Por Rita Torrinha
Obras inéditas de um dos mais renomados artistas amapaenses compõem a Exposição Macapá 260 anos, que acontece a partir de segunda-feira (7) e vai até 11 de maio, no CEU das Artes, Zona Norte da cidade. Ralfe Braga, que mora em Brasília desde a juventude, selecionou 23 gravuras para a mostra. Segundo ele, elas retratam lembranças da infância feliz vivida na capital.
Marcadas com cores vibrantes e criadas a partir do uso da técnica ‘finearts’, estilo que combina lápis e pincéis, com a computação gráfica para criar pinturas, as obras do artista plástico já ganharam o Brasil e o mundo.
Ele tem, por exemplo, criações ilustrando o estádio Mané Garrincha, no Distrito Federal, e muitas telas compondo cenários urbanos em diferentes estados.
Em Macapá, é a terceira vez que Ralfe participa de exposições. A última foi a “Revoada das Cores” promovida pelo projeto Arteamazon, em 2016. Nesta atual temporada ele aproveita para fazer um circuito por alguns espaços.
Para a exposição que entrará em cartaz no CEU das Artes, que tem como intuito retratar as belezas e as singularidades da capital do estado, o artista diz que selecionou reminiscências da infância.
“São crônicas de um menino e sua relação de encanto com os papagaios no céu de sua cidade amada e que, por sua vez, é retratada em detalhe como ícones chancelando todo um período da antiga Macapá”, conta.
A mostra faz parte de uma programação extensiva, que tem como principal objetivo marcar o compromisso social de Ralfe Braga com o povo da região Norte.
“Esse contato é através de workshop para a comunidade vulnerável e que já está acontecendo no CEU das Artes, com o importante apoio e sensibilidade da prefeitura, através da Fumcult [Fundação Municipal de Cultura]”, explicou.
Todas as gravuras estão disponíveis para venda e podem ser adquirida através do site arteamazon.com.br.
Sobre o artista plástico
Ralfe nasceu em 1959 e migrou para Brasília durante a adolescência. É formado em educação artística com licenciatura em artes plásticas pela Faculdade de Artes de Brasília. Atuou durante vinte anos no campo publicitário, mas nunca abandonou o lado artístico. Começou a produzir os primeiros quadros em tela, utilizando cores fortes e vibrantes em suas obras, que eram inspiradas pelo artista amapaense R. Peixe.
Além de pintor, ilustrador, designer gráfico e diretor de arte, Rallfe é popularmente chamado de colorista, por utilizar o tom das terras de ares úmidos e quentes, com a exuberância da floresta amazônica que está expressa em seus meninos, canoas, pipas e animais reproduzidos nas telas. É nesse cenário que o artista recria imagens que remetem a sua infância e seu sentimento pelo Amapá.
Serviço:
Exposição Macapá 260 anos (Reminiscência)
Período: 7 a 11 de maio
Local: CEU das Artes (na Avenida Carlos Lins Cortes, S/N, bairro Infraero 2)
Horário de visitação: 8h às 12h e das 14 às 21h
Entrada: gratuita
Fonte: G1 Amapá