Dia de Luta da Pessoa com Deficiência e em Macapá a locomoção ainda é considerado um grande problema

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De acordo com informações da Associação de Deficientes Físicos do Amapá (ADEFAP), em Macapá vivem cerca de 120 mil pessoas com alguma deficiência, deste total, 40% são cadeirantes. Todas eles sentem na pele as dificuldades de locomoção. “Desde 1982, 21 de setembro é nosso Dia de Luta, e na nossa capital a preocupação com quem é cadeirante ou tem outra deficiência, ainda é pouca, somos excluídos e ignorados na cidade, que não nos dá condições de mobilidade”, desabafou Fernando Oliveira, cadeirante.

A principal queixa é relacionada à falta de rampas em prédios e locais públicos, calçadas desniveladas, elevadores sem acesso para cadeiras de rodas, ruas esburacadas, que atrapalham a mobilidade de cadeirantes e deficientes visuais, que ainda têm que disputar espaço nas vias e calçadas com veículos. Estas situações, vividas diariamente, são temas de discussões e reclamações, mas que nunca têm solução por parte do poder público.

Outro problema que causa transtorno para pessoas com deficiência é o transporte coletivo, que deixa os usuários muito tempo esperando, a falta de manutenção nos elevadores nos ônibus, e de sensibilidade de motoristas e empresários que não respeitam a lei que garante que os coletivos parem fora dos pontos para que deficientes físicos desçam com mais facilidade (Lei nº 1813/2010-PMM).

“Todo dia eu agradeço por estar chegando vivo em casa, porque são muitas as barreiras, maus tratos, elevadores de ônibus sem manutenção, rua com buraco, e quando chove é rua com lama que danificam cadeiras. Os direitos dos deficientes não são respeitados em Macapá”, continuou Fernando, que é presidente em exercício da ADEFAP.

“Tudo o que nós queremos é respeito aos nossos direitos garantidos em leis, depois de muitas lutas. Aqui não há fiscalização, carros estacionam em lugares próprios para pessoas com deficiência, e ninguém faz nada. As calçadas são um transtorno, temos que disputar a rua com veículos, uma verdadeira calamidade. Parece que não existimos, nem cadeirantes ou qualquer outra pessoa com deficiência. Esperamos que o próximo nos próximos quatro anos sejamos vistos e respeitados em Macapá”, pede Samuel Silva.

Mariléia Maciel
Ascom/Adefap

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