E se vai o Grande Fred – Crônica porreta de Marcelo Guido

Crônica porreta de Marcelo Guido

Maracanã, 09 de julho de 2022, um momento histórico, Fluminense x Ceará pelo campeonato nacional, protocolo. O mundo do futebol perde um dos melhores, nesta noite Frederico Chaves Guedes, o Fred deixa as quatro linhas e entra para história.

Fred, é um dos poucos clássicos camisa nove que orgulham e enchem os olhos de quem ama o futebol. Mineiro, honrou as três maiores camisas dos estados do pão de queijo, Coelho, Raposa e Galo, também atuou muito bem pelo Lyon da França, mas escreveu com muito suor e gols uma trajetória vitoriosa no tricolor das Laranjeiras.

Fred e Fluminense são uma unidade só, são a perfeição diluída em  uma vida e muitos gols. Quando digo muitos não estou economizando, maior artilheiro da Copa do Brasil, maior artilheiro dos pontos corridos. Sim, Fred era gol na certa.

Antes de tudo, Fred deu um rosto ao Fluminense, impôs respeito nos adversários, e fez tremular muitas vezes as cores verde, branca e grená no panteão dos campeões.

Fred, foi o rosto do novo Fluminense, o capitão do time de guerreiros, o manto tricolor lhe serviu como um belo terno, e sua torcida sempre esteve ao seu lado.

Na grande área, goleiros adversários temiam sua presença, as redes esperam seus chutes e a bola, um caso de amor à parte.

Uma carreira brilhante, construída praticamente toda no Brasil, o que em tempos atuais é algo raro, mas Fred era o Fluminense.

Para nós que amamos futebol, nos fica a tristeza de não contar mais com ele para abrilhantar o espetáculo, para torcida tricolor a certeza que existirá vida mas ficará a saudade e para Fred a certeza do dever cumprido.

Na carreira foram mais de 400 gols, dois brasileiros, Uma Copa do Brasil, Uma Primeira Liga, Dois Cariocas e três mineiros, um currículo invejável.

A idolatria tricolor, e de certo a eternidade no coração e na memória de quem gosta do grande esporte bretão.

Quem não gosta do Fred, que não sentir sua falta em campo, realmente não entende de futebol, ou é ruim da cabeça ou doente do pé.

*Marcelo Guido é Jornalista, pai da Lanna e do Bento e maridão da Bia, além de vascaíno.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *