Devaneio de agora: assim como o papo de Charles Bukowski e Renato Russo (e Humberto Gessinger)

Toda vez é assim: toca o despertador do celular (sempre uma canção do bom e velho Rock and Roll). Corro para o banho e depois café. Tento me vestir bem, pois a má diagramação corporal precisa de boa cobertura para ficar, no mínimo, apresentável. Daí é escutar rádio, ler jornais, sites, blogs. Vida de jornalista/assessor de comunicação. Isso todo dia. 

Aí leio um belo texto de felicitações, entre outros poemas bem legais, como sempre. Dá uma onda aqui, mas quando lembro da controladoria de passos, da minha loucura e dá doidice alheia, volto pra minha órbita. É, uma vez disseram que meus textos não retratavam algumas realidades. Digo o mesmo em relação a isso. 

Lembrei do livro “Numa Fria”, do poeta e romancista alemão Charles Bukowski. Nela, o escritor discorre sobre pontos de vista, histórias e posicionamentos anticonvencionais e, às vezes, marginais, como:

O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa, quando há dez mil outras no mundo, que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece” – Charles Bukowski

É, aquele velho safado e beberrão sabia das coisas. Pelo menos para algumas pessoas.

Também como cantou o saudoso Renato Russo, no final da música “Metal contra as nuvens”: “Temos muito ainda por fazer, não olhe pra trás. Apenas começamos”. Ou em Andréa Dória: Nada mais vai me ferir, é que eu já me acostumei com a estrada errada que eu segui e com a minha própria lei. Tenho o que ficou e tenho sorte até demais. Como sei que tens também”. 

Gostaríamos mesmo de acreditar, só que não é bem assim. Não mesmo. Acho que dentro de determinados mundos e realidades, somos heróis e vilões de nós mesmos e de quem está conosco neles. 

Finalizo parafraseando mais um maluco que dá papos de rocha, o engenheiro havaiano Humberto Gessinger, que falou em duas canções: “Tudo é igual quando se pensa em como tudo deveria ser. Somos o que dá pra fazer, o que não dá pra evitar e não se pode esconder”. 

É isso! 

Elton Tavares

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