Nota de Pesar do TSE


Em nome do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro presidente Dias Toffoli lamenta o trágico acidente que vitimou o candidato à Presidência da República Eduardo Campos e equipe, ocorrido em Santos (SP), na manhã desta quarta-feira (13).

Toda a Corte Eleitoral se solidariza com os familiares, amigos e correligionários do candidato e das outras vítimas neste momento de pesar. E ressalta o legado político consistente deixado por Eduardo Campos, evidenciado nas suas passagens por cargos públicos de relevo, como governador do estado de Pernambuco por duas vezes, ministro da Ciência e Tecnologia, deputado federal e estadual.

Fonte: http://www.tse.jus.br/

Morre o ator e comediante Robin Williams aos 63 anos


De acordo com o The Hollywood Reporter e Reuters, morreu o ator e comediante Robin Williams aos 63 anos. Com uma carreira de dezenas de filmes, como “Patch Adams – O Amor é Contagioso”, “Gênio Indomável”, “A Gaiola das Loucas”, “Uma Babá Quase Perfeita”, “Sociedade dos Poetas Mortos” e muitos outros, o ator estava passando há anos por problemas com drogas e alcoolismo. No mês passado, ele se internou em uma clínica de reabilitação novamente. Robin tem lutado contra o vício há décadas, ele já se submeteu a tratamentos contra os vícios em cocaína e álcool.

Hoje, 11 de agosto, aproximadamente às 11:55, a polícia do Condado de Marin, Califórnia, recebeu uma chamada telefônica relatando um homem adulto havia sido localizado inconsciente e sem respirar dentro de sua residência. O gabinete do xerife, assim como o Corpo de Bombeiros de Tiburon (uma vila de Marin) foram enviados para o incidente. A emergência entrou no local às 12h. O indivíduo do sexo masculino, pronunciado morto às 12:02, foi identificado como Robin Williams McLaurin, de 63 anos de idade.


Uma investigação sobre a causa da morte ainda está acontecendo. Informações preliminares desenvolvidas durante a investigação, indicam que Mr. Williams foi visto pela última vez vivo em sua residência, onde reside com sua esposa, a cerca de 10:00 em 10 de agosto. A policia suspeita que a morte foi um suicídio por asfixia, mas uma investigação abrangente deve ser concluída antes de um boletim final. Um exame forense está marcada para 12 de agosto, com testes toxicológicos posteriores a serem realizados.

Williams começou sua carreira em 1977, atuando na TV. Já demonstrando seu talento para a comédia, ele participou de diversos episódios do “The Richard Pryor Show”. Depois de ficar conhecido como o personagem Monk em “Happy Days”, conquistou o sucesso também no cinema já com seu primeiro papel. Em 1980, ele interpretou o marinheiro Popeye, em filme do mesmo nome.

Mas, apesar do destaque como comediante, ele também tem no currículo filmes que comoveram grandes platéias, como “Bom Dia Vitenã” (1987), “Sociedade dos Poetas Mortos” (1989), “Tempo de Despertar” (1990), “O Pescador de Ilusões” (1991) e “Gênio Indomável” (1997), que rendeu um Oscar de ator coadjuvante.

Meu comentário: Triste isso, cara só fez filmes bacanas. Além de talentoso, era um artista carismático. Era um daqueles atores que você vê na capa do filme e já pensa: esse filme deve ser firme. Que siga em paz.

Fausto Fanti, da dupla Hermes & Renato, é encontrado morto em São Paulo


Renato (o terceiro da esquerda para a direita) foi encontrado morto em seu apartamento

Fausto Fanti, de 35 anos, da dupla Hermes & Renato, foi em encontrado morto em seu apartamento no bairro em Perdizes, em São Paulo. A informação foi confirmada ao UOL pela polícia da  23ª Delegacia de Perdizes.

O humorista interpretava o personagem Renato. De acordo com o SBT Brasil, foi um amigo de infância, Adriano Silva e colega no humorístico Hermes & Renato, que encontrou o corpo caído no banheiro com um cinto amarrado no pescoço.

O grupo se tornou popular na MTV Brasil de 1999 a 2009. Depois retornou em 2013. Além de Fausto, o grupo era formado por Marco Antônio Alves, Adriano Pereira, Bruno Sutter e Felipe Torres.

Morre no Recife, aos 87 anos, o escritor Ariano Suassuna


Morreu no Recife, nesta quarta-feira (23), o escritor, dramaturgo e poeta paraibano Ariano Suassuna, aos 87 anos. Ele estava internado desde a noite de segunda (21) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Português, onde foi submetido a uma cirurgia na mesma noite após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) do tipo hemorrágico. Segundo boletim médico, o escritor faleceu às 17h15. “O paciente teve uma parada cardíaca provocada pela hipertensão intracraniana”.

O velório do corpo do escritor começa ainda esta noite, no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, que decretou luto oficial de três dias. A partir das 23h, será aberto o acesso do público ao local. O enterro está previsto para a tarde de quinta-feira (24), no cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife.

Internamentos

Em 2013, Ariano foi internado duas vezes. A primeira delas em 21 de agosto, quando sentiu-se mal após sofrer um infarto agudo do miocárdio de pequenas proporções, de acordo com os médicos, e ficou internado na unidade coronária, mas depois foi transferido para um apartamento no hospital. Recebeu alta após seis dias, com recomendação de repouso e nenhuma visita.

Dias depois, um aneurisma cerebral o levou de volta ao hospital. Uma arteriografia foi feita para tratamento e ele saiu da UTI para um apartamento do hospital, de onde recebeu alta seis dias depois da internação, no dia 4 de setembro.

Na noite de segunda-feira (21), Ariano Suassuna deu entrada no hospital e foi operado após o diagnóstico do AVC. A cirurgia foi para a colocação de dois drenos, na tentativa de controlar a pressão intracraniana. Na noite de terça, o quadro dele se agravou, devido a “queda da pressão arterial e pressão intracraniana muito elevada”, conforme foi informado em boletim.

Ativo até o fim

Ariano Suassuna nasceu em 16 de junho de 1927, em João Pessoa, e cresceu no Sertão paraibano. Mudou-se com a família para o Recife em 1942. Mesmo com os problemas na saúde, ele permanecia em plena atividade profissional. “No Sertão do Nordeste a morte tem nome, chama-se Caetana. Se ela está pensando em me levar, não pense que vai ser fácil, não. Ela vai suar! Se vier com essas besteirinhas de infarto e aneurisma no cérebro, isso eu tiro de letra”, disse ele, em dezembro de 2013, durante a retomada de suas aulas-espetáculo.

Em março deste ano, Ariano foi homenageado pelo maior bloco do mundo, o Galo da Madrugada.  Ele pediu que a decoração fosse feita nas cores do Sport, vermelho e preto, e ficou muito contente com a homenagem. “Eu acho o futebol uma manifestação cultural que tem muitas ligações com o carnaval”, disse, na ocasião.

No mesmo mês, o escritor concedeu uma entrevista à TV Globo Nordeste sobre a finalização de seu novo livro, “O jumento sedutor”. Os manuscritos começaram a ser trabalhados há mais de trinta anos.

Na última sexta-feira, Suassuna apresentou uma aula espetáculo no teatro Luiz Souto Dourado, em Garanhuns, durante o Festival de Inverno. No carnaval do próximo ano, o autor paraibano deve ser homenageado pela escola de samba Unidos de Padre Miguel, do Rio de Janeiro.

Obra

A primeira peça do escritor, “Uma mulher vestida de sol”, ganhou o prêmio Nicolau Carlos Magno em 1948. Ariano escreveu um de seus maiores clássicos, “O Auto da Compadecida”, em 1955, cinco anos depois de se formar em direito. A peça foi apresentada pela primeira vez no Recife, em 1957, no Teatro de Santa Isabel, sem grande sucesso, explodindo nacionalmente apenas quando foi encenada – e ganhou o prêmio – no Festival de Estudantes do Rio de Janeiro, no Teatro Dulcina. A obra é considerada a mais famosa dele, devido às diversas adaptações. Guel Arraes levou o “Auto” à TV e ao cinema em 1999.

O escritor considera que seu melhor livro é o “Romance d’A Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta”. A obra começou a ser produzida em 1958 e levou 12 anos para ficar pronta. Foi adaptada por Luiz Fernando Carvalho e exibida pela Rede Globo em 2007, com o nome de “A pedra do reino”.

Na década de 70, Ariano começou a articular o Movimento Armorial, que defendeu a criação de uma arte erudita nordestina a partir de suas raízes populares. Ele também foi membro-fundador do Conselho Nacional de Cultura.

Após 32 anos nas salas de aula, Suassuna se aposentou do cargo de professor da Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. O período também ficou marcado pelo reconhecimento nacional do escritor – Ariano tomou posse na cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro, em 1990.

Cumpriu sua sentença. Encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca do nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo, morre”.

(A Morte por Ariano Suassuna (1927 – 2014) – Em: O Auto da Compadecida)

Escritor e educador Rubem Alves morre em Campinas aos 80 anos


O escritor Rubem Alves, de 80 anos, morreu no fim da manhã deste sábado (19) em decorrência de falência múltipla de órgãos, segundo o Centro Médico de Campinas (SP). O educador deu entrada no hospital com quadro de insuficiência respiratória devido a uma pneumonia e estava internado desde o dia 10 de julho na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O óbito ocorreu às 11h50. O corpo do escritor será velado a partir das 19h na Câmara Municipal de Campinas.

Na manhã deste sábado, o hospital havia enviado um boletim médico para informar que o paciente teve um agravamento da condição circulatória, e que caminhava para a falência múltipla de órgãos. Nos dias anteriores, Alves havia apresentado piora nas funções renais e pulmonar.

O corpo do escritor será velado na Câmara de Vereadores de Campinas. Inicialmente, a previsão era que a cerimônia iniciasse às 18h, mas, segundo Marcos Alves, filho do educador, houve atraso na liberação do corpo.

Educado em família protestante, estudou teologia no seminário Presbiteriano do Sul. Tornou-se pastor de uma comunidade presbiteriana no interior de Minas e casou com Lídia Nopper, com quem teve três filhos, Sérgio, Marcos e Raquel. O autor afirmava que descobriu que podia escrever para crianças ao inventar histórias para a filha.

Em 1963, viajou para Nova York para fazer uma pós-graduação. Retornou à paróquia em Lavras (MG), no período da ditadura militar, e foi listado entre pastores procurados pelos militares. Saiu com a família do Brasil e foi estudar em Princeton, também nos Estados Unidos, onde escreveu a tese de doutorado, que foi publicada em 1969 por uma editora católica com o título de ‘A Theology of Human Hope’ (Teologia da Esperança Humana).

Retornou ao Brasil em 1968 e demitiu-se da Igreja Presbiteriana. No ano seguinte foi indicado para uma vaga de professor de filosofia na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Rio Claro (Fafi), atual Unesp, onde permaneceu até 1974.

No mesmo ano ingressou no Instituto de Filosofia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde fez a maior parte da sua carreira acadêmica até se aposentar no início da década de 1990. Em 1984 iniciou o curso para formação em psicanálise e teve uma clínica até 2004.

Escritor

O escritor dizia que com a literatura e a poesia começou a realizar seu sonho fracassado de ser músico. Citava como referências Nietzsche, T. S. Eliot, Kierkegaard, Camus, Lutero, Agostinho, Angelus Silésius, Guimarães Rosa, Saramago, Tao Te Ching, o livro de Eclesiastes, Bachelard, Octávio Paz, Borges, Barthes, Michael Ende, Fernando Pessoa, Adélia Prado e Manoel de Barros.

Entre as obras infantis dele estão “A volta do pássaro encantado” e “A pipa e a flor”. Alves escreveu também sobre teologia, filosofia, educação, além de crônicas. É autor de “Tempus fugit”, “O quarto do mistério”, “A alegria de ensinar”, “Por uma educação romântica” e “Filosofia da ciência”, e diversos outros. Em 2009 ficou em 2º lugar do Prêmio Jabuti na categoria Contos e Crônicas, com o livro “Ostra Feliz Não Faz Pérola”.

Educador

Sobre a paixão pela educação, escreveu: “Educar não é ensinar matemática, física, química, geografia, português. Essas coisas podem ser aprendidas nos livros e nos computadores. Dispensam a presença do educador. Educar é outra coisa. […] A primeira tarefa da educação é ensinar a ver. […] Quem vê bem nunca fica entediado com a vida. O educador aponta e sorri – e contempla os olhos do discípulo. Quando seus olhos sorriem, ele se sente feliz. Estão vendo a mesma coisa. Quando digo que minha paixão é a educação estou dizendo que desejo ter a alegria de ver os olhos dos meus discípulos, especialmente os olhos das crianças”.

Em entrevista à Globo News em agosto de 2012, Rubem Alves defendeu que a educação no Brasil deveria passar por mudanças. “Na educação a coisa mais deletéria na relação do professor com o aluno é dar a resposta. Ele tem que provocar a curiosidade e a pesquisa”, disse.

A prova do vestibular também foi alvo de críticas à época. “Se os reitores das universidades fizessem o vestibular, seriam reprovados, assim como os professores de cursinho. Então, por que os adolescentes têm que passar?”, indagou.

Morte e religião

Em um texto biográfico no site oficial, o educador escreveu trechos sobre a morte. “Eu achava que religião não era para garantir o céu, depois da morte, mas para tornar esse mundo melhor, enquanto estamos vivos.”

Nota na íntegra do hospital

O intensivista e cardiologista do Hospital Centro Médico de Campinas, Roberto Munimis, acaba de informar a rápida evolução no quadro do paciente Rubem Alves, que veio a óbito por falência múltipla orgânica, às 11h50 do dia 19 de julho de 2014. Rubem Alves deu entrada no Centro Médico de Campinas no dia 10 de julho de 2014 e desde então está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por apresentar insuficiência respiratória devido a uma pneumonia.

EU MAIOR – entrevista com Rubem Alves

Tristeza: morre o humorista Pádua Borges, o Lurdico da dupla os Cabuçus


O radialista e humorista Pádua Borges, o Lurdico, morreu hoje (17), por volta das 17h,  em sua residência no Bairro do Trem, zona Sul de Macapá. Ele foi vítima de um infarto. Ele tinha 49 anos. 

Os Cabuçus foram criados por Pádua e Nilson Borges em Macapá, em 1992. Faziam sucesso no rádio e na televisão. A dupla era muito popular e conhecida por brincar com o jeito de falar do caboclo da Amazônia.


A dupla lançou 4 CDs, além de revistas em quadrinhos e participaram de inúmeras peças de teatro. Em 2005, Os Cabuçus também ganharam um programa de TV.

Meu comentário: Tem gente que admiro de longe, alguns por talento e outros pelo jeito. Eu admirava Pádua pelas duas qualidades. O cara era expressivo, alegre, espirituoso, sarcástico, inteligente, cômico e gente fina. Tive o prazer de tomar umas cervejas com ele somente duas vezes, ambas no Norte das Águas. 

Eu e todos que sabem da importância de Pádua para a Cultura do Amapá estamos entristecidos, pois o cara foi um artista e tanto. Que faça a passagem em paz. Minhas condolências aos familiares do inesquecível cabuçu. 

A morte sempre chega pontualmente na hora incerta” – Mário Quintana

Adios, Tommy Ramone, membro original e baterista do Ramones(1949-2014)


Tommy Ramone, ex-baterista e produtor do Ramones, morreu nesta sexta-feira, 11, em decorrência de um câncer no ducto biliar. Segundo informações do site da revista Variety, o músico tinha 65 anos e estava em casa, na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, fazendo tratamentos paliativos contra a doença.

Nascido na Hungria, Erdélyi Tamás – nome de batismo de Tommy – participou dos três primeiros álbuns de uma das bandas mais influentes da história do punk – Ramones (1976), Leave Home (1977) e Rocket to Russia (1977) – e coproduziu os dois últimos discos ao lado de Tony Bongiovi e Ed Stasium, respectivamente. O baterista também compôs sucessos como “I Wanna Be Your Boyfriend” e “Blitzkrieg Bop”. Tommy Ramone deixou o Ramones para trabalhar apenas como produtor e foi substituído por Marc Bell (Marky Ramone), um ex-membro da Richard Hell & the Voidoids.

