Quando Albert não era um Einstein


Albert não era nenhum Einstein. Os professores não iam com a cara dele. Nunca suportou a sala de aula. E só conseguiu se formar porque um amigo emprestava cadernos para ele estudar antes das provas. O diploma até veio, mas não adiantou grande coisa: o rapaz ficou dois anos sem arranjar um emprego decente. “Não sabia de onde viria minha próxima refeição”, lamentava. Albert tinha 21 anos.

Formado em física e matemática pela Escola Politécnica de Zurique, na Suíça, o alemão não conseguia uma vaga de professor de jeito nenhum – a fama de aluno relapso não ajudava. Suas tentativas de fazer doutorado também só davam na água. Desencantado da vida, passou a viver dos trocados que levantava dando aulas particulares. “Abandonei completamente a ambição de algum dia trabalhar numa universidade”.

Uma pena. Só que ele não era mais moleque: precisava arranjar alguma coisa estável logo. Do jeito que as coisas iam qualquer trabalho com salário fixo já estava ótimo. E foi aí que o mesmo amigo que emprestava cadernos para ele, Marcel Grossmann, o indicou para um emprego numa repartição pública suíça, o Escritório de Patentes, em Berna. O trabalho teria pouco a ver com ciência. Mas e daí? O fato é que “esse negócio chato de passar fome”, como ele mesmo disse numa carta emocionada para Grossman, iria acabar: “Estou realmente tocado por você não ter esquecido seu amigo azarado. Vou fazer tudo o que puder para não desonrar sua indicação”.

Não desonrou. Assumiu a vaga de “Expert de Terceira Classe” em 1902, aos 22 anos e, se a moda já existisse, teria ganho vários títulos de Funcionário do Mês. O trabalho dele era analisar calhamaços de especificações técnicas, comparando os projetos de quem requeria patentes com invenções que já estavam patenteadas. Chato.

E Albert passaria sete anos na repartição. Oito horas por dia, seis dias por semana. Mas foi de lá, da mesinha dele, que ele produziu boa parte de sua obra. Albert provou a existência dos átomos (com a Teoria do Movimento Browniano), fundou um pilar da física quântica (com a Teoria do Efeito Fotoelétrico, que lhe renderia um Nobel aos 42 anos). E ainda viria o Sgt. Pepper’s dele: a Teoria Especial da Relatividade, que apresentava o tempo e o espaço como uma coisa só; e a matéria e a energia como duas faces da mesma moeda. Era a maior revolução da história do pensamento. Agora sim: Albert virava um Einstein. Tudo nos intervalos de um trabalho massacrante. Escondido do chefe.

Quando for reclamar da sua vida, vale lembrar do que esse cara fez com a dele.   

Seja feliz com quem você é e não com os que os outros gostariam que você fosse


Ao lembrar um papo que bati ontem, resolvi devanear sobre a imposição social a respeito de quem somos e quem “deveríamos” ser. Estereótipos comuns, coisas do tipo: seja inteligente, se vista bem, saiba dançar, vá à igreja, dirija, compre um carrão, seja atlético e, é claro, seja politicamente correto. 

A existência de um tipo “comum” e de uma “padronização de modos”, e a falta de percepção dos que pensam que pensam faz deles cópias de outros, sem identidade. É um tal de seguir um modelo de felicidade empurrado goela adentro e sem cerveja pra ajudar a descer. 

O problema é que, esta forma de encarceramento ideológico, torna tudo uma grande hipocrisia. A maioria dos politicamente corretos são farsas.

 Sempre deixo claro aos leitores desse blog que continuo nada politicamente correto, muito embora finja bom senso para o convívio social/profissional. Meu lado religioso é pelo caminho da espiritualização, ou pelo menos da tentativa dela. 

Tento viver um dia de cada vez da melhor forma possível. Apesar de não me iludir, ainda sonho, mas sem criar uma realidade inexistente e pouco provável. Isso fica para os filmes e livros. Todos sabem: não sou dado à submissão e não gosto só de calmaria. A depender da circunstancia, às vezes sou sutil e, às vezes estúpido. Acho brigas e rivais algo normal. 

Todo esse devaneio é somente pra frisar, amigos leitores, que o grande lance da felicidade é não ter fórmulas.  Seja quem você é, faça o que ama, encontre-se, independente de julgamentos, nem que pra isso seja preciso escamotear (disfarçar, miguelar, dar um passo pra trás para dar dois pra frente) de vez em quando. 

Enfim, para mim, importante é amar a família, não todos, somente os que valham à pena, ser justo consigo e com os outros, e ser feliz com quem você é e não com os que os outros gostariam que você fosse. 

Molde-se somente às coisas que lhe aprazem e foda-se o resto! 

Não tenha medo, não preste atenção. Não dê conselhos, não peça permissão. É só você quem deve decidir o que fazer pra tentar ser feliz” – Teorema (Renato Russo).

Elton Tavares

Jazz e jornalismo


Você tem que respeitar o seu público, e você é grato para o seu público, mas você tem que jogar os seus próprios sentimentos e sua própria verdade. Jogar para si mesmo, porque isso é basicamente o que o público quer ouvir. Eles querem ouvir o que você está sentindo, essa é a música. Isso é jazz.

É o Sonny Rollins falando sobre música, mas resume perfeitamente o que eu penso sobre jornalismo.

Comentário legal do amigo @tagahasoares

“Minha primeira noite em 2013 foi maravilhosa. Calma, explico: eu, Eltão e Paparazzo no Bar da Euda. E Erica também estava lá… Cerveja estúpida, bom papo. Depois fomos dar uma volta pela cidade, parada básica no Lamaru, camarão no bafo, farofa, tucupi apimentado e suco de limão. Ter amigos é melhor do que ganhar o prêmio acumulado da Mega-Sena da virada… Sou um homem feliz… As coisas simples da vida fazem toda a diferença.”

Tãgaha Soares – Jornalista

Comentário engraçado sobre a falta de combustível em Macapá


Essa confusão no sistema de distribuição de combustível vem mais uma vez reforçar a minha tese de que nós, os pobres, temos vantagens de sobrevivência diante da decadência em um futuro caótico iminente. Pedestres não deixaram de funcionar regularmente e levar uma vida normal e feliz, pois já estamos acostumados a caminhar longas distâncias contando apenas com comida e havaianas, os ciclistas estão inclusive mais aliviados com a baixa de transito, e os skatistas continuam “skeitando”, enquanto a maioria de vocês, motorizados, está cada vez mais aflita e confinada em suas casas, das quais não saem andando nem pra comprar pão” – 

Camila Ramos, jornalista bem humorada e inteligente. 

Meu comentário: minha amiga Camila, a “Raminhos”, é genial! Sempre com uma boa sacada sobre tudo. Eu ri! 

Juiz flamenguista faz piada com Vasco em sentença


Um torcedor do Vasco entrou na Justiça contra uma empresa de TV por assinatura que interrompeu os serviços de transmissão do Campeonato Brasileiro alegando falta de documentação. Elizeu Passos Caldas, que garante ter cumprido todas as exigências, pediu indenização por danos morais por não ter conseguido assistir aos jogos do seu time na televisão.

O juiz André Luiz Nicolitt deferiu o pedido – mas “em termos”. Segundo o magistrado, o dano é menor porque o Vasco já foi rebaixado. “Não é possível comparar a frustração de não poder ver um jogo de times que já frequentaram a segunda ou terceira divisão com aqueles que nunca estiveram nestes submundos”, diz a sentença.

Ainda de acordo com Nicolitt, o valor de indenização poderia ser maior se o torcedor autor da ação fosse flamenguista. “Exemplificando, se fosse o Fluminense, por ter jogado a terceira (divisão), valor ínfimo, o Vasco e Botafogo, por terem jogado a segundona, um pouco maior, já o glorioso Clube Regatas do Flamengo, que jamais frequentou ou frequentará tais submundos, o dano seria expressivo”.

A empresa de TV por assinatura foi indenizada a pagar 2.000 reais – quantia considerada “razoável” pelo magistrado.

Ando muito “Zen”

Ando muito “Zen”, sem me aporrinhar tanto. Deve ser por conta das coisas estarem bem no campo afetivo, familiar e profissional. Sim, Estou mais feliz que pinto na merda!
Quando olho ao meu redor e vejo pessoas infelizes dividindo uma garrafa de bebida triste, percebo como sou privilegiado por Deus, mesmo!
Agradeço sempre pela família que tenho. Também por ter encontrado a Erika, minha namorada, uma das melhores pessoas que conheci. O resto é fruto da construção de uma trajetória. Horas de estudo, dedicação, sofrimento e, é claro, sorte (que não deixa de ser uma benção).
Bom, é isso. Ah, Lembre-se: seja decente e trabalhe, o resto vem junto.  “Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável” (Mário Quintana).
Elton Tavares

Agradecimento do Fernandinho

                                            Eu e o jornalista Fernando França no Norte das Águas.                            
Pedra Branca amanheceu branca, serragem branca, manhã fria e um sol refrescante. E a felicidade logo tornou-se branca, com leve tom azulado.

