Urge dizer a todos que te amo e me alastrar, sôfrego, à tua procura diária falar aos quatro cantos que o amor é necessário na aventura floral desses caminhos e que o rio transborda, seca e deixa restos porque sou resíduo de ti, que me semeias e me acendes em busca de um novo tempo.
Tu és fêmea, e como tal carregas, de milênios, a inconclusa compreensão concebida no teu útero, estigma mundano – do homem – o preconceito. Não seria fortuita a insaciável renitência dos olhares que nos tangem – céticos – a mover pálpebras, Seria por certo a espelhação daquelas almas conflitantes e inseguras Na absoluta podridão de suas mazelas.
Perfurados ou não, nós nos cerzimos rasgados ou não, nos costuramos, temos tempo para usar borracha e corrigir o desenho do futuro – arte coloquial que criticamos desde a configuração abstrata delineada no passado.
Faz-se urgente empanar a couve-flor, enrolar charutos turcos e beber vinho do porto. A água está no copo de alumínio para tirar a espinha atravessada na garganta Pois o rio dá de comer e o peixe não tem culpa desta fome incontrolável.
Decididamente tenho que gritar acompanhando o vento ainda que me vire de repente, pois a alastração do meu amor por ti é inevitável é profusa, é disseminadora.
“Quem é esse?” Hão de inquirir, procurando mais motivos: – Ofiófago, furfurácio, bucéfalo, hendecágono, biltre, escatológico, onívoro, herbicida, satrapanca, hetacombático, súcio, teratológico, celeumático, metacromático, tabífico, santiâmem, ovovivíparo, safilítrico, tribático, safídico, troglodítico, tranchucho, safardana…? Ou ainda: – Onírico? Um pássaro? Um avião?
– Pelos poderes dos heróis no limite dos quadrinhos e dos desenhos animados, eu tenho o sonho! A força desmedida e crua – extensão do meu amor.
Por essa ambientação do cosmo que transformo O sal em sol O sol em sonho O sonho em safra permanente de existência.
E não haverá ritmo ou canção: o brilho desse amor estará preso ao laço que se ampliará conforme o tempo. A chuva pingará o essencial nas estranhas da terra e ela germinará para que vingue a flor e a flor perfumará o necessário para estimular os sentidos todos eles, inclusive aquele inventado à noite para que o sonho sobreviva na memória, de manhã.
Fernando Canto
(*) Escrito em dezembro de 1986. Achado por estes dias em uma pasta azul, de papel com elástico.
um poema começado pelo fim feito águas que não voltam aquela coisa que move o coração que deixa a casa da poesia revirada pelo avesso você me diz que a poesia agora é vendida a preço de banana que nada acontece na fronteira do amor ou no tráfego das estrelas eu te olho com os olhos da falta de crença
eu te olho como quem acredita na poética pobre que bate nas portas alheias oferecendo um verso cansado uma rima pré-aquecida e uma ideia presa ao semicírculo da falta de contemplação o protocolo aqui é outro é o arrepio é o incêndio é apagar o fogo
botando mais lenha na fogueira abrindo as feridas antigas recosturando dando pontos que doam mais que antes até deixar começar o processo de cicatrização e abrir e abrir até sangrar sangue novo a poesia precisa de poetas de coragem barulhentos o suficiente para deixar o silêncio mudo é preciso revirar palavras metáforas ruídos golpes vigas reflexos de vidros e carcaça de sentimento
exposto contraluz avesso e poeira de palavras que falam sobre sol beijando mar um poema que traduza a morte de uma baleia que veio sonhar o pra sempre nas águas do amazonas é preciso um ritual é preciso um capítulo sobre a mitologia da perda uma baleia um poema maior que o próprio ser poesia só não vê poesia na morte da baleia os que não acreditam na salvação pela palavra na cura pela transformação é preciso imaginar aqui por quais águas o corpo da baleia agora vivo e destemido seguiu até perder o sentido até se perder da vida
o que sentiu pela última vez o coração da baleia? quando se cruza o amazonas ou se vive ou se morre morrer é sempre mais bonito morrer tem um gosto de eterno e a poesia enquanto fúria ama tragédias inesperadas você já imaginou como seria o enterro da baleia?
como seria o seu nascer de novo? um poema sobre uma baleia perdida como um poema que sabe a hora de voltar pra casa
O prefeito Clécio Luís, juntamente com os senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues, e o deputado federal André Abdon, apresentará para a imprensa, bancada federal e população em geral a Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF), nesta sexta-feira, 17, às 12h, na rampa do Santa Inês. Ela servirá para ampliar o acesso da população ribeirinha a procedimentos como consultas médicas e atendimentos em saúde bucal. A embarcação, que já fez uma viagem teste, possui espaço com consultórios, farmácia, laboratório e banheiros. Ela foi adquirida por meio de programa do Ministério da Saúde, que fez o repasse de R$ 1.879.450,00, e de contrapartida do Município, de R$ 75.578.
Para o repasse do recurso e o seu efetivo funcionamento, a prefeitura contou com a articulação da bancada federal do Amapá. Os senadores Davi e Randolfe, e o deputado federal André Abdon destinaram emendas para a aquisição de materiais permanentes e uma embarcação de apoio. Após a cerimônia, a UBS Fluvial segue para o distrito do Bailique, onde fará atendimentos nas comunidades de Vila Progresso, Maranata, Arraiol do Bailique e Livramento, Boa Esperança e Itamatatuba.
A unidade comporta mobiliário e equipamentos para procedimentos como exames laboratoriais, curativos e suturas, com capacidade instalada para 100 atendimentos diários. Ela funcionará 20 dias por mês em área delimitada para atuação, compreendendo o deslocamento fluvial até as comunidades e o atendimento direto à população ribeirinha. Nos outros dias, a embarcação pode ficar ancorada em solo, na sede do município, para que as equipes de saúde possam fazer atividades de planejamento e educação permanente junto a outros profissionais.
Serviço:
Data: 17/05 (sexta-feira)
Hora: 12h
Local: rampa do Santa Inês
Jamile Moreira Assessora de comunicação/Semsa Contato: 99135-6508
Mais de 25 mil pessoas, segundo a organização, ocupam a Praça da Bandeira, no Centro de Macapá, na tarde desta quarta-feira (15) em protesto contra os cortes de recursos nos institutos federais de educação anunciados pelo Ministério da Educação (MEC). A concentração teve início às 15h e segue até à noite. A Polícia Militar estimou um publico de 1, 5 mil participantes.
Às 17h, os manifestantes iniciaram uma caminhada pelas principais vias do Centro, e seguiram em direção a Praça Zagury, na orla. A caminhada foi acompanhada por agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar.
Com cartazes, faixas e palavras de ordem marcam a insatisfação de estudantes, professores e funcionários dos quadro federal, estadual e também de unidades particulares, em relação a decisão do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
São estudantes e funcionários do Instituto Federal do Amapá (Ifap), Universidade Federal do Amapá (Unifap), universidade Estadual do Amapá (Ueap), faculdades privadas, estudantes e professores das redes estadual e municipal, representantes de sindicatos e centrais sindicais.
Em protesto pacífico, estudantes da Unifap resolveram mostrar a importância da educação ofertando serviços sociais à comunidade. Todos os cursos estão na praça com trabalhos científicos, realizando testes rápidos de saúde, apoio psicológico, consulta jurídica, exposições de trabalhos.
Para Loyanna Santana, coordenadora Geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Unifap, os cortes na instituição representam paralisação de serviços essenciais.
“Hoje, esse corte representa corte de mais de R$ 8 milhões na Unifap. Isso quer dizer que a nossa universidade só funciona direito até junho, quando a Unifap para, para a economia, porque os serviços terceirizados, pessoal de limpeza, segurança, ficam sem receber. Interrompe a formação de todos os acadêmicos, a construção do hospital universitário do Amapá”, pontuou.
Pela manhã, uma manifestação foi realizada também na frente da Unifap. Um grupo de pessoas chegou a fechar parcialmente a Rodovia JK, para chamar atenção de motoristas e transeuntes.
Coordenador da executiva da Central Sindical Popular, Clodoaldo Rodrigues, fala da importância do povo ir para as ruas.
“Hoje é um dia nacional de luta contra os ataques do governo Bolsonaro. Esse dinheiro vai fazer falta nas escolas, na compra de merendas, na garantia de infraestrutura, falta de recursos para pesquisas e trabalhos de extensão. As reformas necessárias para garantir empregos e melhorias na educação viraram balelas”.
Representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) também engrossam o número de manifestantes no Amapá, Geovane Granjeiro, presidente da entidade no estado, diz que, nesta quarta-feira, o protesto vai além de luta pela educação.
