eu VENHO CINTILANTE e áspero calor eqüINO sobre o mundo ARAUTO que sou de um novo tempo desde a hora em que as ONDAS do Amazonas rebentaram o alúvio das encostas na primeira MANHÃ
eu VENHO CAVALGANTE no cerrado e nos estirões inebriado com o bramIDO das cachoeiras e com o ronco dos MACAréus CavALGO sim em banzeiros caudatários de uma pororoca enorme – estro sem fim – sacralizando vôos vindOUROs além desta procela que se instaura incompreensível no meu tempo
passará A VEZ do ÁZIMO pão posto bruto que agora é tempo de pousio da espera da nova fertilização da terra quando deveremos ARAR novas angústias e colher o juSTO fruto e descascá-lo e cortá-lo à lâMINA afiada na curva dos varadOUROs
*Do livro “Equino CIO – Textuário do meio do Mundo”, de Fernando Canto. Ed. Paka-Tatu, Belém, 2004.
1 Comentário para "EquiNO/cio – A voz dos leitores (Fernando Canto)"
Beleza…Um espaço onde o texto se espalha ruidosamente em um lindo silêncio!
Empilhando em forma piramidal…meus ressoantes aplausos!