Feliz aniversário, Marcelo Guido!

Alguns amigos fazem parte de nossa história. É difícil acessar a pasta de memória afetiva sem esses personagens estarem lá. Uns com muita importância, outros nem tanto. Entre os relevantes e que fazem parte da minha lista de brothers “das antigas” está Marcelo Guido.

O cara é pai da Lanna e Bento, marido da Bia, jornalista e assessor de comunicação, ateu (daqueles chatos) ex-blogueiro, vascaíno calejado (com muito amor por esse time e resignado pelo sofrimento), remista, colaborador deste site, amante de rock and roll e futebol, fã Nº 1 dos Ramones e velho amigo deste editor.

Eu e Guido é um lance meio amor e ódio. Ele já falou mal de mim e eu também o detonei. A gente também ficou brigado por anos, inclusive sem contato algum. Mas, ainda bem, sempre foi mais amor que ódio.

Para quem não é da época (ou não sabe), nos anos 90, eu e Marcelo éramos de uma galera de malucos. Ele sempre foi daqueles que topava qualquer parada e sempre vencíamos tudo assim. Tempos de impulsos, precipitações e loucuras. Sim, sensatez era outro departamento.

Foi nesse contexto que encaramos incontáveis brigas de rua, noites etílicas com biritas de procedência duvidosa, que quase sempre resultavam em amanhecidas memoráveis. Em muitas outras dessas noites, o encontro era somente pra jogar conversa fora.

Eu chegava na casa do cara, ali no centro da cidade e a gente sempre armava um churrasco de galeto com vinho barato. Também éramos andarilhos da madruga, pois nunca tivemos carangos e nem motocas. Muito menos desinteirávamos o do goró pra pegar ônibus, táxi, etecetéra e tals. Foi um tempo de vacas magras, mas muito feliz. A gente sobreviveu por um milagre (sim, no texto de parabéns a um ateu).

Guido também era meio potoqueiro, mas ele nunca admitiu e nunca admitirá isso (risos). Marcelo também foi um dos caras que me deram força na época da morte do meu pai, em 1998. Sou grato por isso.

O Guido segue com um temperamento explosivo. Ainda esbraveja aos quatro cantos quando provocado. Eu um pouco menos que antes. Mas ele é um cara do bem, mesmo com suas regras severas sobre pessoas com quem se relaciona (sempre converso com o brother sobre isso).

Já disse e repito: admiro o pai de família que o Guido se tornou. Às vezes, ele ainda me tira do sério e fico puto com o figura. O sacana vive tirando onda comigo por ser gordo, o que me deixa mordidaço. Sorte dele que come que nem uma escavadeira hidráulica e não engorda, o frescão. Mas depois passa e a gente segue amigos.

Com o passar dos anos, Guido também se tornou brother do meu irmão, Emerson. E aí formou geral a “fina flor da sociedade” (risos) dos malucos.

O mais legal é que nos tornamos caras bacanas (muita gente pode discordar disso), que não queremos nada que não seja nosso por direito ou batalho. E quase coroas doidões, mas bem menos que antes, pois este futuro em que vivemos “não é mais como era antigamente”. Graças a Deus.

Guido, mano velho, em linhas gerais, tu és um cara que sei que posso contar. A gente já viveu muita onda errada pra eu ter essa certeza. E é um lance recíproco. Este texto é um registro do amor, amizade, respeito e parceria mútua.

Que tu tenhas sempre saúde e sucesso junto aos seus amores. Parabéns pelo teu dia e feliz aniversário!

Elton Tavares (e falo também pelo Emerson Tavares, meu irmão, que também é irmão do Marcelo Guido). 

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