Não sou dado a nadar contra a maré, dar cabeçadas ou socos em ponta de faca. Tenho a dignidade (e sorte) de fazer escolhas. Sabem, obedeço regras, respeito as pessoas, mas não sei lidar com imposições absurdas.
Gostaria de destruir meus preconceitos, zerar minhas mesquinharias, egoísmos, vaidades e pontos fracos em geral. Queria saber, num passe de mágica, fertilizar a empatia, diminuir os velhos e novos rancores. Até que tento, sério mesmo!
Neste caso, volto a falar de escolhas. Graças a Deus, para mim sempre aparecem opções, saídas, resoluções. Deve ser porque minha aliança é com papai do céu. Há tempos, deixei de me iludir com a vida, apesar disso, continuo um sonhador nato.
Ainda bem que o que me falta de maturidade emocional em situações extremas, sobra em coragem e vontade de acertar. Já aprendi, à duras penas, a ficar em silêncio diante de absurdos.
De certa forma, trata-se de astúcia e renuncia. Mas, quando o pavio queima todo e o limite é alcançado, finco o pé. O problema para muitos, é que, com razão, não baixo a cabeça nunca. No máximo, silencio.
É como disse Guimarães Rosa: “ viver é muito perigoso”. Ok, claro que sim. Muito mais é conviver com quem é dissimulado, trapaceiro, mentiroso e covarde.
Exatamente por isso, se puder, não viva no limite, pois não faço isso e sempre escolho ser feliz!
Elton Tavares