Hoje rola show de encerramento do Projeto MPA (gravação do DVD), no Norte das Águas

Hoje (5), a partir das 21h, vai rolar a gravação do DVD do Projeto MPA, no Norte das Águas. A filmagem, que inicialmente seria dia 28 de dezembro, foi cancelada pela forte chuva daquela noite. Por conta disso, neste sábado os portões serão abertos ao público.

Ao todo, 24 artistas se apresentaram em 13 shows ao longo da temporada 2018 do Projeto MPA. Entre as atrações estão: Amadeu Cavalcante, Osmar Júnior, Zé Miguel, Val Milhomem, João Amorim, Brenda Melo, Beto Oscar, Nivito Guedes, Banda Negro de Nós, Enrico Di Miceli, Helder Brandão, Loren Cavalcante, Banda Afro Brasil, Roni Moraes, Cléverson Baia, Nani Rodrigues, Mayara Braga, Nonato Santos, Rambolde Campos, Finéias Neluty, Paulinho Bastos, Joãozinho Gomes, Sabrina Zahara e Mayara Braga.

Projeto MPA

Criado em 2014 e com passagens itinerantes por várias casas noturnas da capital amapaense, o Projeto MPA consiste no fortalecimento e na valorização da Música Popular Amapaense. Além de promover a cultura local, visa comercializar livros e CDs de músicos e bandas locais e dar espaço a todas vertentes da arte tucuju.

Além de shows musicais com os maiores nomes da música amapaense, a sextas-feiras no Norte das Águas no ano passado controu com intervenções poéticas, dança, artes plásticas, comercialização de artesanato, entre outras vertentes que abriu espaço para 45 artistas no local.

Todos os segmentos culturais do Amapá, que trabalham em suas artes a linguagem regionalizada, expressando sentimentos de nosso povo, foram contemplados dentro do projeto, que foi palco da riqueza artística cultural de compositores e cantadores deste lado ao Equador.

Serviço:

Hoje rola show de encerramento do Projeto MPA (gravação do DVD)
Local: Norte das Águas (Complexo do Araxá, Zona Sul de Macapá).
Hora: 21h.
Data: 05/01/2019
Entrada franca.

Elton Tavares, com informações do jornalista Heraldo Almeida.

NENHUM GALO OUSA ANUNCIAR – Crônica de Fernando Canto

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Crônica de Fernando Canto

Os galos não mais tecem a manhã. Nem sozinhos nem cantando em uníssono, apanhando o grito de um e o lançando a outro.

Pode parecer estranha esta desconstrução que faço na poesia de João Cabral de Melo Neto. Porém, nenhum canto de galo se ouve mais perto da minha casa. A cidade deve ter crescido e engolido o resto de poesia rural num tempo de expansão e de medo. O medo o afugentou e o descreditou das alvoradas louras, das manhãs de fogo flutuante no céu equatorial, onde reinava absoluto antes dogalo2s carros acordarem.

Era cedo. Perto de clarear já se ouviam os trinados dos caraxués e sabiás vindos da direção do aeroporto, talvez fugindo do barulho dos jatos viajores. Nenhum galo cantava. Uma revoada de bicos-de-lacre fez a primeira sombra, ainda tênue na manhã. Nenhum galo ousou cantar. Bem-te-vis escreviam suas notas musicais “nos fios tensos da pauta de metal”; suís azuis e pipiras devoravam o mamoeiro do vizinho, todavia o canto do galo ficou no vazio.

Confesso que era grande a expectativa do seu canto. Os ouvidos aguçados nada compreendiam. Relógios e celulares lhe substituíram na função, e os quintais – seu reino e território – cimentados, não mais permitem que cisque avidamente o chão em busca de aliimages (15)mento.

Onde está o galo com suas qualidades de curar as psicoses, de acordar aqueles que querem deter o crescimento, fingindo que o tempo não passa; que denuncia a mentira e anuncia a luz?

O galo é o símbolo solar, representa a altivez, a coragem e a vigilância e foi nomeado pelos antigos como o “organizador do caos”. Sua imagem se identificou com a de Cristo, denunciador da mentira e condutor da luz que penetra as trevas do mundo. Mas antes Dele a imagem do galo era tão popular que foi cunhada em moedas gregas (século images6 a.C.).
Entre os gregos e depois entre os latinos o galo branco foi consagrado primeiro a Zeus-Júpiter, depois a Apolo, deus solar. Por essa razão Pitágoras proibiu seus discípulos de comerem o animal. Chamado também de “profeta do dia”, ao anunciar o advento certo da luz do sol mesmo em meio à noite mais espessaimages (17), foi associado ao culto de Hermes-Mercúrio, o deus do comércio, pois todo o sucesso comercial depende da vigilância e também porque os antigos caldeus acreditavam que o galo recebia, desde a aurora, do planeta mercúrio, um influxo divino. Daí os alquimistas tomarem o animal como símbolo do calor natural, ligado a Mercúrio. Foi consagrado a Esculápio, o deus da medicina, filho de Apolo, por seu suposto poder sobre influências malignas. É emblema da coragem militar, por sua altivez, lealdade e fecundidade. Suas entranhas serviam parporquesejustifican_clip_image008a a prática da alecryomancia, um modo de adivinhação que se revela na perscrutação de suas carnes. É encontrado em esculturas e desenhos de campanários de igrejas e catedrais porque é um dos símbolos plenos de Jesus como esposo místico e fecundo da Igreja, pai e chefe dos fiéis, seu guia e defensor.

4654838238_21ea7e2bc4 (1)O galo está presente em todas as culturas humanas e nas religiões como um animal simbólico. É rixento e polígamo e tem parentesco direto com os jacus, mutuns e jacutingas. É o galo o anunciador da idéia da vitória e da ressurreição, pois o dia renasce depois da morte simbolizada pela noite que estende sobre o planeta seu manto de silêncio e sombra.

61 barnabyEm meu bairro os galos foram parar nas panelas e substituídos pelos cães que ladram e uivam em noites de lua. O medo das pessoas falou mais alto que o canto anunciador das boas novas. O medo agora é quem rasga com suas esporas o ventre da noite para se esconder nas sombras incrustadas no dia. O galo não canta mais. Não grita com outros galos tecendo a manhã. Mesmo assim o sol nasce e se revela no vasto terreiro que é este mundo com seus cantos diferentes.

A nonagenária mais linda e elegante do mundo completa 92 anos hoje. Feliz aniversário, vó Peró!

Começo este texto sem saber o que escrever. Não por falta de palavras ou sentimentos, mas pelo excesso de coisas lindas do propósito dessa mensagem. Nesta abençoada data, a nonagenária mais linda, cheirosa, educada e elegante do mundo completa 92 anos (com rostinho de 70). Sim, hoje é aniversário de Perolina Penha Tavares, minha amada avó Peró. Graças a Deus, ela gira a roda da vida mais uma vez. Sorte nossa, pois vovó é um ser de luz que nos une por meio do amor que ela emana.

Vovó é um mulher serena, coerente, lúcida, sábia, inteligente, justa, caprichosa, amorosa, discreta e forte. Um exemplo a ser seguido, pois é uma pessoa cem por cento do bem.

Todas a vezes que perambulo pelo passado, a Peró está lá me dando um conselho, um ralho, preparando alguma comida maravilhosa (ela é a melhor cozinheira deste sistema solar, seguida de perto da minha mãe, que aprendeu com a vovó) ou qualquer outra memória afetiva. A encontroada de Perolina e João Espíndola (seu marido e meu saudoso avô) nesta existência resultou no meu clã paterno, grupo de pessoas que muito me honra pertencer.

Mesmo com nossas saudades do vô e papai, afazeres e vida corrida de cada um, a Peró seguiu no centro de todos, sempre com sua delicadeza, saberes e amor. “Ouro de Mina”, no dito de Djavan. Aliás, também parafraseio o mesmo artista para definir vovó e nós em torno dela: “o amor é um grande laço”. É exatamente isso.

Sou o mais velho entre seus nove netos e três bisnetos. Tento ser presente, atencioso e dar um pouquinho do amor que recebi ao longo dos meus 42 anos. Nem sempre consigo, pois por conta do trabalho e das minhas loucuras, me tornei um pouco mais ausente da casa da vó. Porém, o amor nunca diminuiu, só aumentou. E quando é preciso, estou lá, junto, pra qualquer coisa.

Sempre digo que quem ultrapassa 80 carnavais é um privilegiado. No caso da “Peró”, que em sua trajetória marcou pela honestidade e dignidade, vê-la feliz e lúcida é uma benção. Afinal, chegar a nove décadas com cabeça boa e alegria é uma dádiva. Assim é a Perozinha, uma senhora sábia, de quem tenho a honra de descender e a sorte de ter o amor, que é recíproco.

Vovó me ensinou lições importantes sobre respeito, honestidade e a importância do cultivo do amor familiar. Sua participação na minha vida foi determinante para o homem que sou. Peró sempre me encorajou, fortaleceu, ralhou, parabenizou, aconselhou e consolou. Além de amor incalculável, nutro gratidão pela minha avó.

