Cantor Felipe Sena lança novo single “Match” – @lipesenaoficial

Por Paula Monteiro

O cantor Felipe Sena, de 23 anos, está em contagem regressiva para o pré-lançamento do sexto single da sua carreira ‘Match’. O brega funk fala da paquera virtual e será lançado durante uma live direto da Bahia, nesta quinta-feira (27), pelas redes sociais.

O artista se apresentará ao lado de outros cantores nos dias 24, 26, 27 e 28 de agosto. “Será minha primeira apresentação fora do Amapá. Embora no formato diferenciado, será uma oportunidade incrível do Brasil conhecer o meu trabalho”, disse entusiasmado.

Felipe possui cinco anos de estrada. “Aos 17 anos, me lancei profissionalmente como cantor de reggaeton, latino, com a música autoral ‘Vem Comigo’. Época em que a música “Despacito” estava bombando”, relembra.

O trabalho mais recente do cantor amapaense é “La Respuesta”, sua primeira canção na língua espanhola. Felipe é conhecido por apresentações dançantes, cheias de gingado e energia.

“Ainda canto reggaeton, mas incluí no meu repertório forró, sertanejo, canções internacionais, brega funk, e funk. Meu show é muito ‘pra cima’ e o objetivo é colocar todo mundo pra dançar”, avisou.

Felipe se inspira em artistas que fazem sucesso dentro e fora dos palcos, a exemplo de Anita, que “dá aula” quando o assunto é estratégia de publicidade e marketing.

Suas músicas autorais são: Vem Comigo- Mamacita- Quero ver quicar- Dona da Pista- La Respuosta e, brevemente, ‘Match’.

Trajetória

Felipe descobriu o amor pela música ainda criança. “Comecei a cantar com 6 anos e sempre tive o apoio dos meus pais e familiares. Ao longo da infância, fui me especializando, fazendo aulas de canto e shows intimistas. Alguns anos depois, passei a me apresentar em bares e festas particulares”, conta.

Com a maioridade, ele assinou o seu primeiro contrato com um barzinho de Macapá, onde apresentava-se aos fins de semana. Logo, Felipe foi ganhando o carinho e a admiração do público, e passou a fazer shows nas principais casas noturnas da cidade.

Fonte: Portal Égua, mano!

Sou uma anamorfose ambulante!

Minha amiga Janisse e meu irmão Emerson.
Certa noite, por sinal muito divertida, eu e alguns amigos conversávamos, no Bar Norte das Águas, sobre sermos as “ovelhas negras” de nossas respectivas famílias. Em um momento brilhante, minha amiga e mestra em Psicologia, Janisse Carvalho disse: “Nós somos anamorfoses”. Claro que nenhum de nós entendeu o significado do termo. Leiam o texto:
                                                                   Sou uma anamorfose ambulante! 
                 Por Janisse Carvalho

Uma anamorfose (do grego anamorphosis) é uma imagem deformada que aparece em sua verdadeira forma quando visto em alguns “não convencionais” caminhos. É a representação de uma figura (objeto, cena etc) de maneira que observada frontalmente parece distorcida ou mesmo irreconhecível, tornando-se legível quando vista de um determinado ângulo, a certa distância, ou ainda com o uso de lentes especiais ou de um espelho curvo.

As anamorfoses sociais têm sido estudadas pela psicologia social,o professor Antonio da Costa Ciampa, da Universidade de São Paulo (USP) compara o conceito que vem das artes visuais com as chamadas personas non gratas de nossa sociedade, os marginais. Aqueles que burlam as regras!
Uma anamorfose se diferencia do comportamento corrupto, pois este é carregado de mau-caratismo e se caracteriza em querer se dar bem em cima dos outros. As anamorfoses são almas transgressoras que, segundo rabino Nilton Bonder, líder espiritual da Congregação Judaica do Brasil e autor do livro Alma Imoral, são necessárias para evolução do mundo.

Em sua obra, Bonder compara o sujeito que deu o primeiro passo diante do Mar Vermelho como um transgressor. Ou seja, uma anamorfose é o sujeito que por não concordar, consciente ou inconscientemente, com o que lhe é imposto, com aquilo que o oprime de alguma maneira, transgride!

Eu diria que pessoas, consideradas “loucas” por muitos, em suas respectivas épocas eram anamorfoses. Ícones como Van Gogh, Pablo Picasso, Raul Seixas, Janis Joplin, Jimmy Hendrix, Freud, Chico Xavier, Nietzsche, Jesus, etc. O problema não está em cometer erros, está em não compreender os sentidos que estes mesmos erros podem alcançar e significar para sociedade o que está por trás deles. Anamorfose é, no final das contas, outra forma de dizer a verdade! Por isso são, na sua grande maioria, incompreendidas.
Diante da explicação de Janis (como chamamos nossa ilustre e inteligente amiga), brindamos a nossa saúde, as ovelhas negras ou melhor, anamorfoses. Daí, o resto da noite foi regado a dezenas de boêmias bem geladas e muitos outros assuntos interessantes, como sempre. É por essas e outras que adoro essa galera.

* Janisse Carvalho é psicóloga, militante da Cultura, professora universitária, atriz e professora de Teatro.

Sempre fica para a próxima segunda-feira

Estava aqui pensando sobre o que escrever, aí lembrei que sempre adio tudo para a próxima segunda-feira.  Como retomar os exercícios físicos (tô porrudo e preciso queimar um pouco do pirão e gelada) e continuar aquele livro grossão, o qual eu li só metade.   
Se forem coisas escrôtas de se fazer então, fica para uma segunda longínqua. É só vocês prestarem atenção, dieta, exame médico, parar de fumar, beber ou malhar, para a maioria das pessoas, fica para depois, muito depois.
Sempre o velho hábito adiar, adiar e adiar. O problema é que o tempo voa, a vida passa depressa demais. Um dia desses eu estava curtindo a vida no anos 90, sem grandes preocupações.
Às vezes é preciso acontecer alguma cagada para nos espertarmos. O velho tratamento de choque. Aí você trata de perder peso, esquecer o tabagismo, cortar sal, estudar, arrumar um emprego ou casar.
Até pensei em aproveitar o ensejo e desligar o computador, pegar meus alteres e começar a malhar. Depois tomar um banho e ler pelo menos uns 30 minutos. 
Bom, é hoje! Então vamos cumprir as promessas galera. Tenham todos uma ótima semana.
* Texto repostado, pois toda segunda é isso. 

Elton Tavares

A vez que fui reprovado em História da Arte

(Fonte img: google)
Em uma noite qualquer de 2006, recebi minha nota de um trabalho do 2ª semestre de jornalismo, matéria História da Arte. A professora me deu ZERO, aquela cagona. Ela pediu para definirmos os movimentos artísticos Neoclassicismo e Romantismo. Só não sacou que os conceitos estão certos, só foram explicados de forma irreverente. Leiam:
Análise pessoal de movimentos artísticos – Por Elton Tavares

O Neoclassicismo :


O Neoclassicismo aconteceu entre o fim do século XVII e o início do século XIX, expressava os valores da burguesia endinheirada e fútil da época. No neoclassicismo era difundida a idéia de que para uma obra de arte ser perfeita, ela deveria se basear na arte grega e romana, com sua estética clássica (daí o nome: Neoclassicismo, ou seja, novo classicismo).

Pra isso, era necessário que o artista aprimorasse seu aprendizado através de técnicas e convenções da arte clássica (puro academicismo, que por sinal, é o outro nome do neoclassicismo).

Exemplos bem marcantes da arte neoclássica estão na arquitetura ocidental em grandes cidades – principalmente na Europa. Estas construções neoclássicas “coincidiam” em geral com períodos históricos importantes (tipo revoluções, ditaduras, etc), como forma de atender os anseios do “ego descontrol” de algum louco surtado.

