Descolado? Não! Deixa eu assim mesmo.

                                                Por Elton Tavares 

                                                                                             

Hoje me peguei imaginando como seria se eu fosse como a maioria. Sim, se eu fosse bregueiro, pagodeiro, freqüentador de boites e fosse “eclético” (desculpa recorrente do mau gosto musical de 9 entre 10 amapaenses).

Talvez vibrasse com os comercias de TV (como já vi várias pessoas fazerem) quando anunciam o vigésimo “show” de Leandro Leart (é assim que se escreve o nome daquele merda?), bandas de brega, cantores de Funck ou micaretas com alguma atração baiana manjada.

Talvez esperasse a chegada do domingo para ir (sujo, de chinelo e bermuda, por ter passado o dia bebendo em alguma domingueira) para o pagode. Quem sabe, até pagaria de safo nos clubes freqüentados por adolescentes.

Quem sabe seria um desses novos fãs de sertanojo, que se multiplicam como gremilis à cada chuva que cai em Macapá. Ah, de repente eu poderia gostar das bandas que só tocam o “mais do mesmo” nos barzinhos “descolados” da cidade e usasse as palavras “balada” e “vibe” (risos).
Pensando nisso tudo, prefiro ser estranho e continuar curtindo as poucas (e cada vez mais raras em Macapá) festas de rock, escutar MPB e Samba de verdade com a família. Só para constar, não sou tão estranho assim, aguardo ansioso pelo Carnaval. Sobre ser descolado, deixa eu assim mesmo.

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