Há exatos oito anos, em Sampa, assisti ao primeiro show do U2 da minha vida

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Existem muitos elementos que envolvem um show de rock and roll. Além do som, das canções, performance da banda e efeitos visuais, um é fundamental: a paixão. Há exatamente oito anos, a banda U2 fez seu terceiro show no Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP) e graças a Deus, eu estava lá.


A banda inglesa Muse abriu para o U2 às 20h. O local estava tomado por 89 mil pessoas, exatamente a capacidade do local. Aproximadamente 40 minutos depois, o U2 entrou, aliás, uma entrada grandiosa (ao som de “Space Oddity”, do Bowie).

O engraçado é que tínhamos tomado litros de cerveja, pois chegamos ao Morumbi 4h antes, mas a entrada da lendária banda irlandesa foi uma injeção de adrenalina, ficamos sóbrios, ou melhor, assombrados e eufóricos.

Bono Vox iniciou o show e nós ficamos literalmente arrepiados, foi realmente emocionante. O vocalista cantou poucas músicas do novo CD e arrebentou com clássicos como “Sunday bloody Sunday”, “Miss Sarajevo” e tantos outros. Gênio! Sempre escutei que o U2 fazia as pessoas acreditarem que é possível fazer o impossível. Tive a certeza disso naquela noite.

Após um videoclipe, que transmitiu uma das tantas mensagens de paz e amor que o show enfatiza, Bono Vox cantou “One” (que um dia me disseram ser uma canção de adeus). Não deu para conter as lágrimas.

O show não foi algo para adolescentes facilmente impressionáveis, foi uma coisa mágica para fãs de todas as idades. Uma mistura de repertório recheado de excelentes canções, imagens impagáveis, riqueza de arranjos de Edge, Adam e Larry e o brilhantismo de Bono. Estonteante? Deslumbrante? Não consigo adjetivar. Só sei que as boas energias que senti ali foram inesquecíveis.

Foi um lance muito foda! Certa vez, li que uma grande obra de arte ou acontecimento não vem atrás de você, é preciso ir atrás desse tipo de vivência. Foi o que fizemos.

Além do grande espetáculo de rock and roll, o evento foi uma mistura mágica de luzes. Se eu viver mais 300 anos, com toda certeza, não esquecerei o dia 13 de abril de 2011. Simplesmente fantástico (uma contradição de termos, pois nada que é fantástico é simples).

Foi tudo o que eu esperava de um show do U2 e muito mais. Aquela noite tornou-se certamente histórica. Foi lindo demais e sou muito feliz por ter vivido aqueles momentos.

Seis anos depois, em outubro de 2017, assisti a obra de arte do U2: a lindeza do show que comemorou os 30 anos do disco The Joshua Tree. Ou seja, as apresentações da lendária banda de rock irlandesa são experiências de vida inesquecíveis. É isso. Rock and Roll sempre!

Elton Tavares

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