Rock!

  Show da banda Muse – São Paulo, abril de 2011. Eu tava lá – Foto: Bruno Mont’Alverne.

Música de agora – Friday I’m In Love

Friday I’m In Love (Sexta-feira estou apaixonado) – The Cure

Eu não me importo se segunda é triste
Terça é cinza e quarta também
Quinta eu não me importo com você
É sexta, eu estou apaixonado!
Segunda você poderia cair aos pedaços
Terça, quarta parte meu coração
Quinta nem mesmo começa
É sexta, eu estou apaixonado!
Sábado espere
E domingo sempre chega tarde demais
Mas sexta nunca hesita
Eu não me importo se segunda é negra
Na terça, quarta ataques do coração
Na quinta nunca olhe para trás
É sexta, eu estou apaixonado!
Na segunda você pode segurar sua cabeça
Terça, quarta ficar na cama
Oh, quinta ficar olhando as paredes ao invés
É sexta, eu estou apaixonado!
Sábado espere
E domingo sempre chega tarde demais
Mas sexta nunca hesita
Arrumada até os olhos
É uma maravilhosa surpresa
Ver seus sapatos e seu ânimo subir
Jogando fora sua cara feia
E apenas sorrindo ao som
Tão lustroso quanto um grito
Dando voltas e voltas
Sempre dê uma mordida grande
É uma visão tão deslumbrante
Ver você comer no meio da noite
Você nunca pode ter o bastante
O bastante de tudo isso
É sexta
eu estou apaixonado

Música de agora – A Kind Of Magic

A Kind Of Magic (Um tipo de mágica) – Queen
É um tipo de mágica
É um tipo de mágica
Um tipo de mágica
Um sonho, uma alma, um prêmio, um objetivo
Um olhar de ouro do que seria
É um tipo de mágica
Um feixe de luz que mostra o caminho
Nenhum mortal pode vencer este dia
É um tipo de mágica
O sino que badala dentro de sua mente
Está desafiando as portas do tempo
É um tipo de mágica
A espera parece durar para sempre
O dia derramará sanidade
Isso é um tipo de mágica
É um tipo de mágica
Só pode existir um
Essa moda que dura um milênio
Logo será feita
Essa chama que queima dentro de mim
Estou aqui em harmonias secretas
É um tipo de mágica
O sino que badala dentro de sua mente
Está desafiando as portas do tempo
É um tipo de mágica
É um tipo de mágica
Essa moda que dura um milênio
Logo será logo será
Logo será feita
Isso é um tipo de mágica
Só pode existir um
Essa moda que dura um milênio
Logo será feita – feita!
Mágica – é um tipo de mágica
O sino que badala dentro de sua mente
Está desafiando as portas do tempo
É um tipo de mágica
Mágica, mágica, mágica, mágica
(Ha ha ha é mágica!)

Joey e Johnny Ramone

Dez anos sem Joey Ramone. Dez anos. Como passa rápido.Em janeiro de 2001, eu editava um site e estava trocando e-mails diariamente com Joey Ramone. Queria que ele escrevesse uma coluna semanal para o site.A idéia era fazer uma coluna de tema livre. Joey poderia falar sobre o que quisesse. Claro que a coluna acabaria sempre em música. O cara só pensava nisso.

Joey morava na Rua 9, a poucos passos de St. Mark’s Place e do Bowery, no meio do burburinho alternativo de Nova York. Era a região dos clubes ― Continental, Coney Island High e, claro, o CBGB’s. No bairro havia também incontáveis lojas de disco e DVDs. Joey estava em casa.
Não era difícil encontrá-lo andando pela rua ou checando a Kim’s Video atrás de algum filme de terror bizarro. Ele fazia parte da paisagem local.Na época, Joey já lutava contra um linfoma. Sua saúde frágil foi uma das razões para o fim dos Ramones, cinco anos antes. O cara não agüentava mais excursionar.

Depois do fim dos Ramones, ele continuou ligado à música, mas tirou o pé do acelerador. Estava cansado. Mesmo assim, fazia shows, produziu um disco de Ronnie Spector e ajudava uma banda chamada The Independents, que adorava.

Fui visitá-lo algumas vezes em seu apartamento. Era um apê muito bem arrumado. Nem parecia que um punk morava ali. Nas paredes, uma coleção de pôsteres originais de shows do Fillmore: The Doors, Jimi Hendrix, Grateful Dead. Discos estavam sempre espalhados pela casa. Ele ouvia música o dia todo.

Joey não gostava muito de falar do passado. Preferia conversar sobre seus projetos atuais.Mas confessou que o fim dos Ramones não tinha sido o que ele esperava.

Para quem não lembra, o último show da banda rolou em Los Angeles, em 1996.E por que em Los Angeles, e não em Nova York? De fato, não fazia sentido a banda mais nova-iorquina do mundo encerrar a carreira do outro lado do país.

Acontece que Johnny Ramone havia se mudado para a Califórnia, e se recusava a sair de lá. Ou era lá, ou não haveria show de despedida. Joey, que sonhava com um concerto no Madison Square Garden, teve de engolir.

Não é segredo pra ninguém que Joey e Johnny não se bicavam. Eram os verdadeiros donos da banda, os dois integrantes originais que resistiram até o fim. E mal se falaram por 20 anos.

Não podia existir dois caras tão diferentes: Joey era de esquerda, Johnny, de direita. Joey odiava esportes, Johnny era louco pelos Yankees. Joey era mais aberto, falava com todo mundo, enquanto Johnny era caladão e na dele. Pra piorar, a namorada de Joey o havia largado por Johnny e casado com ele.

A bem da verdade, Johnny sempre foi ― pelo menos comigo ― um cara 100%. Era fechadão, mas quando o papo chegava em rock dos anos 60 ou filmes de terror, se abria. Era muito fã de Zé do Caixão e tinha uma coleção gigante de filmes antigos. O que ninguém sabia, na época, é que Johnny também batalhava um câncer de próstata, que o mataria em 2004.
Quando os Ramones acabaram, Johnny abandonou a música: vendeu suas guitarras Mosrite (dizem que para Eddie Vedder) e passou seus últimos anos no sol californiano, ao lado de amigos como John Frusciante, Lux Interior e Poison Ivy e, acredite, Lisa-Marie Presley.

Já Joey, numa manhã de janeiro, depois de uma nevasca que deixou as ruas de Nova York cobertas de gelo, correu para pegar um táxi, escorregou e tomou um tombo feio. Quebrou a bacia e foi levado para um hospital, de onde só saiu morto.

Foi homenageado com um trecho de rua batizado em seu nome. A placa ― Joey Ramone Place ― tem o privilégio de ser o sinal público mais roubado da história da cidade de Nova York. Tanto que a prefeitura, cansada de substituí-la, mandou colocá-la a quatro metros do chão.
“Agora, só jogadores da NBA conseguem ler a placa”, brincou Marky Ramone. Nem Joey, que media quase dois metros, conseguiria ler o próprio nome…

André Barcinski 

Música de hoje – Beautiful Girl

Beautiful Girl (Garota Bonita) – INXS
Nicky está na esquina
com um casaco preto
Fugindo de um lar ruim
com algum gato dentro
Agora onde você a encontrou
Entre as luzes de neon
Que assombram as ruas lá fora
Ela diz
Fica Comigo
Garota bonita
Fica comigo
Garota bonita
Fica comigo
Ela quer ir embora
De porta em porta
Esquina em esquina
Com fastasmas de neon na cidade
E ela dizFica comigo
Ela está tão assustada
Muitíssimo amedrontada
Qualquer coisa poderia acontecer
Aqui mesmo esta noite

Música de hoje – Interstate Love Song

Interstate Love Song (Canção de Amor Interestadual) – Stone Temple Pilots
Esperando, numa tarde de domingoPela palavra que eu li nas entrelinhasVocê mentiuSentindo-me igual a uma mão vermelha de vergonhaEntão você está rindo ou chorando?Responda?
Partindo em um trem vindo do sulApenas ontem você mentiuPromessas do que eu parecia ter sidoApenas observei o tempo passar
Todas essas coisas que você me disse
Respirar é a coisa mais difícil de fazer.Com tudo o que eu disse eTudo que está morto para você,Você mentiu – Adeus
Partindo em um trem vindo do sulApenas ontem, você mentiuPromessas do que eu parecia ter sidoApenas observei o tempo passar
Todas essas coisas que eu te disse

SWU começa hoje

O Festival de música SWU Music & Arts Festival, acrônimo de Starts With You (Faça Você Mesmo) é um festival que começa hoje  na cidade de Paulínia. O evento tem toda uma ação de conscientização da população em relação às atitudes tomadas para o futuro.
Mas como parar de vez o aquecimento global parece algo impossível para cada um, o SWU vem para mostrar que qualquer ato, por mais simples que seja, pode fazer toda a diferença. Mude hábitos, comece a pensar no futuro.
Essa iniciativa pode mudar todos que estão à sua volta e assim a humanidade caminhar para uma mudança incrível. Pode parecer apenas um sonho, mas para o SWU isso já uma realidade.
Fora o objetivo, que visa a sustentabilidade, o Festival terá grandes bandas e artistas do rock mundial. Entre os que tocarão no SWU, eu queria mesmo era ver os shows do Faith no More, Stones Temple Pilots e Neil Young. E como eu queria!

Música de hoje – Unknown Caller

Unknown Caller (Chamada Desconhecida) – U2
Luz do sol, luz do solLuz do sol, luz do sol
Eu estava perdido entre a meia-noite e o amanhecerNum lugar sem consequencia ou companhiaEram 3:33 quando os números caíram do marcador do relógioFazendo ligações sem sinal algum
Vá, grite alto, erga-seOh, ohEscape de si mesmo e da gravidadeOuça-me, pare de falar para que eu possa falarSilêncio agoraOh, ohEncerre o programa e mova para a lixeira
Eu estava no ponto de origemNo limite do universo conhecido, onde eu queria estarEu havia dirigido até o local do acidenteE eu sentei lá, esperando por mim
Reinicie o sistema e a si mesmoVocê está livre para irOh, ohGrite de alegria, se tiver a chanceSenha, você, entre aqui, agora mesmoOh, ohVocê sabe o seu nome, então escrevaOuça-me, pare de falar, para que eu possa falarSilêncio agoraOh, ohNão se mova e não diga nada

Pink Floyd e a Filosofia

“Pink Floyd e a Filosofia” é uma coletânea de relatos e artigos, reunidos por George A. Reisch, que tem como tema comum o Pink Floyd. O livro na verdade foi escrito por filósofos, psicólogos e sociólogos que além de excelentes profissionais, são fãs incondicionais do Pink Floyd.
O livro nos leva por todo o psicodelismo do The Pipper at the Gates of Dawn e por toda a complexidade do Dark Side of the Moon até a fase “solo” do Pink Floyd com o The Final Cut e The Division Bell.
Além de analisar as músicas e suas passagens instrumentais, o livro serve também como uma pequena biografia da banda, pois sempre fatos históricos são citados para justificar as músicas que  foram compostas.
Esse livro é leitura obrigatória para quem é fã do Pink Floyd e também para quem não é fã e quer entender todo o universo “pink-floydiano”.

É, como diz o meu amigo Célio Lopes: “Pink Floyd é a excelência da música”.
Goodbye Blue Sky (tradução) – Adeus Céu Azul- Pink Floyd
“Olha mamãe, tem um avião no céu”
Você viu as pessoas assustadas?
Você ouviu as bombas caindo?
Você já imaginou porque nós tivemos de procurar abrigo
Quando as promessas de um admirável novo mundo Desfraldavam sob um limpo céu azul?
Você viu as pessoas assustadas?
Você viu as bombas caindo?
As chamas todas se foram há tempo, mas a dor continua
Adeus céu azul
Adeus céu azul
Adeus
Adeus
Adeus
“O vôo das 11:15 para Newcasttle está se aproximando”
“O pouso as 11:18..”

