Tragédia do Novo Amapá completa 36 anos

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Era noite de 6 de Janeiro de 1981, quando o barco ribeirinho Novo Amapá naufragou na foz do rio Cajari, próximo ao município de Monte Dourado (PA), levando as águas mais de seiscentas pessoas. Trezentas destas perderam a vida e dezenas passaram horas de pânico e desespero, imersas na água e na escuridão.

A embarcação, com suporte para transportar no Máximo 400 pessoas e meia tonelada de mercadoria, partiu do Porto de Santana com mais de 600 passageiros e quase um tonelada de carga comercial. Seu destino era o município interiorano de Monte Dourado, com escala em Laranjal do Jari.

A lista de passageiros, segundo a Capitania dos Portos na época, tinha registrado cerca de 150 pessoas licenciadas pelo despachante Osvaldo Nazaré Colares. Mas na embarcação havia mais de 650 vidas. O despachante (falecido em abril de 2001, vitima de Dengue Hemorrágica) afirmou que só foi informado da tal lista após já ter partido há certas horas e que a lista foi deixada sob sua mesa, quando ele estava ausente.NA

Segundo a lista da Capitania dos Portos do extinto Território Federal do Amapá, menos de 180 puderam sobreviver.

Um dos donos do barco morreu no acidente, e o outro, Manoel Jesus Góis da Silva, recuperou a embarcação, que voltou a navegar. O barco foi içado do fundo do rio no mesmo ano do acidente. O nome foi mudado para “Santo Agostinho” e até 1996, a embarcação fez a rota Belém-Santarém-Belém, no Estado do Pará.

O fato entrou em processo jurídico um ano depois da tragédia o advogado Pedro Petcov assumiu o caso, rolando pela Justiça Federal por quase 15 anos. Após a morte do advogado em 1996, o caso foi arquivado sem ter alcançado o principal objetivo: indenizar os familiares das vitimas mortas e os sobreviventes. E lá se vão 36 anos da tragédia.

* Texto encontrado no extinto Portal Extra
**Imagem cedida pelo jornalista Edgar Rodrigues.

SOLIDARIEDADE: VAMOS AJUDAR A NAÍRA DE SENA

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Amigos, precisamos ajudar a marabaixeira Naíra de Sena, que hoje, de maneira trágica, perdeu sua residência e todos os pertences em um incêndio, do qual ela e as pessoas que estavam na casa saíram apenas com a roupa que estavam vestidas.

Ela está sendo amparada por amigos e familiares, mas precisa de roupas, louças, material de construção, roupas de cama e banho, material de higiene. Toda ajuda é importante neste momento e que esta mulher de garra e que preza pelas tradições e cultura amapaense, precisa de solidariedade e carinho.

Sapato: 37
Calça: 40
Blusa e calcinha: M

Quem quiser ajudar, pode deixar o material na Seafro, onde ela trabalha, localizada na Rua General Rondon entre Ernestino Borges e Raimundo Álvares da Costa – Laguinho.

Conta para depósito:
Banco do Brasil
C/c: 70.595-0
Ag: 0261-5

Suelen Cristina Waldeck de Souza (nora)
Telefones de Contato da Naíra:
99178 – 7560 – Paulo Roberto (filho)
99207 – 0056

Música de agora: Knockin’ On Heaven’s Door – Guns N’ Roses em homenagem ao time da Chapecoense

Knockin’ On Heaven’s Door (Batendo na porta do céu) – Bob Dylan – Guns N’ Roses em homenagem ao time da Chapecoense

Mamãe tire este distintivo de mim
Eu não posso usa-lo nunca mais
Esta ficando escuro, escuro demais para ver
Estou me sentindo como se estivesse batendo na porta do paraíso

Exatamente como muitas vezes antes
Exatamente como muitas vezes antes
Exatamente como muitas vezes antes
Exatamente como muitas vezes antes

Mamãe ponha as minhas armas no quintal
Eu não posso atirar com elas nunca mais
Aquela nuvem grande e escura esta abaixando
Estou me sentindo como se estivesse batendo na porta do paraíso

Exatamente como muitas vezes antes
Exatamente como muitas vezes antes
Exatamente como muitas vezes antes
Exatamente como muitas vezes antes

Somos todos Chapecoense – Texto lindo de Arthur Crispin

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Costumo dizer que futebol é metáfora da vida e talvez por isso esse lance com a Chapecoense me deixa tão triste. Porque, por mais que torçamos pra São Paulo, Flamengo, Corinthians, Vasco, Palmeiras, Santos e outros grandes times, na vida a gente é mesmo uma Chapecoense. A gente sonha, luta, batalha, joga fechadinho na defesa, aguenta pressão no trabalho, salva bola em cima da linha no último minuto e quer ser campeão de algo, vibrar com a felicidade, alçar vôos altos.

