Por Jorge Abreu
Uniformizados, estudantes da escola estadual Tiradentes publicaram fotos nas redes sociais em pontos críticos do prédio, que se encontra em situação precária, segundo eles. O protesto é para chamar a atenção sobre a implantação, diante dos problemas, do modelo de ensino em tempo integral, confirmado para 2017 no Amapá.
A Secretaria de Estado da Educação (Seed) destacou que uma equipe de implantação do programa de Educação em Tempo Integral (ETI) realizou uma série de visitas às escolas que terão a nova modalidade de ensino e devem receber reformas. A Seed ressaltou que está aberta ao diálogo com a comunidade escolar.
As fotos foram publicadas na página do grêmio estudantil da escola e alcançaram até o momento mais de 2 mil compartilhamentos. Nas imagens, os alunos seguram cartazes com dizeres sobre a situação do espaço, na visão de cada aluno, e alertas sobre perigos.
“Aqui seu filho corre risco de vida”, diz um cartaz segurado por uma adolescente no auditório escolar, que está interditado e teve a instalação elétrica condenada pelo Corpo dos Bombeiros. Outro traz “precisamos de reformas e não photoshop”, em relação a quadra esportiva sem parte do telhado.
A Seed informou que durante o ano letivo as escolas selecionadas para o ensino integral receberão reformas estruturais e obras de ampliações em salas de aulas, além da construção de novos laboratórios. O trabalho é em caráter emergencial e o recurso destinado ao investimento seria de cerca de R$ 9 milhões, de acordo com a secretaria.
No dia 6, professores e alunos das escolas estaduais de Macapá, Tiradentes e Colégio Amapaense, percorreram a Avenida FAB em protesto contra a confirmação do projeto de implantação do modelo de ensino em tempo integral. O ato encerrou em frente à sede do governo do estado.
Após o protesto, uma assembleia geral na escola Tiradentes reuniu professores, alunos, coordenadores pedagógicos e representantes da Seed. Na ocasião foram discutidas as mudanças e o governo respondeu a questionamentos de participantes.
Colégio Amapaense
O Conselho Escolar do Colégio Amapaense também é contra a implantação da nova metodologia diante da realidade estrutural do prédio. Documentos de 2015 e 2016 que comprovam a péssima condição da escola, com laudos do Corpo dos Bombeiros e fotos de diversos setores, foram protocolados na Seed, segundo o conselho.
Fonte: G1 Amapá