A vez que Mick Jagger furou o olho de Eric Clapton

A modelo, cantora e atualmente mulher do presidente francês Nicolas Sarkozy, Carla Bruni, foi o centro de uma rivalidade de dois monstros sagrados do rock’n’roll em 1989. E olha que ela só tinha 21 anos. A menina namorava o astro Eric Clapton, que tinha 44 anos na época e disse : “começamos a sair, e em pouco tempo fiquei obcecado por ela” – contou o guitarrista em sua autobiografia, lançada em 2007.
O lance foi o seguinte: quando a turnê Steel Wheels, dos Rolling Stones, passou por Nova York, ela pediu a Clapton levá-la ao show. Há exatos 22 anos, no dia 22 de outubro de 1989, Eric levou Bruni ao Shea Stadium e a apresentou ao líder dos Stones. Foi aí que a merda agarrou na palheta. A cara de mau de Mick Jagger levou a melhor sobre o jeito de bom moço de Eric Clapton.
 De acordo com a biografia “Jagger Não-Aurorizado”, do jornalista Chistopher Andersen escreveu: “Quando Eric Clapton apareceu nos bastidores com uma modelo, Jagger olhou-o com inveja”. Pode ser, mas fato mesmo é Mick Jagger (malacão todo) ficou encantado com a beleza de Bruni e nem um pouco preocupado com a velha amizade com Eric Clapton.

Prevendo a periculosidade do ardiloso Jagger, então com 46 anos de idade, Eric teria dito ao amigo britânico: “Por favor, Mick, esta aqui, não. Acho que estou apaixonado”. Foi o mesmo que pedir a uma pedra, que rola, mas ainda sim uma pedra.

Segundo Clapton, em sua autobiografia, o romance foi interrompido quando, durante uma turnê dele pela África, Carla Bruni cedeu (e deu) às investidas de Mick Jagger. Resumo da ópera: o autor de “I cant’t get no (satisfaction)” passou a ripa na gata do compositor de “Cocaine“. Foi a vitória do rock saltitante sobre o Blues melancólico.  O romance entre a modelo e o líder dos Stones não durou muito, mas dizem que Clapton demorou um ano para se recuperar da “furada de olho”.
Ah, isso tudo aí só reforça a tese de ação e reação ou que o inferno é aqui mesmo, pois o mesmo Clapton tomou a esposa do beatle George Harisson, mas esta é outra história de sexo, drogas e rock and roll.
Fonte: Revista Status (edição de lançamento)
Adaptação: Elton Tavares.

Música de hoje

Ace Of Spades ( Ás De Espadas) – Motörhead
Se você gosta de apostar, eu digo que sou seu homem.
Você ganha algo, perde algo, é tudo o mesmo pra mim.
O prazer é jogar, não faz diferença o que você diz.
Eu não compartilho da sua ganância, a única carta que preciso é
O ás de espadas.
O ás de espadas.
Jogando pela diversão, dançando com o demônio,
Indo com a correnteza, tudo é um jogo pra mim,
Sete ou onze, olhos de cobra olhando você
Ou dobra ou desista, prêmio duplo ou dividido,
O ás de espadas.
O ás de espadas.
Você sabe que nasci pra perder, e apostar é para os tolos,
Mas esse é o jeito que eu gosto querida,
Não quero viver pra sempre,
E não esqueça do coringa!
Aumentando o valor inicial, eu sei você conseguiu me ver,
Leia-os e lamente a mão do morto de novo,
Eu o vejo em seus olhos, dê uma olhada e morra,
A única coisa que vê você sabe que vai ser,
O ás de espadas.
O ás de espadas.