Gilmar Mendes mantém afastamento de conselheiro do TCE-AP investigado por corrupção

Conselheiro Júlio Miranda, do Tribunal de Contas do Amapá — Foto: Abinoan Santiago/Arquivo G1

O conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AP), Júlio Miranda, teve novo pedido de habeas corpus para retorno à corte negado pela Justiça. A nova solicitação para volta ao cargo foi indeferida pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Miranda está afastado do cargo desde março deste ano após ser alvo de nova denúncia pelo crime de lavagem de dinheiro e desvio de recursos do TCE, que somam R$ 100 milhões ao longo de nove anos.

Ele é investigado a partir de provas coletadas na operação Mãos Limpas, em 2010, onde chegou a ser preso, e desde então foi alvo de outros afastamentos.

O G1 tenta contato com a defesa do conselheiro. A ação penal de março foi aceita pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e investiga como Júlio Miranda teria tentado ocultar valores desviados do TCE.

As investigações indicam que, para tentar ocultar o valor apontado como ilícito, o conselheiro teria comprado bens, como imóveis em diferentes estados, automóveis de luxo, embarcações, e até uma aeronave.

A decisão ressalta ainda que ele fica proibido de entrar no prédio do TCE e até mesmo de manter contato com servidores. Os bens dele continuam bloqueados.

Miranda havia retomado o cargo em dezembro de 2017, quando a 2ª turma do STF recebeu pedido de habeas corpus e revogou a suspensão do exercício da função pública dele, afastado desde 2015.

Fonte: G1 Amapá

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