stone, Evan Williams e Jack Dorsey – achavam que a idéia ia dar tão certo.

O certo mesmo é que muita gente não vive sem Twitter, e eu sou uma delas. A formidável troca de informação, aliada ao resumo do resumo de uma notícia, me levou a apostar na rede social mesmo antes da minha antiga chefe. Aliás, levava altas broncas porque tinha que ‘caçar notícia e não ler porcaria’.

A luta foi longa e perdida, ao menos enquanto trabalhava lá. Depois que saí, ela admitiu o estrondoso crescimento da audiência do site e eu soube que, atualmente, existe alguém somente para olhar o microblog.

O dicionário mostra duas definições para Twitter: “uma pequena explosão de informações sem importância” e “pios de pássaros”. Segundo os fundadores, ambas as definições eram perfeitas.

Ao contrário do que alguém escreveu aqui sobre o Twitter, ele é sim uma ótima ferramenta de trabalho. Como rede social também. Conheci muita gente boa e hoje me relaciono com elas no mundo real.

É claro que há informações inúteis, mas é fácil você solucionar essa: pare de seguir o idiota! Se ele/a continuar a insistir, bloqueie, ora! Fico louca quando alguém me diz que não gosta porque há muita “leseira” – idiotice, em amazonês. Leso é quem insiste em ler bobagens tendo a opção de não o fazer!

Pra finalizar, é bom que se diga que até o The Boss deste blog está aderindo devagar ao Twitter. Deve ser porque é um ótimo difusor de informações, ou ele viu que há coisas irreversíveis.

De qualquer maneira, segue eu! Twitter.com/JucaraMenezesAM. Até mais, pipou!

Mundo Moderno

Chico Anysio, um verdadeiro gênio.
Mundo moderno, marco malévolo, mesclando mentiras, modificando maneiras, mascarando maracutaias, majestoso manicómio. Meu monólogo mostra mentiras, mazelas, misérias, massacres, miscigenação, morticínio – maior maldade mundial.

Madrugada, matuto magro, macrocéfalo, mastiga média morna. Monta matungo malhado munindo machado, martelo, mochila murcha, margeia mata maior. Manhãzinha, move moinho, moendo macaxeira, mandioca. Meio-dia mata marreco, manjar melhorzinho. Meia-noite, mima mulherzinha mimosa, Maria morena, momento maravilha, motivação mútua, mas monocórdia mesmice. Muitos migram, macilentos, maltrapilhos. Morarão modestamente, malocas metropolitanas, mocambos miseráveis. Menos moral, menos mantimentos, mais menosprezo. Metade morre.

Mundo maligno, misturando mendigos maltratados, menores metralhados, militares mandões, meretrizes, maratonas, mocinhas, meras meninas, mariposas mortificando-se moralmente, modestas moças maculadas, mercenárias mulheres marcadas. Mundo medíocre. Milionários montam mansões magníficas: melhor mármore, mobília mirabolante, máxima megalomania, mordomo, Mercedes, motorista, mãos… Magnatas manobrando milhões, mas maioria morre minguando. Moradia meia-água, menos, marquise.

Mundo maluco, máquina mortífera. Mundo moderno, melhore. Melhore mais, melhore muito, melhore mesmo. Merecemos. Maldito mundo moderno, mundinho merda.
 
Chico Anysio

Enfie suas carências no rabo e suma!

                                                                                       Por Silvio Carneiro

Não tem coisa que eu mais deteste do que gente carente. Foda-se! É um saco! E eu digo isso de peito aberto e com todas as letras porque eu também já fui assim em certos momentos de minha vida…

Hoje, no entanto, eu não tenho saco pra esse tipo de gente que te conhece hoje e já paga de teu “melhor amigo de infância da última semana”. Gente grudenta e pegajosa, pedante, que não se contenta em te dar um bom dia e já vem com mil beijos e abraços friamente calorosos. Aquela pessoa que nunca te viu mais gordo (ou mais magro) e se debulha toda contando toda a sua (des)interessantíssima biografia ou lhe confidenciando os mais desnecessários segredos.

Carências… também tenho as minhas, lógico. Todos tem. Mas não as compartilho com ninguém assim, gratuitamente. Porque, com o passar do tempo, a gente vai aprendendo que, quando alguém chega pra gente e diz “olá! Como vai? Tudo bem?”, essa pessoa está apenas cumprindo uma mera formalidade social. Ela não quer realmente saber como você está. Na verdade, ela está pouco se importando em saber como você vai e se você está bem. Simplesmente porque, se você não estiver bem, ela não vai poder fazer nada por você. Aliás, ninguém vai poder fazer nada por você pra você ficar bem de verdade. Porque, pra você ficar bem de verdade, é preciso que você esteja realmente bem por dentro.

O tempo também ensina a gente que, no fundo, todos nós somos egoístas e só olhamos para o nosso próprio umbigo. Por isso mesmo, surgem as carências: sempre achamos que nosso problema é o maior do universo, como se as crianças famintas da Somália ou os aidéticos de Angola fossem as pessoas mais felizes do mundo. Carentes adoram se fazer de vítimas: “Meu chefe não gosta de mim”; “Meu colega de trabalho me persegue”; “Ninguém me curte”… Ah, vá pra puta que o pariu! E tem aqueles babacas que vivem dizendo “acho que vou cometer suicídio. A vida não faz sentido pra mim”. Meu conselho pra esse tipo de gente escrota: “MORRA! O MUNDO NÃO PRECISA DE MAIS IDIOTAS DO QUE JÁ TEM”! Ou então: “Vai visitar uma ala de crianças com câncer no hospital. Faça alguma coisa de útil pra essas crianças. Quem sabe tua vida inútil ganhe algum sentido”!

Gente carente é assim. Sente necessidade de ser o centro das atenções, porque simplesmente não consegue dar atenção a ninguém. São egoístas demais para isso. Elas acham que sua amizade para com as outras pessoas é a coisa mais importante na vida e, quando você menos espera, lá estão esses seres imundos invadindo tua vida, te visitando nas horas mais inconvenientes, te pedindo os favores mais desnecessários e não te deixando esquecer que elas existem.

Amizade é algo muito sério. Não é coisa que a gente acha em qualquer esquina. Pense nisso.

As lições de vida da novela Passione

Certo. A novela já terminou faz tempo. A Zerozen ia manter a sua tradicional ignorância sobre o assunto. Aliás, no dia em que algum impoluto integrante dessa revista acompanhar 200 capítulos de uma trama banal e ridícula, os terroristas venceram. De qualquer forma, os fãs (sic e sci-fi) insistiram para que a gente comentasse. Tá bom. O que a gente não faz por um copo de chopp…

Em primeiro lugar, a novela Passione ensinou várias lições de vida aos brasileiros. A primeira e mais importante é a seguinte: nunca confie nos pobres. Sim, os vilões Fred (Reynaldo Gianecchini) e Clara (Mariana Ximenes) eram uns pés-rapados ambiciosos. Ou seja, na visão da novela, se você é um sujeito de baixa renda deve se contentar com a sua posição infeliz ou então vai mofar na cadeia.

Duvidam? Fred tentou se vingar da família Gouveia por ter demitido o seu pai depois de um acidente. No final da novela descobriu que seu progenitor era um trapaceiro. Perceberam? Pobre honesto? Nem pensar. Mas o arguto zeronauta pode argumentar: mas os ricos eram cheios de problemas.

Mesmo? Sério? Gerson (Marcelo Anthony), que poderia ser um perigoso pedófilo, na verdade foi abusado na infância. Era um reles viciado em voyeurismo sexual pela internet. Danilo (Cauã Reymond), que superou o drama das drogas, em uma noite esfaqueou um segurança! Sim, esfaqueou um pobre coitado (sem trocadilho)! Mas como rico não vai para a cadeia sequer foi processado. E o sujeito ainda acabou fugindo da cidade.

Ainda não acredita? Analise o caso de Melina (Mayana Moura). Começou como amiga quase irmã do galã Mauro (Rodrigo Lombardi). Mas virou uma bruxa ao longo dos capítulos. Casou com Fred e armou todas que podia contra a mocinha Diana (Carolina Dieckmann). Perdeu a identidade e ganhou a raiva do público. Só que em uma maluquice típica de novela reapareceu nas últimas semanas. O problema é que virou uma santa arrependida. Algo completamente inconcebível. E para piorar ficou com Mauro! E você, seu lorpa, esperou 200 capítulos por isso?

O único rico legal era o escroto do Saulo (Werner Schünemann). Infelizmente morreu. Bem, para falar a verdade foi assassinado. E a novela investiu tudo nesse mistério. O criminoso só foi revelado no último capítulo e quem poderia ser culpado senão alguém pobre? Claro que foi a Clara (Mariana Ximenes).

E teve até uma explicação razoável. A sua avó, Valentina (Daisy Lúcidi), quando ela era criança, oferecia a garota para o pedófilo filho de Bete Gouveia. Saulo levou a relação até a fase adulta e contratou a vilã para matar seu pai, Eugênio, para conseguir o controle da empresa da família. Mais tarde, Clara deu o troco. A vilã ainda matou uma coadjuvante inocente. Ela sequestrou a garçonete da cantina do seu Talarico para que ela morresse carbonizada no acidente de carro em seu lugar. Coisa fina.

Enfim, em Passione a patuleia, a massa ignara, a escumalha aprendeu que é preciso temer os pobres e amar os ricos. E depois ninguém sabe por que nesse país tropical ainda está “deitado eternamente em berço esplêndido”…

Fonte: Site Zero Zen.