Uma nota oficial foi compartilhada na página da banda no Facebook: “É com tristeza que anunciamos a morte de Tommy Ramone, o baterista original do Ramones, nesta sexta-feira, 11 de julho de 2014”. A mensagem ainda reproduz uma frase de 1978, que é atribuída ao músico: “Ramones não era apenas música: era uma ideia. Era o ato de trazer de volta ao rock todo o sentimento que estava faltando – foi uma explosão para dizer algo novo e diferente. Originalmente, era apenas uma coisa artística; depois, finalmente senti que era bom o suficiente para todo mundo”.

O Twitter oficial do Ramones também noticiou a morte de seu icônico baterista. “Estamos tristes de anunciar o falecimento do baterista fundador dos Ramones, Tommy (Erdelyi) Ramone”.

Sobre o Ramones:

O seminal grupo de punk rock foi criado em 1974, na cidade de Nova York, pelo vocalista Joey Ramone, que morreu em 2001, vítima de um linfoma, e seus companheiros, o guitarrista John Cummings (Johnny Ramone), que morreu em 2004 também por decorrência do câncer, o baixista Douglas Colvin (Dee Dee Ramone), morto por uma overdose em 2002, e Tommy. A banda acabou em 1996 após uma turnê realizada junto ao festival Lollapalooza.

Brasil 1 x 7 Alemanha: choque de realidade

Vai passar.

O Mineiraço de 2014 tá longe de ser o Maracanazo de 1950 e, a médio e longo prazo, esse vexame durante a Copa vai ser bom pra autoestima do brasileiro. Os cinco gols em vinte minutos tiraram todo o país de si e equivaleram a um onze de setembro da vergonha alheia – tudo sob a reação embasbacada de um técnico sem reação, o plot twist mais improvável, de tão forçado. As metáforas sobre o jogo de ontem aparecem quase por geração espontânea, assim como as inúmeras “lições” que ouviremos ou leremos em posts gigantescos nos próximos dias.

Mas vai passar. O que vem a seguir é o que importa.

O apagão. O vexame. A humilhação.


Olhem, meus caros.
Verdadeiramente inacreditável.
Absolutamente inacreditável o que aconteceu ontem.
A seleção brasileira, a rigor, não perdeu.
A seleção brasileira apagou depois do primeiro gol.
Afundou.
Naufragou.
Ficou mesmerizada.
Sem ação.
Em estado de choque.
Andando ao léu.
Correndo sem rumo.
Chutando para o vazio.
Fazendo passes para ninguém.
A Alemanha é um timaço, claro.
É a melhor seleção da Copa, é evidente.
Poderia, indiscutivelmente, ter vencido o Brasil.
Mas por 7 a 1?
Mas fazendo quatro gols em 25 minutos?
E deixando de fazer mais quatro ou cinco porque, visivelmente, tirou o pé e passou mais a administrar o resultado?
Não.
Sinceramente não.
O Brasil, em verdade, mais perdeu do que a Alemanha ganhou.
O que não significa que não mereceu perder da forma vexatória como perdeu.
E agora?
Agora é enxugar as lágrimas, enrolar a bandeira, juntar os cacos e pensar em 2018.
Mas temos que pensar no futuro sem jamais esquecer das causas que levaram o Brasil a sofrer esse vexame.
Esse apagão.
Esse naufrágio.
Essa tragédia.
Uma pena que tenha sido assim!

Morre Walter do Carmo, pioneiro do Amapá


Morreu, na noite de ontem (14), aos 84 anos, o ex-empreiteiro e pioneiro do Amapá, Walter Do Carmo. Ele foi vítima de complicações decorrentes de dois Acidentes Vasculais cerebrais (AVC’s). 

O senhor Walter do Carmo foi quem construiu a BR-156 e inúmeras obras que ajudaram no crescimento e desenvolvimento do estado do Amapá. Sobre ele, o respeitado professor e conhecedor da história amapaense, Nilson Montoril escreveu: 

O falecimento de um familiar, principalmente de genitores é um momento doloroso na vida de todos nós. Eu ainda era garoto quando conheci o senhor Walter Pereira do Carmo, homem arrojado, empreendedor, que participou em profundidade na construção do progresso do Amapá. Como um dos amigos de meu pai e membro do Rotary Clube de Macapá, sempre ia em casa para “jogar conversa fora”. Em tempo relativamente recente, ele congregou um grupo constituído por filhos dos fundadores do Aero Clube de Macapá tentando soerguê-lo e cobrar do governo uma indenização ainda hoje devida à instituição. Eu fiz parte da última diretoria e senti que o tempo estava minando a resistência do seu Walter. Ainda assim, ele lutava com tenacidade para alcançar seus objetivos. Foi amigo de muitos, mas poucos corresponderam ao verdadeiro sentido da amizade. Ele foi brevetado piloto pelo Aero Clube de Macapá, junto do Hamilton Silva”. 

É isso mesmo, a morte de um pai é sempre uma das, senão a pior, coisa que ocorre na vida de todos nós. Não conheci o Sr. Walter, mas conheço três dos seus oitos filhos: o Wank, o Walter Junior e a Márcia do Carmo. Essa última, uma amiga muito querida. 

O velório de Walter do Carmo ocorre na Capela Santa Maria, localizada na Rua Hamilton Silva, 1298, próximo da Avenida Presidente Vargas. A toda família, minhas sinceras condolências e que sua passagem seja boa e que ele siga seu caminho de luz.

Elton Tavares

Vá em paz, tio Ival!


Morreu ontem (5), em Cayenne, cidade da Guiana Francesa (FRA), o mestre de obras aposentado Lourival Neves Vale. Ele era irmão da minha mãe e tinha 61 anos de idade. Tio “Ival” foi vitimado por um câncer no fígado, descoberto tardiamente. 

Como não sou dado a hipocrisias, lamento a perda repentina de meu tio, mas não estou fragilizado, não chorei e nem estou muito triste. Estou sentindo mais pela minha avó materna, que, é claro, está muito abatida (ela perdeu dois dos seus 11 filhos em dois anos). 

Vou explicar. Tio Ival era um cara engraçado, alegre e gente boa, mas não tínhamos convivência alguma. Ele morava em Cayenne há mais de 30 anos e raramente vinha por estas bandas. A última visita dele ocorreu em 2007. 

Tio Ival era um cara cômico, tinha um tique nervoso na perna, assim como eu. Adorávamos quando ele pintava em Macapá quando eu, meu irmão e primos éramos moleques. Era distribuição de franco (moeda francesa que antecedeu o Euro) pra toda a molecada. Além disso, o cara contava lorotas legais, como sua suposta passagem pela Legião Estrangeira e um tiro que ele teria levado na cabeça. 

Bom, ele literalmente “foi pra Caiena”, que Deus ilumine seu caminho e que tenha uma boa passagem para o plano espiritual. Até a próxima, tio Ival. 

Elton Tavares

Adios, Gabriel García Márquez!

De Gabriel García Márquez (1927-2014), que hoje virou eterno, que hoje virou eternidade: 


“A sabedoria é algo que quando nos bate à porta já não nos serve para nada”

“Tudo é questão de despertar sua alma”

“A vida não é mais do que uma contínua sucessão de oportunidades para sobreviver”

“É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem saber ver.”

“Não passes o tempo com alguém que não esteja disposto a passá-lo contigo”


“Quem sabe Deus queira que conheças muita gente enganada antes que conheças a pessoa adequada para que, quando no fim a conheças, saibas estar agradecido.”

“Nunca deixes de sorrir, nem mesmo quando estiver triste, porque nunca se sabe quem pode se apaixonar por teu sorriso”

“Todo mundo quer viver em cima da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpada.”

Boa passagem, Gabo.

Vá em paz, Meton!


Na madrugada desta terça-feira (11), morreu, aos 65 anos, vítima de uma parada cardíaca, o funcionário público federal, Meton Jucá Junior. Meu amigo e sobrinho dele, André Mont’Alverne escreveu.

“Meton era um cara que esbanjava simpatia e espalhava alegria por onde  passava. Um piadista nato e profundo conhecedor do nosso estado. 

Um cara preocupado com o bem de todos que ele queria bem. Toda vez que eu o encontrava, ele saia de onde ele estava pra falar comigo. Me dava um forte  abraço. 

Sempre achei que isso se devia muito a minha semelhança física com meu falecido pai (Deuclides, já falecido, que era primo do Meton). Quem sabe… Eu adorava aquele cara, era um dos meus tios favoritos. Que ele siga em paz! “

André Mont’Alverne 

Meu comentário: Conheci o Meton, ele era contemporâneo do meu pai. Algumas vezes, o presenciei alegrando rodas de amigos. Também ouvi, do Guga Mont’Alverne, muitas histórias sobre ele e sua paideguice. 

