Por José Marques Jardim
Usaremos este espaço a partir de hoje, para falar um pouco sobre a mágica etílica dos vinhos e o resultado dos complicados processos de sua produção. Mas não nos prenderemos somente aos vinhos, sinônimo de glamour e sofisticação. Trataremos também de outras bebidas, entre elas a popular cerveja. O objetivo deste espaço é repassar ao leitor, a oportunidade de reconhecer, identificar e degustar uma boa bebida. Então, saúde!!

– Nossa primeira dica é sobre o condicionamento da garrafa, que não deve ficar na vertical, como em maioria dos supermercados. Isso vale para os vinhos com rolha de cortiça. O condicionamento horizontal é indicado para que o líquido fique em contato direto com a fibra vegetal da tampa, o que impede que ela resseque. A rolha úmida permite uma garrafa tampada eficientemente por mais tempo, sem entrada de ar. Dessa forma o vinho não ficará ácido e nem terá aquele paladar “avinagrado”. Detalhe; depois de aberta a garrafa, a coisa muda totalmente. Conserve-a na vertical para evitar contato do líquido com a cortiça, que já foi contaminada pelo ar.
– Você já se perguntou entre um gole e outro, quantas uvas são necessárias para produzir uma garrafa de vinho? Então vamos lá. A média para cada garrafa é de seiscentas uvas, e tanto faz a chardonnay, brancas, quanto as pinot noir ou meunier.
– Vamos falar sobre os brazucas? Pois bem, saiba a origem de tudo. As primeiras videiras chegaram por aqui 32 anos depois que Cabral desembarcou na Bahia. Elas foram trazidas na expedição de Martim Afonso de Souza, fundador da cidade de Santos (São Paulo). Já a primeira vinha foi cultivada por Brás Cubas.
– Lá vai outra. O saca rolhas é uma invenção dos ingleses datada de 1795. As rolhas eram importadas da Espanha e de Portugal.
Agora que já dá para degustar seu vinho sabendo de algumas coisinhas e poder comentá-las vamos a uma combinação interessantíssima. Vinhos e gastronomia. Comecemos pelo queijo, elemento leve que combina magistralmente com o vinho.
Separei quatro harmonizações. Vamos lá?
O primeiro é o EMMENTAL. Um queijo suíço de massa amarelo claro, macio e sabor adocicado. Sirva ele puro ou um leve sanduíche. Gratinado também vai bem. Ele casa com vinhos tintos Pinot Noir e Cabernet Sauvignon.
O segundo queijo é o GORGONZOLA, de massa cremosa ou quebradiça e sabor ligeiramente salgado. Sirva puro. Ele combina com um bom tinto encorpado tipo San Giovese.
O PARMESÃO, de textura firme e sabor picante e ligeiramente salgado, casa puro ou em saladas, ralado sobre massas, com um tinto Cabernet Sauvignon.
O PROVOLONE, com sua massa amarelo clara, sabor defumado e picante (não muito) pode ser servido puro, assado ou à milanesa. A pedida é com os tintos Pinot Noir e San Giovese.
ROQUEFORT
Características: Feito de leite de ovelha, levemente cremoso e úmido, e com veios azul esverdeados da maturação por Penicillium Roqueforti.
Como servir: Com saladas, outros queijos e um vinho branco do tipo Semmilon Late Harvest, ou moscato.
TIN TIN e até a próxima.