Na pintura, a inspiração, além da arte greco-romana, vinha também da renascença italiana, com suas formas humanísticas perfeitas e acentuadas. Na pintura, o mais significativo pintor, o “foda” mesmo foi Jacques Louis David, considerado o pintor da Revolução Francesa, que depois se tornou oficialmente o pintor do império de Napoleão Bonaparte (entendeu a ligação?! Hein! Hein!).

O Romantismo:

Já o Romantismo, aconteceu no século XIX, foi uma reação ao neoclassicismo, suas características são: a liberdade de estilo/expressão do artista e a valorização dos sentimentos/imaginação como princípios da criação artística. Desligando-se assim, dos tecnicismos acadêmicos vigentes na época. Além disso, temas como a natureza (com nuances dinâmicas), o estado emocional do artista (pura viadagem) e acontecimentos contemporâneos e históricos eram comuns nas obras do romantismo – no caso de Goya (a invasão de Napoleão na Espanha) e Delacroix (a revolução de 1830 na França).
Era comum também a pintura de paisagens da natureza (principalmente na Inglaterra), com um forte realismo de imagens, principalmente a modificação das cores causada pela sombra e luz. Esse lance todo tem um “quê” de frescura, essa contemplação toda da natureza, dos sentimentos e blá blá blá. Depois não querem que falem que os ingleses são frescos, rs (não, não sou homofóbico, foi só pra tirar onda). 

Lá pelo quarto ano de faculdade, após eu ter pago a matéria, mostrei este texto para minha coordenadora de curso e alguns professores. Eles foram unânimes, afirmaram que a ideia  o conteúdo sobre os dois movimentos artísticos  foi bem explicado, apesar da brincadeira que fiz no texto.
Agora me digam, como um professor de jornalismo pode ter a cabeça fechada a ponto de não sacar o humor e sarcasmo no texto? Eu me tornei jornalista antes de me formar e acredito que aprendi mais fora do que dentro da faculdade. Sobre a “mestra” em questão, acho que ela  é melhor de Samba do que de interpretação de textos.  

Elton Tavares
*Texto repostado

LOVE WILL TEAR US APART

Imagino que praticamente todos vocês conheçam e já ouviram “Love will tear us apart” do Joy Division e provavelmente consideram essa canção um clássico (ou “crássico” se preferirem) dos nossos tempos…eu particularmente concordo com vocês. Acontece que essa canção sempre me tocou muito e de certa forma seus versos estão sempre presentes (adormecidos às vezes), em muitas das minhas lembranças e talvez por esse mesmo motivo, sempre prestes a “tocar” dentro de mim.

No finalzinho dos anos 80 eu era adolescente e claro que eu preferia Joy Division a New Order. Obviamente isso acontecia porque não haviam outras opções pra mim, a não ser minha própria tristeza. Ai, como era difícil… E lá estavam os versos de “Love will tear us apart” numa espécie de caderninho de anotações que eu carregava pra todos os lados. O que me faltava (e até hoje me falta), era a experiência com esse sentimento que motiva canções e sensibiliza as pobres almas atormentadas como a minha: o amor. Sentimento tão humano e ao mesmo tempo tão divino. E foi assim que comecei a me preparar pro pior. Descobri cedo que amar dói, só não poderia imaginar o quanto, mas não dava pra cantar a canção do Joy Division inocentemente, sem imaginar o que ainda estava por vir.

A história dessa canção é bem conhecida: o casamento de Ian Curtis estava agonizando (eles já haviam decidido se separar mesmo), quando ele resolveu colocar um ponto final em sua epiléptica história (Setembro de 1979). O Joy Division iria excursionar nos Estados Unidas e a carreira da banda prometia trazer muito sucesso e glamour para todos, mas isso parecia não aliviar em nada as dores de Ian e assim “Love will tear us apart” foi escrita como um bilhete de despedida à sua quase-futura-ex-esposa-e-súbita-viúva, Deborah. Ian se suicidou e o resto todo mundo já sabe. Esse “bilhetinho” se tornou a canção do Joy Division que mais fez sucesso.

Já ouvi diferentes versões para essa música e acredito que isso ocorra não pelo fato dela ter sido um sucesso comercial tão grande, mas sim por conta de seus versos que expressam muito bem aquele mal estar que envolve toda situação amorosa em estado de calamidade. Ilustrando: “Why is the bedroom so cold? You’ve turned away on your side” (Por que nosso quarto está tão frio? E você deitada ao meu lado, virada pra parede), ou melhor ainda: “Just what something so good just can’t function no more, when love, love will tear us apart, again” (por que algo tão bom simplesmente não funciona mais, quando o amor, o amor vai nos dilacerar, novamente).
Eu penso que quem não se emociona ou no mínimo ouça com um pouquinho mais de atenção, “Love will tear us apart”, talvez ainda não experimentou o inferno e o céu que é amar alguém. Eita situaçãozinha braba! “When routine bites hard and ambitions are low and resentment rides high, but emotions won’t grow. And we’re changing our ways, taking different roads, then love, love will tear us apart again” (Quando a rotina nos engole e ambições já não existem mais, enquanto ressentimentos aumentam mas emoções não crescem. Estamos mudando nossos caminhos, tomando estradas diferente, então o amor, o amor vai nos dilacerar novamente).
O pior é que sempre desconfiei que Ian Curtis estivesse certo. De uma forma ou de outra, para o bem ou para o mal, o amor sempre nos dilacera. Mas se isso significa estar vivo, que venha a dor, o sangue e a felicidade então.

Descubra a sua verdade

Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos.

Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada.

Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.

Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo.

Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.

Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada “dois em um”: duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava.

Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.

Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.

Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto.

Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.

Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.

Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.

Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente.

Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém”

John Lennon

A vida


Eu andei pensando com meus botões, analisando a minha vida e de pessoas que eram bem próximas a mim, há somente três anos. Me deparei com o óbvio: como essa porra muda! Um turbilhão doido, sempre trabalhando, amando, odiando, pirando, e, às vezes, somente ignorando. São tantos momentos eufóricos e decepcionantes, uma verdadeira roda viva!

Em 2009, eu não tava numa boa fase profissional e minha afetiva tava complicada. Sem falar que eu fazia parte de um grupo de “amigos” fechadão (que eu ajudei a lacrar e também contribui para desmembrar). Às vezes, me pergunto se essa gente ta feliz. Espero que sim. Pois apesar de tudo que fiz e que fizeram, tem muita coisa guardada na memória e no coração. 

É, como disse o poeta: “vida louca, vida”. Um movimento continuo onde o tempo não pára e passamos conquistando amigos, fazendo inimigos, desatando nós, reatando laços, pulando fogueiras, fazendo planos, desfazendo ilusões, levando punhaladas, dando coices sem querer, batendo forte de propósito, atirando no escuro, errando querendo acertar, conquistando e perdendo espaço, levando muita porrada e sorte. 

Os anos seguintes foram de ascensão profissional, tropeços afetivos, de conhecer gente (muita gente) e chegar a tal bonança, pós-tempestade. Graças a Deus, sou muito feliz e trabalharei para continuar nesta condição. 

Enfim, eu já disse isso antes, mas sempre me surpreendo, por isso, repito: a vida é sistemático processo de aventuras e desventuras em série. Um esforço continuo em busca da felicidade. É uma onda muito doida e passa voando, portanto, viva!

* Texto escrito há algum tempo e adequado para 2 de setembro de 2012

Elton Tavares

Hoje é o Dia do Escritor

Hoje (25), é o Dia do Escritor. O conceito diz: Escritor é o artista que se expressa através da arte da escrita, ou, tradicionalmente falando, da Literatura. É autor de livros publicados, embora existam escritores sem livros publicados (chamados, por alguns, de amadores).
Ser escritor, escrever um livro e tals é um sonho. Mas um dia eu chego lá. Parabenizo os escritores que conheço e sou fã: Fernando Canto, para mim o maior do Amapá, Paulo de Tarso e Fausto Suzuki. 


