Semana do Quadrinho Nacional Amapá encerra neste sábado (3)

Este é o segundo ano em que o Coletivo AP Quadrinhos, atuante no estado há mais de dez anos, realiza a Semana do Quadrinho Nacional.

 

O evento iniciado no sábado, dia 27/01, no Baluarte Cultural (Av. Duque de Caxias, 142-A – Centro), com venda de quadrinhos do grupo, desenhaço interativo e apresentações musicais, encerra neste sábado (3). Ao longo da semana, ocorreram oficinas de desenho e roteiro, palestras e rodas de conversa com importantes artistas locais.

As palestras e as rodas de conversa foram gratuitas, cobrado somente o valor de R$ 10,00 por inscrição. Do dia 30/01 a 02/02 o evento foi realizado no Centro Profissionalizante de Artes Cândido Portinari (Av. Cônego Domingos Maltês, 1976 – Santa Rita).

O encerramento do evento será no dia 03/02, sábado, no Villa Nova Shopping, com uma feira de quadrinistas amapaenses onde será possível conhecer e adquirir os seus trabalhos.

A Semana do Quadrinho Nacional é organizada em alusão ao Dia do Quadrinho Nacional, 30/01, data escolhida para relembrar o lançamento, em 1869, de “As Aventuras de Nhô-Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte”, de Angelo Agostini, reconhecido como a primeira história em quadrinhos brasileiras e uma das primeiras do mundo.

A semana do Quadrinho Nacional Amapá se liga a eventos similares que ocorrem país afora e mostram a força dos quadrinhos no Brasil.

Semana do Quadrinho Nacional
De 27/01 a 03/02 de 2024

Abertura
Sábado 27/01
Local: Baluarte Cultural
Hora: a partir das 19h
• Desenhaço
• Venda de coleção de fanzines
• Apresentação musical: Rael e Sereia Caranguejo


Terça 30/01
Local: Cândido Portinari
Hora: 10h
• Oficina de Gian Danton: Roteiro Para Quadrinhos. Inscrição: R$10,00
Hora: 11h
• Palestra de Israel Guedes: Vivendo de Quadrinhos/Desenhos. Gratuito.

Quarta 31/01
Local: Cândido Portinari
Hora 10h
• Oficina de Kaic/Adriano (público infantil):
Laboratório de Criação Pokémon. Inscrição: R$10,00

Quinta 01/02
Local: Cândido Portinari
Hora: 9h
• Oficina de Will Cruz: Fundamentos do Desenho. Inscrição: R$10,00

Hora: 10h
• Oficina de Nat Muniz: Produção de Fanzine. Inscrição: R$10,00

Sexta 02/02
Local: Cândido Portinari
Hora: 15h
• Oficina de Kaic/Adriano (público infantil): Laboratório de Criação Pokémon. Inscrição: R$10,00
Hora: 16h30
Roda de conversa com Ronaldo Rony:
A Produção Alternativa de História em Quadrinhos. Gratuito.

Encerramento


Sábado 03/02
Local: Villa Nova Shopping
Hora: a partir das 10h
• Artist Alley / Feira com os artistas

Assessoria de comunicação

Lei Paulo Gustavo: inscrições abertas em editais no valor de R$ 22,6 milhões no Amapá

Por Rafael Aleixo

Estão abertas até 22 de fevereiro as inscrições nos editais para seleção de projetos culturais no Amapá a partir de recursos da Lei Paulo Gustavo. Produtores e agentes culturais podem participar dos editais Latitude Zero e de premiação Maré Cheia.

Os editais lançados pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult) somam aproximadamente R$ 22,6 milhões e devem contemplar cerca de 1,2 mil iniciativas nos 16 municípios do estado.

Do total de recursos, R$ 14,6 milhões foram destinados ao segmento audiovisual, R$ 5,6 milhões para outros segmentos culturais e R$ 1,1 milhão para a operacionalização da lei.

O governo informou ainda que R$ 1,3 milhão foi destinado a uma adaptação do Centro de Difusão Cultural João de Azevedo Picanço para uma Sala de Cinema.

Edital Latitude Zero

O edital seleciona até 365 projetos do audiovisual, com valores que variam de R$ 1,5 mil até R$ 400 mil. O responsável pelo projeto deverá exercer a função de criação, direção, produção, coordenação ou gestão artística de destaque com capacidade de decisão dentro do projeto.

