Foi lindo: com show que celebra os 30 anos dos álbuns “Dois” e “Que país é este”, a Legião Urbana emociona milhares de fãs em Macapá

Foto: Sal Lima

Ontem (30), no CetaEcoHotel (apesar de ser no CetaEcoHotel, o pior lugar para um show), a Legião Urbana fez uma apresentação irretocável. Com a turnê que celebra os 30 anos dos discos “Dois” e “Que país é este?”, a maior banda do Rock Nacional fez o que todos nós, fãs, esperávamos: botou pra quebrar e emocionou o público com suas canções de amor e protesto.

Os álbuns trintões são dois dos mais cultuados pelos fãs da Legião. A banda é formada pelos remanescentes Dado Villa Lobos (guitarra) e Marcelo Bonfá (bateria), que tocam junto com Lucas Vasconcellos (guitarra e violão); Roberto Pollo (teclados); Mauro Berman (no baixo) e e André Frateschi ( vocal e gaita).

Foto: Sal Lima

Além do Ceta, outra coisa ruim da noite foi ter perdido as apresentações da cantora Silmara Lobato e da banda Dezoito21, artistas amapaense e queridos amigos, que abriram a noite rocker. Desculpem, queridos, eu estava no trampo.

De volta à Legião, os caras cumpriram o prometido. Assim como o primeiro show na capital amapaense, em 2016, a banda provou o motivo de ser um fenômeno da cultura Rock Brasil. Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá são figuras lendárias e icônicas da maior banda de rock de todos os tempos e é redundante dizer que tocam muito (demais). Os outros músicos idem.

Foto: Sal Lima

E o André Frateschi. Porra! Aquele bicho é uma usina de energia porreta! Canta, toca gaita, faz performances quase teatrais (o cara é ator também) e ainda deu um recado fundamental: “Ditadura nunca mais”.

O recado político da Legião foi essencial, pois muitos garotos (e velhos) estão perdidos e apoiam o lado errado, após acidente histórico na política ocorrido em 2018, que colocou esse senhor no mais alto cargo nacional e que bate palmas para absurdos do passado, trabalha pelo cerceamento dos direitos básicos e vai na contra o livre pensamento.

Foto: Sal Lima

Aliás, a Legião Urbana sempre lutou pela liberdade. Canções como “Que País é Este?”, “Geração Coca-Cola” e “Veraneio Vascaína” (essa última do Aborto Elétrico, gravada pelo Capital Inicial, mas também tocada pela Legião), entre tantas outras músicas de protesto contra o Regime Militar provam isso.

E nós? Em outro texto, eu disse: “A Legião Urbana somos nós, os fãs”. Caralho, a gente também botou pra quebrar. Rolou muito coro, aplausos, sorrisos, lágrimas. A gente tava feliz demais. Só entende quem é fã e ali, no Ceta (apesar do Ceta), era o local pra pessoas assim, legionários.

Foto: Sal Lima

Canções como Angra dos Reis, Eduardo e Mônica, Faroeste Caboclo, Índios, Quase sem querer, Tempo perdido e, claro Que país é este? Tiveram emocionante participação do público. Ainda rolou músicas de outros discos, como Giz e Há tempos, entre outras.

Foto: Sal Lima

Sabem, sempre fui fã da Legião Urbana. As músicas embalaram noites memoráveis, quando andei com os loucos e foi trilha de amores inesquecíveis. Estar ali, ontem, fez mais uma vez a vida valer a pena. Além de ter sido um encontro de velhos amigos. Deu pra abraçar a malucada das antigas por lá.Quem não foi, perdeu. Força sempre!

URBANA LEGIO OMNIA VINCIT (Legião Urbana Vence Tudo)!

Elton Tavares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *