Carla Nobre lança seu novo livro sobre o infinito e a poesia

As Variações do Infinito é o nome do mais novo livro da poeta amapaense, Carla Nobre. Este é o quarto livro publicado pela artista que já tem mais de 20 anos de atuação na cena literária, com seu trabalho de escrita e performances poéticas. O lançamento acontece na quarta-feira, 30, no Banca Pub, a partir das 19h.

Nesta obra Carla traz questionamentos como: você é infinito? O que seria o infinito em sua vida?. A partir destas questões a poeta apresenta suas variações deste infinito que nos cerca. ‘No meu livro eu quero reafirmar, e também dizer, que nós, seres humanos, com cada alegria e desventura diárias, somos infinitos’, revela a poeta.

Se o infinito é aquilo que nunca acaba a poeta convida os leitores a atravessar sua obra descobrindo seus questionamentos. Durantes os 91 poemas escolhidos para compor esta obra, os leitores podem descobrir os mais diversos sentimentos. ‘Quero que os poemas estejam em mim mesmo que um dia virem pó e cinza, fiquemos nos olhares de quem os leu, nas angustias que alimentaram nos leitores. Quero que, através das minhas palavras, fiquemos e sejamos infinitos’, ressalta, Carla.

O trabalho conta ainda com ilustrações de capa e internas assinadas pela ilustradora Carla Antunes. A revisão ficou a cargo do professor Mestre Kerllyo Barbosa Maciel, prefácio escrito pelo Professor Doutor Yurgel Caldas e apresentação pela pelos Poetas Azuis (Pedro Stkls e Thiago Soeiro).

“Variações do Infinito” foi publicado através da Lei Aldir Blanc, por meio do edital Carlos Lima “Seu Portuga”, da Secretaria de Estado de Cultura (Secult-AP), com realização de Duas Telas Produtora Cultural.

Ficha Técnica:

Prefácio: Yurgel Caldas
Revisão: Kerllyo Barbosa Maciel
Capa e ilustrações: Carla Antunes
Fotos: Eudes Vinícius
Assistente de fotografia Brenda Zeni
Direção de Arte: Pedro Stkls
Produção geral: Andreia Lopes e Hayam Chandra
Figurino: Alika
Maquiagem: Tainara Cavalcante
Assistente de Produção: Rai Amorim e Talita Espósito

Serviço:

Lançamento “Variações do Infinito” – Carla Nobre
30 de agosto de 2023
19h
Banca Pub – Av. Mendonça Furtado, 1773 – Santa Rita
Performances: Ana Anspach, Hayam Chandra, Mary Paes, Nauvegar e Thiago Soeiro

Assessoria de comunicação

Vídeo Poema de agora: Valsa Ingrata – Kassia Modesto

Vídeo Poema de agora: Valsa Ingrata – Kassia Modesto

Participação especial.: @cami__ante e @thonny_barbosa
Registro.: @ingrid.rayanasl
Edição.: @camillyverass
Direção de Arte e Cenografia.: @bladajubson
Locação.: @vinhos_e_co_
Produção.: @acessacult.producao
Parceiro de divulgação.: @elton.mtavares

Vídeo Poema de agora: Poesia Torta – Kassia Modesto

Vídeo Poema de agora: Poesia Torta – Kassia Modesto

Ficha técnica
Poesia Autoral – “Poesia Torta”
Participação Especial.: Cami Ante e Anthony Barbosa
Registro.: Ingrid Ranna
Edição.: Camilly Veras
Direção de Arte e Cenografia.: Jubson Blada
Locação.: Vinhos e Co
Produção.: Acessa Cult Produções

Nesta sexta-feira (25), escritor Marven Junius Franklin lança o livro “O pequeno admirador de marés”

Marven Junius Franklin

Nesta sexta-feira (25), no município de Tartarugalzinho, escritor Marven Junius Franklin lança o livro “O pequeno admirador de marés”. Leia sobre a a obra:

O PEQUENO ADMIRADOR DE MARÉS

O escritor Marven Junius Franklin, lança no dia 25 de agosto o livro “O PEQUENO ADMIRADOR DE MARÉS”, na praça Saturnino dos Santos em Tartarugalzinho. Marven, que recentemente foi homenageado pela Academia Amapaense de Letras (AAL) com o Prêmio de Destaque da Literatura Amapaense nas comemorações dos 70 anos dessa entidade e finalista do Prêmio Off Flip de Literatura /2023, um dos prêmios mais importantes da literatura brasileira, apresenta sua primeira obra voltado ao público infanto-juvenil.

Um livro repleto de cenas do cotidiano e questões sociais, marcas indeléveis no trabalho desse observador do cotidiano nortista – uma das grandes revelações da literatura produzida na Amazônia. O escritor, residindo a cerca 230 km de Macapá é professor da rede pública de ensino. Marven Junius Franklin é um ativista da literatura no Extremo Norte brasileiro, seu livro Oiapoque (in blues), lançado em 2018 é um exemplo de militância, resistência e engajamento literário na fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa. Paraense, radicado a 20 anos no Amapá, o autor coleciona prêmios e homenagens importantes no universo literário local e nacional e já participou inúmeras coletâneas, publicações em sites e revistas de literatura.

O livro a ser lançado na próxima sexta é um “conto de fadas contemporâneo”, brinca o poeta, e conta o drama de um menino de Macapá, que durante o inverno amazônico presencia enchentes e destruições provocadas pela alta das marés na área ribeirinha do Aturiá, bairro pobre de Macapá.

O livro de Marven Junius Franklin é produto de incentivo da Lei Aldir Blanc, em edital contemplado junto com a produtora Duas Telas, e o lançamento tem apoio cultural da Prefeitura de Tartarugalzinho, Secretaria de Educação de Tartarugalzinho (SEMED) e Secretaria de Cultura do Amapá (SECULT).

Lançar o livro em Tartarugalzinho é uma forma de democratizar os lançamentos de livros no estado, promovendo o hábito da Leitura, além de incentivar a produção literária no interior do Amapá“. (Marven Junius Franklin)

Por Humberto Baia – Jornalista

Poetas amapaenses se reúnem pra festejar o Dia Estadual da Poesia

O Dia Estadual da Poesia é comemorado em 8 de agosto. A data foi instituída pela Lei nº 580, de 21/06/2000, em homenagem ao poeta, médico, professor e ex-prefeito de Macapá Alexandre Vaz Tavares, nascido na capital amapaense, em 1858. Consta que ele foi o primeiro poeta a escrever poemas sobre Macapá.

Para que a data não passe em branco, o Conselho Estadual de Políticas Públicas do Amapá, com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura, realizará nesta quinta-feira, 24, um evento que reúne os poetas amapaenses em torno da poesia.

Pat Andrade, Carla Nobre, Júlio Miragaia, Bruno Muniz, Claudia Flor d’Maria e Lara Utzig, entre muitos outros, estarão presentes. Além de declamação, o evento terá ainda varal de poesia, venda de obras e produtos literários e uma pitada de música com Cássio Pontes e Marcelo Abreu.

O dia 24 – por coincidência – é a data de nascimento de Paulo Leminski e, para homenageá-lo, a poeta Pat Andrade fará uma pequena exposição ilustrada dos poemas do autor brasileiro, intitulada “Leminski, à margem”.

Serviço:

Poetas amapaenses se reúnem pra festejar o Dia Estadual da Poesia

Data: 24 de agosto de 2023
Hora: a partir das 15h
Local: Hall da UEAP – Universidade Estadual do Amapá (Av. Presidente Vargas, nº 650. Centro)
Entrada franca

Assessoria de comunicação

Poema de agora: Faz de contas que sofremos juntos – Luiz Jorge Ferreira.

Faz de contas que sofremos juntos

Eu vou-me embora de você…sem que você acorde
Sem que a saudade volte a derrubar a colherzinha da xícara de café de cima da mesa.
Eu vou embora de você antes que a lagrima surja
…antes que na rua o cão inicie seu latir afônico…em busca de um tom mais baixo para enxotar as mariposas noturnas pousando sobre as rosas.

Eu desço as escadas sorrateiro…eu arrisco abrir um pouco as cortinas um pouquinho, para que a luz ultrapasse a negra cor que nos envolve, suavemente, e não lhe irrite as retinas…
Saio descalço para que não provoque qualquer som calçando o meu sapato de couro, que ganhei de presente, e guardei, esse ruído ficará ausente dos meus passos, e meus passos marcarão no piso o rumo que deixo quase apagado para que você imagine que são passos de retorno.
…não devo me descuidar do último degrau porquê ele range, e esse barulho ácido tira paz do barulho continuo do ventilador Arno.


…e é muito capaz do gato porcelana emitir das entranhas um ruído estranho de miados proparoxítonos.

…caminho na ponta dos dedos para que não pise na tua lixa de unha que colocas sempre debaixo da fronha a esquerda do seu rosto…e ela quando cai leva tuas digitais.. e a esquerda do travesseiro amassado, onde as vezes te ouço conversar com espelho dependurado a esguelha, eu com o dedo indicador peço silêncio ao seu reflexo no espelho, ele sorri, e eu saio.