Agradeci a Deus primeiramente, depois ao Zé Tupinabá, ao seu Baiano, à Vovó Servana, a São Jorge, ao meu pai que olha por mim sempre, a minha mãe que sempre me acompanha em suas orações, aos anjos, querubins e a todos os guerreiros de Deus que me protegem.
Agradeci também a todos que sorriem quando me aproximo e aos que possuem boas energias. Obrigado!
Fernando França

Manifesto dos mutantes sobreviventes

                                                                                     Por Cláudia Pereira
Yeah, a vida é totalmente ordinária, mas nós não precisamos ser, ok? Por quê? Ora, nós somos joviais,inteligentes, confiantes, e às vezes (ou sempre) malvados com eles. Quem são eles?
Eles são essas pessoas pequenas, insignificantes, sem graça, absolutamente desprovidas de charme, de alegria, de joie de vivre, perversas em todas as suas ambições. Nós somos mutantes perdidos à procura de autoconhecimento, de novas descobertas, de novas tendências.
Somos sobreviventes dos maravilhosos anos 80 (a quem amamos acima de tudo), mas estamos aqui, no século 21, correndo atrás de nossas identidades perdidas, armados até os dentes com nossos mísseis anti-depressão. Temos nossos super heróis que assim como nós estão em busca do planeta perfeito.
Você, assim como eu, também é um sobrevivente. Um sobrevivente do medo, do rancor, do ódio, da incapacidade intelectual. Nossos olhos enxergam além dessa tela vazia que é a vida, pois somos cheios de imaginação, e como Mia Farrow, em “Rosa Púrpura do Cairo”, preferimos viver a fantasia em preto e branco. Não nos interessa a superficialidade das coisas, mas sim a integração do nosso mundo à natureza.
Nossos ouvidos estão sintonizados com parabólicas que nos levam a outros continentes e nos fazer ver imagens em terceira dimensão. Nossa trilha sonora é a base de sons estridentes & calmos. Temos preferências, mas não fazemos disso uma bandeira brutalizante da moda, do fashion week. Praticamos sexo como se pratica yoga, na mais absoluta paz, sem outdoors ou outing…
Sonhamos de olhos abertos, pois temos medo de dormir e acordar nos terríveis anos 70. Celebramos nosso amanhecer no quintal, brindando sempre & sempre ao eterno retorno de nossas crianças interiores. Estamos eternamente em comunhão. Temos o compromisso com o autêntico, com o verdadeiro, apesar de nem sempre termos acesso a ele. Não somos covardes. Estamos prontos para qualquer batalha, mas nos reservamos o direito do silêncio do pensamento. Assim, nos tornamos sábios e irresistíveis.
Como já disse antes, a vida é muito ordinária, mas isso não nos diz respeito, já que somos imunes a ela…..e também imune a qualquer spray do racionalismo e preconceito, da mesmice, do convencionalismo moral.
Somos contemporâneos sem compromissos com a esquerda ou direita, azul ou vermelho, branco ou negro. Vivemos no mais absoluto abismo de todas as incertezas, buscando nosso paraíso particular que pode estar aqui ou ali…ou em qualquer lugar….
Não buscamos fama & dinheiro. Nosso plano de conquista é amplo, mas exclui tanques de guerra e porta-vozes americanos com metralhadoras e microfones. Somos aliados dos que buscam assim como nós, um mundo mais digno e mais alegre. Não fazemos oba oba de carnaval, nos trancamos em nossos quartos e dançamos a nossa música particular.
Celebramos nosso ano novo com modestos foguetes via marte, embutido de mensagens anti-sequestro, anti-assalto, anti-matança, anti-ataques…..E esperamos resgatar com o nosso sopro de atitude e tolerância, o que julgamos ser imprescindível para a nossa sobrevivência: PAZ. HARMONIA. COMUNHÃO.

Fonte: http://www.pulganafarinha.blogspot.com/

  (O blog é da nossa colaboradora Darth J. Vader e o textaço de autoria da Cláudia, sua esposa)