ENCONTRO DOS TAMBORES PODE IR PARA O CURIAÚ – Por @fernando__canto

280720104643_thumb[1]

Por Fernando Canto

Enquanto a UNA se mexe para todos os lados para pagar a conta de luz que já está em mais de R$ 250.000,00, fora uma pesada multa que pode chegar aos R$ 300.000,00, a CEA corta os “gatos” que aparecem “miando”, tentando burlar a Companhia. A dívida vem sendo acumulada há diversas gestões, o que não isenta de culpa a atual pela “herança maldita”download (1) que fez questão de herdar.

Há quem diga que se não conseguirem pagar por meio do humor do “Papai Governo” o Encontro dos Tambores, que está aí na porta, vai ser transferido para o Curiaú, onde começou há quase de 20 anos, idealizado por Zé Miguel, Val Milhomem, Joãozinho Gomes e Bi Trindade, na antiga FUNDECAP.

Para mim esse evento poderia ser o mais importante e autêntico do Amapá se fosse levado a sério a valorização da cultura negra e o respeito às comunidades quilombolas. O Centro de Cultura Negra foi feito para isso e, no entanto, a UNA ou quem quer que seja, nunca aplicou àquele espaço atividades que pudessem lhes dar condições de sustentação finanimages (6)ceira e manutenção. Tudo dependeu sempre da ajuda dos governos municipal e estadual, desde a publicidade até o pagamento de pequenos serviços como limpeza e restauração dos seus prédios.

O interessante é que os militantes da negritude não se insurgem contra as denúncias de má administração e nem fiscalizam as de fraude de eleições e outras impropriedades.

Se não tem dinheiro para aplicar nos eventos (a não ser o financiamento governamental), se o belo espaço, que já foi orgulho do bairro do Laguinho, fica abandonado de images-1dezembro a outubro todos esses anos, se as dívidas com energia só fazem aumentar, por que tanto interesse na disputa? Lógico que as eleições municipais vêm aí, eu mesmo respondo. Mas, mano, cadê “aquela velha opinião formada sobre tudo”?

Alguém se lembra que o velho Centro Folclórico do Laguinho, feito de jussara e coberto de palha pelo governador Lisboa Freire na década de 1970, pegou fogo? E reza a lenda que o incêndio foi provocado por moradores locais porque o Centro, já abandonado, era a “vergonha do bairro”?

Sem radicalismo, acho que da mesma forma que os moradores brigaram para que se efetivasse a construção do CCN durante o Governo Capiberibe, contra a truculência dos seguranças do prefeito Barcellos na época (1997), deveriam se semana_consciência_thumb[2]unir num grande mutirão para que o local ficasse apto e pronto para o turismo e a cultura. Está faltando a união e o despertar do interesse das escolas públicas, particulares, artistas, comunicadores, escolas de samba, blocos, igrejas, seitas, comércio, indústria, rádio, TV e serviços de modo geral. Vamos preservar este legado e reduto da pluralidade cultural do Amapá.

Unidos somos melhores e mais laguinenses, mais amapaenses. Vamos pensar nisso?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *