Dudé Viana, o “andarilho da canções”

Texto de Renato Flecha, publicado no “Correio do Amapá” – Edição de 19.09.2010
Capa do CD “Papo Show”
O cantor e compositor potiguar, Dudé Viana, realizou ontem (18), no Centro de Cultura Franco Amapaense, o show “Papo show – Isso só acontece comigo!”. Durante a apresentação, que durou cerca de 1h e 30 minuitos, o artista tocou e cantarolou canções de sua autoria, tipicamente nordestinas. O diferencial da apresentação foi a irreverência de Dudé, que, entre uma música e outra, contou histórias sobre situações inusitadas que lhe aconteceram ao longo dos 38 anos de carreira, tudo com muito bom humor. O objetivo do evento foi difundir a cultura musical e o entretenimento dos cidadãos macapaenses. A entrada da apresentação foi gratuita.

Segundo o compositor, que está na capital amapaense visitando familiares, seu show é uma espécie de monólogo sobre suas experiências. Conforme o músico, a ideia do “Papo Show” surgiu em 2007, depois que o artista se apresentou em Brasília (DF), em novembro de 2007, onde realizou um “talk show”, a pedido de jornalistas que admiram o seu trabalho.

Dudé já tocou nas principais capitais do Brasil, entre elas o Rio Grande do Norte, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e em Belo Horizonte. Também realizou shows internacionais, no Paraguai, Chile e Argentina. O músico iniciou sua carreira em 1972. Durante sua trajetória, gravou cinco discos, dois vinis e três CDs, além de duas coletâneas.
Por causa de suas melodias, Dedé recebeu o título de “Cidadão Fluminense”, da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, junto com o cantor Martinho da Vila. No alto dos seus 60 anos, o artista manteve, durante seu show, o público em contato com as boas vibrações de seu violão e sua voz.

Conforme Viana, que recebeu o apelido de “andarilho das canções”, musicará uma letra de Marabaixo, composta por seu primo, o servidor público Paulo Gurgel. Dudé, que canta e encanta, além de compositor, cantor e instrumentista, é um poeta em aprimoramento constante, um artista sedento pela cultura musical dos locais que visita e se apresenta. Ah, ia esquecendo, o homem é uma simpatia, fala manso e tem um papo muito agradável. É muito bom conhecer gente talentosa e boa praça.
“Minhas músicas são nordestinas na essência, mas, em minhas andanças, observei a musicalidade de cada cidade por onde passei, sorvendo cultura. Tanto é que, tenho composições em homenagem a cada uma delas e com o Amapá não será diferente. Pois o meio do mundo merece. Musicarei uma letra de Marabaixo, com um toque do nordeste, uma forma de interação musical e, consequentemdente, cultural. Esta canção entrará no meu próximo CD, que se chamará “O andarilho das canções”, assinalou o artista.

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