Poema de agora: O ÓBVIO – Pat Andrade

O ÓBVIO

ainda que arrancassem meus olhos
não deixaria de enxergar
o desespero do cotidiano
pelas esquinas
bancos comércios
baixadas prédios

toda a desilusão
devidamente contida
caprichosamente disfarçada

os carros passam indiferentes
há uma morbidez aparente
e a poesia manifesta

somos mortos vivos
implorando por dias mágicos
músicas etéreas
pratos colossais

estamos à beira do caos

somos míseros poetas
rabiscando diante do cais
a desejar mares e horizontes
que não podemos alcançar

somos pássaros tristes
que mesmo fora da gaiola
perderam a vontade de voar

Pat Andrade

A diferença entre amigos e chegados – Crônica de Elton Tavares

Aprendi a ter amigos longevos. Mas para isso, de vez em quando, é preciso dar um tempo deles. Pois mesmo os bons companheiros, precisam de uma pausa no convívio. Noutros casos, existem aqueles chegados otários que todo mundo tem, que a gente convive em um determinado grupo social, mas que a gente nem curte, só atura.

Como dizia meu avô, é preciso ser água, que passa por entre as pedras no caminho. Sim, sigo neste aprendizado. Hoje em dia, brigo menos e ignoro mais. Aliás, eu, você ou qualquer um pode ser aquele amigo antipático de alguém, na opinião de terceiros.

Quem me conhece, sabe: tenho palavra. E odeio papo furado. Tento manter uma boa relação com todos, mas não gosto de blá, blá, blá, leva e traz e coisas do tipo.

Outros, que se dizem amigos, mas não passam de parceiros de birita ou algo assim, devem ser tratados como tal. Aprendi também que parcerias de ocasião também são formas de consideração, algo menos visceral, mas não deixa de ser.

Entre estes “chegados”, tem muito nego que precisa inventar que é foda. Estes mentem e tentam diminuir os outros para se autoafirmarem. E é o pior tipo, pois se acham safos, mas são otários. Suas personalidades são mutáveis e suas palavras um risco na água.

Muitos que você pensou ser ou foram amigos no passado, tornaram-se chegados. Entre estes, no ápice da babaquice, ACHAM que fazem de você “Pateta” e elegem a si próprios como Mickeys. Ledo engano. Na maioria das vezes, só têm inveja de ti. Dá pra aturar, só não dou muita confiança.

Tenho amigos que quero sempre junto a mim, eles energizam o ambiente. Amizade é um bem precioso, portanto, cuide daqueles que lhes são caros. Mas somente os que são amigos de mão dupla, pois a reciprocidade é fundamental.

Elton Tavares

Campanha de multivacinação e sarampo segue até 30 de outubro nas UBS’s

A Prefeitura de Macapá, por meio da Central de Imunização, segue com as campanhas de vacinação de multivacinação para atualização de caderneta da criança e do adolescente e sarampo. As vacinas estão disponíveis nas UBS’s, das 8h às 17h, de segunda a sexta, com exceção das unidades vocacionadas para atendimento de Covid-19.

De acordo com orientações do Ministério da Saúde, a Campanha Nacional de Multivacinação é para adolescentes de 0 até 14 anos de idade. Já a campanha contra o sarampo é para todas as idades, mas tem como foco adultos de 20 a 49 anos.

“O foco é a atualização de cadernetas de vacinação, para que sejam atualizadas as doses em atraso, de acordo com os esquemas preconizados pelo Programa Nacional de Imunizações. Então, pedimos que pais e responsáveis levem os filhos até as unidades”, destaca a coordenadora municipal de Imunização, Jorsette Cantuária.

As campanhas têm como objetivo garantir proteção contra diversas doenças que podem ser evitadas por meio de vacinas, contribuindo para seu controle e até eliminação, ampliando a cobertura em todo país. A estratégia de intensificação contra o sarampo tem equipes de vacinação no Fortaleza do bairro Perpétuo Socorro, Center Kennedy e Importadora Macapá, das 14h às 17h.

“Essa vacina contra o sarampo é indiscriminada. Se a pessoa já tomou ou se não lembra, precisa tomar essa dose de reforço dessa campanha. Então, pedimos que os adultos dessa faixa etária procurem as unidades”.

De acordo com os dados da Vigilância Epidemiológica do Município, em 2020 já foram registrados 107 casos notificados da doença na capital, sendo 55 descartados, 8 em investigação e 44 confirmados.

Confira as UBS’s que participam da campanha:

UBS Pedro Barros (Fazendinha)

UBS Perpétuo Socorro

UBS Congós

UBS Raimundo Hozanan

UBS Pedrinhas

UBS Leolzildo Fontoura

UBS Brasil Novo

UBS Cidade Nova

UBS Coração

UBS Infraero 2

UBS Marabaixo

UBS Pacoval

UBS Novo Horizonte

UBS Hilda Iléia Sant’Anna (Curiaú)

UBS Ilha Redonda

UBS nos distritos

UBS Vila Progresso (Bailique)

Posto do Itamatatuba (Bailique)

Posto do Maranata (Bailique)

UBS Santa Luzia (Pacuí)

Posto do Tessalônica (Maruanum)

Posto do Carapanatuba

Secretaria de Comunicação de Macapá
Cássia Lima
Assessora de comunicação

Conselho Estadual de Educação acata pedido do MP-AP e regulamenta atendimento educacional domiciliar e classe hospitalar

O Conselho Estadual de Educação atendeu solicitação do Ministério Público do Amapá (MP-AP), por meio da Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de Santana e expediu, em 1ª de outubro de 2020, a Resolução nº 063/2020, que regulamentou as normas para o atendimento educacional domiciliar e classe hospitalar, a alunos impossibilitados de frequentar aulas. O objetivo é combater a evasão escolar e assegurar o direito dos estudantes, previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

A Resolução é fruto de procedimento extrajudicial, de dezembro de 2019, conduzido pelos promotores de Justiça José Barreto e Miguel Ferreira, que teve origem na constatação de elevados índices de evasão escolar, cujas causas estão relacionadas a problemas de saúde dos alunos.

Com a medida, os membros do MP-AP buscam assegurar o atendimento educacional a ser prestado pelo sistema de ensino do Estado, ao aluno da educação básica internado para tratamento de saúde em regime hospitalar ou domiciliar por tempo prolongado. A Resolução contribuirá para o processo de desenvolvimento e de aprendizagem, assim como seu retorno e reintegração ao grupo escolar.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Coordenação: Gilvana Santos
Texto: Elton Tavares
Contato: [email protected]

Os motivos de eu escrever… – Crônica de Elton Tavares

Crônica de Elton Tavares

Escrevo ao longo dos últimos 14 anos. Dez deles para este site, que já foi um blog. Sempre tento me ater à verdade. Redigir textos onde dados e fatos me levam. Com exceção de sandices, devaneios e contos, que são escritos mágicos para mim. Pois ficção exercita a criatividade.

Um dia, há alguns anos, me perguntaram: “Elton, porque você perde tempo com esse papo de blog. Porque não faz algo útil com o tempo gasto nessa página de besteiras”. Neste instante, consegui evitar um surto psicótico e palavrões a esmo para o meu questionador.

Aí expliquei para o pateta porque escrevo. Escrevo porque amo a noite, futebol, samba, rock and roll, minha família, meus amigos e amo ser eu (com todos os defeitos e chatices), não necessariamente nesta ordem, claro. No meu caso, leituras alternativas tornam o dia menos tedioso. Principalmente quando tais escritos são sobre cultura em geral.

Gosto de usar um senso de humor cortante nos meus textos para este site, assim como muita nostalgia, sentimentalismo barato (que pra mim é caro), transformar relatos em memória da minha cidade, do meu estado. Vez ou outra, até fazer velhas piadas com novos idiotas, ser um tanto antipático, chato ou adorável encrenqueiro. E sempre amoroso com minhas pessoas do coração. Sim, gosto disso.

Certa vez, li a frase: “escrever não é desistir de falar, é empurrar o silêncio para fora”, do poeta Fabrício Carpinejar. É esse o papo mesmo; escrever é uma válvula de escape, vicia e extravasa.

Escrevo até sobre o que finjo que acredito. Sabe aquelas pequenas porções de ilusão e mentiras sinceras de que o Cazuza falou? Pois é. Às vezes, detritos do cotidiano, grandeza desprezada, coisas bobas que parecem socos na cara – é bem por aí.

Mas gosto muito mais de escrever sobre o amor, sobre atitudes legais, sobre manifestações públicas de afeto e sobre pessoas admiráveis. Falar ou escrever sobre positividade é tão melhor.

