Devaneio de quarta: A paranoia do elevador


Desde que comecei a trabalhar na Comunicação do TRE-AP, fico cabreiro com o elevador do prédio. Mas preciso usá-lo. É que trampo no quarto andar do órgão e as escadas seriam mortais para este jornalista gordo. 

Certa vez, faltou energia. Desci de escadas e pensei que elas nunca mais acabariam. Imagine quem mora em prédio altão? Cruzes!

Meu receio se dá por conta das freqüentes quedas de energia de Macapá. Tudo bem que o TRE tem gerador e tals, mas vai que falha? Não que eu seja um covarde, muito menos tenha pânico, TOC ou claustrofóbica. Entretanto, a ideia de ficar preso entre um andar e outro não é agradável. Uma verdadeira paranoia. 

Ainda mais que, vez ou outra, o treco dá um solavanco. Quando isso acontece, penso: essa porra vai cair ou parar? Sabe como é, vai que rola um imprevisto. Vai o olho gordo dos desafetos e “ofendidos”, ou seja de quem não gosta de mim pega ? Ainda mais com a velha máxima: “pra baixo todo santo ajuda”. Nada até hoje, graças a Deus!

Mesmo com os mecanismos de segurança que os elevadores modernos oferecem, fico na onda. Confesso, sou um cabuçu do pé rachado. Tenho medo de altura, visagem, cachorro grande bravo e de velocidade (detesto que corram comigo dentro de um carro). 

Sei que, se um dia rolar deu ficar preso dentro de um deles , terei uma boa história para contar para aos amigos. Enquanto isso, sigo cabreiro com a paranoia do elevador. 

Elton Tavares

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