Veja o edital
Inscreva-se

Edital Maré Cheia

O edital de premiação Maré Cheia vai selecionar agentes culturais de diversas áreas que tenham prestado contribuição relevante para o desenvolvimento artístico e cultural no Amapá há pelo menos dois anos. Serão mais de R$ 5,6 milhões em premiações para 835 projetos, que podem variar de R$ 5 mil a R$ 10 mil.

Veja o edital
Inscreva-se

Lei Paulo Gustavo

A proposta foi batizada em homenagem ao ator e humorista que morreu em maio de 2021, vítima da Covid-19. Paulo Gustavo era um dos artistas mais populares do país e faleceu aos 42 anos.

Para o Amapá foram destinados cerca de R$ 30 milhões pelo governo federal, sendo cerca de R$ 22,6 milhões para o estado e R$ 7,5 para os municípios. No estado, a lei foi regulamentada através do Decreto nº 8.901 de 13 de novembro de 2023, onde se dispõem que os recursos previstos serão utilizados em ações emergenciais destinadas ao setor cultural.

Os cinco municípios com maior previsão de transferência de recursos no Amapá são Macapá (R$ 4,6 milhões), Santana (R$ 952 mil), Laranjal do Jari (R$ 419 mil), Oiapoque (R$ 233 mil) e Porto Grande (R$ 189 mil).

Fonte: G1 Amapá

Parabéns para mim nesta data querida – Crônica de Ronaldo Rodrigues

Autor do meme: Pequeno

Crônica de Ronaldo Rodrigues

Se algum dia um grupo de extraterrestres chegar, entre amigos, conhecidos e familiares, companheiros de trabalho ou de farra, e perguntar por mim sem dizer meu nome, apenas algumas caraterísticas, quem poderá informar?

O líder dos extraterrestres vai perguntar assim:

– Vocês conhecem esse cara?
• Nasceu em Curuçá, no Pará, em 17 de janeiro de 1966.
• Se criou em Santa Maria das Mangueiras de Belém do Grão-Pará.
• Hoje mora em Macapá do Meio do Mundo, se tornando, assim, um amaparaense.
• Escreve, desenha e lê bastante, não necessariamente nessa ordem.
• Rói unha desde que habitava o útero materno.
• Gosta de estourar plástico-bolha.
• É viciado em palavras cruzadas.
• Perfume? Só usa Leite de Rosas.
• Usa alpercatas frequentemente.
• Usa meias por vezes extravagantes.
• Não gosta de pizza.
• Não curte pets. Aliás, curte, desde que estejam beeeemmm longe.
• Não dirige carro. Nem moto. Só bicicleta, mas não sabe soltar as duas mãos. Bicicleta é seu veículo preferencial.
• Bebe muito, de preferência cerveja.
• Fuma muito. Até cigarro.
• Fala muito palavrão.
• Videogame? Nada! Joga somente paciência. E de um naipe só.
• Não se dá bem em jogo nenhum: futebol, vôlei, natação. Nada disso. Joga um pouco de xadrez e bilhar, mas sua estratégia consiste apenas em dificultar a vitória do adversário.
• Não sabe dar aqueles assovios fortes, como a maioria dos moleques de sua geração.
• É do país do futebol, mas é muito ruim de bola.
• Já brigou algumas vezes, mas só aprendeu a apanhar na vida.
• É cheio de TOCs e manias. Não pode ver sandália emborcada, por exemplo.
• Odeia supermercados e não frequenta shoppings.
• Detesta fazer compras, pois evita ao máximo qualquer relação comercial entre pessoas. As únicas coisas que gosta de comprar: livros e revistas. Antigamente, CDs de música.
• Não vê mais televisão, séries, filmes, novelas, noticiários, futebol, programas de auditório, podcasts. A intenção é retornar ao primitivo. Um dia, lá no futuro, já que hoje ainda não dá, vai abrir mão de toda a tecnologia. Vai largar a internet, a futilidade das redes sociais e o tatibitate do WhatsApp. Vai sair de todos os grupos, já que se acha capaz de ser burro sozinho.
• Já foi cabeludo. E careca. E cabeludo. E careca. E cabeludo…
• É destro, mas adoraria ser canhoto. Acha mais charmoso.
• Usa óculos, mas não escuros.
• É capricorniano, mas não liga pra isso.
• Há mais de 30 anos, exerce a profissão de redator publicitário. Isso mostra que ou ele entende mesmo disso ou está enganando muito bem.
• É filho da dona Darlinda e do seu Rodrigo, irmão do Reginaldo, da Ronilda, Renilda, Socorro e Fátima.
• É pai do Pedro, com Maria Lídia, e do Artur, com Patrícia Andrade.
• Não serve de exemplo pra coisa alguma.
E aí? Alguém pode informar?

