Devaneio de segunda: Altruísmo? Não. É caráter e bom senso.


Em meio ao perrengue cotidiano, a maioria das pessoas não são gentis, nem educadas, sequer dão um bom dia, boa tarde ou boa noite aos outros. Ajudar estranhos então, nem pensar. Primeira coisa que dizem é: “não é meu parente” ou “antes ele do que eu” e ainda “azar dele, sorte minha”. É impressionante como muitas pessoas são tão pequenas. Foda ser “aquele garoto que ia mudar o mundo e que agora assiste a tudo em cima do muro”. É uma merda viver assim, eu lhes digo.

Não sou uma pessoa altruísta, muito menos um anjo de candura, mas trato todos cortesmente, com respeito e educação. E, quando posso, ajudo.  

Conceito de altruísmo: comportamento encontrado nos seres humanos e outros seres vivos, em que as ações de um indivíduo beneficiam outrem. É sinônimo de filantropia. No sentido comum do termo, é muitas vezes percebida, também, como sinônimo de solidariedade. A palavra “altruísmo” foi cunhada em 1831 pelo filósofo francês Augusto Comte para caracterizar o conjunto das disposições humanas (individuais e coletivas) que inclinam os seres humanos a dedicarem-se aos outros.

Aí dirão que sou egoísta. Sim, confesso, sou. Mas discordo da discórdia, pois em situações adversas, o ímpeto de auxiliar alguém é automático. Aliás, meu irmão, Emerson (figura fantástica que Deus me deu de presente), também é assim. Foram tantas situações em que todos se omitiram (o que é uma filhadaputisse), mas eu e mano não. Não, não fazemos de nossas vidas instrumentos da luz, porém, em determinadas circunstâncias, aplicamos os valores que nos foram passados pelos nossos pais. 

Sabe aquele negócio de ajudar quem cai na rua, tirar carro de estranho do bueiro, auxiliar cadeirante, ceder a vez ou o lugar para sentar, defender pessoas de idiotas que as humilham, engrossar o caldo e, se preciso for, rezar uma missa em latim de trás pra frente? Sim, brigar pelo certo, sem necessariamente ter algum benefício com isso? Então, é o que fazemos. E disso sim, podemos nos gabar. 

Claro que isso não nos faz pessoas nobres, mas certamente faz toda a diferença para os que recebem tais gentilezas ou pequenos favores. 

A lista de melhorias no processo pessoal de evolução é expressiva. É, ainda erramos um bocado. Mas a gente já safou muitos amigos e alguns estranhos de carências e adversidades. Sabe por quê? Somos gente. Gente de verdade. Que cai dentro da porrada, puxa a fila, ri, sangra e chora. 

Confesso que sou intolerante com algumas figuras. Muito mais que meu nobre irmão. Afinal, o convívio com babacas é processo que tive que fazer na minha vida. Eu faço a minha parte, não encho o saco de ninguém. Se eu puder ajudar, ajudo. Sejam eles amigos, conhecidos ou estranhos. Mas é preciso ter coragem, vontade, atitude e hombridade. E não se trata de porra nenhuma de altruísmo. Mas sim de caráter e bom senso. Pense nisso! 

Elton Tavares

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