Antes redigia um texto ou mais por dia – e com muita facilidade. Agora, a falta de tempo e os períodos de entressafra de inspiração tornam os autorais mais raros. Quem dera fosse só querer e baixasse o espírito de Rui Barbosa, Charles Bukowski, Mário Quintana, Drummond ou do meu amigo Fernando Canto, e eu começasse a redigir como um gênio. Seria firmeza. Acreditem, um dia lançarei um livro de crônicas e contos.

Em tempo, escrevo para não deixar meus pensamentos parados. Queria poder escrever como Carlos Drummond de Andrade, que disse: “A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.

Como não dá, sigo rabiscando minhas certezas, achismos, incertezas, chatices, amor, entre outro tantão de coisas que vivem neste meu universo particular que gosto de expor aqui. E fim de papo.

Elton Tavares

* Crônica republicada.

Poema de agora: Descalço pulando Amarelinha – Luiz Jorge Ferreira

Descalço pulando Amarelinha

Estavam fugindo de mim pela janela da sala todos os meus fantasmas
Uns ainda envoltos em toalhas de banho, e outros vestidos de estranhas casacos…
Eu com um lápis crayon tentava desenhar a face de Deus em uma folha branca
Mas eles molhavam com uns respingos que lembravam o cheiro de Curimatã.
Alguns mascavam chicletes, outros iam ao toalete, outros me xingavam em Alemão
Dois ou três quiseram me dar a mão, mas acabaram deixando um Jornal do Pasquim.
Outro lambuzou o corrimão da escada que levava ao Ártico. de Glostora.
Um deles, que parecia canhoto, quis escrever no papel que eu mantinha sobre a tampa do piano, toda a história, do homem na terra…


Achei longa, e toquei Tico Tico no Fubá…mas ele pediu Strauss, somente uma Valsa em Mi Menor

Dormimos a tarde, cansados, eu distraído com a velocidade dos pensamentos, a presença de rugas, e o terceiro movimento da Heroica.
Eles de mangas arregaçadas, jogando sinuca, apostando fragmentos de paixões desenfreadas, um ganhou Romeu…


Outro trocou Julieta por uma garrafa de vinho Chileno…que abandonou na terça-feira de Carnaval…
Estava muito calor …
Comi gelo, e molhei os cabelos com uma xícara de Chá Preto…

Na bandeja Ostras Madrepérolas, uns retratos da Revolução Francesa.
Flores Congeladas, e Polens Envidraçados.
Saltimbancos da Caixa de Música, anêmicos prometiam amar os Girassóis, eu veloz prometi a mim…amar-me!
Um fantasma carregado de sotaque Irlandês…
Gritou…- Não te traías…
Messallina te enforcará com a linha do Equador.

Empapuçado de pó de toucador,
fingi definir o amor,
e me apaixonei por anáguas
Depois flutuei entre um compasso, e outro de um Tango bem cantado, rodopiei insano…
Sai pela janela…todo molhado.


A alma calma cintila aguardando o passaporte embrulhado em um papel perolizado de chocolate Nestlé.
Os gnomos saíam de dentro do meu estômago, mas saíam felizes, eu parecia ser o pai de todos os Ghosts, e os vendia por quilos,
coisa que ruborizava as estrelas nas entrelinhas das vielas vizinhas.

Não se afastem de mim a galope, não se aproximem a trote, estou tonto de Gim, culpa dessa Tilápia louca que me mastiga a boca a engolir minhas palavras.
Brincamos de trocar nomes, eu lhe apelidei de Vida, ela me chamou de Alma.
Perambulo a esmo com meus segredos costurados em Organdim preso a um vestido lilás…
Como poderemos dançar em paz.
Ela insiste em ser eterna.


Eu só peço que ela seja bela, e finja como uma atriz.
Eu sou apenas um fantasma, a desejar pular pela janela, e se dispersar nas trevas desesperadamente olhando para trás.

Luiz Jorge Ferreira.

*Do livro “Defronte a Boca da Noite…ficam os dias de Ontem” – Rumo Editorial São Paulo Brasil. 2020.

 

Em ação do MPF, Justiça condena homem a oito anos de reclusão por armazenar e distribuir conteúdo de pedofilia

Aparelhos eletrônicos apreendidos armazenavam mais de mil arquivos com material pornográfico infantil

Após pedido do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal condenou um homem de 47 anos por armazenar e distribuir material pornográfico infantil na internet. Pelos crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, o réu – que não será identificado – deve cumprir mais de 8 anos de reclusão, inicialmente em regime fechado. A sentença prevê, ainda, o pagamento de multa de cerca de R$ 12 mil. O MPF foi notificado da sentença na última quinta-feira (15).

O homem, morador de Macapá (AP), foi preso em flagrante durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão pela Polícia Federal no âmbito da Operação Child Net 2, em 2016. Na residência do réu, foram apreendidos telefone celular, notebook e outras mídias que continham material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes. Além disso, foi constatado, no momento do flagrante, que o homem utilizava programa de computador para compartilhamento automático do material pela internet.

A análise dos bens e do material apreendido identificou mais de 60GB de dados com conteúdo ligado à pedofilia, entre fotografias e vídeos. Cerca de mil arquivos estavam armazenados apenas no computador pessoal. Grupos de aplicativos de mensagem – com a finalidade de compartilhar materiais de cunho sexual infanto-juvenil – foram encontrados no celular do sentenciado.

Em sua defesa, o réu sustentou que, embora tenha graduação na área de informática, em nenhum momento quis que o material fosse compartilhado com outras pessoas, e que não tinha conhecimento do compartilhamento automático. Porém, o juiz considerou que o réu tinha conhecimento suficiente sobre o programa de computador utilizado e que fez os compartilhamentos voluntariamente. Assim, a condenação leva em conta tanto o armazenamento quanto a disponibilização do conteúdo de pedofilia.

Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público Federal no Amapá
(96) 3213 7895 | (96) 98409-8076
[email protected]

Poema de agora: A última flor de Cristo – Joãozinho Gomes

Foto: O Canto da Amazônia

A última flor de Cristo

A bucólica seara a qual araste

à colérica estação do fogo, e disseste ser

o Éden da caridade humana

arde em altas chamas, queima

a última flor do Cristo que em mim plantaste

ao transcorrer de uma semana.

Há que se arrancar do coração do homem

a flor bélica do caos;

cravo em chamas que o consome

Joãozinho Gomes

 

*Poesia encontrada no site “O Canto da Amazônia”.

Lei Aldir Blanc: Inscrições para receber auxílio encerram na próxima quinta-feira, 15

Por Weverton Façanha

O cadastro cultural dos artistas para fins de recebimento do auxílio emergencial no valor de R$ 600 se encerra na próxima quinta-feira, 15, de acordo com informações da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).

Até então, a data limite para cadastros da “Lei Aldir Blanc” era 17 de setembro, mas foi prorrogada para atender todos os artistas, principalmente os do interior do Amapá que têm dificuldades em acessar o sistema eletrônico de inscrições.

“Estendemos o prazo das inscrições do auxílio para garantir que todos os artistas tenham oportunidade para se organizar e ter acesso ao benefício. Depois do dia 15, trabalharemos diretamente na parte administrativa para que os beneficiários possam receber os valores”, destacou o gestor da Secult, Evandro Milhomen.

O auxílio é destinado a todos os profissionais que produzem, promovem e trabalham com cultura e arte, que desenvolvam atividades nos segmentos de arte e cultura.

Importante esclarecer que o preenchimento do cadastro não é garantia de recebimento de recursos através da Lei, pois existem critérios a serem observados e que são analisados pelo Governo Federal.

O cadastro pode ser efetivado no link:

https://cadastrocultural.portal.ap.gov.br/

Auxílio

O auxílio emergencial será dividido em cinco parcelas de R$ 600, anteriormente eram três, mas o benefício foi estendido para mais duas parcelas, aos trabalhadores da Cultura. O auxílio para manutenção de espaços, pequenas empresas e organizações comunitárias varia entre R$ 3 mil e R$ 10 mil por mês.

 

Mobilidade Urbana: Prefeitura de Macapá intensifica serviço de recapeamento asfáltico na Avenida Padre Júlio

Como parte das obras de mobilidade de trafegabilidade da cidade, a Prefeitura de Macapá intensifica os serviços de recapeamento asfáltico em uma das principais vias da capital. A Avenida Padre Júlio, que atravessa a cidade da zona oeste até o centro, recebe trabalhos que deverão melhorar a trafegabilidade de veículos.

O recapeamento asfáltico faz parte do planejamento para melhorar a trafegabilidade. A Avenida Padre Júlio deverá, em breve, ter sentido único. Ou seja, da área oeste da cidade para o centro. Enquanto a Avenida Cora de Carvalho será do centro para a zona oeste. A medida irá facilitar a interligação entre os bairros.

A obra, que iniciou na altura da Rua Leopoldo Machado e segue em direção à zona oeste, está orçada em R$ 9.719.214,45, e conta com recurso do Governo Federal, via senador Davi Alcolumbre. A obra inclui ainda a construção de calçamento, meio-fio e drenagem superficial.

Na opinião do taxista Antônio dos Santos, 45 anos, é necessário esse tipo de obra para evitar transtornos em horário de pico, onde engarrafamentos são constantes. “Eu acredito que vai fica bom sim. No horário das 18h fica muito complicado, porque demoramos muito chegar, por exemplo, no bairro Alvorada. E como está ficando a Padre Júlio, vai ficar muito bonito”, disse.

Segundo o secretário municipal de Obras, David Covre, após a finalização dos trabalhos, o fluxo de veículos irá melhorar de maneira significativa. “A Padre Júlio fará parte do binário juntamente com a Cora de Carvalho. Por isso, está recebendo a requalificação da pavimentação asfáltica, bem como a sinalização e calçadas, para que possa atender a cidade com sentido único em direção ao centro, formando o binário com a Cora de Carvalho, no sentido zona oeste”, finalizou David.

Secretaria de Comunicação de Macapá
Jonhwene Silva
Assessor de comunicação

Minha vida sempre foi um mar de rosas – Crônica de Ronaldo Rodrigues

Crônica de Ronaldo Rodrigues

Minha vida sempre foi um mar de rosas. Plantado no sertão de minhas noites. Fincado no coração de meus dias. Um mar de rosas que me afoga em suas mulheres. Desertos que atravesso e esqueço após o sono. Só para continuar um outro sonho, quando acordo.

Minha vida um mar de rosas. Rochas róseas, ígneas, indecifráveis. Perdido na infância doce dolorosa. Na tranquilidade das tormentas. Rasgando os versos que como com o pão matinal. Sorvendo a brisa que vem do mar de rosas que minha vida me deu de mão beijada e ainda me cobra o devido crédito.

Contando com o tempo que ainda tenho para melhor viver esse mar de rosas, que chega até a janela da casa que não possuo, no sítio que não habito, no tempo em que não me encontro, e bate e não obtém resposta.

Minha vida um mar de rosas pétreas, um mar de rosas revoltosas revoltadas devotadas, ainda não derrotadas, ainda não ceifadas, mas seladas com o timbre da morte que um dia/uma noite virá transformar esse mar de rosas em tempo nenhum. Minhas cinzas num cofre, meus olhos num horizonte de labirintos, minhas certezas e dúvidas passeando de mãos dadas num jardim completo de chegadas e repleto de despedidas. Minhas pegadas na areia que o vento leva para o espaço tempo talvez quando agora já onde porque como quando sei lá.

Música de agora: Mambembe – Chico Buarque

Mambembe – Chico Buarque

No palco, na praça, no circo, num banco de jardim
Correndo no escuro, pichado no muro
Você vai saber de mim
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte, cantando
Por baixo da terra, cantando
Na boca do povo, cantando

Mendigo, malandro, moleque, molambo, bem ou mal
Escravo fugido ou louco varrido
Vou fazer meu festival
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte, cantando
Por baixo da terra, cantando
Na boca do povo, cantando

Poeta, palhaço, pirata, corisco, errante judeu
Dormindo na estrada, não é nada, não é nada
E esse mundo é todo meu
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte, cantando
Por baixo da terra, cantando
Na boca do povo, cantando

Amigos organizam noite de autógrafos do livro “Crônicas De Rocha” na Banca Rios Beer Cervejaria

Para quem não pôde participar do lançamento do livro “Crônicas de Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias”, terá uma nova oportunidade de estar com o autor, jornalista e escritor Elton Tavares, na próxima quarta-feira, dia 14, na noite de autógrafos que um grupo de amigos está organizando, a partir das 19h, na Banca Rios Beer Cervejaria. O músico Patrick Oliveira, da banda stereovitrola, fará participação especial no evento.

A ideia é criar um ambiente agradável para que os interessados em adquirir o livro possam pegar o autógrafo e trocar ideias com autor, tudo de acordo com os protocolos de segurança para prevenção da Covid-19. A cervejaria possui área externa bem apropriada para um bate-papo molhado, com cervejas artesanais produzidas pelo proprietário Igor Maneschy, ao som de uma boa música, enquanto aguardam a vez de ter em mãos a obra recém lançada.