Também felicito os meus grandes e velhos amigos Vítor Hugo, Mário Quintana, Fiódor Dostoievski, José Saramago, Franz Kafka, Manuel Bandeira, Mário Prata, Machado de Assis, Luís Fernando Veríssimo, Charles Buchowisk, Friedrich Nietzsche, Carlos Drummond de Andrade, Nelson Rodrigues, entre outros tantos, que me ajudaram a melhorar a percepção das coisas.
Os exímios escritores, que com habilidade e criatividade usam as palavras e ajudaram a abrir cabeças e ensinaram pessoas a ler as entre linhas, são, como diz a minha amiga Juçara Menezes: “máquinas pensantes para outros começarem a pensar”, de fato!
Parabenizo ainda os jornalistas que escrevem crônicas e contos, a licença poética (da poesia marginal, claro) e liberdade de expressão me permitem dizer: o que vocês fazem é bom pra caralho!

Por fim, mas não menos criativos, parabenizo os blogueiros, escritores do mundo virtual, que retratam de tudo um pouco.
Ah, aos malsucedidos escritores, que nunca conseguiram publicar seus livros, deixo o recado: continuem tentando, sempre!
Enfim, senhores escritores, meus parabéns por rabiscarem ou digitarem seus pontos de vista, estórias próprias ou de terceiros, causos, contos, devaneios, tudo com muita sagacidade, inteligência e humor.  A vocês, desejo um feliz Dia do Escritor.


Elton Tavares

O Dia da Empregada Doméstica

                                                                                       Por Elton Tavares

Rosie, empregada robô do desenho animado “Os Jetsons”.

 

Hoje (27), é comemorado o Dia da Empregada Doméstica. Uma secretária que presta serviço no âmbito residencial. Nesta mesma data é celebrado todas as remificações e ofícios similares como governanta, mordomo, caseiro, etc.

Em minha casa, tivemos uma série de empregadas, mulheres de todas cores e jeitos, umas não muito legais e outras marcantes como a Noca, que foi minha bábá, a Josi, que agüentou muitas travessuras minhas e do meu irmão Emerson, a Nete, com seu tempero sensacional e a atual Selma, que já está conosco há alguns anos.

É importante reconhecer essa profissional que, em muitos lares, é injustiçada das formas mais covardes imagináveis. Muitas patroas abusam das profissionais, pois acham que as domésticas são máquinas, como a Rosie, empregada robô do desenho animado “Os Jetsons”, exibido nos anos 80. Uma tremenda idiotice.

Também conheço vários casos de pessoas que praticamente se integraram à família para qual trabalham, é o caso da querida Sila, que mora há 33 anos com a minha tia Sanzinha, a Oscarina, com mais de uma década trampando na casa do meu tio Paulo e a Vilma, secretária da minha avó Peró, pessoas 100% confiáveis.

A estas guerreiras, que vencem uma porrada de adversidades e ainda conseguem auxiliar nossas famílias, a minha singela homenagem. Falando nisso, o vocalista da banda Biquini Cavadão, Bruno Gouveia, homenageou a empregada que trabalha há anos na casa de sua mãe, a Janaína, com a música homônima à doméstica. Encerro este post com a letra dessa música, abraços na geral.

Janaína – Biquini Cavadão

Janaina acorda todo dia às quatro e meia
E já na hora de ir pra cama, janaina pensa
Que o dia não passou
Que nada aconteceu
Janaina é passageira
Passa as horas do seu dia em trens lotados
Filas de supermercados, bancos e repartições
Que repartem sua vida
Mas ela diz
Que apesar de tudo ela tem sonhos
Ela diz
Que um dia a gente há de ser feliz
Ela diz
Que apesar de tudo ela tem sonhos
Ela diz
Que um dia a gente há de ser feliz
Se deus quiser…..
Janaina é beleza de gestos, abraços,
Mãos, dedos, anéis e labios
Dentes e sorriso solto
Que escapam do seu rosto
Janaina é só lembrança de amores guardados
Hoje é apenas mais uma pessoa
Que tem medo do futuro- que aconteceu ? –
Se alimenta do passado
Mas ela diz
Que apesar de tudo ela tem sonhos
Mas ela diz
Que um dia a gente há de ser feliz
Diz
Que apesar de tudo ela tem sonhos
Ela diz
Que um dia a gente há de ser feliz
Se deus quiser…..
Já não imagina
Quantos anos tem
Já na iminência
De outro aniversário
Janaina acorda todo dia às quatro e meia
Já na hora de ir pra cama, janaina pensa
Que o dia não passou
Que nada aconteceu

