40 anos sem Jim

“E Jim está sempre conosco. No ar, no éter, na eletricidade. Nos sons e ritmos da música dos Doors. Nas imagens da sua poesia. Nas alegrias e angústias de sua alma. Em centenas de fotos da piscadela do “leão” que fica em nós a partir da mídia coletiva. Em jogar no rádio “Riders on the Storm” em dias de chuva. Em um anúncio em um jornal, ou um título do livro, ou um título de filme usando uma de suas linhas ou uma de suas frases de efeito. E seu rosto sobre as camisetas que estão sendo vendidas a partir de Venice Beach, Califórnia, na Praça de San Marco em Veneza, Itália. Eu os vi. E na descoberta de cada nova geração de The Doors e Jim apelo de: “Por favor, por favor, ouça-me, as crianças. Vocês são aqueles que irão governar o mundo”. E na busca de cada nova geração pela própria liberdade, Jim está lá. The Doors estão lá.”  – Ray Manzarek.

Música de hoje

Os Subúrbios
Nos subúrbios, eu…
Aprendi a dirigir
E você me disse que eu nunca sobreviveria.
Pegue as chaves de sua mãe, nós estamos partindo.
Você sempre pareceu tão certo
Que um dia estaríamos lutando
Numa guerra suburbana,
Sua parte da cidade contra a minha.
Vi você de pé na outra margem do lago,
Mas quando as primeiras bombas caíram,
Nós já estávamos entediados
Nós já estávamos entediados, já.
Às vezes não posso acreditar,
Estou indo além do sentimento.
Às vezes não posso acreditar,
Estou indo além do sentimento de novo.
As crianças querem tanto ser,
Mas em meus sonhos ainda estamos gritando
E correndo pelo jardim.
Quando todos os muros que construíram nos anos 70 finalmente caírem,
E todas as casa que construíram nos anos 70 finalmente caírem,
Não significou nada mesmo?
Isto não significou nada mesmo,
Isto não significou nada.
Às vezes não posso acreditar,
Estou indo além do sentimento.
Às vezes não posso acreditar,
Estou indo além do sentimento, na noite.
Então, você pode entender
Por que quero uma filha enquanto ainda sou jovem?
Quero segurar a mão dela
E lhe mostrar alguma beleza,
Antes que todo o estrago seja feito.
Mas se isso for pedir muito,
Se isso for pedir muito,
Então envie-me um filho.
Debaixo do viaduto,
No estacionamento, ainda estamos esperando.
Isto já passou,
Então tire seus pés do asfalto quente
E os ponha na grama
Por que isto já passou
Isto já passou, já
Às vezes não posso acreditar,
Estou indo além do sentimento.
Às vezes não posso acreditar,
Estou indo além do sentimento de novo.
Estou indo além do sentimento,
Estou indo além do sentimento.
Em meus sonhos, ainda estamos gritando,
Ainda estamos gritando,
Ainda estamos gritando.

O Curta inspirado em álbum do Arcade Fire

‘Scenes From The Suburbs’ é dirigido por Spike Jonze, que já havia realizado um clipe da banda.

O curta-metragem inspirado no álbum The Suburbs do Arcade Fire e dirigido por Spike Jonze está disponível para visualização online. Somente hoje e amanhã, Scenes From The Suburbs pode ser assistido gratuitamente no site MUBI. (http://mubi.com/login)

O site no qual o curta está hospedado exige que o visitante crie uma conta para assisti-lo ( é de gratis )

Com 28 minutos de duração, o curta estreou no festival de música e artes South By Southwest (SXSW) nos EUA, no início deste ano.

Spike Jonze ganhou notoriedade em 1999, ano em que foi indicado ao Oscar pela direção de seu primeiro longa-metragem, Quero Ser John Malkovich.

Review do filme ‘O Garoto de Liverpool’ (2010)

Por Adriano Mello Costa
O grande desafio do filme O Garoto de Liverpool (Nowhere Boy no original) era saber se funcionaria caso não se levasse em consideração o personagem principal. O longa ostenta contar os primeiros passos de John Lennon na juventude, antes dos Beatles, da viagem para Hamburgo e tudo mais. Baseado no livro da sua meia-irmã Julia Baird, foca na família de Lennon, entrecortada com tragédias e dramas fortes que deixariam marcas para o resto da vida.
O trabalho marca a estreia de Sam Taylor-Wood como diretora e, apesar dos temas espinhosos que aborda, consegue transitar muito bem como se fosse uma comédia tradicional dos anos 50/60. As inconsequências da juventude, suas dúvidas, frustrações, primeiros romances e nascimento de grandes amizades estão espalhados de maneira cativante. Claro que a figura de Lennon causa maior interesse, mas o filme consegue funcionar além disso.
Com passagem rápida pelos cinemas nacionais, o filme chegou recentemente em DVD e se constitui em uma pedida interessante. O Lennon vivido por Aaron Johnson (de Kick-Ass) é plenamente factível e participa bem do jogo de rebeldia e ironia que o personagem pede. Na verdade, o trio principal é todo bem constituído, tanto pela tia Mimi de Kristin Scott Thomas (de O Paciente Inglês) quanto pela mãe Julia de Anne Marie-Duff (de Em Nome de Deus).
Os fãs que conhecem a história de John Lennon sabem mais ou menos o rumo básico da trama. Criado pela sua tia Mimi (para qual despejou carinho e reconhecimento até a morte), ele vê o mundo começar a mudar quando algumas tragédias familiares acontecem e sua mãe Julia se insere na sua vida. Junte-se a isso o começo da paixão pela música, a formação do primeiro grupo tocando skiffle (The Quarrymen) e o início da frutífera amizade com Paul McCartney.
A trilha-sonora também se configura em uma parte fundamental de um filme como esse, e nela tocam clássicos absolutos de Jerry Lee Lewis, Elvis Presley e Gene Vincent, além da ótima “I Put a Spell on You” por Screamin’ Jay Hawkins.
O Garoto de Liverpool é um ótimo filme que faz rir e emociona na mesma proporção, mostrando os primeiros passos de um gênio da música. E quando nos créditos finais toca “Mother”, é impossível ficar indiferente.

The Dark Side of Oz


Assista online a tão falada sincronização de O Mágico de Oz com o disco Dark Side of the Moon do Pink Floyd

Sabe aquelas lendas urbanas, que correm de boca em boca, e que ninguém tem paciência para colocar em prática para ver se é verdade? Sempre tem um amigo de um amigo que fez e garante que é verdade. A grande diferença é que, em tempos de internet e geração de conteúdo, o amigo do seu amigo que realizou a tal experiência fez upload e colocou o resultado na rede para que todo mundo assista.

Você já deve ter ouvido que o áudio do disco mais famoso do Pink Floyd – The Dark Side of the Moon – se sobrepõe perfeitamente ao filme O Mágico de Oz, de 1939. Apesar de os integrantes da banda negarem sempre que perguntados sobre o caso, muita gente diz que imagem e áudio se complementam de forma impressionante.
Para tirar a dúvida, Bryan Pugh removeu o áudio original do filme e colocou o disco na íntegra. O resultado você confere abaixo:

The Dark Side of Oz from Bryan Pugh on Vimeo.

FONTE: http://paprica.org/

Show do U2, um dos melhores dias da minha vida

                                                                                          Por Elton Tavares

 

Bruno Mont’Alverne (Babolha), Eu (Godão), Paulo Bitencourt (Boca) e Emerson Tavares (meu irmão) em frente ao Morumbi – Foto: Andrezza Costa (cunhada).

Existem muitos elementos que envolvem um show de rock and roll. Além do som, das canções, performance da banda e efeitos, existe um fundamental, a paixão. Era o nosso quarto dia em Sampa, aliás, o grande dia, o do Show do U2. Era gente de todo lugar, pai e filhos paranaenses na nossa frente, casal gaúcho sentados bem atrás de nós, sotaques nordestinos, sulistas e o nosso nortista, uma mistura de culturas à espera do U2.

A terceira apresentação da banda irlandesa aconteceu no Estádio do Morumbi, no dia 13 de abril e 2011 e graças a Deus, eu estava lá. O local estava tomado por 89 mil pessoas, exatamente a capacidade do local. Para muitos e principalmente para mim, o melhor dos três shows realizados em São Paulo.

Telão fantástico – Foto: Bruno Mont’Alverne.
A banda Muse abriu a noite, exatamente às 20h, com um show legalzinho e só. Porém, durante a apresentação da banda inglesa, vimos um pouco do que o telão poderia proporcionar ao público, ou seja, uma harmoniosa e fabulosa exibição de imagens inéditas.  

Palco 360 graus – Foto: Bruno Mont’Alverne.

E o palco “360 graus”? Idealizado por Bono Vox a partir de quatro garfos, em uma conversa informal, para dar a impressão de um grande abraço em toda a platéia. A estrutura é fruto de todos os que a antecederam, ela não dá as costas para ninguém. Perfeito, para não dizer magnífico. Uma verdadeira nave espacial, sério, parecia que, a qualquer momento, aquilo recolheria as pernas (hastes de aço) e sairia voando.


Aproximadamente 40 minutos depois, o U2 entrou, aliás, uma entrada grandiosa, diga-se de passagem. O engraçado é que tínhamos tomado litros de cerveja, pois chegamos ao Morumbi 4h antes, mas a entrada da lendária banda irlandesa foi uma injeção de adrenalina, ficamos sóbrios, melhor dizendo, assombrados e eufóricos.

Bono Vox iniciou o show e nós ficamos literalmente arrepiados, foi realmente emocionante. O vocalista cantou poucas músicas do novo CD e arrebentou com clássicos como “Sunday bloody Sunday”, “Miss Sarajevo” e tantos outros. Gênio! Eu sempre escutei que o U2 fazia as pessoas acreditarem que é possível fazer o impossível. Tive a certeza disso naquela noite. 

Bono Vox, ele é PHoda!! – Foto: Bruno Mont’Alverne.



Após um videoclipe, que transmitiu uma das tantas mensagens de paz e amor que o show enfatiza, Bono Vox cantou “One”. Não deu para conter as lágrimas. Sabem aquele papo que Renato Russo na música Faroeste Cabloco? “Saudades do que eu nunca vi”. Então, foi exatamente isso.

“Um amor, um sangue, uma vida você teve para fazer o quê deveria.Uma vida com um ao outro: Irmãs, irmãos, uma vida, mas não somos iguais. Nós temos que nos carregar um ao outro, carregar um ao outro..” – Bono Vox em “One”. 

Foto: Andrezza Costa

O show não foi algo para adolescentes facilmente impressionáveis, foi uma coisa mágica para fãs de todas as idades. Uma mistura de repertório recheado de excelentes canções, imagens impagáveis, riqueza de arranjos de Edge, Adam e Larry e o brilhantismo de Bono. Estonteante? Deslumbrante? Não consigo adjetivar. Só sei que as boas energias que senti ali não se igualam a nada que vivi antes.

Gritos, choro, euforia, abraços, várias sensações e atitudes vindas do coração e da alma. Algo mítico e místico, sem exagero algum. Certa vez, li que uma grande obra de arte ou acontecimento não vem atrás de você, é preciso ir atrás desse tipo de vivência. Foi o que fizemos.
 

Emerson e Andrezza – Foto: Elton Tavares

O meu amigo André Mont’Alverne sempre dizia: “tu nem estás ansioso para o show do U2”. Ele estava certo, é uma coisa do outro mundo mesmo. Além do grande espetáculo de rock and roll, o evento é uma mistura mágica de luzes e gente bonita por todos os lados.

Se eu vivesse mais 300 anos, com toda certeza, não esqueceria o dia 13 de abril de 2011. Simplesmente fantástico (uma contradição de termos, pois nada que é fantástico é simples). Foi tudo o que eu esperava de um show do U2 e muito mais. Aquela noite certamente tornou-se histórica. Foi lindo demais!
 

Eu e mano tomando cervas antes do show – Foto: Babolha

Eu agradeço a Deus por ter visto tudo aquilo, agradeço ao meu irmão por ter organizado tudo. Estou muito feliz por ter vivido aqueles momentos. Valeu Emerson, Andrezza, Bruno e Paulo.

A Biografia do Lobão

Escrito por ele próprio, em parceria com o jornalista Claudio Tognolli, além da biografia em si, que ocupa a maior parte das quase 600 páginas, o livro traz uma pesquisa entremeada ao texto, destacando a repercusão do artista na mídia ao longo dos anos. No final, entrevistas com nomes importantes da trajetória de Lobão foram transformadas em texto. Participam, entre outros, o cantor Ritchie, a produtora cultural Maria Juçá e a cantora Elza Soares. Um anexo reproduz documentos envolvendo o artista e órgãos da Justiça.

Verborrágico, Lobão reescreve os anos 80 sob sua ótica, passa pelos noventa sobrevivendo no mercado, chega aos 00 inovando para seguir em frente e volta ao começo com o “Acústico MTV”. O músico conta detalhes de situações polêmicas nas quais sempre se envolveu. Veja abaixo alguns trechos extraídos do livro:

Infância

“Meu corte de cabelo (cortado quinzenalmente) era a cabeça quase toda rapada com máquina 1 e um topete ridículo erguido à base de muito gumex no topo da testa. (…) Vocês já imaginaram um garoto (…) com um topete anacrônico em sua cabeça e ainda por cima sendo chamado, pra cima e pra baixo, de Xurupito?”

Blitz

“Aproveitamos aquele ensaio para dar um acabamento numas canções, arranjar outras… quando o Guto pega o refrão ‘Você não soube me amar’ e faz o riff de guitarra… Em seguida, pediu pro Evandro falar o texto corrido e metrificou as palavras na cadência, dando um ritmo na letra e a forma final. A outra parte existente, o Evandro tinha composto na praia, com o Zeca Mendigo, e assim nascia o primeiro mega-hit dos anos 80…”

Paralamas

“O Jorge, meu amigo de São Conrado, um belo dia chega lá em casa esbaforido e manda: ‘Cara, você já viu o disco dos Paralamas do Sucesso?’ ‘Ainda não, por quê?’ ‘Porque é igual ao Cena! Cara, não acreditei quando ouvi… tem uma música que se chama Cinema Mudo. O carinha lá que canta tem a mesma voz que você… e o disco fala mais ou menos dos mesmos assuntos que o teu…’ ‘Como assim?’ ‘Além de Cinema Mudo, tem uma outra que fala de lambreta; o som é praticamente igual ao que você faz, e a guitarra é meio totalmente Lulu Santos…’”

Mau comportamento

“Quando desliguei o telefone, comecei a chorar feito uma criança. Sabia que, daquele momento em diante, estaria condenado a uma carreira solo. Tristíssimo e carente, parti para o Baixo pra filosofar com os colegas… Encontro quem? Cazuza. E na mesmíssima situação!!! Fora dispensado do Barão Vermelho!!… Vamos combinar uma coisa: ser expulso de uma banda por mau comportamento é muito pior do que ser expulso de uma suruba por mau comportamento”

Sexo

“Me encaminharam para a carceragem e me hospedaram na cela 4, que era bem diminuta. Uns seis a oito presos se preparavam para enrabar um crioulão enorme que, segundo a rapaziada, havia estuprado uma menina. Antes do ato, os caras raspavam com pouquíssima diligência o corpo do negão, que estava amarrado nas grades da janela, pedindo uma misericórdia que a galera dedicididamente não estava muito a fim de conceder. Depois de semiesfolado o estuprador recebeu em seu ânus várias trolhas em menos de 15 minutos”.

Drogas

“Pois bem, estamos todos a fastejar no meu quarto, na maior cheiração… Amanheço virado e percebo que tenho um avião pra pegar… Tomo meu gim-tônica e vou ao banheiro dar uma cafungadinha. E fiquei nessa até o avião decolar. Um gim-tônica, uma cafungadinha no banheiro. Como estava muito cansado, nada fazia lá muito efeito em minha pessoa. Pego o avião e continuo a cheirar no banheiro da aeronave.”

