Folclore amapaense é retratado com drama e comédia em curta-metragem independente

Filme de curta-metragem é independente e trabalha com cerca de 11 atores voluntários amapaenses — Foto: Divulgação/Amovis

Por Caio Coutinho

Um grupo de artistas voluntários do município de Santana, a 17 quilômetros de Macapá, está trazendo uma proposta diferente ao contar as lendas do Boto e da Cobra Sofia. O curta-metragem “Maizúúcaramba”, gravado no Museu Sacaca, quer mostrar como seria conviver com esses personagens nos dias atuais.

Com uma produção de 30 minutos, as cenas de drama e humor, mostram o dia a dia de ribeirinhos que moram em Oiapoque com os dois personagens do folclore amapaense. Cerca de 11 atores participam das filmagens, que duraram um só dia.

O diretor e roteirista do curta, Bruce Arraes, que atua há mais de 17 anos no audiovisual, explica que tudo foi produzido com o apoio dos próprios artistas e do Museu Sacaca, que cedeu o espaço para as locações.

“O roteiro surgiu a partir de uma ideia de um amigo chamado Silvio Castelo, de Santana, que pensou em uma produção de comédia regionalizada e construiu a dramatização em parceria comigo”, detalha Arraes.

Integrantes da Associação Movimento Audiovisual de Santana (Amovis) — Foto: Divulgação/Amovis

A ideia é disponibilizar o curta-metragem na internet, depois apresentar em escolas públicas e transformar outras histórias em pelo menos 15 episódios.

O curta conta a história de “Caramba” (interpretado por Nedy Mendes), um típico caboclo amapaense que mora as margens do rio Cupixi. Um belo dia, Jandira (Josy Mendes), sua prometida, encontrou o boto (Zaak Mendes), que a seduziu. Passado alguns dias, ele descobre a gravidez dela e decide assumir a criança. Mas, Jandira adoece misteriosamente.

A história se passa na busca de “Caramba” por um pajé (Antenor Meireles), da aldeia da tribo Galibi Karipuna, que deve curar sua amada. Para isso, ele conta com a ajuda do amigo Peteleco (Sílvio Castelo). No caminho a dupla encontra a Icorã (Regina Vitória) e outros mistérios da floresta como a Mãe Natureza (Valda Mendes) e o corajoso Ubiraci (Fábio Nescal) e Índia Potira (Anita Nascimento).

A gravação do filme utilizou uma técnica chamada “Começo, Meio e Fim” (CMF), onde o ator desenvolve o texto no improviso em cima de uma ideia dada pelo diretor. A iniciativa é da Associação Movimento Audiovisual de Santana (Amovis), que já produziu 388 curtas de forma independente.

Fonte: G1 Amapá

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *