Categoria: Rock
O emo-core e a Cultura de Massa
O emo-core em uma tradução simples para o português significa algo emocional, pois o termo core no sentido aplicado na palavra não tem uma tradução, ao contrario de Hard-core que na sua tradução nos indica algo como duro, difícil, árduo, estilo esse que nasceu na década de 80 nos EUA, sendo posteriormente propagado para o mundo inteiro.
A Cultura de Massa (cultura do povão) que não atinge somente o povão, pois qualquer forma de manifestação cultural se dá socialmente entre indivíduos constituintes de um povo e sociedade, é uma realidade pós revolução industrial. Também é um equívoco dizer que o “povão” não possui cultura, pois esse determinado grupo social tem determinados hábitos e jeito de viver, pensar e de ser, por mais que sejam considerados medíocres pelas classes intelectualizadas da sociedade.
Chegando ao principal ponto de discussão neste texto; o emo-core é objeto da cultura de massa, uma cultura voltada para o consumismo, a um povo-objeto. Após a revolução industrial e os avanços tecnológicos cada vez mais presentes em nosso cotidiano a sociedade se tornou “atomizada” (individualista), marcada pelo isolamento dos indivíduos, onde os mesmo ficam à deriva e decide por si só no mundo e age como convém, pois são manipulados pelos grupos que detêm o poder.
A massa converte-se a uma falsa-moral (que modela gostos, visando a obtenção de lucros) e a função da cultura de massa é divulgar essa falsa-moral e para isso usa os meios de comunicação de massa, onde os clipes das bandas emo são apresentados incansavelmente nas rádios e principalmente na grande modeladora de gostos. A MTV.
Em suma, essa indústria cultural que tem como propagador os meios de comunicação de massa é a grande modeladora de gostos, pois através das bandas de emo-core vende atitude, comportamento e uma modinha. E para quem vende? Para um grupo social amorfo, complacente com a comodidade da fantasia e escapismo, acéfalo e incapaz de pensar, de refletir, que tende a simplificar o mundo real e encobre seus problemas com soluções fáceis e falsas.
A cultura de massa visa a manutenção de capital e está atrelada ao consumo imediatista, pois quem lembrará de NX zero daqui há 10 anos? Ninguém. Pois não sobrevive ao tempo, não possui conteúdo, é descartável! É considerado porcaria e representa um produto industrializado, mercantil e compreendido como medidor de um valor estético. Então é bom refletir no que se está consumindo para não ter uma indigestão. Para quem considera a música como arte como eu ainda resta uma afirmativa; a arte ainda existe na era contemporânea.
Referência bibliográfica: para o alto e avante; iuri Andreas reblin; editora asterisco.
O show do Biquini Cavadão foi o melhor no Amapá
Love Will Tear Us Apart
When routine bites hard
And ambitions are low
And resentment rides high
But emotions won’t grow
And we’re changing our ways
Taking different roads
Then love, love will tear us apart, again
Love, love will tear us apart, again
Why is the bedroom so cold?
You’ve turned away on your side
Is my timing that flawed?
Our respect runs so dry
Yet there’s still this appeal
That we’ve kept through our lives
But love, love will tear us apart, again
Love, love will tear us apart, again
You cry out in your sleep
All my failings exposed
And there’s taste in my mouth
As desperation takes hold
Just that something so good
Just can’t function no more
But love, love wil tear us apart, again
Love, love will tear us apart, again
Love, love will tear us apart, again
Love, love will tear us apart, again
Bandas que já foram legais, mas deram no saco
Por Elton Tavares
Os bons morrem antes?
Os bons morrem antes?
Por Silvio Carneiro
A canção que o Silvio se referiu é “Love In The Afternoon”, apropriada para o escrito, leiam este trecho:
Músico amapaense realiza sonho na outra ponta do Brasil
Por Elton Tavares
Por conta disso, o compositor, músico e cantor Sandro Malk alçou vôos para o Sul do país, mais precisamente Curitiba (PR), onde formou, com três curitibanos, a banda “Bardot em Coma”. Sandro escreveu algumas canções na época que cantava na The Malk, mas elas só saíram do baú lá por aquelas bandas. Ele conta esta pequena história aqui.
