Confira as vagas de emprego do Sine para Macapá e Santana em 8 de março

O Sistema Nacional de Empregos no Amapá (Sine/AP) oferece vagas de empregos para Macapá e Santana. O número de vagas está disponível de acordo com as empresas cadastradas no Sine e são para todos os níveis de escolaridade e experiência.

Os interessados podem procurar o Sine/AP, localizado n Rua General Rondon, nº 2350, na praça Floriano Peixoto. Em toda a rede Super Fácil tem guichês do Sine e neles é possível obter informações sobre vagas em Macapá e Santana. Outras informações e oferta de vagas são pelo número (96) 4009-9702.

Para se cadastrar e atualizar os dados, o trabalhador deverá apresentar Carteira de Trabalho, RG, CPF e comprovante de residência (atualizado).

Veja as vagas disponíveis de acordo com as solicitações das empresas:

Sine Macapá
Cuidador de idoso – 1 vaga
Eletricista de instalações de veículos automotores – 3 vagas
Empregada doméstica – 1 vaga
Funileiro de automóveis – (reparação) – 3 vagas
Auxiliar de funileiro de manutenção – 3 vagas
Mecânico de refrigeração – 1 vaga
Pintor de automóveis – 1 vaga
Pizzaiolo – 1 vaga
Supervisor de vendas – 1 vaga
Técnico em planejamento – 1 vaga
Técnico em nutrição – 1 vaga
Vendedor de consórcio – 1 vaga
Vendedor interno – 1 vaga
Sine Santana
Operador de empilhadeira – 1 vaga
Diarista/doméstica – 1 vaga
Doméstica – 1 vaga

Fonte: G1 Amapá

Poema de de agora: Do mister – Jaci Rocha

Do mister

Se não for possível
Entre excelentíssimos e excelências
Esse mundo menos grifado em negrito
E mais colorido arco-íris

A gente deixa adentrar na sala
Alguma fresta de luz do dia
E faz poesia em meio a concreto e asfalto,
Olha pro alto e colhe o azul do céu na retina…

Se não for possível
Deixar de lado tanto polimento e poeira
a gente se pinta de esperança por dentro
e guarda o melhor do sentimento
Pra desaguar no Amazonas…

Lá, onde as lavadeiras nascem
E a alma, enfim, descansa
O perfume do peito
exala aquilo que a memória ama…

E se fizer barulho demais
A gente fala de amor baixinho
E se acelerar o passo,
A gente sonha bem devagarinho

E jamais desiste de fazer e acontecer
De um jeito fraterno, leal e diferente,
Porque a gente só guarda da vida, meu bem
Aquilo que o peito sente.

Jaci Rocha

PORCA – Conto de Fernando Canto

download (3)

Conto de Fernando Canto

Eu insistia com ela todas as noites de lua cheia.

– Para com essa história de se transformar em porca, mulher. Não aguento mais esse cheiro de lama.

Era um segredo nosso que tive de aceitar por pura dependência financeira, desde que nos casamos. Mas ela não parava. Queria porque queria parecer melhdownloador que a Velha Xambica, do sítio do seu Ladislau, vizinho ao nosso, que tinha o mesmo fado dela e se transfigurava em Matinta. As duas concorriam para ver quem assustava mais as pessoas desprevenidas nas noites enluaradas da minha cidadezinha.

Um dia eu estava num couro doido, numa pindaíba roxíssima. Era meu aniversário e eu vivia sempre cobrado pelos meus amigos do boteco da Waldirene Boca de Tambor.

– Quando é o churrasco, porra? Perguntavam o tempo todo, me pressionando pra valer.

Eu dizia que quporca-dente-de-ouro-480x788e ia depender da indenização que estava para receber do frigorífico que fui botado injustamente pra fora, sem justa causa. O processo estava tramitando há tempos, sempre acompanhado de perto pelo iminente causídico Dr. Robário Paladino, que me garantiu o recebimento para logo, antes do fim do mês.

Na véspera do aniversário eu não aguentei mais o fedor da minha galega. Ela havia voltado de um Passeio de Assustamento da lua cheia e estava no quintal grunhindo e chafurdando na lama do chiqueiro, antes de voltar a ser mulher. Ela dizia sempre que a transformação era um processo doloroso, mas que tinha prazer em fazer sempre, pois se achava renovada toda vez que isso acontecia.

Ela estava lá. Tinha acabado de chegar. Eu fiquei pensando, pensando, pensando… Peguei a peixeira e a enterrei no pescoço dela por trás. A porca revirou os olhos e o sangue esguichou com tanta força que me sujou toporcamortado. Estrebuchou e deu três longos e desesperados grunhidos. Enrolei a boca e o focinho com uma corda até ela parar de se debater. Depois coloquei o corpo em um camburão de água fervente para raspar os pelos, e, como bom açougueiro, comecei a preparar o corpo do animal para fazer um belo churrasco. Os raios do dia chegaram com uma intensidade que me feriu os olhos.

Fui ao boteco da Waldirene Boca de Tambor e convidei a rapaziada malandra pro churrasco. E ainda churrasco-widedizia, brincando:

– Levem um presente, seus vadios. Cheguem perto do meio-dia pra me ajudarem a assar.

Cada um se servia como podia. Eu havia trocado os miúdos da porca por cachaça e farinha com a Wal. Todo mundo se refestelou e ficou de bucho cheio. Tomaram cachaça à beça, arranjaram uns tambores e o batuque correu o dia todo. Quem chegava pro churrasco também trazia uma bebida. Mas eu não tive coragem de comer nenhum pedaço de carne, talvez em respeito à minha falecida mulher.

Já era quase meia noite e todo mundo já estava “calibrado”, tomando cachaça e dançando uns sambas de cacete. Ninguém notou a ausência da minha galegcartaz-a-matinta-perera-1998uinha, só o Ambrósio, saliente que só ele. E eu lhe disse que ela tinha ido à casa da mãe doente lá em Mazagão.

A lua rompeu uma nuvem escura e iluminou mais ainda o terreiro da festa. E o batuque ensurdecia e ecoava em toda a área.

Mas tudo parou de repente quando uma mulher idosa com bico de pássaro surgiu perto da mata onde ficava o chiqueiro da minha esposa.

– Quero tabaco, ela dizia. Quero tabaco pra levar pra minha comadre.

porcosOs convidados se entreolharam e o medo tomou conta de todos. Atônitos viram seus ventres se mexerem involuntariamente e em todos eles uma voz dizia:

– Onde está minha costela? Cadê minhas coxas? Quede meu peito?..

A lua parecia descer do céu de tão grande, naquele momento de desespero dos imagesconvivas. E todos eles saíram correndo para o mato se transformando a cada passo em caititus, porcos-do-mato, queixadas e javalis.

A velha Matinta me olhou de soslaio, cuspiu pelo bico de pássaro um cuspo negro de quem masca tabaco. Eu caí de costas no chão e tive que sustentar com os braços até de manhã a lua quase cheia que parecia ter caído em cima de mim.

Música de agora: Santa Fé – Beirut

Santa Fé – Beirut

Seus dias em um
Este dia inacabado
(Do tipo que derruba)
Todo o dia num só (para mim, para você)
Eu sou tão jovem
(E quanto ao meu coração?)

Este dia foi um
(diante do silêncio)
Toda a graça da perda
Não posso esperar por tudo
(não posso esperar por tudo)
As tentações ganharam

E o que quer que seja que vem pela porta
Eu vou encara-lo cara-a-cara
Tudo no seu lugar

Inscreva-me em Santa Fé e me chame o seu filho
Inscreva-me em Santa Fé
Na cruz Santa Fe e tudo o que eu quero
Inscreva-me Santa Fe e chame o seu filho

E eu e eu e eu e eu sozinho (quero que você saiba)
E eu e eu e eu e eu sozinho
E eu e eu e eu e eu sozinho (quero que você saiba)
E eu e eu e eu e eu sozinho

Seus dias em um
Este dia inacabado
(Do tipo que derruba)
Todo o dia num só
(para mim, para você)
Eu sou tão jovem
(E quanto ao meu coração?)

Inscreva-me em Santa Fé e me chame o seu filho
Inscreva-me em Santa Fé
Na cruz Santa Fe e tudo o que eu quero
Inscreva-me Santa Fe e chame o seu filho

A Banda e a Casa do Eurico (textinho porreta e verdadeiro de Yurgel Caldas)

Toda cidade que preze seus foliões precisa de um local de concentração para as festas carnavalescas. Todo encontro é um movimento de atração que conjuga forças visíveis e invisíveis.

A casa do Eurico Pinheiro de Vilhena Filho (o tio Eurico) – na famosa curva do Santa Maria, também conhecida como esquina da Tiradentes com a Feliciano Coelho, no bairro macapaense do Trem – é esse local de concentração que promove todos os anos o encontro de familiares e amigos e conhecidos e convidados de conhecidos (todo mundo, na verdade) para não apenas ver A Banda passar (um dos mais famosos e tradicionais blocos da Amazônia), mas também alterar a paisagem do local com cores, sons, alegria, caldo e cerveja.

Eurico Vilhena – escrivão aposentado da Polícia Civil – é esse impávido cicerone que sempre se alegra com a visita de amigos e familiares – e não precisa ser só em tempos de momo – e sempre promove almoços para as irmãs em fins de semana.

Yurgel Caldas e Mara Caldas. Casal querido!

A casa do Eurico se transforma na fissão e na fusão nuclear do carnaval da família Vilhena e mantém acesa a chama vital desse amante dos Beatles, da Jovem Guarda e de Roberto Carlos. Muito obrigado, Eurico, por fazer questão de proporcionar esses encontros que ficam sempre marcados na memória da família e na história da nossa cidade.

Tio Eurico com a Patricia

Meu comentário: sempre paro, durante o trajeto do bloco A Banda, na casa do tio Eurico. Tudo que o Yurgel disse é verdade. Lá é um local de alegria e reencontro de amigos. Aliás, passarei por ali hoje e abraçarei os brothers da família Vilhena.

Yurgel Caldas é professor de Literatura da Unifap e do Mestrado em Desenvolvimento Regional na mesma instituição.

Carnaval: III Guará Folia arrasta multidão nesta sexta-feira

Nesta sexta-feira, 9, tem o III Guará Folia, que vai arrastar foliões pelas ruas do Centro e do Laguinho, atrás do trio elétrico sob o comando de Taty Taylor e Banda Babilônia.

O evento é da Universidade de Samba Boêmios do Laguinho (AUSBL), e foi criado pela diretoria para reunir a comunidade que brinca o carnaval, no fim de semana em que teria os desfiles das escolas de samba em Macapá.

O circuito do Guará Folia inicia na Praça da Bandeira, com concentração a partir das 18h, e segue até o Theatro do Samba, sede de Boêmios, onde encerra com a apresentação da bateria Pororoca e comissão de frente.

O vale abadá pode ser comprado no Theatro do Samba (Sede da agremiação), no valor de R$ 25,00 (meia).

Serviço:

III Guará Folia
Data: 9 de fevereiro
Concentração: Praça da Bandeira às 18h
Encerramento: Theatro do Samba
Endereço: Av. Geral Osório, 575, Laguinho.

Adryany Magalhães
Assessoria de Comunicação – AUSBL
Contato: 99144- 5442

Hoje: Exposição Aves do Amapá

O Foto Nunes, em parceria com o fotógrafo Kurazo Okada, realizará a exposição Aves do Amapá que será aberta a visitação de 9 a 19 de fevereiro, em horário comercial e com entrada franca. A iniciativa faz parte do projeto Janela Fotográfica que busca debater temas ligados a fotografia em suas mais variadas vertentes.

Na abertura da exposição, dia 9/2, às 19h, Okada estará presente para uma roda de conversa com o público na qual explicará mais detalhes de seu trabalho com fotografia de aves, o que já lhe rende um papel de destaque no cenário nacional. Os interessados em participar da roda de conversa devem fazer inscrição prévia enviando um e-mail com nome completo e telefone para [email protected]

Serviço:

Projeto Janela Fotográfica
Exposição Aves do Amapá
Abertura e roda de conversa: 9/2, às 19h
Inscrições para a roda de conversa com envio de nome e telefone para o email: [email protected]
Encerramento: 19/2

Residencial Jardim Açucena: começa a mudança dos contemplados

Ao descarregar sua mudança, vinda do bairro Beirol, Carlos Silva, amapaense, 58 anos, retirou primeiro uma caixa com peças de roupa, a Bíblia Sagrada e seus móveis. Antes de subir para o apartamento 203, no 2º andar de um dos prédios onde é seu novo lar, ele e a filha Carolina Silva, 18 anos, admiraram o gramado e a rua asfaltada do Residencial Jardim Açucena, inaugurado na sexta-feira, 2, pela Prefeitura de Macapá e Ministério das Cidades.

As 1.500 famílias contempladas com uma moradia no habitacional começaram a ganhar mais dignidade, ao conquistarem o sonho da casa própria. Essas famílias começaram a se mudar na segunda-feira, 5, de acordo com o cronograma definido pela gestão municipal.

Com a entrega dos apartamentos, a Prefeitura de Macapá visa garantir uma moradia digna e segura, contando com o suporte do programa Minha Casa, Minha Vida. Pessoas com renda familiar bruta de até R$ 1.800,00 são as contempladas, com financiamento de até 10 anos e prestações a partir de R$ 80,00 por mês. “Estamos diminuindo o déficit habitacional e proporcionando moradia digna, condições de trabalho, inclusão social, saúde e educação para quem mais precisa”, declara a coordenadora de Habitação Municipal, Mônica Dias.

Com a entrega do Jardim Açucena, a gestão do prefeito Clécio Luís já contabiliza 3.500 moradias populares entregues. O habitacional foi construído pela Direcional Engenharia e é mais um empreendimento pactuado pela prefeitura, por meio do Minha Casa, Minha Vida. Os apartamentos têm 42 m², dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de uso comum. Ao todo, são 75 blocos. O residencial está localizado no bairro Cuba de Asfalto, zona sul da cidade.

Macapá avança na política habitacional

Casa própria e com dignidade. Desde 2013, a Prefeitura de Macapá vem mudando a realidade na vida de muita gente. A inauguração do Residencial Mestre Oscar Santos, na zona norte da capital, combinou materialidade com a arte e garantiu dias melhores para 528 famílias. Era o começo de uma nova história na política habitacional do município.

Com infraestrutura externa, pavimentação asfáltica, drenagem e sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, rede de energia elétrica e equipamentos sociais, mais 1.440 famílias realizaram o sonho da casa própria, com a entrega do Residencial São José, na zona sul da cidade.

E o compromisso não para por aí, o esforço conjunto da gestão municipal e parceiros contemplou ainda 1.500 famílias com a entrega do Residencial Jardim Açucena, também na zona sul, totalizando aproximadamente 3.500 casas populares entregues.

Lilian Monteiro
Assessora de comunicação/Semast
Contato: 99903-5888
Fotos Max Renê

Poema de agora: O ANZOL DA ESPERA – Fernando Canto

O ANZOL DA ESPERA

Meu tempo
Não é um achado de lembranças
Não é selo/estampa/escudo/emblema/taciturno ícone
Insígnia invisível,
Sombria projeção de sonhos aparentes,
É círculo vagante, mítico
Recém-saído
Do jogar do anzol em dias de águas revoltas
Quando encurralado fico em mim mesmo.

Anzol-arpão-rede-zagaiama-zagaia-zagarana
Olhos e bocas espantados esperam,
Borbulham no fundo d’água:
Condomínio de botos/caruanas.

O brilho do anzol é uma cilada – a morte anterior
Ao fruto da vida – ligação tardia
Do amor em seu percurso

Agora um peixe eu sou
Fisgado e vindo à superfície
Pelo anzol da lembrança/pela linha da corrente.
Sou guelra/brônquios/ barbatana/ escama
Sou ar que explode
Em séculos de espera.

Fernando Canto

Como os nossos pais (crônica republicada)

c03b06f6601e9d7e81c5271cacb78bd2

O leitorado que acompanha este site sabe: vez ou outra, falo de minha família. Sim, aqueles que me são caros, é assunto sério para mim. Meu clã não são somente as pessoas da sala de jantar que dividem refeições, mas sim seres fantásticos, cheios de vida, personalidade e amor.

Sobre família, lhe digo, tenho mais dos meus pais do que pensava. Sim, mesmo que eu seja uma pessoa dfamilia11111iferente deles, possuo características semelhantes de ambos. O que é ótimo!

Quando eu e meu irmão, Emerson, éramos crianças, tivemos uma base familiar sólida, na qual aprendemos valores como caráter, honra, a importância de trabalhar e honestidade. Além da importância de ser educado.

As caractereuepapaiísticas de nossos pais se desenvolveram em nós ao longo dos anos. Essa herança me serve como manual de sobrevivência, afinal, como disse Vinícius: “são tantos os perigos dessa vida”.

Sobre nossa criação e hereditariedade. Mamãe é responsável bem decidida e impetuosa. Possui temperamento forte, atitude, honestidade e é trabalhadora. Ensinou-nos a enfrentar as agruras da vida, a escolher e não ser escolhido. É dela que herdei minha força e sinceridade.

Já o pai era/é (ele fez a passagem em 1998) um cara brincalhão, sempre educado e querido por todos. Nos ensinou a sacar o melhor das pessoas, dizia que todos temos defeitos e virtudes, mas que devíamos aprender a dividir tais peculiaridades e valorizar a vida, vivê-la intensamente sem nos preocuparmos com coisas. Ah, tudo isso sem deslumbramento com poder ou riqueza.EupapaieMano

Meu velho era/é coração e minha mãe a razão. As características se misturaram. Vejo em mim e no meu irmão virtudes e defeitos de ambos. Nunca fui dado a hipocrisias, verdades invertidas ou farsas reais. A personalidade forte é coisa da mãe. Em contrapartida, o carisma é coisa do pai.

MãeVejo pessoas que são “ótimas” com os outros, mas não valorizam nem um pouco suas famílias, mesmo sendo (com o perdão do gerúndio) totalmente dependente delas. Triste, mas é fato. Ainda bem que não somos como esses imbecis, graças aos nossos pais.

Como eles, penso positivamente e trabalho para criar oportunidades. É, graças a Deus, assim como possuo a capacidade de fazer amigos do meu pai, identifico cretinice a léguas de distância, como minha mãe. anakimNão por acaso, somos pessoas boas, com defeitos, claro. Porém, mas em algum lugar do passado, entendemos que é preciso batalhar, respeitar, amar e, se preciso, brigar, bater e vencer.

Tenho orgulho de ser filho deles, ter um pouco (ou muito) de cada um. Na verdade, acho isso o máximo!

Elton Tavares

Poema de agora: Itinerário – Jaci Rocha

Itinerário

Gosto de olhar teu rosto
Sentir teu corpo
Desalinhar meu coração!
Do calor e do frio de estar contigo.

Gosto das piadas loucas,
Do humor pouco convencional
Ainda assim, fecho os olhos,
Desacredito de estar nos teus laços!
Um filme, enredo de um sonho distante, irreal!

Mas eis,
que estou mesmo em teus braços…
E eu já não sei então…
( Dessas coisas de paixão, tenho medo)

Qual a curva, a reta, a seta ou direção?
Neste mundo tão bonito e vago!
Onde a vida, mais que a razão
Conta seu próprio curso, verdade e itinerário.

Jaci Rocha

Promotoria da Saúde celebra acordo judicial com PMM para definir cronograma de concurso para área de Saúde

A Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde (PJDS) celebrou, nesta quinta-feira (25), em sua sede, um acordo com o Município de Macapá para definir em cronograma para realização de Concurso Público para provimento de cargos para área da saúde municipal. A ação dará celeridade na execução do pleito e visa melhorar o atendimento à população da capital amapaense.

Assinaram o acordo, além do Prefeito Clécio e dos Promotores de Justiça Fábia Nilci e André Araújo, os secretários municipais de Saúde e Administração, Silvana Vedovelli e Carlos Michel Miranda, respectivamente.