“É um movimento não só contra os cortes na educação, como também um movimento contra a reforma da previdência. Hoje é um ensaio para a greve geral que vamos fazer em breve”.
Entenda o caso
Em abril, o Ministério da Educação divulgou que todas as universidades e institutos federais teriam corte de recursos. Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado.
De acordo com o Ministério da Educação, o bloqueio é de 24,84% das chamadas despesas discricionárias — aquelas consideradas não obrigatórias, que incluem gastos como contas de água, luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas. O valor total contingenciado, considerando todas as universidades, é de R$ 1,7 bilhão, ou 3,43% do orçamento completo — incluindo despesas obrigatórias.
Em 2019, as verbas discricionárias representam 13,83% do orçamento total das universidades. Os 86,17% restantes são as chamadas verbas obrigatórias, que não serão afetadas. Elas correspondem, por exemplo, aos pagamentos de salários de professores, funcionários e das aposentadorias e pensões.
Segundo o governo federal, a queda na arrecadação obrigou a contenção de recursos. O corte poderá ser reavaliado posteriormente caso a arrecadação volte a subir. O contingenciamento, apenas com despesas não obrigatórias, é um mecanismo para retardar ou deixar de executar parte da peça orçamentária devido à insuficiência de receitas e já ocorreu em outros governos.
Era uma dessas manhãs cinzentas, por volta das 5h45, eu vinha subindo a Rua 13 de setembro, sentido Buritizal – Centro. Nesse horário as ruas estão completamente vazias e o silencio se apodera de nossa mente, é como andar de moto sobre as nuvens, mas a esperança de pegar uma corrida nunca acaba.
De longe vejo alguém e à medida que vou me aproximando consigo ver uma senhora, bem baixa, deveria ter no máximo 1.20cm de altura, o cabelo curto, não era um cabelo volumoso, o penteado era um rabo de cavalo, amarado com um pompom listrado nas cores vermelho, branco e azul e pelo fato de não ser um cabelo volumoso o rabo de cavalo ficava mais ou menos da grossura de um lápis, o rosto tinha algumas rugas, o que é normal devido a idade, um par de argolas de “ouro”, uma blusa branca com uma frase em inglês escrito: “ I am alive”, uma bermuda desbotada e uma sandália dessas rasteirinhas, com um detalhe em pedrarias.
Quando parei a moto notei que se tratava de alguém muito humilde; ela então sorrindo me disse:
– Meu filho, quanto é uma corrida daqui ao igarapé das mulheres?
Para quebrar o gelo eu sempre uso essa estratégia, então disse assim:
– Baratooooo! Não vai passar de R$10,00 reais.
Ela sorriu e disse:
– E ida e volta, faz um desconto!?
Eu: – Claro que faço, nem pra mim e nem pra senhora, me dê R$18,00 reais.
E por incrível que pareça ela me respondeu com a seguinte expressão:
– Já é!!!
E montou na moto com uma agilidade que nem essas novinhas de 18 anos têm. Ao longo do percurso, ela puxou assunto e me disse que estava indo comprar peixe e uma melancia, porque na feira perto da casa dela os peixes não prestavam, os vendedores passam colorau na guelra dos peixes para ficarem com aspecto de que o peixe é novo (fresco). Eu sempre concordando com tudo, afinal ela não estava falando nenhuma mentira. Então, pediu que eu parasse em um posto de gasolina para trocar o dinheiro e assim o fiz.
Lá, desceu da moto, meteu a mão por dentro da blusa com certa delicadeza, como se fosse a coisa mais normal do mundo guardar dinheiro dos seios, tirou duas sacolas, uma tinha um bolinho de dinheiro, deveria ter uns R$ 300,00 e na outra uma carteira de Derby Prata ( Cigarros ). Aí disse:
– Guardo aqui pra não molhar! E o dinheiro guardo aqui também, porque ninguém quer pegar em peito de velha.
Nessa hora todos rimos, eu, ela e o frentista do posto!
Abasteci a moto, coloquei R$10,00 de gasolina e entreguei o troco, seguimos viagem…
Chegando ao local desejado, eu disse:
– Fique à vontade!