Qual o seu nome completo? Sandro Costa dos Santos ou seria nome artístico? Aí já sabes que é o tal de Sandro Malk (rs). Onde e quando você nasceu? Macapá, nascido em 28/02/1984. Queria ter nascido antes pra ter pego os anos 80, mas ok. Fica pra próxima. Influências musicais e com quantos anos começou a tocar e cantar: Minhas influências musicais mais presentes são: The Smiths, o culpado, ainda quando criança, vi um vinil com um soldado na capa (“Meat is murder”) e a partir dali eu começava uma busca que me fez entrar no mundo do rock e não sair até hoje, em suma, a história é essa. The Cure, Ride, My Bloody Valentine, Suede, Teenage Fanclub e U2. Gosto de ouvir bandas novas também, claro. Mas se tratando de influência, fico com a velharia mesmo. Comecei a tocar com 14 anos na escolinha do Sesc. Eu tinha aulas de violão naquele tempo e a minha idéia era aprender pra tocar as músicas das bandas que haviam me influenciado e pra pleitear (pareço político) uma vaga na banda do Arley, pois quando eu era criança, eu ouvia por casa que ele tinha uma banda e aquilo me fascinava. Então durante muito tempo naquele período eu alimentava a idéia de formar uma banda com ele e com os amigos dele. Coisa que acabou acontecendo anos mais tarde. O canto veio junto e espontaneamente. Simplesmente percebi que dava pra tocar e cantar ao mesmo tempo (rs). Mas o que é interessante é que desde o 1º momento em que consegui passar de um acorde para o outro, ainda que mediocremente fosse, eu já tentava compor. A coisa de fazer música era mais interessante pra mim desde sempre. Quando você resolveu ir em busca do sonho no Sul do Brasil? O Nilson Montoril escreveu algumas canções, mas o projeto de música autoral da The Malk não foi em frente, mas tínhamos ótimas linhas de músicas, o Arley é um baterista criativo e o Adriano (Bago) nem se fala. Não sei, ou não lembro, onde nos desviamos do caminho. Na verdade, acho que por ser uma banda de covers, e com isso, tínhamos de tirar novas músicas sempre, acabava sobrando pouco tempo para as nossas canções. Resolvi tentar o Sul por saber que ter a música como uma coisa séria, como trabalho, já é complicado por si só. E trabalhar a música em Macapá, viver de música fazendo rock, é mais complicado ainda, pois são outros nichos musicais que dominam a cena local e regional. Podemos perceber isso com a StereoVitrola, os meninos têm um trabalho legal, tocam bem e td, mas chega uma hora (deve chegar) que você quer atingir um público maior com o seu trabalho mas não consegue porque estamos longe de onde o tipo de som que fazemos acontece.É difícil até pra se deslocar, pois o país é imenso e por conta do destino (ou dos portos em épocas colonias e outras querelas) estamos no extremo oposto de onde essas coisas acontecem. Daí resolvi tentar o Sul que tem uma cena independente bem interessante. Mas foi uma decisão difícil e que foi tomada gradativamente. Eu gostaria muito que esse tipo de trabalho fosse possível hoje na minha cidade. As pessoas não deveriam ter de sair do lugar em que os seus estão. Mas acredito que daqui alguns anos as coisas mudarão.
Qual a proposta da “Bardot em coma”? Bom, The Malk mais do que uma banda pra mim, foi uma escola. E mais do que uma escola, era uma reunião de amigos. O projeto foi idealizado pelo Alexandre Lima em 2001/2002 nos corredores da Faculdade Seama. Havia uma feira de informática na faculdade e ele surgiu com a idéia de tocarmos apenas no encerramento da feira. Acabou que a banda foi formada de um jeito bastante despretencioso, para uma única apresentação, e durou uns 5 anos.Na verdade, ela continua ativa. Então a contagem continua também. Digo que The Malk foi uma escola porque tudo o que sou no palco (me refiro a confiança, postura e coisas que só se aprende no palco) eu aprendi nestes anos. E bom, bardot em coma tem uma história recente. Ela começa quando eu organizo algumas das minhas composições e começo a procurar integrantes para formar uma banda.
Após algum tempo, conheço Allan Grégor (baterista). Foi um cara que renovou as energias para continuar a busca. Não era nada fácil encontrar músicos dispostos a apostar num trabalho autoral. E os que eu encontrava já estavam envolvidos em outros projetos. Algum tempo depois, conhecemos Henrique Ribeiro, guitarrista que se emocionou ao conhecer a proposta do grupo. E em seguida aparece Aline Ribeiro, baixista de técnica apurada, hoje se formando em Produção Sonora, por sinal.
Surgia assim em outubro de 2008 a banda bardot em coma, com a proposta de fazer um som repleto de poesia, lindas melodias e o peso dos drives imortais!Após 6 meses dessa união, lançamos o EP “Deslocado”, contendo 5 faixas, entre elas a faixa título. Hoje estamos tocando pela cidade e ao mesmo tempo estamos de olho nos festivais. E temos nosso MySpace: myspace.com/bardotemcoma, que está com mais de quatro mil acessos em menos de 2 meses de divulgação. A banda já se apresentou em programas de TV por aqui também. Matéria publicada no blog da revista nacional de rock Dinamyte Online (http://dynamite.terra.com.br/blog/zapnroll/) no dia 23/12/2009.
- « Anterior
- 1
- …
- 17
- 18
- 19