Membros do MP-AP visitam a Companhia Docas de Santana

Os membros do Ministério Público do Amapá (MP-AP) visitaram nesta sexta-feira (25), o Porto Organizado Atendendo da Companhia Docas de Santana (CDSA). A procuradora-geral de Justiça, Ivana Cei, o chefe de gabinete da PGJ, João Furlan, o secretário-geral do MP-AP, Alexandre Monteiro, acompanhados do coordenador das Promotorias de Santana, Nilson Costa, e os promotores de Justiça André Barreto, Fábia Martins e Neuza Barbosa, com atribuições no município de Santana, e o titular da Promotoria de Urbanismo, André Araújo, participaram da visita guiada pelo diretor-presidente da CDSA, Glauco Cei.

A visitação faz parte do Programa de Agendamento de Visitas desenvolvido pela companhia com o objetivo de aproximar a sociedade das atividades portuárias. Grupos com interesses em informações técnicas e/ou comerciais podem solicitar previamente uma agenda para melhor conhecer o funcionamento do Porto, que por questões de segurança, restringe o acesso a turistas. O atendimento é gratuito e sujeito a confirmação.

O diretor-presidente da CDSA palestrou demonstrando a localização privilegiada do Porto de Santana, seu potencial econômico e condicionantes. “Nosso intuito é potencializar o Porto para atrair indústrias e viabilizar o desenvolvimento da economia no Estado. O MP tem seu papel fiscalizador e é importante, que na busca do direito do cidadão, tenha esse conhecimento”, ressaltou Glauco Cei.

Os promotores de Justiça tiraram dúvidas e comentaram sobre o aproveitamento do potencial portuário do Amapá e elogiaram a iniciativa de criar o Programa de Visitação para repassar conhecimento às instituições.

“É importante que os promotores de Justiça tomem conhecimento dessa situação para que possamos induzir e auxiliar nas políticas públicas, como também fazer a efetiva fiscalização. Nós precisamos, sim, crescer, mas com responsabilidade. Já existe o transporte de grãos, do agronegócio, então nós precisamos que nossos Portos sejam oficiais, legais e que tenham a condição necessária para o desenvolvimento”, comentou Ivana Cei, e finalizou agradecendo pela acolhida.

Participaram ainda, da palestra, a chefe de gabinete da CDSA, Maria Paula, e profissionais da companhia. Em seguida, foi realizada a visita monitorada no Pier do Porto Organizado de Santana.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Texto: Gilvana Santos
E-mail: [email protected]
Contato: (96) 3198-1616

Cultura: Museu da Imagem e do Som do Amapá passa por reestruturação: com novas instalações, site e adapta projetos de audiovisual para atender a sociedade amapaense

Com a renovação do espaço físico, estrutura e função social, o Museu da Imagem e do Som do Amapá (MIS/AP) passa por reestruturação e traz novidades para os amantes do audiovisual. Com total apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), instituição a qual o MIS/AP é vinculado, as atividades iniciaram no segundo semestre de 2020, com  levantamento e catalogação do seu acervo, o que possibilitou dar nova estética ao ambiente, além da adaptação de projetos para receber o público nesse período de pandemia.

Com nova administração, sob a gerência de Bruno Masim, o MIS vem ajustando os seus projetos para atendendo a população amapaense. Um exemplo é o “Cine MIS”, que fará a exibição e debate coordenado de filmes, respeitando os limites estabelecidos pelos órgãos de saúde. Outras iniciativas são o “Cine Club MIS”, com debates acerca do movimento cineclubista do Amapá, e o “Ensaio MIS”, onde os interessados em conhecer a fotografia local participam de palestras.

Mesmo ainda sem data para a reabertura presencial, a equipe do MIS trabalha no desenvolvimento do seu banco de dados e em um site exclusivo. A plataforma virtual será uma forma dos usuários terem acesso ao vasto acerto do Museu. De acordo com a gerência, o objetivo é que o site já esteja disponível em novembro de 2020, no intuito de fomentar e promover a cultura amapaense, incentivando também a formação de público.

“Atualmente, organizamos as peças e criamos uma pequena sala para exibição de filmes e documentários. O objetivo do secretário Evandro Milhomen é que o Museu volte a ser um importante instrumento de suporte como arquivo e distribuição, fomentando ainda mais a produção audiovisual, fotográfica, quadrinhos e qualquer forma de arte que preserve a imagem do Estado. Sobretudo no resgate e reforço Memória do Amapá”, garantiu Bruno Masim.

E, ainda, com o objetivo de propor e planejar ações estratégicas e contínuas de assessoria, capacitação técnica e compartilhamento de informações e conhecimento, a equipe do órgão  está empenhada na implantação do MIS/AP no Sistema Estadual dos Museus, uma ferramenta que ajudará no estabelecimento de políticas públicas para o campo museológico.

Sobre o MIS

O Museu da Imagem e do Som do Amapá atua no registro da história e da cultura amapaense, também reúne e mantem um acervo histórico e/ou artístico cultural do Estado. Com seus projetos e iniciativas ajuda a difundir a cultura histórica, técnica, científica e educacional de toda a população amapaense, incentivando a apoiando a produção artística do setor audiovisual.

O Museu foi fundado em 2007, a sua criação aconteceu quando a antiga Fundação de Cultura do Amapá (Fundecap) tornou-se Secult. A missão da instituição é preservar, mapear e divulgar registros audiovisuais referentes à história e à cultura do Amapá, através de ações de educação patrimonial, eventos que promovam elementos de nossa cultura e de formação de produtores audiovisuais.

Outra atribuição do MIS/AP é tratamento adequado do acervo: catalogação, digitalização e facilitação do acesso às fotografias, slides, vídeos, filmes e áudios que compõem a reserva técnica do MIS é essencial para a memória da cultura amapaense, como em qualquer sociedade.

O gerente do MIS/AP e o titular da Secult, Evandro Milhomen.

“Sabemos da importância história e da memória para a cultura amapaense. Esse trabalho de reestruturação do MIS/AP é essencial para isso. Confiamos no trabalho de Bruno Masim e sua equipe e vamos dar apoio total para que o Museu volte a cumprir sua missão institucional, extremamente relevante para a sociedade amapaense no âmbito da valorização e fortalecimento cultural “, frisou o titular da Secult, Evandro Milhomen.

O MIS fica localizado no térreo do prédio da Secult/AP, Avenida Pedro Lazarino, nº 22, no bairro Santa Inês.

Texto: Daniel Alves e Elton Tavares, do site Blog De Rocha.

Halanna Sanches gira a roda da vida pela 28ª. Feliz aniversário, broda! – @halannasanches

A fotógrafa, acadêmica de jornalismo,  estagiária da Assessoria de Comunicação do MP-AP e competente fotógrafa profissional, Halanna Sanches, gira a roda da vida nesta quarta-feira (23). Como a menina, que completa 28 verões amazônicos hoje (com carinha de 18), é gente fina e minha broda, a ela rendo homenagens.

Conheci a Halanna em 2018, quando ela foi contrata para fotografar o Luau na Samaúma, evento cultura promovido pelo MP-AP e parceiros. Ela se mostrou desenrolada, boa de trampo e caiu dentro da cobertura. Gostei dela desde esse momento.

Fotojornalista e que também manja de foto publicitária, Sanches tem olhar aguçado. Ela é trabalhadora e batalhadora. Uma mulher daquelas pessoas inteligentes e sem frescura. Adoro gente assim, cheia de paideguice e desprovida de boçalidade.

Há menos de um ano, a aniversariante se tornou nossa colega de trabalho e logo fizemos amizade. Halanna é uma mulher inteligente, discreta e tem boa vontade. Afinal, a gente precisa de parceiros nesse corres. Ela sempre me ajuda quando preciso.Boto fé nela como profissional e como pessoa.

Mas o papel que vejo a Halanna desempenhar melhor é o de mãe de um casal de crianças lindas. Dá gosto de ver o cuidado, carinho, amor e zelo dela para com seus pequenos.

Além disso, Halanna tem umas “galassequices” bacanas, como o hábito de modelar no instagram ou fazer vídeos engraçados. A mais nova marmota é o lance dos patins. Eu acompanho e dou risada. Ela é divertida mesmo.

Halanna, minha querida jovem senhora com cara de menina, que teu novo ciclo seja ainda mais lindão. Que tu sigas pisando forte em busca de teus objetivos. Que tenhas sempre saúde e sucesso junto aos teus amores. Meus parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

*Obs: sei que tô devendo a pizza, mas logo vamos resolver isso (risos). 

Elton Tavares

Estranheza – Crônica de Lulih Rojanski

Crônica de Lulih Rojanski

Eu quis dar nome às estranhas sensações que me despertaram de uma longa letargia por volta do mês de setembro. Acordava mais cedo que de hábito e necessitava abrir as janelas para sentir entrar o ar fresco das primeiras horas, queria estar debaixo das árvores, ouvindo o farfalhar das folhagens, suspirava a cada minuto, ainda que uma nova paixão fosse uma possibilidade muito remota. Sentia nos pés uma energia concentrada, como se eles tivessem vida própria, e me convidavam a andar, e a andar, por caminhos onde eu pudesse perceber os odores da paisagem sem precisar esfregar uma folha no nariz.

Tinha sempre um sorriso na cara, contrariando a elegância de não expor com tanto descaro as marcas do tempo. Por que estranhar a felicidade, eu poderia apenas me perguntar, mas havia algo mais que a felicidade que eu já conhecia e que passeava meio entediada pela insipidez de minha rotina.

O psiquiatra que me ajuda a consertar meus transtornos não teve dúvidas: ansiedade. Outras cápsulas noturnas que me fariam acordar mais tarde pela manhã resolveriam tudo, e eu poderia retornar tranquila ao reino dos caramujos. Minha sorte foi falar antes com vovó, que por sinal, também andava se esgueirando por debaixo das árvores e suspirando para os lagartos que escalavam os galhos: Não é doença, minha filha – disse ela. É a síndrome da primavera. Sente-se aqui e se deixe florescer.

Bolsonaro é a mentira, a vergonha. Mentindo na ONU, ele afunda o Brasil no ridículo.

Bolsonaro: seu nome é mentira. A mais completa, a mais desbragada e repulsiva mentira.

Bolsonaro é uma vergonha.

Ou melhor, Bolsonaro é a vergonha.

O Aos Fatos divulgou sua checagem do discurso que Bolsonaro fez na ONU, na manhã desta terça (22).

Comprovadamente, o site apurou 11 mentiras comprovadas que Bolsonaro proferiu.

Além disso, o presidente cometeu várias outras imprecisões e fez afirmações contraditórias ou insustentáveis.

Como classificar um homem desse?

Fosse eu, seria um mentiroso.

E Bolsonaro, quando expele num só discurso 11 mentiras?

E Bolsonaro, quando usa a tribuna de um fórum mundial, como a ONU, para envergonhar toda uma Nação, ele deve ser considerado o quê?

E Bolsonaro, quando arrota publicamente, em dimensões mundiais, suas manias persecutórias, ele deve merecer que tipo de diagnóstico?

Bolsonaro, quando faz tudo isso, é aquele mentiroso que dá vazão à sua compulsividade.

É o governante sem as mínimas condições de ligar lé com cré, contaminado até o último fio de cabelo pelo vírus do negacionismo e do direitismo mais desastrosos.

É o governante destituído de uma réstia sequer de compromisso moral em admitir realidades flagrantes, como o fogaréu que lhe varre as ventas e que, em boa parte, agravou-se exponencialmente porque seu governo, passando a boiada com arte e engenho, desmontou e continua a desmontar os órgãos de fiscalização ambiental.

Bolsonaro, o mentiroso, é a vergonha alheia.