Ela me entregou o capacete e foi andando em direção ao vendedor de peixe, escolheu, escolheu, escolheu até que, pelo que pude notar de longe, encontrou o peixe ideal. O peixe pra falar a verdade não foi o problema, a dificuldade foi pra escolher a melancia, bateu nem todas, sabe quando você bate na porta de alguém? Pois é, foi assim mesmo! Fez em todas as melancias, até encontrar a perfeita! Tudo isso ela descobriu somete escutando o som das melancias (esse ouvido deve certamente ser estudado).
E quando já caminhava em minha direção, foi abordada por um homem, cabelo grande, encaracolado, estilo do Cazuza no começo de carreira, uma regata branca, uma calça branca e um chinele muito desgastado, o rapaz segurava na mão uma cédula de R$ 50,00 reais, pensei: – ele deve está pedindo pra ela trocar o dinheiro!
Então ela colocou a sacola de peixe e a melancia no chão, segurou a nota de R$ 50,00 reais do rapaz na mão, e com aquela destreza de sempre meteu a mão em seu sutiã para tirar o dinheiro, trazendo a luz uma de suas sacolas tão bem guardadas.
De repente aquele rapaz, que parecia ser uma boa pessoa, pulou na mão da senhora e tomou o que ela tanto guardava, correu, mas correu tão rápido que parecia Forrest Gump. Meu primeiro pensamento foi:
-Essa corrida eu não recebo! (Desculpa, eu não deveria ter pensado isso, rs)
Mas logo fui tomado por uma força, uma raiva, então disse para mim, eu sei que se for atrás dele e conseguir pega-lo, vou apanhar (devido ao meu porte físico, reconheço que não é o meu ponto mais forte), mas eu vou. Quando coloquei o capacete na cabeça e já ia ligar a moto, a senhorinha grita de lá:
– Ei Mano, Ei, Ei, Moto Táxi, espera!
Ela chegou perto de mim muito nervosa e disse:
– Mano, um bora embora, que eu roubei o ladrão!
Me entregou a sacola de peixe, montou na moto e disse:
– Mano, chuta!!!
Eu, mais que depressa fiz o que ela estava me mandando sem entender nada, resolvi ir pela orla, era mais rápido. Quando chegou lá perto da primeira rotatória do Santa Inês, perguntei:
– Mana,o que foi que aconteceu?
– Ela: Mano, o caboco pediu pra trocar um dinheiro pra ele, quando ia puxar a sacola com dinheiro, ele pulou da minha mão e levou, correu. só que ele levou a sacola com o cigarro e o dinheiro tá aqui ainda, e eu ainda fiquei com os R$ 50,00 reais que ele pediu pra trocar.
-Roubei o ladrão!!! Roubeiiiiii o ladrão !!!!
Nessa hora começamos a rir, mas rir muito! Ela ria e dizia:
– Caboco Burro! Burroooooooo!!!!
Chegamos até a frente da casa dela, quando me disse:
– Mano, tu foi ‘’De rocha!’’, então vou fazer o seguinte, fica com os R$50,00 reais do burro.
Falei: – Sério? Num boto fé!
Fiquei feliz, R$ 50,00 reais assim, rápido! Mas disse pra ela ter mais cuidado.
Foi então que ela disse, sorrindo:
-É… agora vou guardar o cigarro e o dinheiro em um só peito, em sacolas separadas, afinal, meu filho, ninguém quer pegar em peito de velha.
Na última semana, do dia 6 ao dia 10, a Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde, junto com o programa MP Comunitário, instalou a unidade móvel do Ministério Público do Amapá (MP-AP) em frente ao Pronto Atendimento Infantil (PAI), para acompanhar de perto a rotina de pacientes e servidores da unidade de saúde. Problemas crônicos como falta de leitos, medicamentos, exames laboratoriais e médicos foram novamente constatados.
Durante inspeção no local, os promotores da Saúde, André Araújo e Fábia Nilci, observaram um cenário de superlotação, crianças internadas em cadeiras e macas improvisadas nos corredores do hospital. Pacientes com suspeita de pneumonia e meningite, sem diagnósticos fechados, ficam no mesmo ambiente, o que aumenta o risco de transmissão dessas doenças.
Mesmo com leitos ociosos no Hospital da Criança e Adolescente (HCA) – prédio anexo – as internações nos corredores do PAI continuam aumentando. Segundo a direção do hospital, o motivo é a falta de médicos pediatras, comprometendo a capacidade de atendimento da demanda por internações.
Situação ainda mais grave foi observada pela falta constante de medicamentos e exames, incluindo os laboratoriais básicos, como o líquor – para detecção de meningite. Exames mais complexos, caso da tomografia e ressonância magnética, também não são realizados.
