Esqueleto de baleia-jubarte será o primeiro de cetáceos em exposição no Amapá

Um especialista em osteomontagem, biólogos e acadêmicos de Ciências Ambientais iniciaram o tratamento da ossada da baleia-jubarte (Negaptera Novaengliae) encontrada morta por moradores da Ilha Vitória, no Arquipélago do Bailique, no ano de 2018. O esqueleto será montado e ficará em exposição no Museu Sacaca, em Macapá, onde ocorre o preparo dos ossos desde a segunda-feira, 18.

A estrutura tem cerca de 250 ossos, entre as vertebras e o crânio, mede 11 metros e é considerado de um animal jovem. Essa espécie pode chegar até 16 metros e pesar 45 toneladas. A montagem deve levar cerca de 3 semanas até a abertura para exposição e visitação pública.

“Os ossos do animal ficaram um tempo enterrado depois que foram transferidos aqui para Macapá. Posteriormente, foi desenterrado e, agora, nós estamos no processo de preparação osteológica do animal para que ele fique pronto para fazermos a osteomontagem, que é a estruturação definitiva do esqueleto, para que seja aberto para a exposição”, explicou o especialista em osteomontagem, Antônio Carlos Amâncio.

O diretor de Pesquisas do Instituto de Pesquisa Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), Allan Kardec, informou que o órgão planeja abrir um museu de história natural, com uma seção de osteologia para expor em definitivo os ossos da baleia-jubarte, juntamente com a de outras espécies de animais da Região Amazônica. Até lá, o esqueleto ficará exposto no Sacaca.

“É um marco nosso porque é a primeira baleia que encalha no Arquipélago do Bailique, uma vez que, historicamente, não há nenhum registro na região”, comentou Kardec.

Para o estudante de Ciências Ambientais, Roginey Silva, a experiência em participar da osteomontagem da baleia-jubarte será um diferencial no seu currículo acadêmico.

“É a primeira jubarte encontrada aqui, no Amapá. Então, acredito que participar do processo de montagem vai ser muito importante para a minha formação, porque não é qualquer pessoa que pode fazer parte dessa montagem”, ponderou Roginey.

Ascom GEA
Fotos: Marcelo Loureiro

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