Aí imaginei alguém respondendo:
– Rapaz, vi uma pessoa assim um dia desses! Mas o que aconteceu? Por que vocês estão procurando?
– É que hoje é aniversário dele e temos uma surpresa.

Aí mostraram um bolo imenso, no formato de um disco voador. Foi quando saí do meu esconderijo e me revelei aos meus irmãos ETs. A partir daí a festa começou e só vai acabar quando eles retornarem à Terra novamente para me levar de volta ao meu planeta originário. Até lá, vamos de festa:
– Parabéns para mim / Nesta data querida / Muitas felicidades / Muito anos de vida…

E segue o baile!

Os Tulius Detritus – Crônica de Elton Tavares (do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”)

Ilustração de Ronaldo Rony

Adoro gibi, sempre gostei. Fui leitor fanático de várias sagas de diversos personagens do universo dos quadrinhos. Meu amigo Fernando Bedran, durante nossas bebedeiras, sempre falava que é aficionado pelos quadrinhos de Asterix, o herói gaulês.

Ah, para quem não saca: “Asterix é uma série de quadrinhos, francesa, que conta a história de uma aldeia de gauleses (antepassados dos franceses) que teima em resistir ao invasor romano – enquanto toda a Gália já se rendeu. A aldeia de Asterix resiste graças a poderes especiais conferidos por uma poção mágica”.

Há anos, Bedran emprestou-me uma revista intitulada “Asterix e a Cizânia” (que aliás eu ainda não devolvi). O quadrinho conta a história de Tullius Detritus, personagem que semeia a discórdia, a cizânia entre os gauleses para enfraquecê-los e assim Roma possa vencê-los. Mas, ao fim, Asterix e seus amigos conseguem derrotá-lo.

Na trama, Tullius Detritus é o mestre da discórdia, astúcia, bandalheira onde ele chega, ele destrói, é a cizânia em pessoa – fofoca, manipulação, articulador da discórdia, dedo de seta, o veneno em pessoa.

Aí penso nos Tullius Detritus do cotidiano. Figuras com jogadas sombrias, ataques sinuosos. Seres com a necessidade constante de mostrar superioridade. Muitos tentam se passar por espirituosos ou autênticos, mas são ardilosos, sombrios e perigosos.

Portanto, tenham muito cuidado com o que vocês falam e principalmente para quem vocês falam suas coisas. Pois tá cheio de secador de pimenteira, escrotos, posers, soberbos , incoerentes e insensatos. Crápulas à espreita, motivados por inveja e armados de calúnias. Enfim, grandes filhos da puta.

Deixo aqui um conselho: não dê papo, muito menos confiança. Acreditem, aprendi isso da pior forma. Além do mais, cedo ou tarde, eles se lascam. É isso!

Elton Tavares

*Texto do livro “Crônicas De Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”, de minha autoria, lançado em setembro de 2020.

 

‘Caos no Meio do Mundo’: quadrinistas do AP lançam revista inspirada em histórias tucujus

‘Causos do Meio do Mundo’: coletivos de dez quadrinistas do AP lança revista sobre histórias — Foto: Arquivo pessoal/Amapá Quadrinhos

Por Mariana Ferreira

Os sonhos de dez quadrinistas do extremo norte do Brasil vão ser retratados numa revista intitulada ‘Caos no Meio do Mundo’. O lançamento da obra será neste sábado (25) no Sesc Araxá, na Zona Sul de Macapá.

A ideia é falar a partir de oito histórias diferentes sobre o jeito de ser do povo amapaense. Dessa vez, através da arte milenar que são os quadrinhos.

O grupo busca atualizar e lançar novos ‘causos’ periodicamente. Neste primeiro volume, quem adquirir a revista vai desfrutar de uma leitura com traços e estilos narrativos características de cada autor.

Ao todo serão oito histórias contadas em quadrinhos — Foto: Arquivo pessoal/Amapá Quadrinhos

Segundo o coordenador do coletivo, o artista João Vinícius, cada autor construiu uma história do zero.

“Como cada artista tem uma compreensão diferente sobre o tema -sonhos- proposto, as histórias são muito diversas” destacou João.

O coletivo tem uma jornada de protagonismo no Estado, são 10 anos desde a criação do grupo.

Em julho deste ano, no lançamento do filme Barbie, os quadrinistas estiveram num shopping da capital expondo desenhos inspirados na boneca mais famosa do mundo, mas com um toque regional.