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A gente é Chapecoense na vida porque, por mais que algumas vezes queira e em outras se sinta impotente, está lá, sempre na peleja. Nem sempre com torcida a favor, às vezes com o estádio da vida lotado, tentando virar o jogo fora de casa, mas estamos lá, buscando nossa realização, nosso conto de fadas.

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A gente adotou a Chapecoense porque ela é gente da gente. Com essa queda, a gente vê como se importa com bobagem, como perde energia com coisas pequenas, inclusive por aqui. Como a gente se demora em questões que não geram amor. ”Donde no puedas amar, no te demores”.

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Já que vamos seguir na vida, é preciso ser mais Chapecoense. Se encontrar mais, sorrir mais, discordar quando for necessário, mas se respeitar mais. Cultivar os afetos, deixar os desafetos pra lá, nos livrar das âncoras e seguir com as velas. É preciso seguir, é preciso soprar. Vamo, vamo, Chape. Na metáfora dessa vida, jogo de futebol eterno, Chape somos nós.

Arthur Crispin

*Contribuição do amigo Fernando Bedran. 

Nota de Falecimento – Idevan Oliveira

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Morreu no fim da noite da segunda-feira, 7, o empresário Idevan Oliveira, dono da tradicional sorveteria Jesus de Nazaré e do restaurante Bizzum da Pizza. Ele tinha 52 anos, e estava em coma após uma cirurgia cardíaca.

Em outubro, o empresário estava em São José do Rio Preto visitando o filho quando se sentiu mal. Exames demonstraram que era necessário que ele passasse com urgência por uma cirurgia de peito aberto para colocação de duas mamárias e uma safena.

A cirurgia correu bem, mas no pós-operatório ele teve dois AVCs que impediram a circulação de sangue no cérebro”, comenta um amigo da família.

No último domingo, 6, já com a morte cerebral, a família foi informada pelo médico que Idevan Oliveira teria no máximo 72 horas de sobrevida. A previsão se confirmou às 23h48min da segunda-feira, horário local.

Os pais do empresário, que são bastante idosos e moram em Macapá, foram avisados apenas na manhã desta terça-feira, 8, sobre o falecimento do filho, para que fossem poupados de uma noite inteira de insônia e tristeza.

O corpo do empresário está sendo transladado para São Paulo, de onde seguirá para Macapá. A previsão de chegada é 3h da madrugada da quarta-feira, 9. O local do velório ainda não foi anunciado pela família.

Fonte: SelesNafes.Com

 

Até a próxima, mestre Tãgaha Soares!

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Neste domingo (25) perdi um grande amigo. Um dos maiores que fiz no jornalismo. Pai, filho e avô amoroso, humanista, escritor, poeta, músico e excepcional jornalista, Tãgaha Soares Luz, um cara simplesmente PHoda. Desculpem, mas nenhuma outra expressão me vem à cabeça para defini-lo melhor.

Meio índio, meio caboclo, natural do Pará e amapaense de coração, Tãgaha, nome de pássaro dado ao Raimundo pelos índios de Oiapoque, era a sabedoria na simplicidade, admirável. O querido Tãga partiu com 50 anos de vida, muita vida. Vitima de um infarto, fez sua passagem na tarde, ou início da noite, de ontem.

Estou triste pela falta que ele fará e pelas saudades que sentiremos, mas feliz por ter conhecido, convivido e ter sido amigo deste cara e tanto.

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No início de 2011, em meio a um turbilhão de acontecimentos, comecei a trabalhar com várias figuras porretas. Algumas me ajudaram a melhorar como profissional (e fazem isso até hoje). Um deles foi Tãgaha Soares. Aliás, ele era senhor deste nobre ofício. A amizade com o cara surgiu de repente, por meio trampo. Suas atitudes, integridade e honradez logo me chamaram a atenção.

