Curupira amapaense ganha palcos de 10 capitais da Amazônia Legal


Ambientada num cenário que retrata uma área de ressaca comprometida pela ação do homem, cheia de lixo – poluição ambiental cada vez mais comum na Amazônia, a peça teatral “Curupira: Um Ser Inesquecível” deu aos integrantes do Movimento Cultural Desclassificáveis a possibilidade de levar a arte amapaense para dez capitais da Amazônia Legal.
A montagem que encantou públicos dos 16 municípios do Amapá, com casa cheia por onde passou, foi selecionada no projeto Sesc Amazônia das Artes 2014, apontado entre os principais circuitos de intercâmbio cultural do Brasil.  O grupo vai percorrer as cidades em duas etapas: nos meses de maio e agosto. A primeira parada foi em Manaus (AM), onde se apresentou no dia 11. E até o dia 18, o Curupira passará por Boa Vista (RR), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC) e Palmas (TO). Em agosto, é a vez de Belém (PA), São Luís (MA), Teresina (PI), Cuiabá (MT) e Macapá (AP).
O lendário Curupira

Nascido das entranhas das florestas, o folclórico Curupira sempre protagoniza peripécias e causos de amedrontar, tudo para proteger a natureza. Na montagem amapaense, a história visita os principais contos lendários da Amazônia, resgata a contação de histórias, prima pela linguagem simples e brinca com o público inserindo-o num enredo de trama e suspense, que aguça o pensar e a conscientização sobre o futuro do meio ambiente e do hábito da leitura.
“Curupira: Um Ser Inesquecível” é um espetáculo do Movimento Cultural Desclassificáveis, livre adaptação do texto “Quem matou o Curupira”, de Joca Monteiro e de fragmentos de textos literários. Com classificação livre, a peça é resultado de longo processo de pesquisa, iniciado em 2001, sobre os contos, lendas, causos, mitologia e o universo literário amazônico. A partir deles os integrantes dos Desclassificáveis criaram todo o conceito da peça, do enredo ao cenário e roupas dos personagens.

Curupira, Iara, Tarumã, Iaçá, Pororoca, Peixe-boi e Boto ganharam vestuário confeccionado a partir de materiais reaproveitáveis: fios, sacos de lixo, copos descartáveis, sementes, palha, sarrapilha, tururí (fibra vegetal), garrafas pet, barbante. No cenário, bambus e folhas secas compõem a ambientação, a sonorização é enriquecida com sucatas, caixa de Marabaixo, tambores e outros instrumentos presentes na tradição cultural amapaense, que reproduzem sons da natureza e da vida urbana amazônica.
“Desenvolvemos este trabalho com muito carinho e o dedicamos In memorian a Zeniude Pereira, que sempre nos impulsionou a acreditar que os espetáculos teatrais amapaenses pudessem ser reconhecidos Brasil a fora. Estamos muito orgulhosos de como o público aceitou a peça aqui no Amapá. As crianças são nossa maior prova, e agora podemos mostrar em outros lugares do país que o Amapá tem maravilhosas produções, feitas com responsabilidade, profissionalismo e, acima de tudo, muito amor a arte”, declara Paulo Alfaia, integrante do Movimento Desclassificáveis.

Os criadores do Curupira:
Direção: Paulo Alfaia
Dramaturgia: Joca Monteiro
Livre Adaptação de texto Movimento Cultural Desclassificáveis
Assistente de Direção: Sandro Brito
Elenco: Allan Gomes, Kléya Imbiriba, Paula Capricho, Paula Pinheiro, Sandro Gemaque, Thiago Gomes
Sonoplastia: Anderson Pantoja
Produção Cenográfica: Tonny Silo
Concepção de Figurino: Kléya Imbiriba
Concepção e operação da Iluminação: Sandro Brito
Fotografia, Criação e Produção de Vídeo: Iran Lima / Gave Andrews
Comunicação e Divulgação: Rita Torrinha
Preparação Vocal, Corporal, Produção, Designer Gráfico, Realização e Livre Adaptação de Texto: Movimento Cultural Desclassificáveis
Rita Torrinha Assessoria de Imprensa

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