Estudantes de medicina levam ludicidade às escolas para combater o medo das crianças de ir ao médico

As crianças da Escola de Ensino Infantil Tia Madalena receberam na manhã desta quarta-feira, 31, um projeto especial dos estudantes do curso de Medicina da Universidade Federal do Amapá (Unifap). Nomeado Hospital do Ursinho, a iniciativa já acontece em mais de 75 países. Esta é a primeira vez que a ação ocorre no estado e a escola Tia Madalena tornou-se piloto do projeto, com quase 400 crianças atendidas nos turnos da manhã e tarde.

“Algumas crianças têm muito receio sobre a figura do médico, o jaleco em si, tudo pode ser muito assustador para ela. Além disso, alguns pais usam a figura do médico como algo punitivo, isso acaba colaborando para o desenvolvimento da síndrome. Essa é a nossa oportunidade de mostrar para elas que ir ao hospital é algo bacana, interativo e que não há necessidade de ter medo. Trabalhando com o ursinho doente e a criança podendo assumir a posição tanto de acompanhante quanto de médico, a gente estimula nelas a não ter medo de ir ao médico e também a procurar carreiras na área de saúde”, explanou Wellington de Lima Pinto, estudante do curso de Medicina da Unifap.

Os acadêmicos trabalharam a ludicidade, utilizando os brinquedos preferidos das crianças como pacientes em um consultório personalizado com todos os elementos do mundo infantil. Bernardo, 4 anos, adorou a ideia, o boneco dele se chama Guilherme e estava com uma fratura muito séria no braço. A criança estava ansiosa para levá-lo ao médico. “Eu não tenho medo, mas ele [boneco] está com o braço quebrado e chorando muito. Precisamos levar ao consultório para os médicos poderem cuidar dele”, explicou.

Para a escola, este é um processo também pedagógico e consciente, pois possibilita que o próprio aluno enxergue a medicina como algo positivo e necessário. “A desconstrução desse temor é realmente necessária. Isso possibilita muitas coisas para as crianças, como a imunização, principalmente com as campanhas intensificadas sobre o assunto, que precisam ter a adesão das famílias”, esclareceu a chefe da Divisão de Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação, Alabibe Pinheiro.

Ao todo, foram 50 voluntários, entre estudantes de Medicina, Odontologia, Fisioterapia, entre outras graduações. Os acadêmicos pretendem levar a ação para outras escolas, mas dependem também do apoio e parceria para possibilitar isso. “Estamos começando agora e queremos levar isso para outras escolas da capital e do estado. Precisamos de ajuda, claro, por isso pedimos para quem tiver interesse integrar essa causa junto conosco”, contou Wellington.

Assessoria de Comunicação/Semed

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