A ‘Caos no Meio do Mundo’ contém 40 páginas e foi financiada com recursos próprios. A venda fica no preço de R$15,00 e quem tiver interesse deve ir ao lançamento no sábado a partir das 16 horas até 21 horas, no Sesc Araxá.

Fonte: G1 Amapá

Nos dias 10 e 11 de novembro: Congresso discutirá quadrinhos e cultura pop

Acontece, nos dias 10 e 11 de novembro no Departamento de Letras e Artes da Universidade Federal do Amapá (campus Marco Zero) o V Aspas Norte. O evento, que tem como tema “Cultura pop e quadrinhos”, será híbrido, com atividades presenciais e online. A grande novidade deste ano é que o congresso se torna internacional, com palestras e apresentações de outros países.

O Aspas Norte surgiu em 2018 com o objetivo de estimular a pesquisa sobre quadrinhos e cultura pop na região Amazônica. Ele nasceu da percepção de que muitas pessoas faziam pesquisas na área, mas não tinham condições de apresentar nos congressos nacionais focados nesses temas – como, por exemplo, os que são anualmente realizados pela ASPAS (Associação de pesquisadores em arte sequencial).

Realizado na cidade de Macapá em 2018 e 2019, o evento contou com apresentações de trabalhos, palestras e oficinas. Os artigos produzidos pelos apresentadores foram reunidos em dois livros, um sobre Linguagem dos quadrinhos e outro sobre Cultura Pop. Em 2020, em decorrência da pandemia, o evento aconteceu de forma totalmente remota. Em 2022 o evento chegou à sua forma definitiva, com atrações remotas e presenciais. Também nesse ano houve um número recorde de trabalhos inscritos, com apresentações de pesquisadores de todo o Brasil.

As inscrições como ouvinte para o evento estão aberta s até o dia 09 de novembro no site https://www.even3.com.br/aspasnorte2022.

Professora Charlotte Krauss (Universidade de Poitiers – França) – Foto: Divulgação

Além das apresentações de trabalhos, o Aspas Norte contará com palestra da Palestra da professora Charlotte Krauss (Universidade de Poitiers – França) com o tema “La Vengeance du comte Skarbek ou os quadrinhos como um experimento de pensamento” .

Também haverá lançamento dos livros “A Bíblia do roteiro de quadrinhos” e “O roteiro nas histórias em quadrinhos, ambos de autoria do professor Ivan Carlo Andrade de Oliveira. Serão lançados também os álbuns de quadrinhos Noção Zero, do professor Rafael Senra, e Causos do meio do mundo, do coletivo AP Quadrinhos. o coletivo também trará para o evento a exposição Barbie Tucuju, que reimagina a famosa boneca no ambiente amapaense.

O evento é uma realização da Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial (ASPAS) em parceria com o Grupo de Pesquisa Cultura Pop da Unifap e com o apoio do Laboratório FoReLLIS da Universidade de Poitiers (França).

Abaixo a programação completa:

Dia 10/11/2023 (sexta feira)

8:30 – 11:30 – Apresentações de trabalhos online
15:00 – 18:00 – Apresentações de trabalhos presenciais – Auditório do DEPLA
18:00 – Lançamento do álbum de quadrinhos Noção Zero e dos livro A bíblia do roteiro de quadrinhos e O roteiro nas histórias em quadrinhos – Auditório do Depla.
18:15 –
Abertura da exposição “Barbie Tucuju” do coletivo AP Quadrinhos – Galeria do DEPLA
18:30 – Palestra com Charlotte Krauss (Universidade de Poitiers – França): “La Vengeance du comte Skarbek ou os quadrinhos como um experimento de pensamento” – Auditório do DEPLA
19:30 – Exibição do curta metragem “Uma prosa de Sócrates” – versão restaurada. – – Auditório do DEPLA

Dia 11/11/2023 (sábado)

8:30 – 12:00 – Apresentação de trabalhos online
15:00 – 18:00 – Apresentação de trabalhos presenciais – Auditório do DEPLA
18:00 – Lançamento da revista “Causos do meio do mundo” – Auditório do DEPLA
18:30 – Roda de Conversa: “Produção de quadrinhos por artistas jovens Amapaenses” – Auditório do DEPLA
19:30 – Palestra com o prof. Rafael Senra (UNIFAP): “O processo de adaptação da literatura para os quadrinhos”.- Auditório do DEPLA

Assessoria de comunicação

Na 2ª Feira do Livro Artesanal da Amazônia, tem lançamento da revista Capitão Açaí de Volta a Belém

O criador do Capitão Açaí, Ronaldo Rodrigues

Em meio a uma vasta programação envolvendo música, poesia, performance e muito alto astral, a 2ª Feira do Livro Artesanal da Amazônia traz o lançamento da revista Capitão Açaí de Volta a Belém, do cartunista paraense Ronaldo Rony, que vive em Macapá/AP há 26 anos.