Com a ação no PAI, a Promotoria da Saúde conseguiu a retomada do convênio da Secretaria de Saúde (SESA) com uma rede particular, porém, apenas para exames e pacientes internados com pedido expresso de urgência.
No caso das crianças com até sete anos de idade, esses exames não são realizados, uma vez que o convênio firmado pelo Estado não cobre procedimentos que necessitam do uso de sedação.
Outro exame não realizado é o eletroencefalograma, mesmo o Estado tendo recebido dois aparelhos recentemente, resultado de emenda parlamentar. Sabe-se que uma unidade ainda está encaixotada e o outro aparelho foi instalado no Hospital de Clínicas Alberto Lima (HCAL).
Quanto aos tomógrafos, situação semelhante foi observada. O Estado tem três aparelhos, sendo que um está abandonado e os outros estão no Hospital de Emergência (HE) e no HCAL, ambos sem funcionar.
“Exames de tomografia e ressonância custam até R$ 3 mil (três mil reais) e o que mais vimos no PAI foram familiares desesperados, fazendo bingo, rifa ou qualquer outra forma de arrecadação dos recursos necessários para fazer o exame na rede particular, já que não aguentavam mais a espera e o sofrimento das crianças. Quem aguenta ver um filho sofrendo?”, questiona a promotora de Justiça Fábia Nilci, titular da 2ª Promotoria da Saúde.
No caso do eletroencefalograma, o custo do exame na rede particular chega a R$ 300,00 (trezentos reais), mas costuma-se dar um “desconto” para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), o que acaba diminuindo o valor para cerca de R$ 200,00 (duzentos reais).
Cobranças na Justiça
Em ação da Promotoria da Saúde, o Estado foi condenado a pagar multa em caso de não cumprimento da decisão judicial que obriga a oferta desses exames na rede pública. No caso da ressonância magnética, o Governo, mesmo condenado desde 2014, segue descumprindo a sentença.
O MP-AP está cobrando o bloqueio no valor de R$ 4 milhões para garantir a efetiva e imediata compra do equipamento e execução do serviço.
Obra do HCA segue paralisada
Sem qualquer previsão de retomada das obras, o novo HCA segue sem data para ser entregue à comunidade. “Caso o Estado conseguisse entregar o 1º Bloco, praticamente pronto, o número de leitos na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) aumentaria de 10 para 30 vagas”, explica o promotor de Justiça André Araújo, coordenador das Promotoria da Saúde.
Chamado a prestar esclarecimentos à Justiça, o Estado apenas limitou-se a dizer, sem qualquer comprovação, que o edital de licitação para a retomada das obras estava em análise na Procuradoria-Geral do Estado (PGE).
Em audiência judicial, a própria Secretaria de Infraestrutura (SEINF) disse que os tais projetos da obra do HCA já estavam prontos e aprovados pelo Corpo de Bombeiros e que os recursos, na ordem de R$ 3 milhões, estavam garantidos via financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“Não foram capazes de dizer o dia, mês e ano em que as obras irão reiniciar. Pergunto: onde está o dinheiro do BNDES que estaria disponível para essa obra?”, finaliza o promotor.
SERVIÇO:
Ana Girlene
Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Contato: (96) 3198-1616
E-mail: [email protected]
O Centro de Línguas da Pró-Reitoria de Extensão (Proext) do Instituto Federal do Amapá (Ifap) está com edital aberto para o preenchimento de 100 vagas nos cursos de Língua Inglesa (60) e Libras (40), nível básico, a serem ofertados no Campus Laranjal do Jari. As vagas estão distribuídas entre os públicos interno do Ifap e externo. As inscrições poderão ser feitas nos dias 25, 26 e 29 de abril e a previsão de início das aulas é para o dia 13 de maio, conforme cronograma publicado no Edital de Chamada Pública Nº 02/2019 – PROEXT/IFAP.
O curso de Língua Inglesa será ofertado em duas turmas de 30 alunos, nos períodos da tarde (14h-17h) e da noite (19h-22h), já o curso de Libras, em única turma, no horário de 19h a 22h, todos com carga horária de 60 horas, distribuídas em dois dias na semana, durante os meses de maio, junho e agosto. O preenchimento das vagas obedecerá à ordem de classificação em prova escrita de língua portuguesa de nível fundamental II, composta de Compreensão de Textos e Gramática, com 20 questões de múltipla escolha.