Eu vou embora de você , antes que se aposse totalmente dos meus anseios, dos meus temores, dos meus odores, e dos meus pensamentos…
Exatamente o pedaço em mim, que tu hoje, mais ocupas, no meu dentro.

Luiz Jorge Ferreira.

Poema de agora: pelos olhos teus – Pat Andrade

pelos olhos teus

eu quase morri
às três da tarde
de um dia de agosto

quando encontrei
teus olhos rebeldes
perdidos pelas ruas vazias

abandonei meus sonhos
na primeira esquina
pra te seguir de longe

te vi espalhando delírios
e pendurando canções
nas janelas quebradas

vi as casas sorrirem para ti
e se vestirem de cores vivas
como se fossem dançar

vi o céu arrumar as nuvens
de um jeito diferente
pra tua foto imaginária

te ouvi tocar os sinos
na hora dourada do dia
fazendo vibrar os corações

te vi tragar o vento distraída
a contemplar o grande rio
engolindo a cidade lentamente

e como se nada mais houvesse
como se nada mais valesse
ou fizesse sentido

me vi perdido por ti
pelos teus passos alegres
e pelos teus olhos ancestrais

Pat Andrade

Poesia de agora: IMPRESSIONISMO – Patrícia Andrade

IMPRESSIONISMO

penso que agora
me encanto mais com o céu
olho ainda mais
para as árvores e flores
sinto cada vez mais
a intensa noite
e consigo ver melhor
o brilho das estrelas

absorvo luzes e tons
capto cores e matizes
e começo a perceber
que desvendar Van Gogh
é cortar a própria orelha

Patrícia Andrade

Poema de agora: Herança – Luiz Jorge Ferreira

Herança

Minha mãe era meu pai.
E meu pai era minha mãe.
Eles deixaram comigo uns ais, que eu engoli… com branca saliva, e farinha d’água.
Eles me molharam de mágoa, para eu sarar… açaí.
Eles me fizeram ser eu.
Quando eu queria sumir entre seus olhares de pais. Sob seus olhares de saudade. Qual uma pipa colorida, fizeram uma briga com o vento e a vida… e eu venci.

A saudade apodrece com o tempo, mas essa não apodreceu
Pregaram em minha camisa puída, fé.
Para olhar o amanhã, pela janela da esperança, grudaram horizontes em meu olhar.
Eternamente peço desculpas e bênçãos, avexado por bulir em silêncio com os pecados, de cocoras por ali.
Engulo tantas mesuras, com outras caretas feitas no escuro, que eu mesmo colori de breu, que ateu que era… hoje amo Deus!

Sobre eu bater asas sozinho, e descobrir os caminhos, e ser o eco dos trovões, me aguça a troca…
Troco meus olhos pelo medo do escuro.
Troco meus dias, pelo pitiú, do sentimento sufocado com lágrimas.
Virei a página… mãe, era pai de novo.


Não refaça os versos, onde temos luz, temos a escuridão, agarrada nas retinas.
Temos as Ladainhas, e temos o amanhecer, e temos o recomeço, dócil como um azul.
Por isso minhas coisas não são tristes de saudade, cada vez mais embriagadas do meu cheiro de suor.


São saciadas de paz.
E se elas ouvem gemidos dentro em mim, basta olhar o que vi para cegar.
E o que era uma estrela virava um peixe quando caia no rio.
E esse rio… que se sacia n’água… fui eu!

Luiz Jorge Ferreira

*Do Livro “Nunca mais vou sair de mim sem levar as Asas” – Rumo Editorial São Paulo Brasil – 2020.

Poema de agora: Feliz dia dos pais – Arilson Freires – @ArilsonFreires

Feliz dia dos pais

Ao pai velho, pai novo
Pai escolado, sem estofo
Pai rico, pai pobre
Relaxado e que se cobre
Pai carinho, pai ternura
Pai ríspido, linha dura
Pai da batalha, do corre
Sóbrio e de porre
Pai sorriso, pai triste
Warlock ou Mefisto
Casado e na pista
Pescador de si mesmo
Altruísta
Aos pais que sintam
Como é dádiva de Deus
Viver com os seus
Ter gente com sua cara
Seu jeito, sua marra
Seu modo no mundo
Árvores de ninhos
O mundo se faz de filhos!

Feliz dia dos pais

Arilson Freires

Poema de agora: um amor na maré cheia – Pat Andrade

um amor na maré cheia

no teu rio
eu sou catraia
barco à vela
sou navio

no teu rio
eu me atrevo
me atiro
vou a nado

te atravesso
por inteiro
e me atraco
no teu corpo

Pat Andrade

Poema de agora: A Maiakovski. Poeta Russo – Luiz Jorge Ferreira

A Maiakovski. Poeta Russo

Um dia eles nem chegam!
Já estão escondidos nas sombras que nos acompanham, por todos os lugares.
E nós não vimos, nem sentimos seus cheiros podres, nem sentimos suas mãos nos pescoços.

Simplesmente porque ainda fazem isto só com os outros.

Certo dia em que estamos comprando ovos da Páscoa.
Eles entregam armas aos moleques sem cor dos aglomerados.
Mas com medo neste momento levantamos do sofá, e desligamos a Televisão para não saber mais disto.

Uma noite eleito por nós mesmos, eles se reúnem, e criam facilidades para o domínio.
Empilham placas na rua,
para que indefesos andemos a mercê dos sádicos.

Criam leis para retirar nossas armas, e facilitam a liberdade dos ladrões, e assassinos.

Mas como o domínio ainda nos permite ir a praia – Não protestamos.

Certo dia acordamos com eles em nossas casas, em nossas mesas, em nossas camas, em nossas almas.

Nesse dia, sentiremos seus cheiros podres, seus dentes podres, seus gestos bruscos, e seus torniquetes no pescoços.

Seremos proibidos de ir a praia, caminhar sob o sol, e inocentemente tomar sorvete.

Ansiosos vamos procurar reunir todos para criar uma saída.

Mas então! – Todos serão ninguém, e eternamente!
Será muito tarde.

Luiz Jorge Ferreira

 

* Do livro Tybum.

Hoje é o Dia Estadual da Poesia (minha homenagem aos poetas do Amapá!)

Hoje é o Dia Estadual da Poesia. Admiro os poetas, sejam cultos, que usam refinados recursos de linguagem ou ignorantes, que versam sem precisar de muita escolaridade. Eles movimentam o pensamento e tocam corações. Não é à toa que as pessoas têm sido tocadas pela poesia há séculos. E nem interessa se o escrito fala de sensatez ou loucura. Tanto faz. O que importa é a criatividade, a arte de imprimir emoções em textos ou declamações.

De acordo com a jornalista e poeta Alcinéa Cavalcante, o dia 8 de agosto é o Dia Estadual da Poesia, instituído pela Lei nº 580, de 21/06/2000. A escolha do oitavo dia do mês oito se deu em homenagem ao poeta, médico, professor e ex-prefeito de Macapá Alexandre Vaz Tavares, nascido na capital amapaense nessa data, em 1858. Consta que ele foi o primeiro poeta a escrever poemas sobre Macapá. Sua poesia “Macapá” (praticamente desconhecida das novas gerações) foi publicada pela primeira vez em agosto de 1889, na Revista de Educação e Ensino do Pará. Vaz Tavares morreu em abril de 1926, aos 67 anos.

A palavra “poesia” tem origem grega e significa “criação”. É definida como a arte de escrever em versos, com o poder de modificar a realidade, segundo a percepção do artista.

O poeta autor/trovador escreve textos do gênero que compõe uma das sete artes tradicionais, a Poesia. A inspiração, sensibilidade e criatividade deste tipo de artista retrata qualquer situação e a interpretação depende da imaginação dele próprio, assim como do leitor.

O Amapá precisa preservar, reconhecer e homenagear seus grandes nomes em todas as áreas de atuação. Como sou fã de escritores, compositores, músicos, poetas e artistas em geral, faço isso por aqui. Pois a gente precisa aplaudir e elogiar sempre. Não tenho o nobre dom de poetizar, sou plateia. Mas apesar de não existir poesia em mim, uso a tal “licença poética”, para discorrer sobre meus devaneios e pontos de vista.

Com os poetas Pat Andrade, Fernando Canto, Ronaldo Rodrigues, Alcinéa Cavalcante, Flávio Cavalcante, Thiago Soeiro e Pedro Stkls. Amigos!!

Hoje minhas homenagens são para os poetas amapaenses (ou que versam sobre nossa terra) que são meus amigos (somente os amigos mesmo).

Parabenizo, ainda, grandes poetas amapaenses que não conheço pessoalmente, mas possuem grandes obras e contribuições expressivas para a literatura do nosso lugar no mundo. Deste grupo, em especial, o admirável Manoel Bispo, de quem sou fã, mas nunca troquei uma palavra.

Também saúdo todos os movimentos que fazem Poesia no Amapá, que realizam encontros em praças, bares, residências, etc. Enfim, saraus para todos os gostos. Portanto, meus parabéns aos poetas, artistas inventivos que fascinam o público que aprecia a nobre arte poética.

Parabéns aos poetas do Amapá. Principalmente aos meus poetas preferidos!

Elton Tavares