Peró, todos nós te amamos desmedidamente. Não tenho mais o que pedir a Deus para você, somente saúde para você continuar a ser essa senhora feliz que ilumina nossas vidas. Meus parabéns pelo seu dia, obrigado por tudo e feliz aniversário!

A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família”. – Léon Tolstoi.

Elton Tavares

Banzeiro do Brilho de Fogo sai pelas ruas em seu último cortejo de 2018

A tarde de domingo, 16, foi de muita alegria e diversão para centenas de brincantes do Banzeiro do Brilho de Fogo, que saiu em cortejo pelas ruas e avenidas de Macapá, encerrando suas apresentações de 2018. O prefeito Clécio Luís acompanhou o trajeto, que partiu das proximidades da Fortaleza de São José de Macapá rumo à Praça Floriano Peixoto, e falou das melhorias que vêm sendo feitas para fortalecer e alavancar cada vez mais o coletivo.

“Este é o 4º ano consecutivo que participo do cortejo, que encerra mais um ano. Um ano que foi muito especial para todos os banzeiros, pois conseguimos retomar as oficinas chegando até Oiapoque com esse trabalho. Próximo ano, apostaremos ainda mais com a promoção de oficinas para conquistar novas pessoas, mais batuqueiros, mais músicos, novas açucenas, para que, daqui a dois anos ou mais, ele continue a existir e fazer essa difusão da nossa cultura popular de rua do Marabaixo e batuque”, disse.

Esse foi um dos três percursos que o Banzeiro faz em cortejo ao alongo do ano. As outras ocorrem em fevereiro, no aniversário da cidade, em junho, durante a programação do Macapá Verão, e em dezembro, o mês de aniversário do grupo. “Um dos nossos objetivos é unir famílias, justamente porque o Marabaixo traz essa tradição das famílias afrodescendentes que vieram ao Amapá e desenvolveram essa cultura, que é muito importante para o nosso estado”, ressaltou o coordenador de Cortejo do Banzeiro, Ricardo Iraguany.

Centenas de jovens, adultos, crianças e senhoras participam do coletivo, que, a cada nova apresentação, ganha novos adeptos, ajudando a manter a tradição. Dona Maria José Mota, 70 anos, integra o Banzeiro desde sua criação e falou da satisfação em participar do grupo. “É uma alegria que não sei explicar, é uma mistura de sensações, um ritmo que penetra no corpo da gente e contagia de uma maneira inexplicável. São cinco anos participando e a cada nova apresentação é uma emoção diferente”, garantiu.

O Banzeiro do Brilho de Fogo comemora neste mês de dezembro 5 anos de criação e já se tornou uma das maiores expressões da Cultura Popular do Amapá.

Karla Marques
Assessora de Comunicação/PMM
*Fotos: Gê Paulla Serrano

Música de agora: Elefant – Lolita

Elefant – Lolita

Você pode me dizer no que está pensando?

Eu me derreto dentro dos seus olhos

Me beije como eles fazem nos filmes

Criança moderna da noite

Eu a observava por horas
Parado ali atrás da piscina

Quando você usa aqueles lindos vestidos

Eu esqueço a garota em você

Fuja

Fuja

Lola está no chão

Ela quer mais, ela quer mais

Lola está no chão

Ela quer mais, ela quer mais

Eu estou errado por amar Lola?

Eu estou errado por pensar assim?

Ela é uma garota malvada

Batom nos lábios

Joelhos sujos

Lola está no chão

Ela quer mais, ela quer mais

Lola está no chão

Ela quer mais, ela quer mais

Eu ouço o diabo chamando

Ele está esperando meu movimento
Eu permitirei a vitória

Você é meu coração e alma

Minha Lola está no chão

Ela quer mais, ela quer mais
Lola está no chão

Ela quer mais, ela quer mais

Minha Lola está no chão

Ela quer mais, ela quer mais

Minha Lola está no chão

Ela quer mais, ela quer mais

Música de agora: Misfit (Desajuste) – Elefant

Misfit (Desajuste) – Elefant

Escolheu uma garota no no trem onde eu moro
Fiz
uma viagem ao longo da praia pelo oceano
Fale sobre os sonhos que tivemos enquanto estávamos ficando velho
escreveu um poema sobre a parte traseira de seu ombro

Diga-me o seu nome, diga-me a sua história
porque eu estou nele, correndo pela vida como um desajustado

Vou começar de novo

Dar ao cão um osso de mastigar como eu dirijo ao redor
escrevi essa música ontem à noite, enquanto eu estava sóbrio

Diga-me o seu nome, diga-me uma história
porque eu estou nele, correndo pela vida como um desajustado

E eu continuei dirigindo
Vou começar de novo

Diga-me o seu nome, diga-me uma história
porque eu estou nele, correndo pela vida como um desajustado

Amapá HackFest segue com maratona, oficinas e palestras sobre tecnologia para combater a corrupção no Estado

O Amapá HackFest prossegue neste sábado (8), trazendo como novidade deste segundo dia a realização das oficinas de Marketing Digital, Realidade Virtual e Design Thinking, realizadas na Unidade Móvel do SESI/SENAI, estacionada na Praça Samaúma, e nas dependências da Procuradoria-Geral de Justiça – Promotor Haroldo Franco. O ciclo de palestras e a maratona hacker, iniciadas na sexta-feira (7), também prosseguem com a abordagem sobre a utilização da tecnologia para prevenção e combate à corrupção.

Pela manhã, Luciano Bruno, diretor da Tot Marketing, empresa parceira do Amapá HackFest, apresentou a evolução do Marketing Digital e como pode ser utilizado para promoção de negócios e também para instituições. No período da tarde foram ministradas as oficinas “Realidade Virtual”, proferida pelo instrutor Rômulo Penna, da empresa Inside Games VR; e de “Design Thinking”, com a professora Daniella Braga, da faculdade Estácio; todos por meio das parcerias formalizadas para o Amapá Hackfest.

O público teve também a oportunidade de assistir às palestras “Ciência de Dados”, ministrada pelo Analista de TI do MP-AP, Lindomar Góes; “Experiências de Combate à Corrupção no Amapá”, proferida pelo promotor de Justiça e coordenador do Grupo de Atuação Especial para Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do MP-AP, Afonso Guimarães; “Uso de dados para detecção de cartéis em licitações: desafios e potencialidades”, apresentada pelo coordenador-geral de Análise Antitruste do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE/ML, Felipe Roquete; e, “Compartilhamento de Dados e Tecnologia no Combate à Corrupção”, ministrada pela procuradora da República do Ministério Público Federal no Amapá (MPF/AP), Nathália Mariel.

Encerrando o ciclo de dois dias de palestras, o professor-doutor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG-PB), Nazareno Andrade, palestrou sobre a “Inteligência Artificial no Acompanhamento e Controle do Estado”.

Maratona

A programação prossegue até domingo (9), com a apresentação dos resultados e premiação da Maratona Hacker, onde os participantes trocam ideias e expertises em busca de soluções tecnológicas para combater a corrupção. Divididos por equipes, os maratonistas definiram alguns temas, como assédio sexual e obras públicas, e partiram para trabalhar nas ferramentas de controle que serão disponibilizadas ao público.

“São 50 horas para que os grupos possam desenvolver e apresentar produtos digitais para ajudar o Estado do Amapá a melhorar processos que possam auxiliar no combate à corrupção”, afirmou Alex Lima, especialista do SEBRAE/AC, um dos coordenadores da Maratona.

Os estudantes e profissionais das áreas de informática e tecnologia da informação estão em um trabalho intenso, no terraço da sede do MP-AP, com a participação especial do grupo de maratonistas do Estado de Santa Catarina, vencedores do HackFest realizado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), desenvolvedores do site “Cadê Meu Remédio”, que levou o primeiro lugar no evento realizado em agosto.

Parceiros

São parceiros do MP-AP na realização do evento o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), MMPB, MPF/AP, Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU/AP),Tribunal de Contas da União (TCU) e do Estado (TCE/AP), Universidade Federal do Amapá (Unifap), Instituto Federal do Amapá (IFAP), Prefeitura Municipal de Macapá (PMM), Assembleia Legislativa do Amapá(ALAP), SESI/SENAI, SENAC, SEBRAE, Polícia Federal, Associação dos Membros do Ministério Público do Amapá (AMPAP), PRODAP, e empresas privadas da área de TI.

SERVIÇO:

Gilvana Santos
Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Contato: (96) 3198-1616
E-mail: [email protected]

Hoje rola a Gambiarra – a festa do FIM

Para encerrar a maratona audiovisual que tomou conta da cidade, o Festival realiza a Festa Gambiarra. Nela, bandas autorais, cartunistas, artistas circenses e de diversas outras linguagens terão espaço para interagir com o público e celebrar mais uma edição do FIM. O encerramento do evento acontece hoje (8), a partir das 19h, no Quintal Cultural Walô 54.

O ponto alto da festa será a divulgação do vencedor do 4º Prêmio Gengibirra de Audiovisual que leva para casa R $ 1.000,00 de incentivo e um troféu cujo desenho é de autoria do artista plástico paraense, Aog Rocha.

Terra em sangue

Com o mote “terra em sangue”, a edição deste ano fez uma homenagem aos 50 anos – completados em 2017 – do clássico filme do Cinema Novo, Terra em Transe, de Glauber Rocha e, ao mesmo tempo, fez uma crítica à exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, a maior reserva de água doce do mundo, cuja prospecção está em fase de pesquisa, mas as áreas de exploração já foram leiloadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Foi a primeira vez, ao longo das 15 edições do FIM, o Amapá é o Estado que mais inscreveu trabalhos no evento, superando inclusive São Paulo, que tradicionalmente sustenta os melhores números nesse quesito.

Serviço:

GAMBIARRA – a festa do FIM
+ Entrega do 4º Prêmio Gengibirra de Audiovisual
Data: 08 de dezembro
Local: Quintal Cultural Walô 54 (Av. José Antônio Siqueira, 1212, Jesus de Nazaré)
Horário: 19h
Entrada: R$10
+ 18 anos

Assessoria de comunicação do 15º Festival Imagem-Movimento

New Order cumpre promessa e bota pra quebrar no showzaço em Curitiba

Há 38 anos, em maio de 1980, Ian Curtis, líder da banda Joy Division, colocou uma corda no pescoço do Rock e se matou. O New Order, banda formada pelos remanescentes do JD, prometeu uma apresentação inesquecível em Curitiba. E cumpriu. Eles tocaram ontem (2) na casa de shows Live Curitiba. Eu e meu irmão, Emerson, estávamos lá, no meio das cinco mil pessoas que lotaram o local.

O New Order é uma das mais influentes do mundo nos anos 80 e 90. A banda integra o Hall da Fama Musical do Reino Unido e já vendeu mais de 20 milhões de álbuns em 38 anos.

O New Order arrebentou e embalou muitas festinhas pelo mundo, inclusive em Macapá. O grupo é uma das bandas que escuto há mais de 30 anos. Em 2014, também acompanhado do meu irmão, Emerson Tavares, assisti ao primeiro show da banda, em São Paulo. A apresentação de ontem foi infinitamente melhor.

A banda inglesa tocou, além de seus próprios sucessos, cinco clássicos do Joy Division. Além de excelentes canções, a mística que envolve a banda oitentista faz do New Order especial.

O repertório contou com as canções ‘Singularity’, seguida por ‘Regret’. O setlist ainda previa ‘Age Of Consent’, ‘Ultraviolence’, ‘Academic’, ‘Decades’, ‘Superheated’, ‘Tutti Frutti’, ‘Subculture’, ‘Bizarre Love Triangle’, ‘Vanishing Point’, ‘Waiting for the Sirens’ Call’, ‘Plastic’, ‘The Perfect Kiss’, ‘True Faith’, ‘Blue Monday’ e ‘Temptation’.

Após um suposto fim de show, a banda voltou e tocou os sucessos do Joy Division, como ‘Atmosphere’ e ‘Love Will Tear Us Apart’.

Mesmo com a ausência do carismático baixista Peter Hook, o New Order (com Phil Cunningham, Gillian Gilbert, Stephen Morris, Tom Chapman e Bernard Sumner) fez uma apresentação fantástica e emocionante. Sensacional mesmo! Ficamos felizes por ter vivido mais esse momento marcante em nossas vidas, pois são experiências como essa que fazem tudo valer a pena.

A vida sem a música é simplesmente um erro, uma tarefa cansativa, um exílio.” – Friedrich Nietzsche, em “Cartas a Peter Gast”, Nice, 15.1. 1888.

Elton Tavares

LITERATURA DO AP: Fernando Canto prepara romance sobre regime militar no Estado

Por JÚLIO MIRAGAIA
Fotos: ANDRÉ SILVA

O portal SelesNafes.com inicia, neste domingo (2), a série “Literatura do AP”. O objetivo é entrevistar escritores locais e dar visibilidade para suas obras, além de divulgar projetos em curso e as visões desses intelectuais sobre diferentes assuntos.

O primeiro entrevistado de Literatura do AP é Fernando Canto. O autor recebeu a equipe do portal em sua residência, com belos bougainvilles na entrada, no Bairro do Santa Rita, no último dia 24.

Em uma conversa marcada por nostalgia, emoção e também com bom humor, o escritor, que está com 64 anos de idade, também falou um pouco sobre o plano de fundo de seu primeiro romance, ainda não intitulado: o regime militar no Estado do Amapá.

Confira:

Quando começou a escrever? E como avalia hoje sua relação com a literatura?

Comecei escrevendo pequenos textos, para fazer música. Comecei fazendo composições, tenho muitas músicas gravadas, faço parte de um grupo chamado Grupo Pilão e esse meu contato com literatura antes era apenas como leitor. Principalmente pelo fato de que a minha mãe era professora e me ensinou a ler. Desde almanaque do Biotônico Fontoura (risos) à histórias em quadrinhos. E frequentava a biblioteca. Ainda garoto, o primeiro livro que li que não deu para parar mais foi o Dom Quixote de La Mancha. Foi fantástico, Até hoje tenho ele ilustrado.

O que é poesia para Fernando Canto?

Posso verificar apenas como um gênero onde você depõe a sua alma nos sentidos da vida, em busca de realidades e irrealidades que você está absorvendo. Todo mundo é um poeta dentro de si, só às vezes não sabe expressar da forma poética aquela situação propensa ou densa ou absurda que pode lhe parecer para as pessoas através da sua escrita. Em tudo há poesia, depende da forma como você interpreta o mundo.

Existe uma literatura amapaense? Como é possível descrevê-la? É possível fazer isso? E em uma perspectiva amazônica?

Existe sim, uma cultura amazônica e amapaense. Mas você não pode também dizer com muita categoria. Porque a literatura é como arte, que é universal. Não posso dizer, por exemplo, que o Chico Buarque faz uma música carioca, pelo contrário. Ou não posso dizer que o Osmar Junior faz uma música amapaense. Faz uma música e essa música se universaliza, a medida que ela é divulgada. Mas eu acredito no seguinte, é que, nós, agora é que estamos tendo uma consciência. Apesar de alguns abnegados professores da universidade, por exemplo, que vem trabalhando a produção literária local e fazendo uma espécie de analogia com outras categorias e gêneros literários. E isso é fundamental pra que a gente possa compreender o que nós mesmos produzimos aqui dentro do Amapá e da Amazônia e essa importância que nós temos também. Porque, afinal de contas, talentos existem em todo o lugar.

Como anda, na sua avaliação, a relação de reconhecimento da sociedade amapaense e brasileira com o trabalho desse tipo intelectual, o produtor literário?

Acho que isso já está se tornando não algo rotineiro, mas está havendo valorização. Principalmente, nos setores em que perpassa o processo educacional e que exige com que as pessoas conheçam, com certa profundidade, a própria identidade local. E isso se dá através de promoções que são significativas dentro das escolas, levando o escritor ao local, a bibliotecas públicas, fazendo palestras. Da mesma forma que ocorre em todos os lugares, como na maioria dos povos mais civilizados que tem o entendimento que a literatura é uma arte que retrata geralmente o valor dos homens na sociedade, não só o mundo interior.

Grupo Pilão – Foto: Blog Porta Retrato.

Você também tem uma carreira musical, sobretudo com o Grupo Pilão. Pode contar um pouco dessa trajetória?

Nosso grupo surgiu em 1975, em nossa participação em um festival de música usando um pilão como instrumento musical, e por isso o nome, na música “Geofobia”. Produzimos três CDs. O objetivo nosso na verdade era valorizar o que nós tínhamos de música local, como marabaixo, batuque e, durante o processo de gravação desses CDs, de pesquisa, todos os membros do grupo pesquisaram e correram atrás, fizemos uma espécie de mapeamento cultural musical na época do Território Federal do Amapá. E fomos praticamente o segundo grupo a se interessar por isso, o primeiro eu participei de um disco chamado “Marabaixo”, com três músicas de minha autoria. Era adolescente, mas foi significativo. No início do Grupo Pilão eu tinha 21 anos, mais ou menos. Chegamos a gravar música de trabalho indígenas, de Oiapoque.

Essa, canção em um idioma indígena, “Moka lê Maiuhi Alê Zilê, Alê Kokola”. Sobre o que fala e qual a inspiração?

Fala sobre o coqueiro em cima da fonte. É uma música de trabalho; quer dizer atrás do coqueiro. É um patuá bem interessante, patuá é quando uma língua se mistura com a outra, aí no caso tem francês, crioulo misturado com indígena. Isso se dá, normalmente, em zona de fronteira.

E além de você, como é o processo de composição no Grupo Pilão?