As inscrições são on-line, na página de editais da Proext, no site www.ifap.edu.br ou aqui. Poderão se inscrever, nesse processo seletivo, alunos, docentes e técnicos administrativos do Instituto Federal do Amapá, além de pessoas da comunidade externa, que possuam ou estejam cursando a partir do 3º ano do Ensino Médio/Técnico. A publicação das inscrições homologadas será no dia 30 de abril.
Todas as informações acerca do processo de seleção, tais como dia, horário, tempo limite de chegada para a prova e mínimo para aprovação, constam no edital de Chamada Pública, que deve ser lido pelo candidato antes da inscrição. O resultado parcial será divulgado dia 06 de maio.
Os cursos
O curso de Língua Inglesa será ministrado com base na abordagem comunicativa, visando as quatro competências linguísticas: compreensão oral (escutar); compreensão escrita (ler); expressão oral (falar); e expressão escrita (escrever). O Curso de Libras será ministrado com base na abordagem visual e espacial, visando as seguintes competências: introdução à língua de sinais; datilologia; expressões faciais e corporais; e cultura do surdo.
Por Keila Gibson, jornalista do campus Laranjal do Jari Instituto Federal do Amapá (Ifap) E-mail: [email protected]
Hoje (11), às 20h, a Mega-Sena sorteará um prêmio de R$ 275.000.000,00 (duzentos e setenta e cinco milhões de reais), com transmissão ao vivo pelos principais canais de televisão.
As apostas na Mega da Virada podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) deste sábado (11) , em qualquer lotérica do Brasil. A aposta simples custa R$ 3,50 e pode ser feita tanto nos volantes comuns da Mega-Sena.
A Mega-Sena paga milhões para o acertador dos 6 números sorteados. Ainda é possível ganhar prêmios ao acertar 4 ou 5 números dentre os 60 disponíveis
O que eu faria com uma grana dessas?
Com essa fortuna, ajudaria um monte de gente. Primeiro os meus, claro. Depois as pessoas carentes. Talvez abrisse um jornal ou uma agência de comunicação, pois não me imagino sem trabalhar por muito tempo. Seria empresário, mas nunca deixaria de ser jornalista.
Certamente, além de ajudar as pessoas, faria muita onda. Organizaria caravanas com amigos para ver shows e festivais de rock ao redor do mundo. Assistiria aos jogos do Flamengo com o meu irmão no Maraca ou em qualquer outro estádio do Brasil sempre que quisesse. Compraria de tudo e para todos.
Ah, compraria outro fígado, uma outra vida (se fosse possível). Enfim, viveria da forma mais foda possível. Ou impossível, sei lá.
Mas só ganha quem joga e desta vez, arrisquei a sorte. Vai lpa que seja dessa vez. “Discunjuro”, mas quem me dera!
meus crimes: amar amores, chorar dores ignorar tristeza elogiar beleza gritar alegria respeitar ironia sonhar de noite dormir de dia meu júri: a indiferença, a ignorância, a hipocrisia. minha pena: a da poesia.
Não quero mais os campos molhados das lagrimas do orvalho. Quero os meus pirralhos fazendo algazarra, e colhendo no horizonte os amanhãs. Não quero a mesma cantilena dos Quero Queros, quero compor uma melodia com Beethoven, e chama-lá de infinita, e por uma letra do Ferreira Gullar, e para arrematar um codinome Beija-flor.
Ninguém compreende a essência do mar, só os cães.
Eles conseguem ficar uma vida inteira deitados olhando o mar. Mesmo que neles vivam várias gerações de pulgas, eles docemente com seus olhares distantes percorrem cada onda como uma prece. Os cães pretos são os que mais perambulam, de horizonte a horizonte, desde feto a ancião, se arrastando, seguidos por seus latidos, caçando o mar em cada gota de lágrima, destas que o orvalho derruba sobre os campos.
Onde estou,sou um enterrado anônimo, olhando espelhos, telas de TV, ouvindo sinônimos, antônimos, e verbos intransitivos diretos, arrastando comigo uma folha de papel, e duas canetas Bic Porosas, , criando prosas e versos,nesse instante tenho a alma absolutamente calada. Por Deus! Nem latir, eu sei!
Luiz Jorge Ferreira
* Do livro de Poemas “Nunca mais vou sair de mim sem levar as Asas” – Rumo Editorial – São Paulo.