O Capitão Açaí nasceu em Belém num dia indeterminado no final dos anos 80, foi publicado no jornal A Província do Pará em tiras diárias em 1996 e, no ano seguinte, embarcou para Macapá com seu criador, virou revista em quadrinhos publicada de forma alternativa, reprodução xerográfica, com uma periodicidade não regular (entendam, o nosso super-herói é muito preguiçoso…).

O autor Ronaldo Rodrigues e o editor deste site, no lançamento em Macapá

O personagem é um super-herói amazônico que reforça seus poderes com uma cuia de açaí do grosso com farinha baguda. Uma combinação que dá muita força e, também, muito sono. Mas, pra acordá-lo, ele conta com seu assistente, o caranguejo Cri-Cri. E assim, atrapalhado, bem-intencionado e envolto em todos os problemas que a produção autoral independente enfrenta, o Capitão Açaí chega ao seu 11⁰ número, teve lançamento em Macapá e, agora, Belém tem a honra de recebê-lo.

Serviço:

Lançamento da revista em quadrinhos Capitão Açaí de Volta a Belém, na 2ª Feira do Livro Artesanal da Amazônia
Autor: Ronaldo Rony – Cartunista

Dia: 12 de agosto de 2023 (sábado)
Hora: 16h
Local: Mercado Municipal da Marambaia (Av. Dalva com Passagem Samaritana)

Assessoria de comunicação do Capitão Açaí

Os outros – Conto de Neil Gaiman

“O tempo é fluido por aqui”, disse o demônio.

Ele soube que era um demônio no momento em que o viu. Assim como soube que ali era o inferno. Não havia nada mais que um ou outro pudessem ser.
A sala era comprida, e do outro lado o demônio o esperava ao lado de um braseiro fumegante. Uma grande variedade de objetos pendia das paredes cinzentas, cor de pedra, do tipo que não parecia sensato ou reconfortante inspecionar muito de perto. O pé-direito era baixo, e o chão, estranhamente diáfano.
– Chegue mais perto – ordenou o demônio, e ele se aproximou.
O demônio era magro como uma vara e estava nu. Ele tinha muitas cicatrizes, parecia ter sido esfolado em algum momento num passado distante. Não tinha orelhas nem genitais. Os seus lábios eram finos e ascéticos, e os olhos eram olhos de demônio: tinham visto demais e ido muito longe, e frente ao seu olhar ele se sentiu menor que uma mosca.
– O que acontece agora? – ele perguntou.
– Agora – disse o demônio com uma voz que não demonstrava sofrimento nem deleite, somente uma horripilante e neutra resignação – você será torturado.
– Por quanto tempo?
O demônio balançou a cabeça e não respondeu. Ele percorreu lentamente a parede, examinando um a um os instrumentos ali pendurados. Na outra extremidade, perto da porta fechada, havia um açoite feito de arame farpado. O demônio o apanhou com uma de suas mãos de três dedos e o carregou com reverência até o outro lado da sala. Pôs as pontas de arame sobre o braseiro e observou enquanto se aqueciam.
– Isso é desumano.
– Sim.
As pontas do açoite ganharam um baço brilho alaranjado.


– No futuro, você vai sentir saudade desse momento.
– Você é um mentiroso.
– Não – respondeu o demônio. – A próxima parte é ainda pior – explicou pouco antes de descer o açoite.
As pontas do açoite atingiram nas costas do homem com um estalo e um chiado, rasgando as roupas caras. Elas queimavam, cortavam e estraçalhavam tudo o que tocavam. Não pela última vez naquele lugar, ele gritou.
Havia duzentos e onze instrumentos nas paredes da sala, e com o tempo, ele iria experimentar cada um deles.
Por fim, a Filha do Lazareno, que ele acabou conhecendo intimamente, foi limpa e recolocada na parede na ducentésima décima primeira posição. Nesse momento, por entre os lábios rachados, ele soluçou:
– E agora?
– Agora começa a dor de verdade – informou o demônio.
E começou mesmo.
Cada coisa que ele fizera, que teria sido melhor não ter feito. Cada mentira que ele contara – a si mesmo ou aos outros. Cada pequena mágoa, e todas as grandes mágoas. Cada uma dessas coisas foi arrancada dele, detalhe por detalhe, centímetro por centímetro. O demônio descascava a crosta do esquecimento, tirava tudo até sobrar somente a verdade, e isso doía mais que qualquer outra coisa.
– Conte o que você pensou quando a viu indo embora – exigiu o demônio.
– Pensei que meu coração ia se partir.
– Não, não pensou – contestou o demônio, sem ódio. Dirigiu seu olhar sem expressão para o homem, que se viu forçado a desviar os olhos.
– Pensei: agora ela nunca vai ficar sabendo que eu dormia com a irmã dela.
O demônio desconstruiu a vida do homem, momento por momento, um instante medonho após o outro. Isso levou cem anos ou talvez mil – eles tinham todo o tempo do universo naquela sala cinzenta. Lá pelo final, ele percebeu que o demônio tinha razão. Aquilo era pior que a tortura física.


