Hoje rola “Quarta de arte da Pleta”, edição Café com Notícias, no Sankofa

Hoje (18), a partir das 17h45, rola mais uma edição da Quarta de arte da Pleta, edição Café com Notícias. O programa de rádio que nomeia o evento será transmitido da Casa de Cultura Sankofa

Na ocasião, vai rolar Feiras das empreendedoras pretas, bate papo com Alzira Nogueira; Elaine Albuquerque e Mariana Gonçalves. Além de poesia de Kassia Modesto; Hayam Chandra; Pat Andrade; Rosa Rente e Preta Aurea.

As atrações musicais da noite serão: Deize Pinheiro, Fernanda Canora, Jessica Neves Laura do Marabaixo , Erick Pureza , Wendell Cordeiro Edu Gomes e banda Mister Zé. Ainda vai rolar exibição do Filme BACURAL, bate-papo com a cineasta Ana Vidigal e coleta de brinquedos

Serviço:

Data: 18/12/2019
Local: Sankofa, localizado na Rua Beira Rio 1488, Orla do Santa Inês, zona sul de Macapá.
Hora: a partir das 17h
Couvert: R$ 5,00
Mais informações pelo telefone: 98109-0563 (Andreia Lopes).

Poema de agora: ESQUECIDA – Ori Fonseca

Ilustração: Estudo de Nu (1921), de Tarsila do Amaral.

ESQUECIDA

Já quis matá-la e quis morrer por ela
Em cada pesadelo de agonia,
Em cada noite que virava dia,
Em cada vento a me invadir a cela.

Já quis sumir e quis sumir aquela
Que dominava os braços da poesia,
E que me amava tanto – é o que dizia -,
E se esquecia disso, tão singela.

Quis esquecê-la, mas é tudo um vício,
Volto ao início na ilusão do fim
Sem perceber seu bote de motim.

E volto ao fim na ilusão do início
De que ela amou-me no tempo propício,
Mas que depressa se esqueceu de mim.

Ori Fonseca

Poema de agora: SOBRE O MUNDO – Pat Andrade

SOBRE O MUNDO

Desarmei bombas
Em corações vadios
Para que eu pudesse
amar sem medo
pintei memórias
em cores vivas
pra que tu visses
como era belo o antigo
passei a limpo
o tempo vivido


pra que não visses os erros
que a vida me fez cometer
plantei árvores pelo caminho
para que o teu caminhar
fosse mais tranquilo
mas fiz questão
de te mostrar o mundo como ele é
para que saibas como enfrentá-lo

Pat Andrade

Nesta sexta-feira (13), rola a última edição do Luau na Samaúma de 2019

Junto com dezembro, chegam as expectativas natalinas, e uma das programações mais aguardadas pelos amapaenses, o Luau na Samaúma de Natal, vai acontecer neste final de semana, com uma extensa agenda de atrações culturais e de negócios. O evento será nesta sexta-feira (13), a partir das 17h, na Praça Samaúma, em frente à Procuradoria-Geral de Justiça – Promotor Haroldo Franco – do Ministério Público do Amapá (MP-AP). O evento multicultural promete ser uma grande confraternização natalina aberta ao público.

O Luau na Samaúma é promovido pelo MP-AP, Prefeitura Municipal de Macapá (PMM), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/AP) e Governo do Amapá, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). A iniciativa visa o fomento da economia criativa; ocupação do espaço público pela população e promoção de lazer e cultura. Tudo sob o abrigo da grande Samaúma, árvore que empresta o nome e dá vida ao projeto do Luau.

Música, arte e gastronomia amapaense é o tripé que sustenta a programação cultural da noite, que conta com o empenho de artistas locais, que irão expor suas obras e serão protagonistas de intervenções teatrais. Poesia e shows musicais também fazem parte da programação, que terá como atrativo maior para a criançada, o Papai Noel no Luau da Samaúma.

Empreendedorismo

No encerramento desta edição do Luau, e aquecer a geração de renda no fim de ano, uma rede de empreendedores e artesãos locais, cadastrados previamente, terão espaço para a comercialização de seus produtos. O fomento da economia criativa e independente é uma das marcas fortes do evento desde a sua concepção.

Para favorecer o fluxo do trânsito no local, o estacionamento da sede campestre da Maçonaria, em frente à Praça Samaúma, estará disponível para os visitantes da noite, bem como o entorno da praça. Em caso de consumo de bebida alcoólica, a organização do evento aconselha que os motoristas optem por vias alternativas de locomoção.

Ficou animado? Confira a programação completa da noite:

Infantil

– Contação de histórias de Natal

– Espetáculo infantil “Buiando na Antranet”

– Oficina de MiniChef

– Papai Noel

Edição do Luau da Samaúma — Foto: Max Renê/Prefeitura de Macapá

Literatura e poesia

– Lançamento do livro “Poesia de Rio”, de autoria do poeta e promotor de Justiça Mauro Guilherme.
-Tenda Literária com exposição e comercialização de livros e declamações poéticas.

Feiras e Exposições

– Artesanato – Feira Afro e “Projeto Mulheres que Fazem”.
– Discos de vinil e sons retrô.

–Exposições de artes plásticas.
– Feira de plantas
– Feira de produtos do campo (Sebrae)

Gastronomia

Food Trucks, Feira gastronômica, coquetelaria e outros.

Música

– Coral Anjos da Guarda, da Banda da Guarda Civil Municipal de Macapá
– Nonato Santos
– João Amorim
– Amadeu Cavalcante

SERVIÇO:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Estado do Amapá
Contato: (96) 3198-1616
E-mail: [email protected]

Poema de agora: SE – Pat Andrade

SE

se você pudesse me ouvir cantar,
saberia que meu canto é triste
mas pode se alegrar.

se pudesse me ver passar,
saberia que ando sozinha,
não importa o tempo ou o lugar.

se pudesse me abraçar,
saberia que meu corpo é quente
e pode arder até queimar.

e se me beijasse um dia,
saberia que meu hálito é doce
e que sou extremamente lunar.

se reparasse em mim,
saberia enfim que posso
simplesmente amar.

Pat Andrade

Membro do MP-AP lança livro no Luau na Samaúma

Um dos pontos fortes do Luau na Samaúma é o incentivo e difusão da cultura. Nesta edição, o membro do Ministério Público do Amapá (MP-AP), promotor de Justiça Mauro Guilherme, lança seu livro “Poesia de Rio”. O evento ocorrerá nesta sexta-feira (13), na Praça da Samaúma, em frente a Procuradoria-Geral do MP-AP, prédio Promotor Haroldo Franco.

O Luau na Samaúma é promovido pelo MP-AP, em parceria com a Prefeitura Municipal de Macapá (PMM), Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AP), e pelo Governo do Estado do Amapá, por meio da Secretaria Estadual de Cultura (Secult).

Esse é o décimo livro lançado promotor, que também é escritor. Dessa vez, com o diferencial de estar às margens do rio amazonas, e sob a sombra da Samaúma. Com o primeiro livro lançado em 1998, o escritor soma 21 anos de carreira escrevendo romances, crônicas e poesias.

Mauro Guilherme é autor de Reflexões poéticas (1988), Humanidade Incendiada (2003), Destino (2007), O Trem de Maria (2009), As Histórias de João Pescador (2010), Histórias de Desamor (2012), História de Pássaros (2017) e contos Estranhos (2017).

As poesias do livro retratam a natureza, os pássaros, a floresta, o ribeirinho e um pouco sobre a cultura da Amazônia, fazendo jus ao título: “Poesias de Rio”.

“Escolhi fazer uma noite de autógrafos no Luau na Samaúma porque o evento tem se tornado, a cada ano, uma marca cultural da cidade, atraindo gente de todas as idades”, concluiu o autor.

SERVIÇO:

Elton Tavares – direto de comunicação
Texto: Nelson Carlos
Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Estado do Amapá
Contato: (96) 3198-1616
E-mail: [email protected]

Poema de agora: Amazonas – Pat Andrade

Foto: Floriano Lima

Amazonas

Amazonas
em ti, fúria e beleza…
numa certa ribeira,
tem alegria e tristeza.

Foto: Floriano Lima

em ti, chegada e partida,
uma saudade inteira;
tem morte e tem vida.

Foto: Floriano Lima

em ti, mansidão e revolta,
nessa eterna brincadeira
de vai e volta.

Pat Andrade

Poema de agora: Quando chove – @ManoelFabricio1

Quando chove

Quando chove surgem as goteiras
Quando chove deixamos de ter poeira
Quando chove passamos a ter lama
Quando chove a roupa fica com saudade do sol
Quando chove o rio enche tanto, que o peixe pula de trampolim do anzol
Quando chove a vida inunda
Quando chove o carro passa na poça e te molha
Quando chove a gente fica esperando
Quando chove parece o pranto
Quando chove um tanto


Quando chove memórias transbordam
Quando chove molha-se o rosto com frequência
Quando chove a cabeça refresca
Quando chove o pulmão reclama
Quando chove o trovão grita
Quando chove quase ninguém se agita
Quando chove a luz vai embora
Quando chove parece que o tempo demora
Quando chove o pensamento aflora
Quando chove da cupim pra caramba
Quando chove tem um monte de gente que reclama
Quando chove tem um monte de gente que agradece
Quando chove tu olha pro Céu e sorri ou não
Quando chove a casa da mãe da minha amiga alaga
Quando chove aparece um monte de barata d’água


Quando chove vem sempre um enxurrada
Quando chove o açaí fica escasso
Quando chove as sombrinhas desfilam
Quando chove as obras param
Quando chove …
Quando chove eu escrevo

Manoel Fabrício

Poema de agora: O QUINTAL – Pat Andrade

O QUINTAL

quero ter um quintal
pra plantar uns pés de arco-íris,
semear estrelas,
regar sonhos e desejos,
e esperar passarinhos
coloridos no entardecer.

um dia, num futuro
que não sei se virá,
poderei colher memórias
e devorar lembranças.

sentada na varanda,
vou me lambuzar de prazer
e distribuir saudade
pela vizinhança.

Pat Andrade

Poema de agora: Mal de mim – @ManoelFabricio1

Mal de mim

Eu preciso falar mal de mim pra ti
Pra ti me conhecer
Pra ti saber quem eu sou
Só assim eu vou
Precisa me dizer onde é
Sem saber o caminho fico andando perdido sem nunca parar
Inquieto como uma folha seca na rua
A verdade nua
Diz que se não há
Compromisso com o que é dito
Pra que dizer!?
Pra que falar !?
Não é melhor ficar quieto
Na ânsia
espera a chuva passar
Ou se joga
Quem vai pra casa não se molha

Manoel Fabrício