De volta ao passado – Crônica de Evandro Luiz

Crônica de Evandro Luiz

O velho jornalista dizia sempre: ”que depois de uma tempestade, sempre uma matéria jornalística sobre inundações. ‘E olha, já faz tempo que ele disse isso. Mas a nossa incapacidade de reagir a essa inércia que nos atinge de nos livrar dos grilhões da preguiça que nos leva a um comboio de um trem onde o atraso se instalou.

Foi com esse sentimento que o ferroviário aposentado Antônio Almeida, de 68 anos, saiu pelas ruas e avenidas da pequena cidade onde vive com família mobilizando a população para não votar mais em vereadores que não estivessem comprometidos com o bem estar da população. A luta diária, o corpo a corpo lhe trouxeram novos amigos que compartilhavam das mesmas ideias que a dele. O povo estava com ele.

Por outro lado, ele ganhou novos inimigos. Esses eram aqueles que já estavam no poder, mamando nas tetas do poder. Com dinheiro sujo da corrupção foi deflagrada uma campanha de difamação, injúrias e calúnias contra Antônio Almeida. A Fake News era a principal arma utilizada para desestabilizar a luta do aposentado, que a cada dia ganhava robustez e simpatizantes.

Com a eleição para prefeito e vereadores marcadas para o fim do ano, o nome do ferroviário aparecia em todas as pesquisas, fosse na esquina do bar do alemão, no mercadinho do seu Cândido. Desesperado com a situação, o prefeito sinalizou que poderia chamar os candidatos aprovados em concurso havia dois anos. O impacto da notícia fez, principalmente no meio dos jovens, a esperança de entrar no serviço público.

O salto nas pesquisas deu um novo ânimo para turma das velhas raposas. Mas a população acreditava na força do povo. Agora era só esperar o dia da eleição. Será que das urnas virão os gritos dos oprimidos? Agora é só esperar. Antônio Almeida disse que uma etapa tinha sido concluída. Agora era ficar atento, para a famosa boca de urna. A sorte estava lançada.

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