Ele era pai do meu amigo Sérgio Buda, tão gente boa quanto seu genitor.  Falei com o Meton na banda, lhe dei um abraço e segui na folia. Que seu jeito descontraído, afável e feliz seja exemplo para todos nós. Minhas sinceras condolências à família. 

Tia Fé, Tantan de Ouro faz seu último desfile no Laguinho ( @MarileiaMaciel )


Foi preciso contar os 60 anos de história  para Boêmios voltar a ser campeão, após 16 sem título, e para que Tia Fé cerrasse os olhos e descansasse tranquila. Maria Felícia Cardoso Ramos foi a primeira costureira da Universidade de Samba Boêmios do Laguinho, esposa do José Libório Ramos, o Matapi, um dos 13 que fundaram a primeira escola de samba do Amapá, na esquina da Mãe Luzia com a Eliezer Levy, enredo contado este ano na avenida. Costureira e  bordadeira, Tantan  de Ouro   do carnaval amapaense, título dado para os que mais se destacavam para fazer uma bela festa, Tia Fé veio ao mundo quando Macapá começava a abrir os olhos, e os negros iniciavam as vidas na Favela e no Laguinho, debaixo de todo o misticismo enraizado no sangue e na alma, como todos os descendentes dos escravizados africanos que aportaram em Mazagão.
Primeiro morou na Favela, onde foi seu pai, José Monteiro e a mãe, Isabel Cardoso, escolheram morar. Depois o destino os levou para o Laguinho, onde o primo de seu José, Julião Ramos, formava o reduto negro, que originou um dos mais tradicionais bairros da cidade. Entre os ladrões de marabaixo criados por sua mãe, Tia Fé criou os 12 filhos, e fez a fama em cima de seu primoroso trabalho. Bordou e costurou na mão, pedra por pedra, lantejoula e brilho, as mais lindas roupas de destaques, rainhas da bateria e principalmente mestres-salas e porta-bandeiras da Nação Negra, que reforçaram sua fama com as inevitáveis notas 10. Quem frequentava a casa na General Osório, onde morou até partir, lembra das roupas reluzentes e luxuosas feitas por Tia Fé, penduradas em cabides, e de seu ritual pré-carnaval, de bordar a roupa no corpo dos principais artistas do Laguinho.
Contam os amigos que o mestre-sala Amaral, danado por natureza, era “guardado” por Tia Fé, na véspera do desfile para evitar qualquer situação que colocasse em risco a apresentação. Só era liberado para chegar na avenida Fab e dar o show que garantia a nota máxima no quesito. Tanto trabalho para bordar cada detalhe não a impedia de sair em sua escola do coração, e mesmo cansada, arrumava forças para rodar a saia na ala das baianas. Passado o carnaval, lá vinha Tia Fé com as flores na cabeça, emoldurar o cenário colorido das rodas de marabaixo, dançando até o fim, cantando os versos que dona Isabel embalava os moleques da casa. Pelas contas dos mais antigos, embaraçadas na memória, a última porta-bandeira que teve a roupa bordada pela Tesoura de Ouro foi a Nega, que rodopiava com Amaral levando a bandeira vermelha e branca na cintura.
Hoje o Berço do Samba se despede de sua musa, matriarca que abriu as portas de sua casa para que os desfiles fossem pensados e os sambas criados. Mãe, marabaixeira, avó que criou os netos como filhos, Tia Fé merece as homenagens e o tapete de emoções que será estendido em sua última passagem pelo bairro moreno, para quem ela tanto deu orgulho e despejou carinho. Tanto amor pelas tradições a fez nome de bloco, e , há exatos 10 anos atrás, enredo da Bodas de Ouro da Universidade.

“Ê Fefé, Fefé de ouro
És o tesouro do bairro Julião
Para mim és a princesa
És a rainha e a canção
Caiu do céu, caiu….caiu do céu
Uma estrela e brihou”
(Ilan do Laguinho)

Mariléia Maciel – Jornalista apaixonada pelo bairro do Laguinho.