O homem é justo, de bem e do bem. Para mim foi conselheiro, revisor, meio pai, meio irmão e exemplo de profissional. Mas parecia que conhecia o Tãga a vida toda , de tanto respeito, admiração e consideração que tenho por ele. Nunca o vi sacanear alguém.

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O velho índio louco era feito de talento e amor. Amor pelos filhos, pelos amigos, pelos colegas de trabalho e profissão de jornalista.

Eu sempre pensava, de onde veio este ser, que quase vira padre, rezava uma linda oração como guia, tinha vivência com os índios, que adotou como nome, um pássaro e sobrenome, Luz, a vida. Era isso, liberdade e luz” – disse Mariléia Maciel.

Também não sei de que planeta ou dimensão o Taga veio, Léia, mas ainda bem que ele pintou aqui e alegrou nossas vidas. Todas as vezes que precisei, o cara me auxiliou. Além de amizade, sinto gratidão pela sua força de sempre. Tãgaha Luz não iluminou somente o meu caminho, mas o de todos com quem conviveu.

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De repente, Tãga vai tomar uma com o Paparazzo, no boteco celestial da dona Euda, quem sabe….

Tãga foi um cara genial, com um talento ímpar e com um coração maior que ele. Obrigado por tudo, seu velho índio sacana, e desculpe se alguma palavra deste texto estiver fora de lugar ou com erro de digitação, pois não conto mais com o meu maior e melhor revisor. Até a próxima vez, amigo!

Elton Tavares

*O velório do Taga será na Capela São José, na Rua Jovino Dinoá, esquina com a Cora de Carvalho, a partir das 6h. Ele será sepultado em Bujaru (PA).

“O encantamento das águas ” – Sobre Domingos Montagner

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Como nortista da “gema” fui criada com rezas, estórias, lendas e mitos. Estradas de água, Rios de junções e Igarapés. Minha avó materna e tias benzedeiras sempre me alertavam que crianças não batizadas não poderiam entrar n’água sem pedir licença para a mãe d’Água e, cada vez que infringia isso, meus meninos não dormiam a noite inteira. Se era força do meu pensamento ou outra coisa, ainda não sei, mas respeito à água (Lagos, Igarapés, Rios e Mares) com a deferência de como fui criada. Rogo que “o encantamento das águas ” abracem Domingos: o personagem foi tão real que o “São Francisco o “encantou” para a eternidade. Acreditando nisso amenizamos a tristeza!

Elayne Ramos Cantuária – Juíza de Direito. 

Pioneira Luzair Costa, que vinha lutando contra o câncer, morre aos 74 anos

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O cortejo foi digno de um chefe de poder, com honras fúnebres, batedores da Polícia Militar e a presença do governador, deputados, membros do Poder Judiciário além de gente humilde que foi dar o último adeus a pioneira Luzair Costa, falecida na quinta-feira, 1, por volta das 18h.

Luzair Maria Nascimento da Costa tinha 74 anos e vinha lutando há vários meses contra um câncer que iniciou no pâncreas. A doença só foi detectada este ano, o que retardou o tratamento. O câncer de pâncreas não apresenta sinais específicos, o que dificulta o diagnóstico precoce. Os sintomas dependem da região onde está localizado o tumor, e os mais perceptíveis são: perda de apetite e de peso, fraqueza, diarreia e tontura.
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Mesmo doente, “Dona Loló”, como era conhecida, continuava a rotina diária de receber amigos, cuidar de enfermos e dar comida aos pobres. “Era surpreendente a hospitalidade e generosidade dessa mulher, que mesmo sem muito estudo, era de uma sabedoria ímpar e de uma bondade inigualável”, disse emocionada a professora doutora Norma Iracema, docente da Unifap.

O governador Waldez Góes, que ficou durante toda a cerimônia, destacou que “não deve ter sido fácil, com todas as limitações, criar e educar 10 filhos e quase 40 netos e ainda ter disposição para ajudar o próximo”. E emendou: “Dona Luzair sempre se orgulhava do fato de filhos e netos terem conseguido lugar de destaque na vida pública”.