Olha, como é autoral, na realidade a gente vem trabalhando muitas musicas de autores locais. No caso, tenho o maior número de músicas gravadas no grupo, mas tem também um poeta chamado Silvio Leopoldo, era músico, compositor. Já gravamos algumas músicas dele. Tem o Bi Trindade, que infelizmente há muito tempo já partiu para outra dimensão e deixou um vazio profundo na cultura amapaense,… (silêncio). Porque além de tudo, ele é um cara que começou no teatro, depois passou para a música, tem músicas autorais, tem um disco gravado e pelo fato dele ser assim, uma espécie de… Bom, dentro do nosso grupo ele era um cara muito bacana, era o melhor amigo que já tive e, além de tudo ele falava francês, era professor de francês, e eu adoro falar dele porque ele era um cara que assim, que na sua negritude, ele fez tanta coisa interessante e deixou que muita gente se interessasse pelo trabalho dele. Era sobrinho do mestre Oscar Santos, uma prima dele, chamada Lúcia Uchôa, professora de música na Universidade Federal do Pará, foi diretora da Escola de Música e Teatro, fez um trabalho bem interessante. Bi Trindade tem uma obra esparsa, gravou junto com o Manoel Bispo e o Tadeu Magalhães. Tem outro (disco) que ele deixou que não ficou pronto.

E como anda a produção do grupo?

Estamos produzindo sim. Pretendemos fazer, entre janeiro e fevereiro, uma espécie de recital com músicas de outros compositores locais, como Nonato Leal, que apesar de toda sua atuação dentro do Amapá como grande instrumentista e compositor, só o Manoel Sobral gravou músicas dele, além dele próprio. E ele deixou um legado muito grande, juntamente com um poeta que era meu amigo, chamado Isnard Lima. Ganharam festivais de música, tem muita coisa interessante. Com a participação de outras pessoas também. Mas o grupo tem se apresentado sempre e tem uma grande produção a ser apresentada ao público, nova.

Já fez crítica literária?

Olha, eu já escrevi um pouco a respeito, mas eu prefiro escrever mais sobre música do que sobre literatura, dos outros (risos). Porque as pessoas tem mania, assim, de não perceber que a sua literatura não é a melhor do mundo. O escritor é muito vaidoso, aliás quase todo artista. Às vezes, se toca em uma coisa tênue, mas que pra ele tem uma profundidade muito grande. Eu não sou crítico, mas eu gosto de escrever a respeito. Agora, escrevi sobre o último trabalho da Lulih Rojanski. E esse trabalho dela é uma coisa excelente. Uma coisa excepcional mesmo, um trabalho muito bom, muito bom. E ela já vem fazendo isso há um tempo.

Quais os prêmios literários mais importantes? E musicais?

Faz mais de 20 anos que deixei de participar de concurso. O último que participei foi do Primeiro Concurso de Contos das Universidades do Norte. Eu ganhei o primeiro lugar. Estava morando em Belém. O conto é “O Bálsamo”. Depois, foi publicado um livro chamado “O bálsamo e outros contos”, e foi muito importante pra mim, abriu portas para editora e essas coisas.

Concurso literário ainda é uma forma importante de descobrir novos talentos?

Existe uma multiplicidade de autores aparecendo muito bons e o concurso é uma forma de descobrir talentos novos, novas tendências. Não apenas pro mercado, mas de produção literária. Mas eu acredito que isso não só descobre novos talentos, como consolida aqueles que já vem batalhando há algum tempo e não são premiados e a vida, é assim, vai levando. A partir do momento em que o mercado, que é uma espécie de antena do que vem ocorrendo em termo literário, quando eles julgam, é muito natural que esses novos talentos vão surgindo. Também existe certo desinteresse de outros autores que já participaram a se submeter novamente. Em concurso, o escritor coloca à prova a sua capacidade criadora e ele é julgado como nós somos julgados toda hora, até por nós mesmos. Então acho fundamental esses concursos, não só para talentos literários, mas musicais. Eu trabalho com isso há muitos anos e já ganhei vários festivais de música e de literatura também.

Quais são os artistas favoritos de Fernando Canto? Entre poetas, músicos, outros segmentos.

Em termos locais, logo da implantação do Território do Amapá, até 1960 e tanto, tinha uma turma de poetas que passaram por aqui que eu considero como a geração feliz no trabalho que fizeram. Que foi “Os Modernos Poetas do Amapá”. No caso, o Álvaro da Cunha, Alcir Araújo, Ivo Torres, que ainda está vivo, mora no Rio de Janeiro. Autores muito interessantes, que foram importantes no próprio legado que deixaram. Esse legado importante para a formação de autores, notadamente influenciados, como Isnard Lima, Silvio Leopoldo, José Edson, Rai Cunha. Alguns estão fora do Amapá, como Jorge Ferreira, Josiane Rita Arruda. Enfim, pessoas que permanecem em ação aqui. Hoje vejo a Lulih como um grande expoente, o Marvin na poesia, a Jaci Rocha na poesia. Temos outros consolidados, como a Alcinea, pessoas que têm a ampla liberdade de escrever, e que foram podados em sua arte no regime militar.

Como foi isso, a censura no Amapá?

Na minha tese de doutorado, coloco um capítulo sobre a questão da ditadura aqui, 1964 a 1973. No período de 1973, houve uma espécie de “fake político”. Criaram a chamado “Operação Engasga-engasga”, alegando na cidade uma onda de terrorismo. E isso fez com que depois criassem a Polícia Militar no Amapá. E muitos dos meus colegas, jornalistas e poetas, foram presos, por causa das suas opiniões, por causa das suas visões, por causa da sua arte também. Foram presos na Fortaleza de São José e torturados e depois mandados para Belém. Se você tiver acesso ao relatório da Comissão da Verdade, eu tenho um depoimento sobre isso lá alguns anos atrás. Cheguei até a ser recolhido a um quartel do Exército. Fazia parte de um movimento religioso lá do bairro do Laguinho. E na ditadura tinha disso, de você ser preso injustamente sem saber o porquê. Os jornais da época dizem muito isso, o próprio jornal Novo Amapá, Província do Pará, dizia muito a respeito disso. Foi importante porque houve uma maneira de colaborar para ter um enfrentamento ideológico. Estudei sociologia por causa disso, e porque a gente precisava trazer isso à tona, que aconteceu aqui, pra nunca mais se repetir. Tem gente que fica tão invisível que perde a própria memória, nenhuma identidade subiste sem memória. Tudo existe apoiado em memória, então é preciso entendimento maior do nosso histórico para que não fique no esquecimento e nesse estranhamento entre memória e esquecimento. Porque, às vezes, você não consegue entender o que existe por trás da sua própria identidade.

Como anda sua produção? Há projetos em desenvolvimento?

Tenho um livro de contos publicado em 2017, foi um ano profícuo. Lancei um livro sobre Marabaixo, um livro mais didático. Publiquei um livro de contos chamado Mama Guga”, pela editora Paka-tatu. Foi lançado, inclusive, na Feira Pan Amazônica, lá em Belém e a minha tese de doutorado, chamada “Literatura das Pedras: Fortaleza de são José de Macapá como Lócus das Identidades Amapaenses”. A tese foi publicada pela Capes, Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal do Amapá. E agora tenho muitas coisas em mente. Alguns trabalhos de cunho também poético. Não estou mais pretendendo publicar poesia em livro, só nas redes sociais (risos). Estou escrevendo um romance também. Ainda não tem nome, é ficção, é baseado inclusive no próprio período do regime militar.

Qual mensagem o escritor deixa para as novas gerações que pretendem produzir literatura no Amapá?

Eu escrevo todo dia e escrevo, sobretudo, para me desintoxicar das coisas ruins da vida, do próprio pessimismo que às vezes alcança nossa geração. Até vem com um estalar no olho, com um sorriso cínico na raiva do adolescente. É preciso que a gente tenha em mente que não é um buscar um otimismo através da palavra. Porque a palavra é a coisa mais verdadeira que existe. Faz com que a gente se mova. Mas a palavra escrita, ela é fundamental, porque ela deixa muitos resíduos e é preciso escrever todo dia. Mas é preciso, sobretudo, ler para poder também ter o entendimento do mundo e sua própria razão de estar aqui nesse planeta. Então, é preciso ler bastante, conhecer a língua pátria e não se prender apenas aos verbetes das redes sociais, que às vezes viram até verdadeiros. Mas eu acho a linguagem como qualquer outro tipo de atividade humana, como a biológica. Muda todo dia, tudo se transforma como dizia Lavoisier. Então é preciso que a gente tenha esse entendimento, que a literatura nos faz bem a partir do momento que a gente tenha também o objetivo de dar completude naquilo que nos somos errados.

Assista:

Perfil do escritor

Nascido em 1954, na cidade de Óbidos, no Pará, Fernando Pimentel Canto é casado, tem cinco filhos (três homens e duas mulheres) e cinco netos. Veio para Macapá ainda garoto, com a família, em 1962.

Estudou o primário na Escola Barão do Rio Branco, depois no Ginásio de Macapá, no Ieta e no Colégio Comercial do Amapá. Depois, mudou-se para Belém, onde cursou sociologia na Universidade Federal do Amapá (UFPA).

Tem 16 livros publicados, de poemas, contos e crônicas, e também publicações científicas, como dissertação de mestrado e tese de doutorado. Atualmente, trabalha na Universidade Federal do Amapá (Unifap).

No ano de 2017, recebeu o título de “Cidadão Amapaense”, da Assembleia Legislativa do Estado. Membro da Academia Amapaense de Letras (AAL), é também jornalista e compositor, tendo como centro de seu trabalho musical o histórico Grupo Pilão.

*Agradecimento ao jornalista Elton Tavares, pela articulação para a entrevista.

Fonte: SelesNafes.Com

Feliz aniversário, Kelly Souza! – @kellysouzzz

Hoje muda de idade a filha caçula da Marilene, irmã da Esthefany, designer gráfica das boas, membro da minha antiga equipe de comunicação do TRE-AP (eu adorava trabalhar com essa molecada PHODA), fã de Rock and Roll, brocada imparável, competente, desconfiada, braba, inteligente e gente fina, Kelly Souza.

Gosto muito da ruiva. Ela é séria pra caramba e ao mesmo tempo divertida. Já comentei sobre a capacidade de criação da menina? Ela é fera no que se propõe a fazer.

Se não fosse pela Kelly e Daniel, eu estaria muito ferrado pra dar conta do trabalho na comunicação nos tempos de TRE Amapá.

Kelly, hoje tu completas 23 voltas em torno do sol e ainda terás muita vida pela frente. Tenho certeza que com um futuro brilhante. Hoje em dia, moras em Floripa e tals, mas boto fé que te garantes em qualquer lugar do Brasil.

Parabéns pelo seu dia, Kelly, que tenhas sempre sucesso e saúde junto aos seus amores. Feliz aniversário!

Elton Tavares

*Texto republicado, mas de coração. 

Programação 15º Festival Imagem-Movimento

DIA 2/12 – MOSTRA MURALHA

Largada oficial do 15º FIM. Momento de ocupação dos espaços públicos de Macapá, a tradicional Mostra na Muralha da Fortaleza de São José acontece há doze anos, e exibe curtas-metragens de diversos gêneros e técnicas. Uma forma tipicamente amapaense de exibir filmes. Uma celebração ao audiovisual e a Fortaleza de São José.
Data: 02 de dezembro
Horário: 19h
Local: Muralha da Fortaleza de São José
Duração: 1h30
Classificação: 12 anos

1-AS BALAS QUE NÃO DEI AO MEU FILHO

Direção: Thiago Gomes
Ano: 2018
Duração: 13’
Origem: Salvador/BA
Classificação: 10 anos
Sinopse: Ao chegar em casa do trabalho tarde da noite, o policial Jessé não encontra Martinho, seu filho adolescente. Jessé recebe mensagens no grupo de WhatsApp do pelotão relatando uma ocorrência na região onde eles moram. A tensão aumenta quando chegam fotos de jovens mortos durante a ação policial.

2- CASTIGO

Direção: Lucas Maia
Ano: 2017
Duração: 13’
Origem: Niterói/RJ
Classificação: 12 anos
Sinopse: Rose, doméstica negra, se vê obrigada a levar o filho para o trabalho.

3- EPÍLOGO

Direção: Bruno Conrado
Ano: 2018
Duração: 10’22”
Origem: São Bernardo do Campo/SP
Classificação: 10 anos
Sinopse: Em um dia no parque, Camila corre junto com seu namorado até ver, Pedro – seu ex – sentado ao longe. Camila decide perguntar como vão as coisas e a conversa se desenrola de uma maneira ao mesmo tempo familiar e cheia de estranhamentos, tal qual quaisquer duas pessoas que se estranham depois de um tempo longe.

4- ESSA VALSA É MINHA

Direção: Rene Brasil
Ano: 2018
Duração: 11’47’’
Origem: São Paulo/SP
Classificação: Livre
Sinopse: Um vigia noturno de um cinema no centro de São Paulo é apaixonado por uma estrela do filme que está em cartaz onde trabalha. Ele sonha com essa figura constantemente e acaba colocando seu emprego e casamento em risco.

5- NOME PROVISÓRIO

Direção: Bruno Arrivabene e Victor Allencar
Ano: 2018
Duração: 20’
Origem: Santos/SP
Classificação: 10 anos
Sinopse: Renata, enquanto aguarda a chegada de sua amiga em um restaurante, depara-se com uma família em festa pela gravidez de Márcia e seu marido. A descoberta do sexo do bebê traz à tona uma importante reflexão.

6- O MALABARISTA

Direção: Iuri Moreno
Ano: 2018
Duração: 10’55’’
Origem: Goiânia/GO
Classificação: Livre
Sinopse: Documentário em animação sobre o cotidiano dos malabaristas de rua, que colorem a rotina monótona das grandes cidades.

DIA 3/12

MOSTRA MISCELÂNEA

Apresenta produções de todos os cantos do país, trazendo em seu conceito a diversidade brasileira: uma mistura de sotaques, expressões, rostos e realidades que se estende para o audiovisual, com filmes de grande ou pequeno orçamento, produções de estúdio ou caseiras circulando livremente pelo mesmo espaço.
Data: 03 de dezembro
Horário: 18h30
Local: Auditório CEPM Walkíria Lima (Eliézer Levi nº 63, Centro)
Duração: 3h13
Classificação: 16 anos
Entrada franca

1- CARNE INFINITA

Direção: Isadora Cavalcanti
Ano: 2018
Duração: 14’07’’
Origem: Rio de Janeiro/RJ
Classificação: 10 anos
Sinopse: Alice é uma jovem de 13 anos que joga em seu tablet, quando sons estranhos vindos da máquina de lavar interrompem o seu jogo.

2- EXU REI – ABDIAS DO NASCIMENTO

Direção: Bárbara Vento
Ano: 2017
Duração: 23’
Origem: Rio de Janeiro/RJ
Classificação: Livre
Sinopse: Divindade africana que aportou no Brasil junto aos negros, Exu é conhecido como o orixá da comunicação, guardião das ruas e do comportamento humano. O curta-metragem de não-ficção Exu Rei – Abdias do Nascimento dialoga com a influência desse arquétipo pela cultura negra e sua assimilação pela arte brasileira. Em seu subtexto, o filme homenageia um de nossos grandes ativistas da causa negra – o ator, poeta, dramaturgo e político Abdias do Nascimento. O posicionamento do documentário procura incorporar o espírito de luta, expressivo e inquieto de Abdias: elo onipresente entre personagens, imagens e sons do filme.

3- FANTASIA DE ÍNDIO

Direção: Manuela Andrade
Ano: 2017
Duração: 18’
Origem: Recife/PE
Classificação: Livre
Sinopse: Desde criança, ouvia minha mãe falar da minha ascendência indígena. Há duas décadas atrás meu tio materno foi ao encontro dos Xukurus à procura de rastros desse passado, e eu resolvi dar continuidade a essa busca.

4- MERCADORIA

Direção: Carla Villa-Lobos
Ano: 2017
Duração: 15’20”
Origem: Rio de Janeiro/RJ
Classificação: 14 anos
Sinopse: A partir da chegada de uma novata, seis mulheres compartilham suas experiências, desejos e medos no trabalho com a prostituição.

5- O MISTÉRIO DA CARNE

Direção: Rafaela Camelo
Ano: 2018
Duração: 18’
Origem: Brasília/DF
Classificação: 16 anos
Sinopse: Desde 2016 o Papa Francisco permite a participação das mulheres na cerimônia de lava-pés. As adolescentes da igreja São Pedro Apóstolo, em Brasília, se preparam para participar pela primeira vez do ritual. Camila só espera poder encontrar Giovana.

6- ONZE MINUTOS

Direção: Hilda Lopes Pontes
Ano: 2018
Duração: 17’
Origem: Salvador/BA
Classificação: 14 anos
Sinopse: É noite. Uma mulher precisa ir ao aeroporto. No caminho, somente obstáculos.

7- PÃO DE ROSAS

Direção: Daniela Camila
Ano: 2018
Duração: 25’
Origem: Itaúnas/ES
Classificação: 16 anos
Sinopse: Uma família ribeirinha composta de mãe, filha e padrasto vivem de forma rústica em relativo isolamento no litoral do Brasil; num ambiente rodeado por Dunas, rio e mar. A mãe, Antônia, segue a tradição das mulheres de sua família, fazendo e vendendo pães após percorrer longas distâncias. Janaína, filha de Antônia, segue as ordens de uma mãe austera que descarrega nela suas frustrações. Ambas convivem com Jaime, um pescador da região que explora sexualmente, de forma velada, a companheira e a enteada. É nesse contexto opressor impregnado de ingredientes indigestos que mãe e filha tentam descobrir à sua maneira uma nova receita para a vida.

8- RAPAZ EM AMARELO

Direção: Lucas Hossoe
Ano: 2018
Duração: 20’
Origem: São Carlos/SP
Classificação: 16 anos
Sinopse: Brasil, 1981. Rodolfo sente os limites entre sua vida privada e profissional tornarem-se cada vez mais tênues quando o jovem Alberto é contratado na pequena Lima Advogados Associados.

9- RODA GIGANTE

Direção: Iomana Rocha
Ano: 2018
Duração: 22’
Duração: Recife/PE
Classificação: Livre
Sinopse: Uma avó e sua neta. Existências femininas que vagam no interior nordestino. Os ciclos, o que faz mover, o que faz parar, o que faz girar.

10- SARAH E LUÍSA

Direção: Lucas Moraga
Ano: 2018
Duração: 15’
Duração: Belém/PA
Classificação: Livre
Sinopse: Para as amigas Luísa e Sarah religião sempre foi algo muito importante, mas que jamais as separaria de alguma forma. Porém, os pais de Sarah não aceitam a amizade das garotas por Luísa seguir os preceitos da Umbanda. Assim, elas irão lutar com todas as forças para demonstrar que respeito e amor ao próximo existem independente de religião.

DIA 4/12

Longa-metragem: FABIANA
Data: 04 de dezembro
Horário: 18h30
Local: Auditório CEPM Walkíria Lima (Eliézer Levi nº 63, Centro)
Direção: Bruna Laboissière
Ano: 2018
Duração: 1h30
Origem: Goiânia/GO – São Paulo/SP
Classificação: 12 anos
Entrada franca
Sinopse: O documentário acompanha a última viagem de Fabiana, mulher trans e motorista de caminhão, às vésperas de se aposentar. A complexidade da personagem é potencializada por uma aposta no encontro filmado, fruto da persistente e afetuosa proximidade estabelecida pela protagonista com a realizadora (e, consequentemente, a câmera). Ainda que grande parte do filme transcorra na boleia de um caminhão, é forte o sentimento de liberdade que deriva das estórias ali narradas, e, principalmente, da potência da imagem de Fabiana, a recusar estereótipos e responder com inspiradora leveza aos desafios que a vida lhe reservou.

DIA 4/12

MOSTRA QUINTESSÊNCIA
Para a Cosmologia, a Quintessência seria um elemento de natureza desconhecida responsável pela expansão acelerada do Universo, um agente provocador de transformações e evolução. No audiovisual, ao adotar o experimental como norte, os realizadores propõem novos desafios a si mesmos e ao espectador. Novas e desconhecidas linguagens surgem do cruzamento das já existentes, indo além das classificações, movimentando a roda imaginária da imagem-movimento.
Data: 04 de dezembro
Local: Auditório CEPM Walkíria Lima (Eliézer Levi nº 63, Centro)
Duração: 1h30
Horário: 20h
Classificação: 18 anos
Entrada franca

1- ARQUITETURA DO ABISMO

Direção: Pietro Santurbano
Ano: 2018
Duração: 17’
Origem: São Paulo/SP
Classificação: 16 anos
Sinopse: Nos sonhos tudo é silencioso.

2- BOLHA

Direção: Mateus Alves
Ano: 2018
Duração: 15’
Origem: Recife/PE
Classificação: Livre
Sinopse: Produzido a partir de pinturas a óleo e acrílico do artista plástico pernambucano Daniel Araújo, a animação “Bolha” retrata um dia na vida de um jovem em dessintonia com o mundo a sua volta. Deparando-se com uma deformidade em seu corpo, ele busca uma saída.

3- GERÔNIMO

Direção: Anny Stone
Ano: 2018
Duração:15’
Origem: PE
Classificação: Livre
Sinopse: Gerônimo é o Sísifo contemporâneo. Abandonado e condenado por si mesmo, empurra o fracasso de se identificar, no plano individual ou coletivo. Entre o simbólico e o real, ele faz com que reflitamos: O que cada um carrega? Ou abandona pelo caminho? Que força faz mesmo a vida girar? A verdade? O amor? Nesse Mise en abyme, Gerônimo atravessa suas questões, mas muito mais as nossas.

4- IMPACTO

Direção: Clelia Mello
Ano: 2018
Duração: 2’27’’
Origem: Florianópolis/SC
Classificação: Livre
Sinopse: Em 14 de setembro de 2017 a Universidade Federal de Santa Catarina foi surpreendida com a invasão da Polícia Federal e a prisão de professores e servidores; inclusive o reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, que se suicidou duas semanas depois em decorrência da humilhação pública de um espetáculo midiático sem precedentes.
A partir da operação policial, por dois meses capturei imagens de manchetes, jornais, vídeos, sites e páginas da internet, onde as mesmos textos e imagens foram reproduzidos em grande quantidade. Editadas vertiginosamente, não há repetição na edição, nem tentativas de filtrar as mensagens ou impor um posicionamento a priori. Cada um é despertado a fazer seu próprio balanço e sua própria síntese dos elementos que se interligam na tragédia.

5- INTRAPROJEÇÃO

Direção: Camila Albrecht e Takeo Ito
Ano: 2017
Duração: 21’14”
Origem: Rio Grande do Sul
Classificação: Livre
Sinopse: Um ensaio sobre a visão e a imagem a partir de um encontro com a lucidez no sonho.

6- profanAÇÃO

Direção: Estela Lapponi
Ano: 2018
Duração: 25’
Origem: São Paulo/SP
Classificação: 18 anos
Sinopse: Cinco artistas – umx surdx, dXis com baixa visão, umx cadeirante e umx claudicante – se encontram para responder às perguntas que vasculham tudo o que há de bom e de ruim em Ser o que são. O tempo – um ritual de respostas – é gira, é poética, é artístico e vai além daquilo que se quer “ouvir”. profanAÇÃO é performance em experimento cinematográfico.
Este curta inicia uma pesquisa de inserção dos recursos de acessibilidade como parte da poética de obra artística.

7- Terra não dita, mar não visto

Direção: Lia Letícia
Ano: 2017
Duração: 9’
Origem: Recife/PE
Classificação: Livre
Sinopse: Um encontro entre seres intangíveis, por vezes visíveis. No encontro entre terra e mar.

DIA 5/12

Longa-metragem: BANDO, UM FILME DE
Data: 05 de dezembro
Horário: 17h
Local: Cine Imperator 3D (Villa Nova Shopping)
Direção: Lázaro Ramos e Thiago Gomes
Ano: 2018
Duração: 1h45
Origem: Salvador/BA
Classificação: Livre
Entrada franca
Sinopse: Um documentário poético sobre os 28 anos de trajetória do Bando de Teatro Olodum na construção de um teatro afrografado, político e social. Um baú de memórias, fotos e vídeos, além de entrevistas com o Bando, colaboradores e convidados.

DIA 5/12

MOSTRA MEMORABILIA

No dicionário, memorabilia é descrito como “fatos ou objetos, dignos de serem rememorados, que se guardam na lembrança ou como lembrança”. Os documentários, independente do tema, tendem a somar para a memória coletiva, enquanto registro dos mais variados aspectos da vida, preservando momentos, pontos de vista, realidades, personalidades, acontecimentos… A Memorabilia traz um rico recorte da produção audiovisual documental brasileira, com trabalhos inscritos no FIM 2018.
Data: 05 de dezembro
Horário: 18h30
Local: Auditório CEPM Walkíria Lima (Eliézer Levi nº 63, Centro)
Duração: 2h46
Classificação: Livre
Entrada franca

1- ADMIRÁVEL MUNDO DESTRO

Direção: Luiza Leal
Ano: 2017
Duração: 25’
Origem: Maceió/AL
Classificação: Livre
Sinopse: Em um mundo planejado para pessoas destras, a minoria canhota experimenta a vida ao contrário. O documentário visita cidades no Brasil e na Europa para mostrar o cotidiano em comum de quem nasceu à esquerda da sociedade e refletir sobre como o lado esquerdo tem sido associado ao mal na história da humanidade.

2- BALANCEIA

Direção: Juraci Júnior e Thiago Oliveira
Ano:2017
Duração: 7’40
Origem: Porto Velho/RO
Classificação: Livre
Sinopse: Uma viagem à Amazônia provoca uma fusão de sentimentos em um homem. Depois de vivenciar o festival folclórico em uma ilha, o viajante se surpreende com crianças ribeirinhas que desafiam a força das águas.

3- C(ELAS)

Direção: Gabriela Santos Alves
Ano: 2017
Duração: 18’
Origem: Vitória/ ES
Classificação: Livre
Sinopse: Os meses finais da gravidez e os primeiros após o nascimento de um bebê são experiências únicas na vida de uma mulher. E quando esse cotidiano é vivido dentro de uma penitenciária?

4- ELZA

Direção: Leandro Olímpio
Ano: 2018
Duração: 20’
Origem: Santos/SP
Classificação: Livre
Sinopse: A gente não presta atenção, mas o cineasta sempre escolhe quais cenas entram e quais ficam de fora do filme. Na vida não é diferente, vó. A memória é uma ilha de edição.

5- ENTREMARÉS

Direção: Anna Andrade
Ano: 2018
Duração: 20’
Origem: Recife/PE
Classificação: Livre
Sinopse: No chão de lama, mulheres compartilham os seus vínculos e vivências com a maré, a pesca, e a Ilha de Deus.