Rock’n’roll

“O Sepultura termina sua poderosa apresentação ovacionado por todos e, em poucos minutos, os urros de aclamação se transformaram em gritos de ‘fora Lobão! Não queremos samba! Fora, seu sambista de merda, tá querendo manchar o rock…’, e outras coisas mais… Por um momento, tive tempo para refletir sobre a ironia: sempre fui rechaçado pela cultura oficial, sob o epíteto de roqueiro… Agora, assistia àquele vitupério de roqueiros fundamentalistas a me odiarem por ‘mestiçar’ o rock imaculado… loucura…”

Guns N’ Roses no Rock in Rio, grandes merdas…

                                  Por Elton Tavares
Confirmado, a banda americana Guns N’ Roses virá ao Brasil em setembro, para o próximo Rock in Rio. Grandes merdas, das antigas bandas, essa é a única que não tem a mesma qualidade, nem os mesmo integrantes, a não ser o Axl, que também já não é o mesmo cantor.

Ainda bem que deixei de gostar de “armas e rosas” faz tempo. Ainda bem que o festival terá o Metallica.

Enquanto Belém recebe Iron Maiden, o Restart toca aqui, que merda!

                                                                                             Por Elton Tavares
New Kids On The Block, Locomia e Polegar, bandas ridículas, mas nada supera o Restart
Na época que eu era adolescente, final dos anos 80 e início dos 90, tempos de The Smiths, The Cure, Legião Urbana, Titãs e tantos outros nomes de alta qualidade, tanto sonora, melódica e letras inteligentes, também existiam bandas medíocres. Mas quando falávamos de “conjuntos” (nem se usa mais essa palavra para grupos musicais) ridículos eram coisas como New Kids On e Block, Locomia e Polegar (sim, aquele do maluco que curte pilhas), entre outras (quem não souber quem foram esses merdas, que procurem no Google, nem vou me dar ao trabalho de explicar).

No entanto, a esculhambação chegou ao ápice, pois infelizmente hoje em dia existe o “Restart”. Frangotes que usam um visual gay (com todo respeito aos perobas, principalmente os amigos) e óculos New Wave. Os moleques até ganharam o prêmio “revelação”, no concurso “os melhores do ano” do “Domingão do Faustão”. Sifudê!

Emos coloridos com canções medíocres, o sinal dos tempos. 
O pior de tudo é que os emos coloridos farão um “show” em Macapá, no próximo dia 02 de abril. Deste jeito, nossa capital continuará refém do brega, domingueiras nos clubes de letrinhas e batidões terríveis. Fora a velha mania de ir ao pagode, sujo, de chinelo e já embriagado, eu passo longe. Mas isso é outra história.

Pior que essa situação não é só culpa dos empresários que trabalham com entretenimento. Pasmem, mas no ano passado, durante a Expofeira, quando trouxeram (argh) Detonautas, a organização do evento deixou os Titãs como última opção, a primeira era o sertanejo alegrinho, Luan Santana. É como o Lobão disse uma vez: “Se sua banda veio depois do Raimundos, desculpe, não é rock nacional”.

Discordo do Lobão, pois têm uma meia dúzia que são muito bacanas, como a stereovitrola e Godzilla, ambas amapaenses. Mas coisas como NX0, Detonautas, CPM22, JQuest (acho que só eu não fui para o show deles e Macapá) e coisas desse naipe, eu desprezo. Pior é quem faz cover dessas aberrações sonoras, como uma certa banda local, que também tem letrinhas e números no nome. 

Enquanto os frangotes coloridos atravessam o Amazonas para tocar aqui, a velha “Donzela de Ferro” estará em Belém. Sifudê!

Confesso que é muito difícil de admitir, mas musicalmente, Macapá não existe para os grandes artistas (a não ser os “lado B”, que volta e meia dão as caras em algum festival). Escuto, assisto e leio notícias sobre ótimos shows de rock que só chegam até Belém (PA), a exemplo da clássica Iron Maiden, que tocará no dia 01 de abril, na capital paraense. Que inveja branca!


