Ijoma completa 9 anos e entrega almofadas terapêuticas a mulheres com câncer, em Macapá

Professora Maria de Jesus foi uma das 55 pacientes que receberam almofadas terapêuticas no 9º aniversário do Ijoma, em Macapá — Foto: Victor Vidigal/G1

Por Victor Vidigal

O Instituto do Câncer Joel Magalhães (Ijoma) comemora nesta segunda-feira (22) nove anos de atividades no Amapá. Para celebrar a data, a sede do instituto, no bairro Santa Rita, Zona Central de Macapá, recebeu pela manhã uma programação que contou com a entrega de almofadas terapêuticas para mulheres com câncer de mama.

A professora Maria de Jesus, de 49 anos, foi a primeira a receber uma almofada. Há quase dois anos, ela enfrenta a luta com o câncer em uma das mamas. Ela diz que receber o objeto é um carinho imenso que ajuda a elevar a autoestima.

Ijoma comemora 9 anos com almofadas para mulheres com câncer de mama nesta segunda-feira (22) — Foto: Victor Vidigal/G1

“Receber essa almofada é gesto de carinho do instituto com todas as mulheres que enfrentam o câncer de mama. Levanta a autoestima das pacientes, porque todos sabem o quanto essa doença é difícil para nossa mente. Mas eu faço o possível para não me deixar abater”, afirmou a paciente.

Ao todo, foram 55 almofadas doadas ao Ijoma pela ONG Rompendo Mais Fronteiras, projeto do Exército Brasileiro, existente a cerca de quatro anos, que pratica ações beneficentes para idosos, animais e portadores de câncer.

Cris Viana, representante do projeto no Amapá, destaca que as almofadas têm uma confecção própria para atender as mulheres com câncer de mama. A ideia é facilitar o dia a dia e provocar um bem estar para mulheres que precisaram ser mutiladas devido a doença.

Cris Viana (à esquerda) entrega almofada terapêutica para professora Maria do Jesus (à direita) — Foto: Victor Vidigal/G1

“A almofada se resume basicamente em dar um pouco de conforto na área entre a mama e axila. Quando se faz mastectomia [cirurgia de remoção da mama], se sente muito desconforto nessa parte quando vai dormir e até em andar no carro. E essa almofada tem todas as medidas, toda a costura, tecido e espuma próprios para a mulher ter o mínimo de conforto”, explicou Cris.

A festa contou ainda com apresentação da orquestra do Exército Brasileiro e o tradicional corte do bolo. Momento de emoção para quem acompanhou tudo do início, como a cozinheira Tânia Lafaiete, de 54 anos. Voluntária do projeto há nove anos, ela conta que guarda no coração o carinho de todos as pessoas que passaram pelo local.

Tânia Lafaiete é uma das colaboradoras mais antigas do Ijoma — Foto: Victor Vidigal/G1

“Todos que vêm ao Ijoma passam pela cozinha e sempre recepciono todos bem porque, por mais que alguns vão sair daqui sem aquela notícia boa, só fato de receber um palavra de carinho, amiga e de conforto, já deixa ela mais leve. E é essa esperança que queremos passar para a vida das pessoas”, disse Tânia, emocionada.

Segundo o presidente do Ijoma, Paulo Roberto Matias, durante os nove anos, mais de 20 mil pessoas receberam atendimentos na instituição. Os tipos de câncer mais comuns atendidos na unidade são o de mama, colo do útero, próstata e estômago.

Sede do Ijoma funciona no bairro Santa Rita, na Zona Central de Macapá — Foto: Victor Vidigal/G1

“O Ijoma não só cuida dos doentes de câncer, mas ele ajuda a sociedade a entender que não basta só cuidar do doente. É preciso cuidar das pessoas. Sabemos que o câncer é uma epidemia mundial e é importante entender que a prevenção, a educação e a informação são processos fundamentais para a gente ir na raiz do problema”, destacou Matias.

Fonte: G1 Amapá

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