Como uma espécie de andarilho noturno ele pisa o silêncio. Hora assombrado pelas Sombras do passado longínquo e hora pelos fantasmas mais recentes. Envenenado, traumatizado e imunizado pelas vidas que viveu. Com um pouco de fúria nas suas mãos, que é suprimida pelo amor no coração.
Amor pela vida, pelo divertimento, pela noite, pela alegria. Errando de boteco em boteco, seja chinfrim ou requintado. Sempre atrás de sorrisos, papos, sons e álcool. Sempre cercado de gente e sem ninguém
Talvez seja para sorver descontração, fugir da tristeza e renovar energias. Sim, cada um ao seu modo.
Como disse Raul: “faz o que tu queres, há de ser tudo da Lei“. Que assim seja, então. Dá um soco na cara do tédio e guarde o drama na gaveta de baixo. Sem Paranoia, afinal, ninguém aqui é besta. O lance é roubar a cena sem namoro de cinema e sem medo. Talvez um tanto louco, quem sabe?
Sem tramas ou dramas. O hedonista noturno seguerodeado de malucos sob o luar. Sem vocação para vítima, é o jeito ser tido como vilão. O que queremos é sempre um bom motivo.
Elton Tavares