O acordo ocorreu nos autos da Ação Civil Pública Nº. 0024222-83.2014.8.03.0001, julgada em 2017, em que o Município de Macapá fora condenado a realizar o Concurso, extinguindo os contratos administrativos que foram julgados nulos na mesma decisão.

Com o acordo, o Município de Macapá se comprometeu a desistir do recurso contra a decisão, pondo fim ao litígio, e estabelecendo o cronograma para lançamento do edital e contratação dos profissionais aprovados, para atuarem nas unidades de saúde atuais e nas que devem ser inauguradas até o fim do ano.

Com a medida, ficou fixado o prazo de até 31 de março de 2018 o lançamento do edital do Processo Seletivo e até oito meses para a conclusão do certame, devendo todos os contratos administrativos do setor serem extintos até 31 de dezembro deste ano.

A Promotora de Justiça Fábia Nilci, destacou que “o acordo permite por fim ao processo, evitando uma longa disputa judicial em fase recursal, que em nada beneficiaria a sociedade”.

O Prefeito de Macapá, Clécio Luís se mostrou satisfeito com o acordo, comprometendo-se a cumprir todos os prazos acordados e acredita que os novos servidores concursados poderão melhorar o atendimento à população nas unidades de saúde mantidas pelo Município.

O acordo já foi encaminhado ao Poder Judiciário para homologação.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Estado do Amapá
Contato: (96) 3198-1616
E-mail: [email protected]

Precisamos falar sobre condenações – Por @Lider_Suprema

Por Juçara Menezes

Eu me separei.

Essa frase é o suficiente para começarmos falando sobre condenações: A de todos os envolvidos direta e indiretamente, a quem ouviu de um lado e não de outro, a quem sinceramente só quer ver sangue e a quem, de um modo ou de outro, se interessa pela fofoca.

Há uma semana, chorei demais ao perceber que nada, em nenhuma hipótese, vai fazer com que eu não esteja e seja condenada.

As pessoas em comum não falam comigo, o que entendi – depois de um tempo – ser perfeitamente natural, já que ouviram apenas um lado. O lado considerado mais fraco.

Depois de três meses de achincalhamento público nas redes sociais, e sem nenhuma resposta da minha parte, eles me consideraram culpada. Por tê-la ‘deixado’, por tê-la ‘traído’, por ser um ‘monstro de duas caras’.

Não foi nada disso, mas ‘quem cala, consente’. E eu havia resolvido ficar quieta sobre o assunto. O resultado é gente me odiando, parando de falar e comigo e até virando a cara em público, estando acompanhada ou não.

O ódio gratuito saiu de mim para minha namorada. As pessoas a odeiam, me disseram. Natural, já que acham que houve traição.

Nenhuma dessas pessoas veio me perguntar o por quê de eu ter saído de casa, nem quem me conhece pessoalmente, nem quem tem meu telefone particular – que é praticamente público.

Mas se as pessoas só se importam com o lado mais fraco, por que eu não falei do relacionamento abusivo?

 

Porque por mais que eu explicasse e desabafasse, sempre pareceu que ‘eu estava exagerando’ e não deveria expor nada.

Ou seja, calada eu consenti. Falando, estou errada. Natural, né?

Não, não deveria ser natural uma condenação sem direito de defesa, provas e testemunhas em favor do réu. Mas aconteceu, e eu não posso fazer mais nada a respeito.

Estou condenada.

E chorei muito semana passada.

E, essa semana, percebi que não dá para falar com cada um e dizer o que houve, como disse uma sábia amiga minha.

Então, decidi pelo conselho de uma outra amiga sábia: caguei.

Estou condenada, isso não irá mudar.

Então, continuo a viver a minha vida, a tentar ser feliz com o que restou de mim, este quebra-cabeça que vos escreve estar com peças faltando, outras danificadas para sempre e ainda as que se perderam por aí.

Existe uma boa notícia, eu juro.

Mas eu te conto só semana que vem.

*Juçara Menezes é líder suprema dos Sith manauaras, jornalista, assessora de comunicação, ex-colega de trabalho, colaboradora deste site e a comunicadora que me treinou nas artes da escrita, há 10 anos.