O deputado Cabuçu, filho do pioneiro Miguel Pinheiro Borges, lembra da amizade que o pai nutria com o casal Heráclito e Luzair e do esforço do casal em criar os filhos. “Minha família, assim como a de dona Loló, é numerosa, e sabemos o quanto é difícil garantir o pão de cada dia, muito mais a educação diária”.

O deputado estadual Pedro DaLua, emocionado, disse que muitas decisões políticas importantes para o estado foram tomadas na mesa do café de dona Loló. Desde as 6h da manhã, filhos e amigos chegavam todos os dias para visita-la, conversar com ela e ouvir seus conselhos. “Será difícil entrar em sua casa e saber que ela não estará mais lá para nos receber”, disse.

Para o médico e deputado Antônio Furlan, o maior exemplo de dona Luzair foi a humildade. Ele esteve com ela, no hospital São Camilo onde foi internada, poucos minutos antes do falecimento e foi o primeiro, junto com o deputado DaLua, dos amigos da família, a chegar. “Ela era incapaz de pedir qualquer coisa. Mas seus atos de bondade e sua generosidade nos compeliam e estar a postos para ajudá-la em seus propósitos”.

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Os filhos

Dona Luzair foi mãe do advogado Lucivaldo Costa (chefe do núcleo de Defensoria Pública em Porto Grande), Ronaldo Costa (servidor público estadual e pastor evangélico), Heraldo Costa (juiz de direito da Comarca de Tartarugalzinho e idealizador do projeto Casamento Comunitário), Leidelene Costa (socióloga), Lenildo Costa (sargento da Polícia Militar), Edinaldo Costa (enfermeiro, advogado e serventuário do TJAP), Elienaldo Costa (contador, ex-secretário de obras em vários municípios e atual gestor do Fundo Municipal de Habitação), Renivaldo Costa (jornalista, sociólogo e diretor-geral da Alap), Renilda Costa (advogada e secretária de Estado da Saúde) e Heráclito Junior (administrador e servidor dos Correios).

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Biografia

Luzair Maria Nascimento da Costa nasceu em 11 de janeiro de 1942 na cidade de Afuá, Estado do Pará. Desde cedo, passou a ajudar os pais, Jerônimo Ferreira e Maria Nascimento, nas atividades extrativistas, pesca, plantio e no cuidado dos irmãos menores.

Ainda adolescente, conheceu o companheiro Heráclito Mendes da Costa, com quem foi casada por 54 anos. No final dos anos 1960, ela veio para Macapá com o esposo e os filhos Lucivaldo, Ronaldo e o pequeno Heraldo. Na capital amapaense, nasceram Leidelene, Edinaldo, Lenildo, Elienaldo, Renivaldo, Renilda e Heráclito Júnior.

“Nos anos 60 muitos de nossa família vieram para Macapá. A vida ribeirinha, mesmo cativante, era difícil, e nossos pais buscavam a oportunidade de dar formação e mais qualidade de vida aos filhos”, relata a juíza Eliana Nunes Pingarilho, sobrinha e filha de Manoel Nascimento, irmão de dona Luzair.

Em Macapá, a família desenvolveu durante muitos anos o comércio de madeiras e de lá garantiu o sustento e a formação dos 10 filhos. Dona Luzair sempre se orgulhava disso e do fato de filhos e netos terem conseguido lugar de destaque na vida pública.

Evangélica desde os 17 anos, era membro há mais de 50 anos da Igreja Assembleia de Deus. Ela e o marido ajudaram na construção de diversos templos. O sonho dela era ver a catedral da denominação religiosa ser concluída. Ela vinha ajudando na obra. Não conseguiu…

Texto: Caroline Belfor
Fotos: Arquivo da familia

Nota de Falecimento – Luzair Maria Nascimento da Costa

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A Família Nascimento da Costa comunica com pesar o falecimento de sua matriarca, senhora Luzair Maria Nascimento da Costa, ocorrido nesta quinta-feira, 1, no Hospital São Camilo, por volta das 18h.

Luzair era mãe de Lucivaldo (advogado), Ronaldo (servidor público), Heraldo (juiz de direito), Leidelene (socióloga), Edinaldo (serventuário do Tjap), Lenildo (Policial Militar), Elienaldo (servidor público), Renivaldo (jornalista) e Renilda (servidora pública). A todos orientou, instruiu e ajudou na criação dos cerca de 40 netos e quase uma dezena de bisnetos.

Seu corpo está sendo velado na Igreja Celeiro de Benção (Avenida FAB quase esquina com Hildemar Maia). O sepultamento ocorrerá às 17h no Cemitério São José, no Buritizal.

Renivaldo Costa, jornalista e filho da senhora Luzair.

*Aos familiares da senhora Luzair, minhas sinceras condolências, principalmente ao amigo Renivaldo Costa. Que ela faça a passagem em paz e siga seu caminho de luz.

OUÇA BEM O QUE VOU GRITAR NO SEU OUVIDO – Poema de Fernando Canto

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OUÇA BEM O QUE VOU GRITAR NO SEU OUVIDO

Ouça bem o que vou gritar no seu ouvido:
Este avião segrega a minha dor e sequestra meu desejo.
Mas nem assim tirarei o ranço da mochila pra te machucar nesta viagem.
Sou, bem sabes, um viajante extemporâneo hoje em dia,
Ainda que tenha te seguido em prantos
Por desertos e luas paridas sem orgulho.
Sou estratégia, luta e morte agora.
Um calcanhar de sólido e obtuso aço
A deixar pegadas órfãs de grama ao caminhar.
Por ti gestei palavras e poemas
Ensanguentado de mágoas e lâminas enferrujadas no nosso jardim de amarílis, mas não deixei que mesmo à tua voz renitente a dor fosse objeto de vindita.
Mas ouça bem, porque neste avião a manobra de valsalsa me faz surdo e um surto de angústia povoa meu ser, posta a natureza falsa do cabelo da aeromoça que passa me ofertando um tango e um sanduíche no cartão de crédito.
Tiro da cartola um coelho e um moinho de lágrimas e te digo novamente: ouça-me bem, amore, a minha biografia foi filmada em celular e num segundo milhões de acessos contemplei. Ouça -me: despertei do sonho, da prisão do pesadelo que embalava minha rede branca na varanda. Meu coração já não sofre tanto por ti. Ouça -me. Ouça -me! Você pode me ouvir, sim. O avião pousou. Desembarca. Já!

Fernando Canto

NOTA DE PESAR da Secom

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Colega Valdemir Tavares

A Secretaria de Estado da Comunicação (Secom) e a Rádio Difusora de Macapá (RDM) lamentam profundamente a perda prematura do colega Valdemir Tavares, 47 anos, ocorrido na noite desta terça-feira, 2, em Barretos, São Paulo.

Valdemir, que atuava no setor de informática da Secom, foi um exemplo de ser humano e funcionário público dedicado, sempre solícito com os colegas e com os ouvintes da Rádio Difusora, onde desempenhou suas atividades por mais de 20 anos.

Neste momento de dor, manifestamos nossos sinceros sentimentos à família e aos amigos enlutados. Que Deus, em sua infinita sabedoria, possa confortar seus corações.

Secretaria de Estado da Comunicação

Morre Sebastião de Mont’Alverne, um dos maiores violonistas da Amazônia e um grande cara

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O músico e servidor público aposentado, José Sebastião de Mont’Alverne, ex-integrante do grupo Os Cometas, morreu nesta segunda-feira (25), aos 70 anos, em Macapá. Ele estava doente há anos e partiu vítima de um ataque cardíaco nesta manhã.

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Sebastião de Mont’Alverne

José Sebastião de Mont’Alverne foi um dos melhores violonistas do Amapá e da Amazônia. E o melhor que vi tocar. O instrumentista nasceu em Belém (PA), em 19 de março de 1945. Filho do fazendeiro José Jucá de Mont’Alverne e da professora Aracy Miranda de Mont’Alverne.

Sabá só veio morar na capital amapaense aos 12 anos de idade, mas aos nove, o então menino que tinha fascínio pela música, já era um violonista autodidata.

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Zeca se inscreveu no programa “Clube do Gurí”, da Rádio Difusora de Macapá. Na época, o Caboquinho foi incentivado pelo músico Nonato Leal, seu irmão Oleno Leal, além de Walter Banhos. Logo, o menino que evoluiu rápido, estava solando, tornando-se um exímio violonista e entrou para a Regional daquele veículo, acompanhando cantores na rádio como Miltinho, Rosimary, Walter Bandeira.