Brasileiros envergonhados – aos milhões – com o desrespeito, a irresponsabilidade e as manias persecutórias que Bolsonaro protagoniza num fórum mundial como a ONU não se sentem, certamente, representados por ele. Mas não podem, mesmo assim, evitar de sentirem-se envergonhados.

Ah, sim: todas as vezes em que o blog faz apreciações como essas, há leitores anônimos que vão às caixas de comentários e alegem, como se tivessem descoberto a Terra plana, que Bolsonaro foi eleito democraticamente.

Mas o que é que a boca tem a ver com o nariz? Ambos estão bem próximos. Só isso. Mas uma, a boca, nada tem a ver com o outro, o nariz. Absolutamente nada.

Então, resumindo: sim, Bolsonaro é o presidente do Brasil eleito democraticamente; mas Bolsonaro é o presidente do Brasil eleito democraticamente que mente despudoradamente e envergonha o Brasil.

Simples assim.

Fonte: Espaço Aberto.

Poema de agora: EMBUSTE DE LIBERDADE – Arilson de Souza

EMBUSTE DE LIBERDADE

Oh, ansiada liberdade,
com asas de Ícaro [rumo ao sol] voaste!
Perpetuada pelos pigmentos da Carta Áurea,
te fizeste pseudo, e à própria sorte nos jogaste.

Oh, cobiçada liberdade!
Por quanto nosso povo te clamou,
Mas vieste em des[vida]
e às mínguas nos largou!

Porém, quem nos deu des[esperança]
em seus pre[conceitos] se afogou
Pois, NEGRO é vida em abundância!

Viva, NEGRO!
NEGRO,viva!
Viva a liberdade, na sua essência viva!

Arilson de Souza

Música de agora: Sonífera Ilha – Titãs

Sonífera Ilha – Titãs

Não posso mais viver assim
Ao seu ladinho
Por isso colo o meu ouvido
No radinho
De pilha
Pra te sintonizar
Sozinha, numa ilha

Sonífera Ilha
Descansa meus olhos
Sossega minha boca
Me enche de luz

Sonífera Ilha
Descansa meus olhos
Sossega minha boca
Me enche de luz

Não posso mais viver assim
Ao seu ladinho
Por isso colo o meu ouvido
No radinho
De pilha
Pra te sintonizar
Sozinha, numa ilha

Sonífera Ilha
Descansa meus olhos
Sossega minha boca
Me enche de luz

Sonífera Ilha
Descansa meus olhos
Sossega minha boca
Me enche de luz

Sonífera Ilha
Descansa meus olhos
Sossega minha boca
Me enche de luz

Sonífera Ilha
Descansa meus olhos
Sossega minha boca

Administração do MP-AP reúne com promotores de Oiapoque e do Vale do Jari para avaliar condições de trabalho

Dando continuidade ao Plano de Gestão para o biênio 2019-2021, a procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Amapá (MP-AP), Ivana Cei, o chefe de gabinete, João Furlan, e o secretário-geral do MP-AP, Alexandre Monteiro, reuniram na última segunda-feira (21), na Procuradoria-Geral de Justiça, com os promotores de Justiça titulares das Promotorias de Justiça de Oiapoque, Laranjal do Jari e Vitória do Jari. O encontro visa avaliar as condições de trabalho para promover melhorias que vão refletir na qualidade do atendimento ao público.

As Promotorias de Justiça localizadas nos dois municípios localizados nos extremos do Estado, ao Norte, na fronteira com a Guiana Francesa, e ao Sul, na fronteira com o Pará, foram as únicas que não foram visitadas pelos membros da administração do MP-AP. O cronograma previsto para o primeiro semestre de 2020 foi suspenso por conta da pandemia de Covid-19.

A PGJ apresentou as medidas que foram adotadas, a partir das demandas apresentadas pelos promotores de Justiça das três Promotorias reunidas, principalmente para atender o período de quarentena, como os investimentos em tecnologia e software para viabilizar as participações em videoconferências, bem como nas recentes aquisições de aparelhos de telefonia móvel e modem para apoio às Promotorias de Vitória do Jari e Oiapoque, que são municípios com serviço de internet inconstantes.

Em seguida, a coordenadora das Promotorias de Justiça de Laranjal do Jari, Samile Alcolumbre de Brito, o coordenador das Promotorias de Oiapoque, David Zerbini, e o titular da Promotoria de Vitória do Jari, Saullo Patrício, expuseram as situações, principalmente de pessoal, a serem observadas pelos gestores. Deram suas contribuições, os promotores de Justiça de Laranjal do Jari: Benjamin Lax, Fabiano Castanho e Clarisse Alcântara Lax, e o promotor de Oiapoque, Eduardo Kelson de Pinho.

João Furlan e Alexandre Monteiro falaram sobre o suporte à atividade fim e quanto às questões de melhorias na estrutura física da unidade de Vitória do Jari. Em relação aos serviços, informaram que a equipe do Departamento de Gestão Administrativa deverá fazer a verificação in loco, a fim de realizar o levantamento das necessidades.

Para auxiliar os promotores de Justiça na instrução de procedimentos judiciais e extrajudiciais, a PGJ informou sobre o convênio firmado com a Universidade Federal do Amapá (Unifap) e a Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária do Acre (Fundape), que estarão prestando esse serviço qualificado à instituição, por meio de demandas que deverão ser encaminhadas ao Núcleo de Apoio Técnico Administrativo do MP-AP (NATA) que coordenar esse apoio às Promotorias.

“Ficou faltando nossa visita ao Oiapoque e nas Promotorias do Jari, que por conta da Covid-19 tivemos que suspender, por isso convidei vocês para virem aqui pontuar o que mais pode ser feito para melhorar nossos serviços”, encerrou Ivana Cei, reafirmando seu compromisso em apoiar os membros e servidores que atuam nas unidades do MP-AP em todo o Estado.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Texto: Gilvana Santos
Contato: [email protected]

Música de agora: Bicho Solto – Seu Pereira e Coletivo 401

Bicho Solto – Seu Pereira e Coletivo 401

Eu te olhando assim, louco
Tu me olhando sã, séria
Eu querendo a matéria
Você querendo um pouco
De atenção, sentimental
Eu pulando o Carnaval
Você com os pés no chão

Eu te olhando assim, louco
Tu me olhando sã, séria
Eu querendo a matéria
Você querendo um pouco
De atenção, sentimental
Eu pulando o Carnaval
Você com os pés no chão

Menina eu sou bicho solto
No meio da brincadeira
Se não queres, tem quem queira
Ganhar carinho e chamego

Se eu fosse teu nego
Te dava tanto do cheiro
Que esse mês de Fevereiro
Você não ia esquecer

Deixa de besteira
A vida é tão passageira
Passa amor a vida inteira
Mas você passa e não vê

Eu te olhando assim, louco
Tu me olhando sã, séria
Eu querendo a matéria
Você querendo um pouco
De atenção, sentimental
Eu pulando o Carnaval
Você com os pés no chão

Nota do MP-AP em repúdio à violência policial incidente sobre a população preta

O Ministério Público do Estado do Amapá (MP-AP), por meio da Promotoria da Auditoria Militar e Centro Operacional de Apoio a Cidadania (CAO-Cid) , manifesta-se publicamente em repúdio aos atos de violência policial praticados pela guarnição (VTR 0218) do 10ª Batalhão da Polícia Militar do Amapá (BMPM/AP) durante abordagem policial que resultou em agressão injustificada a casal de pessoas pretas e seus familiares, no último dia 18, fatos ocorridos no loteamento São José, na cidade de Macapá, Estado do Amapá.

Cumpre ressaltar que o Ministério Público Brasileiro, por meio do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), trabalha para adequar as resoluções que tratam do Controle Externo da Atividade Policial às disposições do art. 53 do Estatuto da Igualdade Racial (Lei n°12.288/2010), que determina a adoção pelo Estado de medidas especiais para coibir a violência policial incidente sobre a população preta e ao Direito Internacional dos Direitos Humanos, voltado para o enfrentamento da seletividade racial no sistema de justiça e segurança pública.

No âmbito do Ministério Público do Estado do Amapá, a Promotoria da Auditoria Militar – atenta ao seu papel de preservar as garantias da ampla defesa, contraditório e ao devido processo legal – requisitou à Corregedoria da Polícia Militar que adote todas as providências necessárias de forma a garantir a apuração dos fatos e punição dos culpados na forma da lei.

Por fim, considerando que a violência policial é endêmica e tem suas raízes num passado marcado pelo autoritarismo socialmente implantado, o MP-AP, por meio do Centro de Apoio Operacional da Cidadania promoverá ações que levem à reflexão dos agente públicos responsáveis e à mudanças dos paradigmas que norteiam a segurança pública no Estado do Amapá.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Contato: [email protected]

Pedra Branca recebe duas patrulhas mecanizadas

A agricultura familiar de Pedra Branca do Amapari recebeu o reforço de duas patrulhas mecanizadas que passam a integrar a frota de maquinário da Infraestrutura do município. As máquinas dão apoio aos mais de 100 produtores rurais assentados nas comunidades ao longo da rodovia Perimetral Norte.

As patrulhas mecanizadas foram adquiridas mediante articulação parlamentar do senador Davi Alcolumbre junto à Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM. A chegada do maquinário foi comemorada pelo secretário municipal, Eduardo Cantuária, uma vez que ampliará a oferta da produção. “Temos feito importantes investimentos na agricultura, desde o auxílio na preparação do solo, no plantio, até a colheita, e com esses novos tratores e carroças esse atendimento será ampliado”, disse.

A aquisição dos equipamentos influencia diretamente no desenvolvimento da economia local e na qualidade de vida do produtor e agricultor. O convênio garantiu o investimento de R$ 487.000 mil para a compra dos equipamentos.

Assessoria de comunicação da Prefeitura de Pedra Branca do Amapari

MP-AP participa de Missa que marca o início das peregrinações do Círio 2020

O Ministério Público do Amapá (MP-AP) participou na noite de sábado (19), da missa celebrada na Catedral São José, pelo bispo de Macapá, dom Pedro José Conti. O ato litúrgico, para a bênção das imagens de Nossa Senhora, marcou o início das peregrinações do Círio de Nazaré 2020. A celebração religiosa contou com a presença de representantes da sociedade civil e das instituições públicas e privadas do Estado.

A gerente da Divisão de Cerimonial do órgão ministerial, Nara Velasco, participou da celebração, como integrante da Comissão do MP-AP para organizar a visitação à Santa dentro da instituição. Este ano, por conta da pandemia, a Imagem Oficial da Santa foi restrita aos ambientes preparados pela Diocese, para evitar aglomeração. Cada órgão adquiriu sua própria Santa.

As imagens de Nossa Senhora de Nazaré apresentadas por cada instituição foram benzidas e enviadas para a ornamentação dos altares, para peregrinação das famílias e entidades públicas ou privadas, que todos os anos recebem a visita da Imagem Peregrina oficial, durante o período que antecede o Círio.

Peregrinação

Por conta da pandemia da Covid-19, a programação da peregrinação com a Imagem Peregrina foi restrita aos ambientes preparados pelas instituições visando evitar aglomerações. No período de 21 de setembro a 8 de outubro as imagens abençoadas estarão expostas nas instituições para os momentos de devoção, oração e homenagens.

Este ano, 47 instituições, entre órgãos públicos e organizações privadas, se inscreveram antecipadamente para participar da programação oficial em homenagem à Virgem de Nazaré. Além dessas, outras podem ainda organizar os ambientes para realizar suas homenagens.

A comissão do Círio de Nazaré, sob a motivação do bispo de Macapá, dom Pedro Conti, incentiva os fiéis católicos devotos de Nossa Senhora de Nazaré a enfeitarem e prepararem, durante todo este período, as residências e ambientes oportunos em homenagem à Virgem.

O Círio de Nazaré

Em 2020, por conta da pandemia, após missa do Círio na Catedral de São José, e também em cada igreja matriz paroquial, a tradicional procissão será substituída este ano por percursos, divididos em quatro Vicariatos (por grupos de paróquias), da imagem em veículos pelas ruas de Macapá, no dia 11 de outubro, pelo trajeto que ocorreria o cortejo. Em cada carreata será possível doar alimentos para as famílias carentes da cidade e donativos em dinheiro.

O Círio de Nazaré em Macapá é a maior festa religiosa do Estado e acontece há 86 anos, sempre no segundo domingo de outubro. A manifestação católica faz parte do calendário histórico e cultural do Amapá.

Serviço:

Assessoria de Comunicação do Ministério Público do Amapá
Gerente de Comunicação – Tanha Silva
Núcleo de Imprensa
Texto: Elton Tavares, com informações da Diocese de Macapá.
Contato: [email protected]

Lúcia Pimentel gira a roda da vida. Feliz aniversário, tia querida!

Existem pessoas que aparecem em nossas vidas e somem como uma nuvem de fumaça que se dissipa, sem deixar nada além de breve lembrança. Em alguns casos boas, noutros nem tanto. Com o tempo, delas tiramos somente o aprendizado – Ou o cinismo, como diria Cartola. E existem aquelas que chegam para ficar, marcam território e a gente nem sabe mais como viver sem esses afetos. É o caso de Lúcia Pimentel, que hoje gira a roda da vida pela 59ª vez, mas com corpo e rosto de ‘30’ e com toda a beleza de ser um ser humano ímpar neste planeta.

Lúcia é aquele tipo de pessoa indizível, que de narrar, a gente nem acredita que existe mesmo. É a dedicada mãe da linda Danielle, esposa e parceira do Pedro Aurélio, irmã apaixonada, advogada, zootecnista, fazendeira, servidora da Caesa, torcedora fervorosa do Clube Náutico Capibaribe, cuidadora de animais (principalmente cavalos), minha querida e linda tia “postiça” preferida e amiga que tanto amo.

A gente não pensa igual em muitos aspectos, mas faz parte e gosto de ter a Lúcia por perto. Já disse e repito: trata-se de uma pessoa de verdade, que não esconde imperfeições e derrama uma sinceridade cativante. Lúcia tem uma luz particular, que irradia e alcança verdadeiramente as nossas vidas, com seu afeto, que transparece por seus sorrisos, sotaque, conselhos, engraçadíssimas histórias de vida, cuidado e amor. Principalmente com seu marido, com nossa amada nonagenária, minha linda “vó Peró” e com os pequenos de nossa família. Sim, as crianças são loucas por ela. Não, na verdade, todos somos.

2020 não foi e ainda não está fácil para nenhum de nós. Mas para alguns, foi mais difícil. Lúcia teve um baita susto no início do ano, quando meu tio (e também amigo demais), seu marido, sofreu um acidente. Tudo acabou bem e, tanto ela quanto nós, agradecemos sempre. E a gratidão a ela é com ênfase, pois cuida do Pedrão como ninguém.

Outra coisa que não tem como não repetir, é que não lembro de nada, de nenhum episódio que desabone sua conduta desde que a Lúcia entrou para nossa família. O amor e respeito mútuo por todos nós é lindo de ver e de sentir. Sobretudo com a vovó e para com a tia Maria.

Inteligentíssima, bonita, honesta, trabalhadora, sincera, carismática, prestativa, desprovida de frescura, discreta e dona de uma positividade invejável, faz da Lúcia essa mulher fantástica.

De um tempo pra cá, Lúcia resolveu mudar alguns hábitos, e está levando uma vida mais saudável. E ela tenta me levar junto. Mas sou um gorducho de uma figa que odeia caminhar ou malhar, mas sei que a insistência é preocupação e amor. Agradeço por isso também.

Sinto que posso contar com a Lúcia para qualquer coisa. E é recíproco. E digo mais, nossa brodagem é inabalável e sem prazo de validade. Só se um de nós pirar e virar outra pessoa, o que é impossível.

Algumas pessoas são verdadeiras dádivas. Como a Lúcia! Querida doutora-tia-amiga, que tu tenhas sempre saúde, mais sucesso e felicidades em tudo que desejas realizar. Gordão aqui te ama. Aliás, nós te amamos. Parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

Elton Tavares

Atravessar o Rio de Cada Dia – Crônica paid’égua de Fernando Canto

Fernando Canto – Anos 70, em Belém (PA).

Crônica de Fernando Canto

Recebi do amigo Gama um poema onde o autor lembra os inúmeros episódios que vivemos na época de estudantes em Belém. Estávamos nos meados da década de 70. O governo militar havia fechado o Congresso no famoso “pacote de abril” e instaurara a figura do senador biônico, entre tantas outras anomalias criadas contra a democracia. Tudo em nome da ordem e da manutenção do status quo, que perduraria por mais 10 anos.

O poeta me contou da largura do rio que conheceu como uma ponte bailante ao som do vento, nas longas travessias que percorreu em busca de algo bom. No seu camarim de madeira flutuante disse dos dias e noites que passou ouvindo o barulho dos motores e cheirando o óleo queimado no vai-e-vem da rede em que sonhava.

Nas margens opulentas dos furos entre as ilhas pôde sentir o preparativo da longa ópera que se descortinava em nosso futuro. E viu policiais armados com porretes batendo os estudantes que debatiam o regime político. E viu todos nós correndo como loucos “sobre os paralelepípedos desnivelados para se esconder”. E respirou, aliviado, “sentindo ainda o bafo quente daqueles cavalos ofegantes/ ouvindo o estalido agudo da ferradura/ na distante noite escura”, em que tantos foram tantas vezes presos que viram fenecer seus sonhos, que roeram seus próprios quebrantos na ausência da luz.

O poeta me fala da sua necessidade de voltar a terra, do inevitável compromisso familiar assumido e do rio que parecia ter se alargado mais na hora da volta. Era um abismo, mais que um pélago oceânico, era um abismo de imensurável fundura. Mesmo assim recolheu a âncora no cais do porto e singrou, quase exaurido, em sua epopéia estudantil vencida e terminada.

No curso das nossas vidas, pela dor, redescobre os nós bem antes apertados, porém que se tornaram frouxos, distantes e reticentes. Informa que não somos mais os mesmos, posto que o mundo e seus problemas são maiores. Nós nos descrevemos em palimpsestos, e escrevemos novas histórias em nossas lembranças, “agora a nossa menor distância”, ele me diz.

Verdade, não há mais cantorias na casa do Isnard, lá em Belém, e o violão acompanhando “Devaneio” entre doses de caipirinha e um Minister colocado na ponta da corda de aço. Nem nas férias em um domingo de sol na Fazendinha se ouvirá mais o canto revolucionário de Vandré cantando aos berros “Pra não dizer que não falei das flores” para um público ignorante dos problemas brasileiros. O som da viola em sol maior não permanecerá vívido na lembrança de que “O terreiro lá de casa/ não se varre com vassoura/ varre com ponta de sabre/ e bala de metralhadora”. Ah, e depois, será que nos lembraremos de Glauber com o seu premiado “Deus e o Diabo na Terra do Sol”?

Mudamos sim, velho camarada, sem perceber que sabemos do “equilíbrio de uma cor”, que sabemos que “o mundo é outro e outros somos nós”, como me dizes. Ser outro é o retrato da mudança, pois mudar significa se deslocar de um lugar ou de um tempo para outro, transformar a sua própria realidade com todos os senões que vida traz, com todo o rufar dos tambores que nos despertam para que não fiquemos sem memória.

E viver, tens razão, é lembrar, é não deixar morrer a chama de Mnémone, mas também atravessar com coragem o rio de cada dia, às vezes mais largo, abissal em suas entranhas, mas às vezes estreito como um córrego em minha realidade.

**Fotos encontradas no Google, blogs da Alcinéa Cavalcante e Fernando Canto.