Certa vez, Gilberto Gil disse: “De um lado este carnaval, do outro a fome total”. Deve ser assim que meus amigos da Terra das Mangueiras olham para cá, no sentido rock da coisa, claro. É como a velha frase que diz: “cômico, se não fosse trágico”. Realmente são dois mundos separados pelo Rio Amazonas. É palha, mais é verdade.
Voltando ao “show” do Restart em Macapá, respondo com uma poesia tão fuleira quanto as letras da bandinha de adolescentes: “vou não, quero não”. Égua-moleque-tu-é-doido! Ah, falando de citações, lembrei de uma que define bem a atual situação da música: “alguma coisa está fora da ordem, fora da nova ordem MUSICAL”. Boicotem a apresentação dos emos coloridos, só assim garantiremos que eles nunca mais voltarão aqui.
Ah, se você gosta mesmo de rock. Vá para o evento “Vila do Rock”, no mesmo 02 de abril, nos altos do Brisa’s Bar (orla), a partir das 21h, com as bandas Mazah, Radiofone e stereovitrola.

John Lennon – A vida (uma biografia de Philip Norman)

                                                                            Resenhado por @julianojubash

Foi difícil demais fechar esse livro depois de acabar de ler. Nas mais de 800 páginas, foi feito um trabalho precioso de jornalismo para contar com precisão e intimidade a vida de um cara genial. Lennon foi bem mais que um músico brilhante. Graças a um talento ímpar, ele conseguiu experimentar tudo o que quis até encontrar um tipo de alegria pleno. “John Lennon – A vida” é leitura obrigatória para qualquer ser alfabetizado.

Uma tonelada de Gelo para a Turnê do U2

Com a estrutura absurda dos shows, o grupo não poderia deixar de fazer algum pedido exagerado. O U2 pediu 24 refrigeradores para conservar 14 mil litros de líquido, mais outros 5 freezers para 1500 litros e 1 tonelada de gelo.

Confira a lista com as demais exigências:

– Um estilista que tenha um currículo de grande trajetória;

– 15 tradutores;

– Uma secretária bilíngue;

– 3 veículos Mercedes Benz, 3 BMW e 3 Chrysler;

– 75 celulares Blackberry com chamadas internacionais;

– De 6 a 8 policiais, além dos que trazem cada um deles;

– Um quiroprático e um massagista, além dos particulares;

– 350 toalhas brancas;

– 12 veículos modelo utilizado em campo de golf;

– Uma grande tenda para 300 convidados instalada no estádio;

– 4 cilindros de oxigêncio para resistir à intensidade do show e uma sala para reuniões e relaxamento.
Meu coment: Não tô nem aí para as frescuras do U2, eu quero é ta lá.

Banda Godzilla embarca em mini-turnê pelo Nordeste

Goodzilla no antigo rock bar Liverpool – Foto: Camila Karina
Após participação no Serasgum 2009 (PA) e a gravação de seu primeiro álbum – ainda inédito – no estúdio Casarão Cultural Floresta Sonora (PA) sob a batuta do produtor Alex Antunes, a banda amapaense Godzilla se prepara agora para embarcar em sua primeira mini-turnê pelo país, onde percorrerá os Estados de Paraíba e Pernambuco durante a realização do Grito Rock 2011.

Três cidades receberão o destrutivo show do quarteto formado por Raoni Holanda (vocal), Wendril Araújo (guitarra), Sandra Borges (contra-baixo) e JP Rodrigues (bateria) durante este fim de semana. A maratona começa na noite do dia 25, sexta-feira, quando a banda se apresenta em Campina Grande (PB), de onde segue para Arcoverde (PE) no sábado 26 e encerra em Floresta (PE) no domingo 27.

De acordo com o vocalista Raoni Holanda, a tour chega no momento ideal para a Godzilla. “Estamos ansiosos para as três apresentações. Nos últimos anos temos obtido grande êxito em estabelecer um público fiel no Amapá e acredito que agora é o momento ideal para buscar horizontes mais amplos. Queremos levar nosso som para a galera de fora do cenário Norte brasileiro e aproveitar ao máximo a oportunidade para fazer novos amigos e estabelecer novos contatos” afirma.