Ainda jovem, tocou, em Belém, com o cantor Orlando Pereira e banda The Kings, que se apresentavam nos clubes do Remo, Paysandu e Tuna Luso Brasileira. O Caboquinho também foi integrante da banda Os Cometas, que fez muito sucesso no Amapá.

Sebastião Mont’alverne, que era fã do violonista Baden Powell, tocou ao lado de muitos instrumentistas famosos como Sebastião Tapajós, Salomão Habib, Paulo Porto Alegre e Nego Nelson.

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Algumas curiosidades sobre o Caboquinho:

Ele era o único afinador de piano do Amapá. Em 1980, fez um curso em São Paulo que o habilitou para a função. Zeca também foi, em 1962, fotógrafo da campanha do ex governador do Amapá, Janary Nunes, à deputado. Sebastião foi um dos fundadores do “Bar do Gilson”, local que reúne os melhores e mais respeitados músicos de Belém.

Sabá foi professor de violão Clássico, por cinco anos, na Escola Walkíria Lima, aonde chegou ao cargo de diretor. Ocupou o mesmo cargo na Escola de Música Amilar Brenha. O Caboquinho trabalhou também na Universidade Federal do Amapá (Unifap), onde se aposentou do serviço público.

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A Prefeitura de Macapá (PMM) o homenageou, em 2005, com uma Placa, pela grande contribuição para a musicalidade do Amapá. O Conselho Estadual de Cultura o honrou, em 2008, com a “Medalha a Cultura”, pela vida dedicada á música.

O Sabá foi uma figuraça. Homem de bem, que criou três filhos com muita dignidade, além do melhor imitador do modo de falar dos caboclos ribeirinhos, cheios de causos e contos.

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Condolências

“Zeca”, “Caboquinho” ou “Sabá”, sem nenhum exagero, foi um gênio com o violão nas mãos e um grande cara. Sua partida é um baque para a cultura do Amapá, pois o instrumentista foi brilhante. Convivi com ele por um tempo e sempre fui fã do homem.

O corpo de Sebastião Mont’Alverne será velado a partir das 16 horas na capela mortuária São José (Rua Jovino Dinoá esquina com Cora de Carvalho).

Minhas sinceras condolências à família enlutada. Dona Célia, Fabinho, Nara e Guga, meus pêsames e força. Que Deus os conforte.

Elton Tavares

 

O final de semana e o paradoxo emocional

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Fim de semana. Muita gente em clima de festa e outros tristonhos, preocupados com eles mesmos ou com pessoas que amam. Gente desfilando, gente bebendo e gente aflita por um leito…

Mais um final de semana com encontros frustrados, amizades desfeitas, fins de namoro, encontros e desencontros pela vida, como disse Vinícius. Um paradoxo de risos e lágrimas.

Um final de semana com sede de coisas novas, muita insatisfação, descrédito e desejo de mudança e pequenas decepções.

Mais um final de semana com crianças se prostituindo, velhos coronéis ainda no poder e bonecos de ventríloquos maquiando a situação.

Mais um final de semana com sonhos engavetados, paixões idiotas e medo!

Um “weekend” com casamentos, separações, mortes e nascimentos. Com loucos impetuosos e covardes acomodados. Com muita alienação e burrice colorida. E, claro, canalhas demais!

Uma sexta, um sábado e um domingo com sexo banalizado, bebedeiras loucas, alegrias, orações e muitas expectativas de melhora. Risos e lágrimas. A noite promete ser silenciosa com barulho dentro da minha cabeça.

Num final de semana, as boates, bares e hospitais lotam. E a gente segura a onda da fragilidade emocional.

Desejos, promessas, arrependimentos, resignação e diversão. Um fim de semana festivo para muitos e dramático para outros, preocupados com um ente querido.

Enquanto você curte ou reclama da vida, tem gente lutando por ela. Tudo isso num final de semana. Depende de que lado da balança você está. Mas no final de semana também tem muito amor e esperança.

Pense nisso e cuide bem dos seus amores!

Elton Tavares