Sobre o livro

“Crônicas de Rocha – Sobre Bênçãos e Canalhices Diárias” é um compilado das vivências do autor e de experiências próprias ou de terceiros que há mais de uma década alimentam o site “De Rocha”, que nomeia o livro. As crônicas falam de tudo, trazem muito das tradições nortistas, peculiaridades da cultura e literatura amapaense, absorvida e canalizada para o contexto regional e pessoal do jornalista, com seu jeito muito peculiar de contar a nossa história ou relatar uma situação pessoal inusitada.

Elton Tavares conta que o projeto foi idealizado pelo jornalista Tagaha Luz (em memória), que já partiu para as estrelas, e prefaciado pelo escritor e seu amigo pessoal, Fernando Canto, com ilustrações do cartunista Ronaldo Rony e diagramação do designer Adauto Brito. A obra foi impressa com o apoio do senador Randolfe Rodrigues, revisada pela jornalista Marcelle Nunes, com apoio técnico da bibliotecária Leididaina Silva e da jornalista Gilvana Santos.

É leitura fácil, agradável e que logo faz com que o leitor se identifique com algumas das narrativas contidas no livro. Quem já leu garante que não é fácil parar. Então, não perca essa oportunidade de comprar e se deliciar com uma produção feita com muito carinho e de pura emoção do “Godão”, como carinhosamente é chamado o autor.

A Banca Rios Beer fica localizada na Av. Mendonça Furtado, 1773, no bairro Santa Rita, entre as Ruas Professor Tostes e Manuel Eudóxio.

Sobre a Banca Rios Beer

A Banca Rios Beer é a melhor cervejaria de Macapá. Lá você encontra rótulos como Weiss’s, IPA’s, Pilsen’s, Stout’s, Porter’s, Witbier’s, entre tantos outros disponíveis na carta diversificada da loja. Mas não para por aí: além dos melhores chopps de variados estilos (Tropical Stout, West coast IpA, English bitter, session IPA maracujá e mel, American Pale Pale, blond Ale e a incomparável sour taperebá – carinhosamente apelidada pelos fãs de “taperebrew”) – e mais de 50 rótulos de cervejas nacionais e importadas, a Banca também conta com kits que são ótimas opções para presentear quem se gosta.

Serviço:

Noite de autógrafos do livro “Crônicas De Rocha”, de Elton Tavares.
Atração musical: Patrick Oliveira (da banda stereovitrola).
Local: Banca Rios Beer fica localizada na Av. Mendonça Furtado, 1773, no bairro Santa Rita, entre as Ruas Professor Tostes e Manuel Eudóxio.
Hora: a partir das 19h.
Data: 14 de outubro de 2020 (quarta-feira).

Texto: Gilvana Santos.
Arte: Beatriz Santana.

 

 

 

NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE OPERAÇÃO CASTELO DE AREIA

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Amapá (Gaeco/MP-AP) coordenou, junto às forças de segurança do Estado, na manhã da última segunda-feira (12), a operação “Castelo de Areia”, que cumpriu mandados de prisão preventiva, de busca e apreensão domiciliar nos Municípios de Macapá, Santana e Laranjal do Jari, visando desarticular núcleo de facção criminosa no Amapá.

A coordenadora do GAECO Amapá, Andréa Guedes, reforça que a Operação “Castelo de Areia” marca a reestruturação do Grupo do MP-AP no combate ao Crime Organizado, sobretudo na base financeira das facções. O GAECO não divulga nomes dos investigados e informa que não há investigação em curso envolvendo parlamentar da esfera federal, em disputa nas eleições municipais deste ano.

Nesse sentido, o MP-AP reafirma que não há no site oficial da instituição, nem no conteúdo divulgado para a imprensa, qualquer fotografia ou imagem de material de propaganda eleitoral ou de divulgação de atividade parlamentar.

O GAECO do MP-AP foi criado em 2003 e nasceu em um contexto nacional de enfrentamento ao crime organizado no Brasil, tendo como prioridades o fortalecimento das ferramentas de investigação do próprio Ministério Público brasileiro e busca por cooperação permanente com os órgãos de segurança pública, para fazer frente aos poderosos grupos criminosos.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Contato: [email protected]