Raoni (vocal) da banda – Foto: Camila Karina.
O Grito Rock é o maior festival integrado das Américas e este ano acontece em mais de 130 cidades espalhadas por nove países durante o período de carnaval. O evento é realizado pelo Circuito Fora do Eixo (FDE), filiada à ABRAFIN (Associação Brasileira de Festivais Independentes).

A mini-turnê da banda Godzilla foi organizada pelo Coletivo Palafita (AP) e pelo Natora Coletivo (PB).

Coletivo Palafita – Comunicação

Não sei de quem é essa foto, mas são os godzillas tirando um barato.

Há dois anos, o Radiohead tocou em SP, eu estava lá

                                                                                       Por Elton Tavares
Imagem: Blog Factóide
Existem experiências na vida que não esquecemos, jamais. Em março de 2009, há exatamente dois anos, eu e alguns amigos assistimos ao show da banda inglesa Radiohead, em São Paulo.

Imagem: Blog Factóide

Após comer uma picanha argentina no Mercado Municipal de Sampa, nos dirigimos para a Chácara do Jóquei, local do Festival “Just a Fest”, que contou com as bandas Los Hermanos, Kraft Werk e, é claro, a Radiohead.
Imagem: Blog Factóide
Os Los Hermanos fizeram um show legalzinho, em tom de despedida, já que foi a última apresentação deles. O Kraftwerk detonou nos recursos visuais e eletrônicos, justamente o que esperávamos.

Imagem: Blog Factóide

Não sei como descrever o show do Radiohead, o ápice da viajem, o termo incrível é pequeno para a magnitude do espetáculo que eles proporcionaram, valeu cada centavo, as 6h de avião, a distância do local do evento (quase não conseguimos sair de lá, uma procissão a zero por hora, risos).

Eu e André Mont’Alverne (amigo e colaborador deste blog) no show do Radiohead.

Setlist do Show do Radiohead:

01. 15 Step
02. There There
03. The National Anthem
04. All I Need
05. Pyramid Song
06. Karma Police
07. Nude
08. Weird Fishes/Arpeggi
09. The Gloaming
10. Talk Show Host
11. Optimistic
12. Faust Arp
13. Jigsaw Falling Into Place
14. Idioteque
15. Climbing Up The Walls
16. Exit Music (For A Film)
17. Bodysnatchers
18. Videotape
19. Paranoid Android
20. Fake Plastic Trees
21. Lucky
22. Reckoner
23. House of Cards
24. You and Whose Army
25. Everything In Its Right Place
26. Creep

Paguei 200 paus nele, mas valeu cada centavo.
Foi fantástico e inesquecível. Obrigado a todos que dividiram aquele dia comigo, pois o guardo no coração. Ah, usei as imagens do Blog Factóide porque as minhas fotos estão no outro computador.
Radiohead

Radiohead é uma banda inglesa de rock alternativo, formada no ano de 1988, em Oxford, por Thom Yorke (vocais, guitarra, piano), Jonny Greenwood (guitarra), Ed O’Brien (guitarra), Colin Greenwood (baixo, sintetizador) e Phil Selway (bateria, percussão). Ah, é um dos grupos de rock mais fodas do mundo.

O novo disco do Radiohead

Lá vem o fucking Radiohead novamente zoar o modo de comprar disco novo.No próximo sábado, dia 19, a banda lança seu oitavo disco “The King of Limbs”, para download. O álbum físico só chega em maio, na sua casa, se você (pré)comprar clicando no mapa do mundo que está no site oficial deles, o radiohead.com

* Para quem mora nas Américas, duas opções:

– “Newpaper Album”, por US$ 48. Vem com dois vinis de 10?, um CD, senha para download de mp3, muitas folhas com as artes todas, frete incluso, e a chance de ganhar um vinil de 12? com duas músicas assinado pela banda. Todo esse pacote será despachado para o comprador no dia 9 de maio.

– “Digital Only”, por US$ 9. A versão em mp3. Tem a versão WAV (qualidade de CD profissional), por U$ 14. Disponível sábado que vem, 19.