O Dia do Goleiro

                                                              

Como eu já disse aqui, por diversas vezes, amo futebol. Hoje (26), é o Dia do Goleiro, a posição maldita do esporte bretão (chamado assim por ter sido inventado na Grã-Bretanha). Meu saudoso pai, José Penha Tavares, era goleiro. Posso afirmar, sem paixão (talvez com um pouquinho dela), que ele foi muito bom.

Papai agarrou pelos times amapaenses (quando o futebol aqui era amador) do São José e Ypiranga Clube. Também foi amigo de um monte de conhecidos boleiros locais. Infelizmente, meu amigo Leonai Garcia (que também mora no céu) esqueceu dele no seu livro “Bola da Seringa”.

Quando era moleque, acompanhei papai em centenas de peladas, torcia e sofria quando ele levava gols, principalmente quando falhava. Eu aprendi a admirar goleiros com ele. Lembro bem de expressões como: “Olha essa ponte!”, “Que defesa!” ou algo assim, bons tempos aqueles.

Eu bem que tentei jogar em todas as posições, inclusive o gol (sempre era o último a ser escolhido), mas nunca consegui me destacar pela bola. Não sei se as crianças de hoje ainda escolhem o pior dos meninos (ou meninas) para agarrar, aquilo é burling. Digo isso conhecimento de causa.

Quando digo que a posição é maldita, falo de uma série de injustiças que vi goleiros sofrerem ao longo dos meus 35 anos, mas uma é mais marcante, a crucificação do arqueiro Barbosa, da seleção de 1950. Há alguns anos, assisti a um documentário sobre a derrota para o Uruguai na final daquele mundial. Aquele homem foi estigmatizado até o fim de sua vida.

Em 2010, durante uma entrevista, Zico (não preciso dizer quem é né?) declarou que o Barbosa, no fim da vida, disse a ele: “Desculpe, mas gostei de ver você perder aquele pênalti em 1986, pelo menos me esqueceram um pouquinho”. Imaginem como o velho goleiro sofria pela falha de 1950? É a maldição do goleiro.

Este post é uma homenagem aos goleiros profissionais e peladeiros, que se machucam em saltos destemidos, levam chutes meteóricos no peito e no rosto, além de divididas violentas. Em especial ao meu pai, meu goleiro preferido.


Elton Tavares

Poema de hoje – Preso na Saudade

Preso na Saudade
Meu coração foi imperado pela saudade
 Por um monarca sem escrúpulos
 Sem dó
 Quase um tirano
 Deixando-me a mercê da tristeza e do julgamento da suprema côrte
 Que sem corte me deixou chorar, estagnar
 Me atar na lembrança de você
 Fui preso em pensamentos
 Meu julgamento assim se fez
 Perdendo a causa e a razão
 O decreto foi dado
 Não poderei te alcançar
 Ficarei preso aqui
 Esperando a liberdade de te encontrar outra vez.
 
By Weverton O. Reis
 

É sexta-feira!!

Depois de uma semana de trampo, eis que chega o final da sexta-feira, o início do fim de semana. Aqueles dias preciosos em que pessoas que trabalham muito deveriam descansar.

Mas existem um monte de sacanas iguais a mim, que querem mesmo é beber, namorar, escutar som legal, dançar (que não é o meu caso) e falar besteira. Isso é o que eu chamo de se renovar.

Então, bebam, mas não dirijam, divirtam-se, transem (ou façam amor, fica a seu critério), fiquem perto de gente que vocês amam, enfim, sejam felizes. Tenham todos um ótimo fim de semana!

Elton Tavares