Mas acabou.
Só que, quando acabou, começou de novo. E com uma consciência de si mesmo que ele não tinha da primeira vez, o que de certa forma tornava tudo ainda pior.
Agora, enquanto falava, se odiava. Não havia mentiras nem evasivas, nem espaço para nada que não fosse dor e ressentimento.
Ele falava. Não chorava mais. E, quando terminou, mil anos depois, rezou para que o demônio fosse até a parede e pegasse a faca de escalpelar, ou o sufocador, ou a morsa.
– De novo – ordenou o demônio.
Ele começou a gritar. Gritou durante muito tempo.
– De novo – ordenou o demônio quando ele se calou, como se nada houvesse sido dito até então.
Era como descascar uma cebola. Dessa vez, ao repassar sua vida, ele aprendeu sobre as consequências. Percebeu os resultados das coisas que fizera; notou que estava cego quando tomou certas atitudes; tomou conhecimento das maneiras como infligira mágoas ao mundo; dos danos que causara a pessoas que mais conhecera, encontrara ou vira. Foi a lição mais difícil até aquele momento.
– De novo – ordenou o demônio, mil anos depois.
Ele agachou no chão, ao lado do braseiro, balançando o corpo de leve, com os olhos fechados, e contou a história de sua vida, revivendo-a enquanto contava, do nascimento até a morte, sem mudar nada, sem omitir nada, enfrentando tudo. Abriu seu coração.
Quando acabou, ficou sentado ali, de olhos fechados, esperando que a voz dissesse: “de novo”. Porém, nada foi dito. Ele abriu os olhos.
Lentamente, ficou de pé. Estava sozinho.


Na outra ponta da sala havia uma porta, que, enquanto ele olhava, se abriu.
Um homem entrou. Havia terror em seu rosto, e também arrogância e orgulho. O homem, que usava roupas caras, deu alguns passos hesitantes pela sala e parou.
Ao ver o homem, ele entendeu.

– O tempo é fluido por aqui – disse ao recém-chegado.

*Conto de Neil Gaiman*
**Contribuição do amigo jornalista Aloisio Menescal.
Fonte: Universo dos Leitores.

Exposição Capitão Açaí no Verão Amazônico

O Capitão Açaí, personagem de Ronaldo Rony, cartunista paraense que vive em Macapá há 25 anos, estará em exposição no Verão das Artes, evento do Macapá Verão que vem acontecendo toda terça-feira de julho, no Mercado Central.

O peculiar verão amazônico, que alterna sol e chuva, é o tema da exposição e traz o super-herói em bem-humoradas situações.

O Capitão Açaí é uma sátira ao super-herói de história em quadrinhos. Preguiçoso, atrapalhado e reforçado por uma cuia de açaí do grosso com farinha baguda, ele está sempre metido em alguma aventura, cumprindo as missões para as quais é chamado.

O personagem, que já conta com uma grande quantidade de admiradores, também poderá ser apreciado na mais recente revista lançada por Ronaldo Rony, que estará à venda na ocasião. Em agosto, o gibi será lançado na terra onde o super-herói foi criado, Belém do Pará, cidade-irmã da nossa Macapá do Meio do Mundo.

O Verão das Artes, evento do Macapá Verão, também contará com exposições de outros artistas visuais, declamação de poesia, música, performances e exibição de audiovisual.

Esperamos vocês. Bora dá-lhe!

Serviço:

Exposição Capitão Açaí no Verão Amazônico
Programação do Verão das Artes – Macapá Verão
Data: 25 de julho (terça-feira)
Hora: a partir das 15h
Local: Mercado Central

Capitão Açaí – Assessoria de Comunicação

Lançamento da HQ “Mizuras” com quadrinistas do norte do Brasil tem lançamento nesta sexta-feira (9).

Jhimmy Feiches e Thai Rodrigues na CCXP

Nesta sexta-feira haverá (9) o lançamento da coletânea em quadrinhos “Mizuras” no espaço Baluarte Cultural, a partir das 19h, com sessão de autógrafos da ilustradora digital e uma das quadrinistas da obra, Thai Rodrigues.

O termo ”Mizuras” é muito utilizado no interior dos estados do Norte do Brasil cujo significado é “visagens, fantasmas ou travessuras, que é a essência do quadrinho, cujo diversos artistas nortistas se reuniram para contar e compartilhar sobre suas experiências com o lado sobrenatural das lendas urbanas e interioranas do cotidiano amazônico.

A ideia da coletânea Mizuras surgiu da necessidade de produzir materiais que conversem com a cultura e realidade as quais os artistas envolvidos estão inseridos e crie um vínculo com as outras regiões do Brasil e, para isso nada melhor que uma contação de histórias que mexem com o imaginário popular e regional, afinal todo mundo gosta de se reunir entre amigos para contar histórias de dar medo.

Foto do coletivo Iukytaias na CCXP

Mizuras é um trabalho realizado pelo Coletivo Iukytaias que é formado por ilustradores e quadrinistas da região norte do Brasil. Formado em 2022 com a intenção de promover e alavancar os quadrinistas nortistas ao cenário nacional.

Em 2022 o coletivo participou da Butantã Gibicon e da CCXP, nesse último lançou o primeiro volume da coletânea de contos, o mesmo é finalista na categoria quadrinho independente do Prêmio LeBLANC 2023.

Além do lançamento também haverá a venda do álbum “Dentro D’água a Gente Não Chora” do cantor Jhimmy Feiches, lançado em 2021 com patrocínio da Natura Musical. O álbum conta com um trabalho artístico do quadrinista Igum Djorge com uma revista em quadrinhos como encarte do CD.

Arte: Thai Rodrigues

Serviço:

Lançamento da Coletânea em Quadrinhos “Mizuras”
Local: Baluarte Cultural
Endereço: Avenida Duque de Caxias, 142 – Centro
Data: 09 de junho de 2023
Horário: 19h às 22h
Entrada Gratuita

Mais informações:
Instagram: @baluartecultural / @coletivoiukytaias / @osdesenhosdathai
E-mail: [email protected]

Texto: Aldine Moura
Assessoria de comunicação Baluarte Cultural

Hoje rola o lançamento da 11ª edição da Revista do Capitão Açaí

Hoje (5), às 18h, na agência Nagib, vai rolar o lançamento da 11ª edição da Revista do Capitão Açaí. Finalmente chegou o grande momento, o super-herói amazônico dá uma volta em Belém, reencontra velhos/jovens amigos e vive suas aventuras em meio às confusões que marcam o personagem.

Desta vez, a impressão da revista contou com uma superforça: a campanha de pré-venda, em que a legião de fãs do Capitão Açaí topou a missão de auxiliar na realização de mais este sonho. O nosso super-herói espera seus inúmeros admiradores para uma tarde/noite de encontro, com venda das revistas, entrega a quem fez a compra antecipada e autógrafos do cartunista Ronaldo Rony (@ronaldoronycartum).

Em meio a algumas atrações, vai ter a inauguração do espaço instagramável da Nagib Comunicação, onde o Capitão Açaí faz pose na parede grafitada pelo Kash Alves (@kash_alves). Bora fortalecer essa cena, galera!

Sobre o Capitão Açaí

O Capitão Açaí é um personagem criado pelo cartunista paraense/amapaense Ronaldo Rony há mais de 30 anos, que começou  publicado no formato de fanzine tradicional, uma revista feita sem auxílio de computador, desenhada direto no papel e reproduzida com impressão xerográfica.

Trata-se de um super-herói tipicamente amazônico em sua sagrada missão de resgatar o nosso bom humor e, de quebra, salvar a humanidade. O Capitão Açaí reforça seus poderes com uma cuia de açaí com farinha. A superforça do açaí vem acompanhada de um supersono, que faz o super-herói dormir e, em princípio, deixar de atender quem precisa da sua ajuda. No fim das contas, tudo dá certo e ele, mesmo atrapalhado e preguiçoso, acaba resolvendo as situações.

Sobre  Ronaldo Rony

Ronaldo Rony, que também é Ronaldo Rodrigues (quando escritor, poeta e contita) Além de cartunista, ele também é chargista, quadrinhista, ilustrador e artista plástico.

Ele é natural de Curuçá (PA) e mora há 26 anos em Macapá. O artista criou o Capitão Açaí em Belém (PA). O super-herói é sucesso de público e crítica há mais de três décadas.

Serviço:

Lançamento da 11ª edição da Revista do Capitão Açaí

Data: Quarta-feira, 5 de abril

Hora: às 18h

Local: na Nagib Comunicação (Av. Mendonça Furtado, 2341 – Sta. Rita – Entre Santos Dumont e Marcelo Cândia).

Elton Tavares, com informações da equipe Capitão Açaí – Assessoria de Comunicação

 

 

 

Lançamento – Revista do Capitão Açaí

Finalmente chegou o grande momento: o lançamento da Revista do Capitão Açaí. Em sua 11ª edição, o super-herói amazônico dá uma volta em Belém, reencontra velhos/jovens amigos e vive suas aventuras em meio às confusões que marcam o personagem. Desta vez, a impressão da revista contou com uma superforça: a campanha de pré-venda, em que a legião de fãs do Capitão Açaí topou a missão de auxiliar na realização de mais este sonho. O nosso super-herói espera seus inúmeros admiradores para uma tarde/noite de encontro, com venda das revistas, entrega a quem fez a compra antecipada e autógrafos do cartunista Ronaldo Rony (@ronaldoronycartum). Em meio a algumas atrações, vai ter a inauguração do espaço instagramável da Nagib Comunicação, onde o Capitão Açaí faz pose na parede grafitada pelo Kash Alves (@kash_alves). Bora fortalecer essa cena, galera!

Serviço:

Lançamento da Revista do Capitão Açaí.

Quarta-feira, 5 de abril, às 18h, na Nagib Comunicação

(Av. Mendonça Furtado, 2341 – Sta. Rita – Entre Santos Dumont e Marcelo Cândia).

Equipe Capitão Açaí – Assessoria de Comunicação

Semana do Japão no Amapá traz oficinas e apresentações culturais no Museu Sacaca

A comunidade japonesa no Amapá celebra 70 anos da imigração para o estado em 2023. Em Macapá, a celebração vai ocorrer nos dias 1º e 2 de março, no Museu Sacaca, com várias das principais manifestações culturais da Terra do Sol Nascente.

Chamado “Semana do Japão no Amapá: 70 anos da Imigração Japonesa”, o evento é realizado pelo Governo do Amapá, Associação Nipo-Brasileira do Estado do Amapá (Anibrap) e Consulado do Japão, em Belém-PA.

As atividades incluem oficinas de culinária; dança Bon Odori; Ikebana (arte de arranjos florais); Taiko – que engloba diversos instrumentos tradicionais de percussão; mangás; origamis, demonstração de Yukata (vestimenta tradicional), além de serviço consular itinerante e apresentação de bolsas de estudo no Japão.

Inscreva-se nas oficinas aqui!

No dia 2 de março, uma cerimônia comemorativa marcada para 19h contará, ainda, com a presença do cônsul principal do Japão em Belém, Satoshi Morita, para celebrar e divulgar a cultura da comunidade japonesa no estado.

“Celebrar presença japonesa no Amapá é lembrar que uma história que foi construída com o trabalho de muita gente, vários povos e diversas culturas”, afirmou o secretário de Relações Internacionais e Comércio Exterior, Lucas Abrahao.

O Brasil é o país com a maior população de origem nipônica fora do Japão; são cerca de 2 milhões de japoneses e descendentes, segundo dados da Embaixada do país asiático. No Amapá, foram 29 famílias com 177 pessoas que embarcaram em 1953 no porto japonês de Kobe, rumo ao então Território Federal.

Confira a programação da Semana do Japão no Amapá:

Quarta-feira, 1º de março

  • Oficinas de culinária, Bon Odori, Ikebana, Mangá, Origami, Taiko e serviço consultar itinerante
    Horário: 15h às 18h

Quinta-feira, 2 de março

  • Oficinas de dança Odori, Ikebana, Mangá, Origami, Taiko, demonstração de Yukata (vestimenta tradicional japonesa) e serviço consultar itinerante
    Horário: 9h às 12h e das 15h às 16h30
  • Apresentação sobre bolsas de estudo do Governo do Japão (MEXT)
    Horário: 18h
  • Cerimônia comemorativa da Semana do Japão no Amapá e apresentação.
    Horário: 19h

Serviço:

Texto: Claudio Morais
Fotos: Reprodução/G1 e Arquivo GEA
Assessoria de comunicação do GEA