CÉREBRO

CÉREBRO (por John Scott)

 

Universo,
Eco,
Oco do inverso.
Massa cinzenta,
Jamais serás atômica
E tão pouco desvendada.
Explosão,
Distorção,
Criação da confusão.
Veias,
Vias,
Rodovias: artérias que se entrelaçam.

Que passam,
Se arrastam nos túneis.
Negros buracos?
Quando irão entender-te?
Incógnitas,
Incógnitas,
Incógnitas,
Como o cosmo!

NOTA DO AUTOR: “Cérebro” é uma composição poética dedicada às pessoas portadoras do distúrbio de autismo e de Alzheimer. Autismo, que desenvolve comportamento não comum no indivíduo ao ponto de ensimesmar-se (isolar-se no seu próprio mundo) e, Alzheimer, que é a doença degenerativa do cérebro, que produz atrofia progressiva, perda da memória, etc.
Esse órgão do corpo humano é tão misterioso quanto os buracos negros existentes na Via Láctea. Poesia escrita em 1993, em Belém do Pará, minha cidade natal.

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