Por Caio Coutinho
Protagonizada pela juventude e entidades em defesa da preservação do planeta, uma manifestação contra o aquecimento global ocorreu na tarde desta sexta-feira (20) na Fortaleza de São José de Macapá. A ação contou com a participação de quase 30 pessoas.
Uma faixa de 6 metros foi estendida em forma de protesto contra a emissão de gás carbônico, queimadas da Amazônia e utilização de combustíveis fósseis. A ação está alinhada com a greve global pelo clima, que promove atos em mais de 150 países ao redor do globo.
De acordo com a estudante e organizadora, Karen Góes, de 20 anos, a ação está aderindo ao movimento global “Fridays for Future” (Sextas-feiras Pelo Futuro, em inglês), liderado por Greta Thunberg, ativista sueca que denuncia a falta de mobilização dos governos para solucionar o aquecimento global.
“Viemos para a Fortaleza para chamar a atenção da população quanto aos problemas ambientais. Nossas pautas buscam chamar os governantes para que eles tomem medidas efetivas para evitar o aumento da temperatura no planeta”, reivindica.
As pautas do movimento cobram a solução do desmatamento da Amazônia e que os governos parem de investir em fontes fósseis, como a exploração de petróleo na costa do Amapá, que, segundo a jornalista Thaís Herrero, de 32 anos, pode afetar as comunidades da região.
“O movimento reúne pessoas que apoiam medidas que solucionam o aquecimento. O fato do Amapá participar, com um grupo de jovens à frente do movimento, mostra que temos uma organização para cobrar as entidades públicas quanto ao problema”, detalha.
Origem dos atos
A greve pelo clima tem origem no “Fridays For Future”, que ganhou repercussão com a adolescente sueca de 16 anos Greta Thunberg.
Desde 2018, Greta falta às aulas nas sextas-feiras para protestar pelo clima. A iniciativa rendeu a indicação ao Prêmio Nobel da Paz e fez com que diversas outras greves se espalhassem pelo mundo.
Segundo especialistas, 2020 é visto como o ano chave no combate ao aquecimento global, para que governantes tomem medidas para manter o aumento das temperaturas médias globais abaixo de 1,5ºC até o final deste século, e as emissões de dióxido de carbono (CO2) reduzidas em 45% até 2030.
Fonte: G1 Amapá