Égua, moleque, tu é doido? – Conto de Pat Andrade

Um porrudo paid’égua me contou uma história que era só a polpa da bacaba:

– “Eita, porra! Era um Zé Ruela que veio charlar aqui, no nosso setor, com roupa de grife do varal. Égua, moleque, tu é doido? Muito escroto”.

E continuava: “Ulha, disque, ainda tinha um cabeça de pica com ele, que parecia peidado do juízo, cheio de migué, asilando uma pequena. Mas ela era a vai, da estrela! Tá, não? Ela deu foi o disá no abestado, na moral.”

E ele pensando que era o belo, velho. Levou largura. Saiu nadando pra beira rapidola e só não levou o farelo, maninho, porque o povo daqui é só o filé da gurijuba e não quis virar o zezêu!

Pior! Eu fiquei pensando que era potoca…

Pat Andrade

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