6- IMAGINÁRIOS URBANOS

Direção: Glauber Martins Freire Xavier
Ano: 2017
Duração: 24’40’’
Origem: Maceió/AL
Classificação: Livre
Sinopse: Imaginários Urbanos mixa arte, corpo e cidade, esboçando inquietações de um grupo de pesquisadores e artistas dispostos a estimular reflexões sobre as representações simbólicas sobre a cidade de Maceió.

7- MAJUR

Direção: Rafael Irineu
Ano: 2018
Duração: 20’
Origem: Rondonópolis/ MT
Classificação: Livre
Sinopse: Conheça Majur, chefe de comunicação de uma aldeia no interior de Mato Grosso. O documentário mostra um recorte de um ano de sua vida.

8- SIMBIOSE

Direção: Júlia Morim
Ano: 2017
Duração: 19’39’’
Origem: Recife/PE
Classificação: Livre
Sinopse: Uma conversa com Maria dos Prazeres de Souza, parteira tradicional, cuja trajetória de saberes é uma “simbiose” entre o tradicional e o contemporâneo, entre o popular e o biomédico. Dona Prazeres transita entre mundos e realidades contrastantes e assim mantém uma constante incorporação e construção de saberes.

9- UM LUGAR AO SUL

Direção: Gianluca Cozza
Ano: 2018
Duração: 11’48”
Origem: Pelotas/RS
Classificação: Livre
Sinopse: Dame, imigrante senegalês em Pelotas, conquista seu maior sonho: ser jogador profissional de futebol. Em uma viagem para defender seu novo clube, relembra os momentos difíceis que enfrentou: a saudade do Senegal, as dificuldades como vendedor ambulante, a ilegal viagem até o Brasil e a saudade de um amor que ficou para trás.

DIA 6/12

Longa-metragem: HÍBRIDOS – OS ESPÍRITOS DO BRASIL
Data: 06 de dezembro
Horário: 17h
Local: Cine Imperator 3D (Villa Nova Shopping)
Direção: Priscilla Telmon e Vincent Moon
Ano: 2017
Duração: 1h28
Origem: Brasil/França
Classificação: 14 anos
Entrada franca
Sinopse: HÍBRIDOS, OS ESPÍRITOS DO BRASIL desvela um dos grandes assuntos da nossa geração – a espiritualidade está em voga em nossa sociedade e o seu epicentro é o Brasil. Desde a maior procissão católica do mundo a um desconhecido ritual indígena no Mato Grosso, de passes de cura em centros espíritas a novos rituais com ayahuasca em São Paulo, o documentário revela os laços fraternos entre curandeiros, xamãs, místicos, devotos e iniciados. Sem comentários, o filme é uma jornada musical através dos diversos rituais, enquanto tece, aos poucos, um novo ritual – um ritual cinematográfico.

DIA 6/12

MOSTRA FÔLEGO!

+ Votação popular do 4º Prêmio Gengibirra de Audiovisual
Mostra que carrega o apelo de uma das mais fortes expressões amapaenses. A expressão “Fôlego!” é usada para denotar espanto, surpresa, admiração… E aqui ela dá nome à mostra que é dedicada à produção audiovisual amapaense. Uma forma de incentivar os realizadores e a produção local, uma busca por novas inspirações, novos ares. Após a primeira noite da “Mostra Fôlego!”, o público participa da votação popular do 4º Prêmio Gengibirra de Audiovisual.
Data: 06 de dezembro
Horário: 19h
Local: Auditório CEPM Walkíria Lima (Eliézer Levi nº 63, Centro)
Duração: 2h
Classificação: Livre

 

1- A ORLA DE MACAPÁ: O CONTRASTE ENTRE BELEZA E ABANDONO

Direção: Bianca Moro de Carvalho
Ano: 2018
Duração: 23’13’’
Origem: Macapá/ AP
Classificação: Livre
Sinopse: Produzido por alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIFAP em parceria com o projeto de extensão Planejando com a Comunidade. Esta pesquisa propõe refletir sobre a importância do espaço público na vida dos cidadãos, denunciando a ausência do poder público em uma das áreas mais nobres da cidade de Macapá.

2- DE DOMINGO À DOMINGOS

Diretor: Marcus Vinicius de Oliveira
Ano: 2018
Duração: 10’
Origem: Macapá/ AP
Classificação: Livre
Sinopse: A poesia no dia a dia de Seu Domingos, um produtor agroecológico.

3- FOME DE QUÊ?

Direção: Ronaldo Rony
Ano: 2018
Duração: 2’48’’
Origem: Macapá/ AP
Classificação: Livre
Sinopse: A busca pela informação como alimento essencial para a compreensão da realidade é o tema deste curtíssima-metragem.

4- DESVENTURA

Direção: Djonathan Rabelo e Carlos Washington
Ano: 2018
Duração: 4’41’’
Origem: Macapá/AP
Classificação: Livre
Sinopse: Obra fictícia que aborda as vivências e dificuldades encontradas por um jovem artista independente da cidade.

5- UM FILME BONITO DE SE VER

Direção: André Cantuária
Ano: 2017
Duração: 35’
Origem: Macapá/AP
Classificação: Livre
Sinopse: Documentário fruto do Projeto Experimental apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso de Jornalismo, apresenta um panorama sobre a produção de documentários independentes no estado do Amapá, mostrando desafios e perspectivas. Produção realizada por André Cantuária e Jhenni Quaresma sob orientação da professora doutora Isabel Regina Augusto.

6- COLORINDO

Direção: Josean Ricardo
Ano: 2018
Duração: 42’
Origem: Macapá/ AP
Classificação: Livre
Sinopse: O documentário trata da história de pessoas que passaram por estigmatizações por não serem percebidas como “normais” em relação aos seus gêneros e/ou sexualidades na cultura escolar do Amapá entre 1988 e 2018.

DIA 7/12

Longa-metragem: EX-PAJÉ
Data: 07 de dezembro
Horário: 17h
Local: Cine Imperator 3D (Villa Nova Shopping)
Direção: Luiz Bolognesi
Ano: 2018
Duração: 1h21
Origem: Brasil
Classificação: Livre
Entrada franca
Sinopse: Até o contato do povo Paiter Suruí com os brancos, em 1969, Perpera era um pajé poderoso. Após chegada dos brancos, um pastor evangélico afirma que pajelança é coisa do diabo e Perpera perde seu papel na tribo, passando a viver com medo dos espíritos da floresta. Mas quando a morte ronda a aldeia, o poder de falar com os espíritos pode novamente ser necessário…

DIA 7/12
MOSTRA FÔLEGO!

+ Votação popular do 4º Prêmio Gengibirra de Audiovisual
Após a segunda noite da “Mostra Fôlego!”, o público participa da votação popular do 4º Prêmio Gengibirra de Audiovisual.
Data: 07 de dezembro
Horário: 19h
Local: Auditório CEPM Walkíria Lima (Eliézer Levi nº 63, Centro)
Duração: 2h
Classificação: 10 anos

1- A CHAMADA

Direção: Evaldo Dias Matos
Ano: 2018
Duração: 2’’34’’
Origem: Macapá/ AP
Classificação: Livre
Sinopse: Um jovem está estudando em seu quarto quando recebe uma ligação misteriosa que o levará ao máximo de tensão.

2- HABITAÇÃO POPULAR NA AMAZÔNIA: O ELESBÃO

Direção: Bianca Moro de Carvalho e Marcos Ramon
Ano: 2017
Duração: 22’20’’
Origem: Macapá/ AP
Classificação: Livre
Sinopse: Realizado por alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIFAP, através do Projeto de Extensão “Planejando com a Comunidade”. No bairro do Elesbão, em Santana, alguns elementos da arquitetura, do modo de vida e a coexistência da relação homem-natureza o tornam uma experiência peculiar: a construção das casas é realizada pela própria comunidade sem apoio do poder público; a importância do rio engloba desde as atividades de estaleiro até sua influência na alimentação, marcada pelo consumo do peixe e do açaí. As belezas e as dificuldades deste lugar são uma situação paradoxal, em que riqueza natural e descaso público são revelados pelos depoimentos que estão neste documentário.

3- ENGASGA, ENGASGA

Direção: Wenner George
Ano: 2016
Duração: 6’12”
Origem: Macapá/ AP
Classificação: 10 anos
Sinopse: Um jovem aventureiro que tem um fim inesperado.

4- INTERVENÇÃO URBANA – BAIXADA VIVE

Direção: Chyara Gomes
Ano: 2018
Duração: 12’20’’
Origem: Macapá/AP
Classificação: Livre
Sinopse: Um projeto de design gráfico e graffiti voltado para os moradores das áreas de ressaca.
Com o intuito de proporcionar uma reflexão voltada ao incentivo da cultura através do design gráfico, valorização da comunidade, o projeto torna-se também uma plataforma de reintegração e inclusão social, levando o design e todo o movimento que o graffiti prega para dentro das áreas de ponte. Bem-vindos ao projeto de intervenção urbana BAIXADA VIVE!

5- BOJACK

Direção: Djonathan Rabelo e Carlos Washington
Ano: 2017
Duração: 3’28’’
Origem: Macapá/AP
Classificação: Livre
Sinopse: inspirado na série de animação, Bojack faz um retrato de jovens que se perdem internamente com as responsabilidades, as pressões e dificuldades emocionais que interferem em sua compreensão da vida para além da superficialidade.

6- MEU CORPO FEMININO

Direção: Fernanda Lima
Ano: 2018
Duração: 12’40”
Origem: Macapá/AP
Classificação: 10 anos
Sinopse: Não é exagero dizer que toda mulher já foi assediada na vida. O documentário apresenta o desabafo de quatro mulheres sobre os diversos assédios cotidianos, depoimentos que mostram que o corpo feminino é sinônimo e alvo de pequenas e grandes violências diárias trazidas pelo emaranhado de experiências e vivências em uma sociedade que desumaniza as mulheres.

7- ROBOCOP

Direção: Djonathan Rabelo
Ano: 2018
Duração: 4’13’’
Origem: Macapá/AP
Classificação: 10 anos
Sinopse: Nas periferias de Macapá, moradores narram suas batalhas cotidianas por sobrevivência em uma sociedade que criminaliza seus corpos e suas vidas.

8- REVISITANDO BUDA

Direção: Sady Menescal
Ano: 2018
Duração: 01’43”
Origem: Macapá/AP
Classificação: Livre
Sinopse: Processo criativo

9- MAZAGÃO – PORTA DO MAR

Direção: Gavin Andrews
Ano: 2016
Duração: 52’
Origem: Macapá/AP
Classificação: Livre
Sinopse: “Mazagão – Porta do Mar” mergulha no imaginário e na história do povo de Mazagão em uma trajetória que atravessa 246 anos e o Oceano Atlântico. O documentário registra o encontro de dois mundos e tempos: o da cidade do passado e suas histórias de batalhas gloriosas, com a comunidade tradicional que está numa encruzilhada com o mundo moderno.

DIA 8/12

GAMBIARRA – a festa do FIM

+ Entrega do 4º Prêmio Gengibirra de Audiovisual
Data: 08 de dezembro
Local: Quintal Cultural Walô 54 (Av. José Antônio Siqueira, 1212, Jesus de Nazaré)
Horário: 19h
Entrada: R$10
+ 18 anos

Fonte: FIM

ANTENA DE ARAME – Conto de Luiz Jorge Ferreira

ANTENA DE ARAME

Conto de Luiz Jorge Ferreira

O rádio estava chiando muito. Meu pai, com o propósito de diminuir o chiado, mudava de posição a vara de bambu que segurava um pedaço longo de arame que chamava, a toda hora, de antena. Mas tudo em vão. Eu sabia que era Copa do Mundo.

Todos falavam que aquele jogo com a Tchecoslováquia era de vida e morte. Aquele Skarov era o diabo, podia fazer um gol e muitos outros e nos mandar de volta do Chile para casa, acabando com o sonho de sermos bicampeões mundiais.

Eu, medrosamente, olhava para o rádio. Quem sabe se aquele diabo loiro, musculoso, de muitos metros de altura, como eu o imaginava, pulasse de dentro do rádio para acabar com todos ali, inclusive comigo que torcia contra ele. Eu queria que este Skarov morresse e fosse para o inferno que era o pior lugar que eu em meus oito anos ouvira falar. Escondia-me por detrás de mamãe. Ia aonde ela ia. Vigiava a porta disfarçadamente e olhava assustado para o grupo de amigos do papai, que ora fumavam, ora bebiam um gole de seus copos sempre cheios, ora passavam a mão pelos cabelos, ora roíam as unhas e iam e vinham do banheiro apressados, enxugando as mãos na calça. “- Quanto está ainda? Ninguém marcou? O Skarov está nos atacando novamente? Este demônio vai acabar fazendo um gol.” Depois de noventa minutos de sofrimento, o Brasil ganhou o jogo.

À noite, vi Skarov vindo me engasgar com suas mãos peludas, rindo e pondo a mostra seus dentes afiadíssimos. Trazia um hálito de sangue, um fogo em seus olhos vermelhos que pareciam beliscar-me. Gritei muito. Mamãe saiu de seu quarto e veio me sacudir. “– Eu não lhe disse para que não provasse o vinho que seu pai e os amigos dele estavam tomando? E que também não ficasse com o ouvido grudado no rádio? Jogo é para gente adulta. Levanta e vai tomar banho. Está urinado. Lave-se e, depois, vá para cama do seu irmão. De manhã, troco os lençóis. Reze de novo antes de deitar.”

Em 1982, por ocasião da Copa do Mundo, fui a trabalho até a antiga Tchecoslováquia e fiquei hospedado nas proximidades de uma antiga Vila Olímpica que, na ocasião, foi transformada como abrigo de ex-atletas. Uma noite, antes de embarcar, ao regressar sozinho de um coquetel, atravessei por entre os prédios todos iguais, andando por uma viela escura que cortava caminho em direção ao Hotel onde estava hospedado com a delegação de jornalistas brasileiro, foi quando vi o vulto de uma pessoa.

Ao me aproximar, vi um homem caído defronte a um dos últimos prédios. Aproximei-me para prestar-lhe ajuda. Risquei o isqueiro. Estava escuro e muito frio para a estação. Ameaçava mesmo nevar. Observei que era um homem de aproximadamente uns setenta e poucos anos, magro, desnutrido, que cheirava álcool, balbuciava uma mistura de francês e tcheco. Ficou apavorado comigo ali. Àquela hora, abaixado sobre ele e tentando acender um isqueiro, eu tentava enxergá-lo melhor para saber se ele estava ferido. Vi que tentou levantar-se, arrastar-se, mas as pernas castigadas pelo álcool não lhe obedeciam. Transpirava muito. Olhava-me quase como se implorasse pela sua vida e eu, também, fiquei nervoso balbuciando frases mal construídas em inglês e em francês, tentando me comunicar. Era em vão. Ele estava em pânico. Apertava meu braço e tentava ficar de pé. O vento frio que soprava não era o bastante para enxugar o suor que gotejava da sua testa. Ele tremia apavorado. Eu, sem saber o que fazer para acalmá-lo, gritava em português. “– Acalme-se! Não se apavore, quero ajudá-lo. Sou jornalista do Brasil. Você esta ferido? Você entende? Brasil!”

O ancião olhava-me em choque, com certeza se achava vítima de um assassino ou na presença de um monstro de dentes afiadíssimos que queria no mínimo devorá-lo. De repente, passou-me uma ideia. Abri o paletó e mostrei-lhe a camisa da Seleção Brasileira que tínhamos levado para o coquetel de confraternização a fim de fazermos uma brincadeira com os jornalistas portugueses. Senti que havia dado certo. Eu tinha razão, ex-atleta reconhece a camisa. Aquela cor, aquele distintivo. Por fim, deixou-me ergue-lo e acomodá-lo em um canto da escada, onde o cobri e com meu sobretudo. Senti que se acalmava. Já não transpirava muito e seus olhos começavam a perder o olhar apavorado. Diminuíra sua angustia. Tentei fazer com que ele me entendesse e procurei ver se tinha um documento, uma identificação para que eu pudesse passar pela portaria do Hotel. Pedi para que um funcionário fosse vê-lo e o encaminhasse a um atendimento médico. Por certo, ficaria muitas horas exposto ao frio. Ele deu-me um pequeno embrulho de plástico. Compreendi que aquilo protegia um documento. Antes que eu me afastasse em direção a portaria, abraçou-me agradecido, meio sem jeito, na posição que se encontrava. O deixei ali e fui até ao Hotel onde entreguei o embrulho para o chefe da segurança, que se encarregou do caso.

Pela manhã, ao descer para embarcar de volta para a Espanha, o rapaz da portaria disse que havia um recado para mim da família do homem que eu ajudara, mas que infelizmente ele havia falecido. Como não leio Tcheco, ele o fez anotando a tradução no verso do próprio bilhete que imediatamente guardei. Tomei um táxi para o Aeroporto com aquela tira de papel no bolso do paletó e o episódio martelando em minha cabeça.

Comprei um jornal espanhol e ao folhear a secção de esporte, deparei-me com a notícia “A Tchecklosvaquia perdera um craque da seleção vice-campeã do mundo de 1962. Encontrado ao relento por um turista estrangeiro…” Foi, então, que abri a tira de papel com o bilhete traduzido: “A família do ex-jogador de Futebol Skarow agradece ao jornalista brasileiro pela ajuda prestada ao seu pai e avô.” Grampeada em anexo havia uma foto da formação da seleção Tcheca 1962. Retornei ao jornal assustado e confuso. A notícia martelava em minha cabeça. Li novamente. Abaixo da legenda via-se a foto de um ancião pequeno, frágil, magro, de cabelos brancos e ralos, de semblante plácido, deitado sobre uma mesa, coberto com seu sobretudo. Tomei o avião e quando cheguei em Madrid, fazia sol.

* Além de contista, Luiz Jorge Ferreira é poeta, escritor e médico amapaense que reside em São Paulo e também é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (Sobrames).