‘É preciso cobrar coerência do governo federal’, diz governador do AP sobre discurso de Bolsonaro

Prefeito Clécio Luís e governador Waldez Góes — Foto: Facebook/Reprodução

Por John Pacheco

Em transmissão ao vivo pelas redes sociais no fim da manhã desta quarta-feira (25), o governador do Amapá Waldez Góes e o prefeito de Macapá Clécio Luís comentaram e se posicionaram sobre o pronunciamento em rede nacional do presidente Jair Bolsonaro que criticou parte das medidas feitas nos estados e as ações de combate ao novo coronavírus.

Waldez, que também é presidente do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal, cobrou alinhamento entre as medidas indicadas pelo Ministério da Saúde e o presidente da República.

“É necessário cobrar coerência do governo federal. Um posicionamento coerente. Não podemos ouvir o ministro da saúde falando para a gente providências e o governo federal desautorizando. Nós aqui no Amapá vamos continuar firmes para atuarmos no combate ao coronavírus”, declarou.

O presidente pediu a “volta à normalidade”, o fim do “confinamento em massa” e disse que os meios de comunicação espalharam “pavor”.

Ainda na fala, Waldez manteve as decisões tomadas no Amapá como o decreto que restringiu a circulação de pessoas e suspendeu atividades comerciais não essenciais. O estado declarou situação de calamidade pública no sábado (21).

“Também há uma diferença muito grande entre as orientações que nós seguimos da Organização Mundial da Saúde, do Ministério da Saúde, dos cientistas, dos médicos, da comunidade acadêmica, daquilo que o presidente disse ontem. Todos os prefeitos e governadores que tomaram essa atitude não tomaram de livre escolha”, completou.

O prefeito Clécio Luís também defendeu as ações de contenção e defende que elas foram fundamentais para conter o avanço da contaminação na capital, que até esta quarta-feira registrou somente um caso confirmado de Covid-19.

“Está pelo menos até agora dando certo. O esforço de médicos, biomédicos, bioquímicos, policiais civis, militares, guardas, para que a gente consiga fazer o isolamento social por um lado e por outro condições de atendimento. Os municípios têm conseguido fazer um bom bloqueio. Aqueles que não fizeram à tempo estão pagando um preço alto”, completou.

Fonte: G1 Amapá

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