Hoje, 8 de maio, é o Dia do Artista Plástico. A data foi escolhida em homenagem ao pintor José Ferraz de Almeida Júnior, um dos artistas brasileiros mais importantes – século XIX. Nasceu em Itu (SP), no dia 8 de maio 1850. Aos 19 anos entrou para a Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro, onde foi aluno de Jules Lê Chevrel, Victor Meirelles e Pedro Américo. Em 1876, recebeu uma bolsa de estudos do Imperador dom Pedro II e seguiu para Paris, onde participou da exposição arte mais badalada da época, o Salon Offíciel dês Artistes Français.
O pintor produziu cerca de 300 obras, e entre seus quadros mais famosos estão Violeiro, Picando Fumo e Caipiras Negociando, que retratam o dia-a-dia do homem do campo. Almeida Júnior morreu assassinado dia 13 de novembro de 1899, em Piracicaba (SP). Em 1950, 8 de maio foi oficializado como Dia do Artista Plástico Brasileiro.
Admiro gente inventiva e esses profissionais são verdadeiras usinas de criatividade. Portanto, parabéns aos pintores, escultores ou qualquer um que consegue manipular e produzir arte por meio materiais que revelem uma concepção estética ou poética.
Me vanglorio de ser amigo de músicos, escritores, jornalistas, poetas e artistas em geral, entre eles, os plásticos. Gente que foge da mesmice e não vivem vidas ordinárias.
Destaque para os artistas talentosos que também são brothers deste editor. Em nome deles, parabenizo todos os artistas plásticos do Amapá. Congratulações!
A Prefeitura de Macapá divulgou nesta segunda-feira, 6, o balanço de atendimentos em urgência e emergência feitos em abril na UBS Lélio Silva. Do dia 1º ao dia 30, foram feitos 15.656 acolhimentos. Um dos procedimentos mais executados foram as inalações, seguido da administração de medicamentos e suturas.
Na unidade, são feitos atendimentos em casos de dores agudas, febres, pequenos cortes, drenagem de abscessos, curativos, crises hipertensivas e respiratórias. Somente em casos em que há a necessidade, o paciente é encaminhado para a unidade hospitalar de referência. “Desde que foi reinaugurada, a UBS Lélio Silva tem apresentado a maior quantidade de atendimentos em emergência, o que mostra o quanto o Município tem feito a sua parte. Estamos falando somente de uma, porque se for somada as demais ultrapassaria, sem dúvida, quase 30 mil pessoas atendidas por mês”, diz a secretária de Saúde, Silvana Vedovelli.
Outro dado importante que foi divulgado é a quantidade de pacientes que ficaram em observação. Foram 389 pacientes que permaneceram na UBS por até oito horas antes de receber alta, uma média de 12 pacientes por dia. “Todos os dias temos um fluxo grande de pessoas que buscam os serviços da unidade, seja no pronto atendimento ou na atenção básica, que são refletidos nos nossos balanços mensais”, finaliza o diretor da UBS, Emanoel Martins.
Além da Lélio Silva, a unidade Marcelo Cândia também faz atendimentos 24 horas. Já a Rubim Aronovitch, Marabaixo e Pedro Barros atendem até meia-noite. Nessas unidades são feitos, constantemente, treinamentos em urgência e emergência clínicas e traumáticas, voltado aos profissionais da saúde com o objetivo melhorar o atendimento.
Confira os números:
Pessoas atendidas no Pronto Atendimento – 15.656
Administração de medicamentos – 15.895
Inalação – 7.560
Pacientes em observação – 389
Suturas – 176
Jamile Moreira Assessora de comunicação/Semsa Contato: 99135-6508
O meu sonho? Ah! Ele segue o trilho de coloridos zepelins imaginários que zanzam capengas rumo ao fim do mundo
(ele é embarcadiço em naus portuguesas que navegam desnorteadas em busca de aleatórias índias acidentais)
II
O meu sonho? Ah! Ele espreita janelas adormecidas a tatear ilusões em covas-rasas de anfibologias
(ele é delicado como frágeis lepidópteros a esvoaçar em meu quintal de sombras)
III
Ah, o meu sonho? É rio que corre aperiódico sobre enfadonhos mares fenecidos
(engole vidas e anseios aparta alfobres de girassóis e cobreja em calvários e vales da morte até soçobrar entorpecido na plataforma de embarque de minhas incertezas)