Em três anos, governo do AP aumenta cargos comissionados em 5,8%; número chega a 4.426

Desde 2015, houve aumento de nomeações em cargos do governo, diz Sead. Crédito: Reprodução/Sead.

Por Abinoan Santiago

Em três anos, o governador do Amapá aumentou em 5,85% a quantidade de pessoas sem concurso público. O número mais atualizado é de 30 de agosto de 2017 e mostra que existem 4.426 funcionários comissionados nomeados. É o maior registro desde que Waldez Góes (PDT) assumiu o poder executivo pela terceira vez, em 2015. Nesse período, o pedetista prometeu cortar cargos por duas vezes.

Os dados foram obtidos com exclusividade pelo JDados, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), na Secretaria de Estado da Administração (Sead). Os números são públicos e qualquer cidadão pode solicitá-los.

Procurado pelo JDados, o governo ainda não comentou os dados fornecidos pela Sead.

Na comparação com o último ano de seu antecessor, Camilo Capiberibe (PSB), o governador Waldez Góes nomeou 5,85% a mais nos últimos três exercícios. O pessebista, no último dia de mandato, tinha a disposição 4.181 cargos, segundo a Secretaria de Estado da Administração.

No primeiro ano de Waldez no governo, foram 132 nomeações a mais, chegando a 4.313. Em 2016, o número caiu para 4.223, uma redução de -2,08%. Neste ano, a quantidade aumentou novamente.

Metas não cumpridas

O total de cargos no governo evidencia metas não cumpridas pelo governo. No primeiro dia de mandato, durante a posse na Assembleia Legislativa, o governador Waldez Góes prometeu cortar cargos de confiança.

No primeiro ano vamos fazer um ajuste grande as contas públicas no primeiro ano. Iremos contigenciar despesas públicas e cortar cargos de confiança. Também vamos rever contratos do governo anterior. Não irei dar calote em ninguém, mas precisamos rever todos os atrasos de pagamentos para fazer um escalonamento do que o estado pode honrar e buscar novas atividades econômicas”, afirmou, à época.

No dia 6 de outubro de 2015, durante coletiva de imprensa que tratou de um pacote de contingenciamento de recursos para equilibrar as contas públicas do Amapá, Waldez prometeu novamente eliminar os cargos. Dessa vez, ele enumerou o corte de 270 comissionados. Aquele ano, no entanto, terminou com 132 nomeações a mais, e o exercício seguinte, 2016, terminou com uma redução de 90.

Estamos cortando cargos de confiança, cortando em atividades que vão resultar em uma economia de R$ 152 milhões já a partir deste ano e que anualmente passam a diminuir o custeio da máquina pública”, falou, na ocasião.

Fonte: JDados

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